Clipping cnc 11072016 versão de impressão

10
Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 11/07/2016 Acesse: www.cncafe.com.br Propriedades usam novas técnicas para garantir produção de café em MG Globo Rural 11/07/2016 César Dassie Nosso cafezinho tem fama nas xícaras de todo o planeta. Ele é um dos principais produtos da agricultura brasileira. O Brasil é grande produtor e grande exportador. Para continuar na liderança mundial, o cafeicultor precisa ter um olho na lavoura e outro no futuro. O Globo Rural esteve em Minas Gerais para visitar fazendas que estão adotando técnicas que vão fazer a diferença na próxima década. O Brasil caminha para ter uma das melhores safras de café da sua história: quase 49 milhões de sacas, de acordo com o levantamento do IBGE divulgado na última quinta-feira (7). Com esse mundão de lavoura, que se espalha por quase 2,3 milhões de hectares, nós somos os maiores produtores do planeta. Tem muito agricultor preparando a plantação para o futuro. Aliás, você tem ideia do que é preciso fazer na roça para manter a competitividade nacional? Para ajudar a responder essa pergunta, O Globo Rural convidou um dos maiores especialistas de café não só do Brasil, mas também do mundo. O agrônomo José Braz Matiello (foto: Reprodução Globo Rural) estuda essa cultura há 48 anos e é pai de uma das variedades mais plantadas atualmente, a catucaí. Globo Rural: O senhor também já rodou bastante esse tempo todo atrás de café. Matiello: Quase cinquenta anos. A gente conhece cafeicultura desde o Paraná até Rondônia, Acre, hoje em dia, então, muitas, passando aqui por Minas. Muitas a gente ajudou até a desenvolver. Globo Rural: por onde a gente começa para saber o caminho da cafeicultura nos próximos dez anos? Matiello: É muito importante a gente começar pela mecanização. Em áreas planas como no Cerrado Mineiro, cada vez mais a mecanização vem se tornando indispensável nas grandes propriedades.

Transcript of Clipping cnc 11072016 versão de impressão

Page 1: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

CLIPPING – 11/07/2016 Acesse: www.cncafe.com.br

Propriedades usam novas técnicas para garantir produção de café em MG Globo Rural 11/07/2016 César Dassie

Nosso cafezinho tem fama nas xícaras de todo o planeta. Ele é um dos principais produtos da agricultura brasileira. O Brasil é grande produtor e grande exportador. Para continuar na liderança mundial, o cafeicultor precisa ter um olho na lavoura e outro no futuro. O Globo Rural esteve em Minas Gerais para visitar fazendas que estão adotando técnicas que vão fazer a

diferença na próxima década. O Brasil caminha para ter uma das melhores safras de café da sua história: quase 49 milhões de sacas, de acordo com o levantamento do IBGE divulgado na última quinta-feira (7). Com esse mundão de lavoura, que se espalha por quase 2,3 milhões de hectares, nós somos os maiores produtores do planeta. Tem muito agricultor preparando a plantação para o futuro. Aliás, você tem ideia do que é preciso fazer na roça para manter a competitividade nacional? Para ajudar a responder essa pergunta, O Globo Rural convidou um dos maiores especialistas de café não só do Brasil, mas também do mundo. O agrônomo José Braz Matiello (foto: Reprodução Globo Rural) estuda essa cultura há 48 anos e é pai de uma das variedades mais plantadas atualmente, a catucaí. Globo Rural: O senhor também já rodou bastante esse tempo todo atrás de café. Matiello: Quase cinquenta anos. A gente conhece cafeicultura desde o Paraná até Rondônia, Acre, hoje em dia, então, muitas, passando aqui por Minas. Muitas a gente ajudou até a desenvolver. Globo Rural: por onde a gente começa para saber o caminho da cafeicultura nos próximos dez anos? Matiello: É muito importante a gente começar pela mecanização. Em áreas planas como no Cerrado Mineiro, cada vez mais a mecanização vem se tornando indispensável nas grandes propriedades.

Page 2: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

Na fazenda Santa Helena, no município de Areado, as máquinas dão conta de colher 90% da lavoura. “Uma colheita como a desse ano, com oito mil sacas, que eu teria que ter uns 270 trabalhadores, hoje eu faço com três colhedeiras e vinte e poucas pessoas. A colheita manual é duas vezes e meia mais cara que a mecanizada”, diz Célio Landi Pereira, agrônomo, administrador da Fazenda Santa Helena. Com dois cilindros de varetas rígidas, a colheitadeira parece pentear o pé de café. Com a ideia de se colher cada vez mais por hectare, o agrônomo Matiello aponta outro aspecto vital para a cafeicultura moderna: a renovação. “Os nossos avós, os nossos pais queriam cafezal por cem anos. Hoje, tecnicamente, a gente admite aí vinte, no máximo trinta anos, porque vão surgindo novas variedades. Novas tecnologias. Você tem que trocar para colocar uma planta mais produtiva no lugar daquela pouco produtiva”, explica. A renovação exige a derrubada completa da lavoura, mesmo que ainda produtiva. E está aí a dificuldade de muitos agricultores em aceitar esse manejo. Em uma área da fazenda Santa Helena, o trator já arrancou vários pés de um talhão de 15 hectares e 28 anos de idade, que acabou de ter sua última colheita. “Aqui já é uma área antiga, a produção vem caindo. A média está em torno de 28 sacas por hectare, e a média geral da fazenda é 38”, comenta Marco Evandro Manoel, gerente da área cafeeira Fazenda Sta. Helena. A estratégia com esse manejo é elevar a produtividade para 45, 50 sacas por hectare, nos próximos anos. Isso é praticamente o dobro da atual média do Brasil. “Essa área aqui hoje está com 3.333 plantas. Vamos passar para cinco mil plantas. Ou seja, nós temos hoje em torno de 15 hectares com 50 mil plantas. Nesse novo plantio nós vamos conseguir nos mesmos 15 hectares, 75 mil plantas. É como se a gente tivesse ganhando hoje cinco hectares a mais dentro dos mesmos quinze hectares que a gente tem”, explica o gerente da fazenda. De todo café produzido no Brasil, 700 mil hectares estão em áreas acidentadas, com declividade que varia de 25 a 50%. É o chamado café de montanha. Se caminhar é difícil, imagine plantar, colher, fazer os tratos culturais. Quando a imagem vai ao longe, revela um cenário bem bonito, mas o dia a dia é bastante complicado. Em terrenos acidentados, o jeito é pensar em reestruturar a lavoura: seja na produção, seja na melhoria do acesso de máquinas e implementos. É isso que se vê na Fazenda Sertãozinho, no município de Botelhos. A lâmina que rasga o barranco trabalha na construção de terraços, para nivelar as ruas da plantação. “Dependendo um pouco do espaçamento, nós fizemos 180 quilômetros de terraceamento em linha, como se fosse em linha reta, que dá em torno de 60, 70 hectares. Nós estamos conseguindo trabalhar com tanque pulverizador em áreas que a gente só fazia manual” Lucas Antônio Gonçalves Franco, agrônomo - Fazenda Sertãozinho Dependendo da declividade do terreno, o custo varia de 15 a 40 horas de esteira por hectare. Até 2018, a fazenda deve adotar os terraços em 80% da sua área. Fora a facilidade da

Page 3: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

mecanização, os terraços trazem ainda outros benefícios. “Esse degrau diminui a velocidade da água. A água vem correndo pelo morro e a água passa mais tempo e filtra, até a nascente lá embaixo vai ser beneficiada. O próprio adubo, que não vai escorrer, vai ser melhor aproveitado, para um melhor crescimento e a produção do café”, diz José Braz Matiello, agrônomo. O café é uma planta que naturalmente produz mais num ano e menos no outro. E uma das últimas tendências no manejo da lavoura busca eliminar a safra menor, para fazer com que a planta só carregue a cada dois anos. É a chamada poda de safra zero. Depois da colheita do ano bom, o pessoal faz cortes drásticos nas laterais e no ponteiro. Com esse tipo de poda, elimina-se a chamada bienalidade do pé de café. “A produção alta é cinco vezes maior do que a produção baixa. A gente diz que um ano ela se veste e no ano seguinte ela veste o cafeicultor. A gente quer zerar a safra e deixar só a safra alta. O café com carga é uma safra fácil de colher, seja manual ou mecanizada. Cada saca colhida vai ser muito mais barata”, explica Matiello. A produção a cada dois anos não é a soma do que ela produziria num ano bom e de um ano de safra menor, é um pouquinho menos, uns 10% menos. Só que a economia é 30, 40, 50% mais”, explica José Braz Matiello, agrônomo. Em áreas de montanha, os pequenos produtores são os donos da maior parte das propriedades. Para ser competitivo com pouco recurso, é preciso tecnologia, sem esquecer a produtividade. Usar o que ele tem de mais importante que é a mão de obra familiar”, José braz Matiello, agrônomo. O sucesso dos pequenos produtores tem a ver com o trabalho da associação da qual eles fazem parte. A Assodantas é responsável pela comercialização de todo café dos seus 75 agricultores. E só vende através do chamado fair trade, uma certificação internacional de comércio justo que valoriza a produção de pequenas e médias propriedades. “Enche a gente de orgulho ter hoje um café reconhecido no mercado”, declara João Batista Piva, presidente da Assodantas - Associação dos Agricultores Familiares do Córrego Dantas Pelo fair trade, a associação negocia com exportadores que enviam café para os Estados Unidos, a Austrália e a Suíça. Por lá, os consumidores pagam mais pelo produto, em contrapartida ao respeito ao meio ambiente e ao estímulo ao desenvolvimento social dos agricultores. “Esse café que a gente produz tem qualidade de vida. Cada um está ganhando a sua fatia. Todo mundo cresce junto. Eu falo que uma associação forte é muito bom, mas o melhor é produtor forte”, comenta Piva. Para ganhar o mundo e também conquistar os exigentes consumidores do mercado interno, o café brasileiro passa por rigorosos processos na pós-colheita. Trabalhar com essa cultura é assim: não basta produzir bem, é preciso saber beneficiar.

Page 4: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

“Tem muito trabalho daqui para frente. Porque o café é um fruto que você pode estragar no pós-colheita. Então você tem que preparar com cuidado para manter aquela bebida adequada”, alerta Matiello. Nessa etapa, a primeira regra é bem clara: só colha o café que você tiver condições de colocar para secar no mesmo dia. Café fermentado perde qualidade na bebida. Por isso, os agricultores mais antenados com o mercado, perseguem o chamado cereja descascado. Em outras palavras: café maduro e já sem polpa. Grãos chochos e verdes até são processados, mas nunca misturados aos de melhor qualidade. É assim que se trabalha fazenda Santa Helena, no município de Areado, citada anteriormente na reportagem. “Nós estamos hoje fazendo doze tipos de café. Cada café que a gente separa tem o seu valor. Quanto mais eu tenho um tipo de café, eu consigo agregar valor”, diz Paulo Sérgio da Silva, técnico agrícola – fazenda Santa Helena. A depender da qualidade, a diferença de preço pode bater na casa dos 120 reais por saca. É na mesa de prova que se atesta se a trabalheira na lavoura e no beneficiamento produziu um café de qualidade. “Não existe máquina ainda que substitua o paladar humano. Então, tudo o que foi feito lá atrás, toda dinâmica, toda logística, tem resultado em cima da mesa”, diz Rosseline de Paula Rodrigues, classificador e degustador Diante de tantas possibilidades para cuidar bem do café, cada agricultor deve avaliar qual a tecnologia mais adequada para o relevo da sua fazenda, para o propósito da sua produção e, claro, verificar se os investimentos cabem no bolso. Só assim, o café brasileiro vai continuar fazendo sucesso nas xícaras do mundo todo. “Muito suor para chegar nesse cafezinho aqui. Hoje de cada três xícaras de café que são tomadas no mundo inteiro, uma é de café brasileiro”, afirma Matiello. Produtores do Sul de Minas já colheram 30% da safra de café G1 Sul de Minas 11/07/2016 Do G1 Sul de Minas

Trinta porcento da produção de café já foram colhidos neste ano no Sul de Minas, conforme a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé). No entanto, a chuva acima da média que caiu no fim de maio e em todo o mês de junho não veio em bora hora. Ela chegou e atrapalhou a colheita, pois derrubou a safra em 30% e a qualidade, pela metade (foto: Reprodução EPTV). O produtor Guilherme espera colher 10 mil

Page 5: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

sacas neste ano, quatro mil a mais do que no ano passado. No entanto, a qualidade será menor. "Você não vai ter um café tão bom porque ele caiu no chão e depois que você conseguir levantar esse café, ele não vai ter uma boa qualidade nos grãos", disse o produtor rural Guilherme Vilela Miranda. Segundo o engenheiro agrônimo Rodrigo Naves Paiva, o excesso de chuvas levou mofo para os grãos. "Esses frutos no chão, caídos, com excesso de umidade, ocorre uma proliferação de fungos maléficos que acabam prejudicando a qualidade dessa bebida. O desafio maior seria o produtor acabar essa colheita o mais rápido possível e que ele consiga levantar esses cafés que estão caídos no chão para evitar essa perda de qualidade", diz o engenheiro agrônomo Rodrigo Naves Paiva. Segundo especialistas, mesmo com o excesso de chuvas e a queda da qualidade, a tendência é que o valor do café tenha um ganho. "Os preços tendem a se manter ou até subir em função da pouca oferta de café de melhor qualidade", diz o coordenador de vendas da Minasul, Marco Antônio Bíscaro. Produção de café de Caconde tem o menor custo do Brasil, revela estudo G1 São Carlos e Araraquara 18/07/2016 Do G1 São Carlos e Araraquara

Um estudo revelou que o café colhido por pequenos produtores de Caconde (SP) tem o menor custo de produção do Brasil. Isso porque os cafeicultores da cidade têm aderido novas técnicas de manejo e com o uso de mão de obra familiar em sua maioria, tem diminuindo os custos com a produção. A pesquisa foi realizada pela Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) junto com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) pela Agência de Inovação do Café em

pequenas lavouras do grão de estados do Sul e Sudeste. Dos 13 municípios visitados, Caconde é o que tem o menor custo de produção por saca de 60 quilos, o valor é de R$ 290. Já o custo médio no país é de R$ 373. Uma diferença de R$ 83 por saca. Para os produtores da cidade conseguirem um baixo custo de produção eles dobraram o número de plantas por hectare, ou seja, gastam praticamente a mesma quantia para colher o dobro de café. Essa modalidade é chamada de cultivo adensado, no qual a produtividade por hectare chega a 50 sacas, mais que o dobro da média nacional, que no ano passado foi de 22 sacas.

Page 6: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

Mecanização – Algumas técnicas de poda e renovação das lavouras também garantem plantas mais vigorosas e que, portanto, produzem mais. Em uma lavoura de 15 hectares de Caconde são colhidas 600 sacas. Segundo o trabalhador rural, Nilton Carlos da Silva, a colhedeira portátil agiliza o serviço. "Em um cafezal desse porte na mão sairia na media de seis alqueires, já com a colhedeira chega a 20, em uma só pessoa", contou. Outra ajuda vem do triciclo (foto: Eder Ribeiro/ EPTV) que substitui o trabalho de cinco homens na hora de secar o café no terreiro. Já o soprador é usado no lugar da peneira. "É bem mais fácil de manusear ele do que a peneira. Em 15 minutos é feito o serviço de um dia inteiro", falou a trabalhadora rural Karina Lino Pereira. O dono do sitio explica que a mecanização contribuiu para diminuir o custo porque reduz o gasto com mão de obra. "A mão de obra hoje em dia está difícil, está cara e muitas pessoas não querem trabalhar com isso", ressaltou o produtor rural Flávio Donizetti Pereira. Agricultura familiar – Na mesma propriedade, com a economia sobrou dinheiro para comprar um secador e uma maquina de limpar café por meio de uma linha de crédito para agricultura familiar. Uma vantagem é que os equipamentos podem ser pagos em até dez anos. Para o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Caconde, Ademar Pereira, a redução no custo é resultado da boa aceitação de técnicas modernas de produção. "O produtor de Caconde está aberto e tem adotado muitas práticas para aperfeiçoar o processo de colheita e tudo isso é muito bem sucedido dentro da agricultura familiar", explicou. MG: aumentou a participação do agronegócio nas exportações Diário do Comércio 11/07/2016 Michelle Valverde As exportações do agronegócio de Minas Gerais somaram US$ 3,49 bilhões no primeiro semestre de 2016, resultando em uma queda de 4,8% no período. Em volume, foi verificada alta de 28,9%, com o embarque de 4,79 milhões de toneladas de produto oriundo da atividade agropecuária. Apesar da redução no faturamento, a participação do agronegócio nas exportações totais do Estado cresceu, passando de uma representatividade de 33,3%, no primeiro semestre de 2015, para 34,8%. O setor também é responsável por 48,76% do saldo da balança comercial de Minas. Os dados são da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Entre janeiro e junho, as importações do setor agropecuário cresceram 2,14% em faturamento e 14,29% em volume, que ficaram em US$ 234,4 milhões e 196,4 mil toneladas, respectivamente. Com o resultado, a balança comercial do agronegócio de Minas Gerais gerou um superávit de US$ 3,2 bilhões, valor 5,24% inferior ao obtido em igual período do ano anterior. O saldo em volume foi de 4,57 milhões de toneladas, alta de 26,63%. O superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, destaca que o saldo gerado pelo agronegócio é significativo para o Estado, respondendo por 48,76% do superávit total, que ficou em US$ 6,67 bilhões.

Page 7: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

“O que podemos destacar de positivo é o aumento da participação dos produtos do agronegócio na pauta exportadora do Estado, que atingiu 34,8% das exportações totais. Outro fator é que estamos com um saldo positivo na balança do setor de US$ 3,2 bilhões. Se olharmos o saldo total das exportações de Minas, metade do valor é proveniente do agronegócio. Isto mostrando a importância do setor no atual momento econômico”. De acordo com o levantamento da Seapa, as exportações de café, principal produto da pauta exportadora do agronegócio, recuaram expressivos 19% no faturamento, encerrando o primeiro semestre com US$ 1,5 bilhão, ante o valor de US$ 1,86 bilhão. A retração no faturamento ocorreu devido ao menor preço pago pela tonelada do grão. Enquanto o preço médio praticado ao longo dos primeiros seis meses de 2015 foi de US$ 3,32 mil, neste ano, o valor recuou para US$ 2,49, valor 25% menor. Em volume, as exportações de café cresceram 6,9%, com a destinação de 604 mil toneladas do produto ao mercado internacional. Segundo Albanez, com a queda no faturamento, a participação do café na pauta exportadora do agronegócio ficou abaixo de 50%. Entre janeiro e junho o produto foi responsável por 43,2% dos embarques do setor. “Observamos a redução da participação do café ao longo do primeiro semestre. Em contrapartida, houve crescimento do complexo soja”, disse Albanez. As exportações do complexo soja responderam por 20,1% dos embarques totais do agronegócio mineiro. Antes a representatividade ficava em torno de 15%. O faturamento, US$ 703 milhões, cresceu 22,6%. O volume destinado ao mercado internacional foi ampliado em 36,2%, somando 1,9 milhão de toneladas comercializadas. “A valorização do dólar fez com que os embarques ficassem mais atraentes. Além disso, houve queda na produção americana e argentina de soja, fazendo com que a China entrasse no mercado, abrindo oportunidade de ampliação das exportações de Minas Gerais”, comentou o representante da Seapa. Somente a soja em grão movimentou US$ 663 milhões com a exportação de 1,85 milhão de toneladas, variação positiva de 29,2% e 41%, respectivamente. Cafeicultoras buscam treinamento para melhorar qualidade do grão Sistema FAEMG 11/07/2016 Lisa Fávaro

Um grupo de 12 mulheres produtoras de café de Lambari tem buscado cada vez mais capacitação para melhorar a qualidade do grão e, consequentemente a bebida. Com o intuito de aprimorar as técnicas no terreiro, elas participaram do Curso de Preparo de Café Via Seca do Senar Minas. Gustavo Mendes Vieira foi o instrutor e ensinou às alunas como deve ser o manejo do café no terreiro, a operação e rodagem do grão para que fique no ponto de ir para o secador. “A gente repassa todas as técnicas para que não haja nenhuma interferência que possa atrapalhar a secagem do café e,

Page 8: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

consequentemente a qualidade”. O treinamento ocorreu no Bairro Paiolinho, zona rural de Lambari. Bianca Lessiane Moreira Gallo Bocardi, uma das participantes, é cafeicultora há 13 anos. Segundo ela, o curso ajudou bastante e tirou muitas dúvidas. A produtora conta que a procura por um café de qualidade é tem aumentado e o curso trouxe os conhecimentos que precisavam para melhorar a produção. “Aqui na fazenda o trabalho é conjunto, os homens ficam na lavoura e as mulheres no terreiro de café. E o curso deu a oportunidade de aprender muita coisa que vai ajudar na cadeia produtiva da bebida”, conta. No bairro existe a Associação Paiolinho, da qual cerca de 100 cafeicultores fazem parte. A intenção do grupo é exportar o grão e o curso do Senar vai ajudar no processo de certificação. “Elas buscaram o treinamento para melhorar a qualidade do produto, já que a associação pretende agregar valor e investir na produção de cafés especiais”, explica o instrutor. Essa é a segunda turma de mulheres para a qual o instrutor ministra esse tipo de curso: “acho que as elas são participativas, perguntam, são espontâneas e se interessam mais pelo assunto do que os homens”, afirma Gustavo. Clubes de assinatura de cafés tornam-se tendência de consumo no Brasil e no mundo Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café 11/07/2016 Lucas Tadeu Ferreira, Gabriela e Jamilsen Santos

A edição do mês de junho de 2016 do Relatório Internacional de Tendências do Café destaca uma tendência mundial de consumo de café que está ganhando espaço no Brasil. Trata-se dos clubes de assinatura para cafés torrados e moídos e em cápsulas. A principal vantagem que esses clubes oferecem é a oportunidade de os clientes experimentarem e conhecerem marcas variadas de café, além de poderem montar seus "combos" de acordo com suas preferências. O segmento, que já possui versões para a assinatura de produtos de beleza, cervejas, vinhos, entre outros, consiste em um clube de assinantes no qual o cliente realiza um

cadastro, escolhe o plano e começa a receber o café em casa, mensalmente. A primeira empresa que iniciou esse serviço em 2015 no Brasil, mencionada no Relatório, garante a entrega de cafés frescos todos os meses nas casas dos assinantes. Outras vantagens apontadas é que as cápsulas são compatíveis com máquinas existentes no mercado e as vendas são realizadas online. Outro destaque do Relatório Internacional de Tendências do Café (Vol. 5 – Nº 5) é o aumento de consumo verificado nos Estados Unidos. Lá, o consumo diário da bebida à base de café expresso quase triplicou no período de 2008 a 2016, segundo a Associação Nacional do Café (NCA) americana. Além disso, o segmento de café gourmet nos EUA também apresentou bom desempenho no consumo, principalmente pela população jovem (18 a 39 anos), que também é responsável pelo aumento do consumo de café tradicional. Nesse caso, o consumo diário da bebida entre os consumidores de 18 a 24 anos duplicou desde 2000. Para os de 25 a 39 anos,

Page 9: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

o aumento também foi bastante expressivo. Outra tendência constatada foi o aumento do consumo de café em cápsulas, tanto em casa como no ambiente de trabalho. As monodoses tornam-se atraentes por oferecer rapidez e praticidade no preparo, além da possibilidade de personalizar a bebida com opções de café de alta qualidade. No ambiente de trabalho, em 2016, 33% dos estabelecimentos que possuem área para o café contam agora com uma máquina de monodoses, de acordo com dados do NCA. Em relação especificamente ao Brasil, o Relatório do Bureau destaca que a produção, neste ano, de conilon no Espírito Santo está comprometida, uma vez que muitos produtores decidiram fazer a recepa, método de poda baixa da lavoura para renovação total da planta. Essa medida foi tomada devido à seca que afetou o Estado recentemente e é considerada a mais grave em 50 anos. Além da falta de chuva, o governo local proibiu a irrigação de lavouras em algumas cidades como medida para garantir o abastecimento de água nas residências, o que afetou as lavouras de conilon, onde o uso da irrigação é bastante comum, cita o Bureau. Com relação ainda ao nosso País, o Relatório ressalta que Associação Brasileira da Indústria do Café, ABIC, anunciou o desenvolvimento de um programa para a certificação de cafés em cápsula. A avaliação, que possui uma metodologia própria e específica, foi desenvolvida nos últimos doze meses em conjunto com o Grupo de Avaliação do Café (GAC), com o Sindicato das Indústrias de Café de São Paulo (Sindicafesp), com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e o Laboratório Carvalhaes, laboratórios credenciados pela ABIC para a análise de café com o apoio do Instituto Totum, responsável pelo gerenciamento do programa. O selo de certificação possui como objetivo oferecer uma avaliação global do produto, avaliando as características da crema como cor, brilho, persistência e consistência; os atributos da bebida de acordo com o amargor, adstringência, corpo e sabor; a intensidade da bebida, segundo o grau de persistência aftertaste, avaliada em uma escala de 0 a 10; além de analisar características físicas do produto, tais como peso, ponto de torra, granulometria e espessura da crema, entre outros atributos. O formato padrão de análise das tendências do café adotado pelo Bureau de Inteligência contempla quatro seções: PRODUÇÃO, INDÚSTRIA, CAFETERIAS e INSIGHTS. Na seção PRODUÇÃO de café, são feitas considerações gerais, observações sobre variações climáticas e análises da atuação e participação de grandes empresas do setor e também de governos de países da América do Sul, no caso o Brasil; África – Etiópia, Tanzânia e Uganda; e China, na Ásia. Em relação à INDÚSTRIA, o Bureau aborda várias estratégias comerciais e de promoção e marketing de grandes empresas em muitos países para tentarem consolidar e conquistar novos mercados. A seção CAFETERIAS do Relatório destaca a expansão comercial de grandes redes e analisa o consumo de café no mundo com destaque para os EUA, Reino Unido e Colômbia. Por fim a seção INSIGHTS destaca os principais sinais apresentados no Relatório. O Relatório Internacional de Tendências do Café do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da UFLA, instituição fundadora do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, faz parte do projeto "Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira", executado no âmbito do Consórcio e financiado pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. Tem como objetivo monitorar, analisar e difundir informações, indicadores e tendências relevantes para a competitividade da cafeicultura, bem como propor soluções estratégicas para o setor. As edições do Relatório estão disponíveis no portal da UFLA e no Observatório do Café.

Page 10: Clipping cnc 11072016   versão de impressão

Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

Uganda: clima mais seco pode reduzir exportações de café robusta Agência Estado 11/07/2016 A produtividade das lavouras da segunda safra de café robusta no oeste e sul da Uganda tem diminuído por causa do clima mais seco no país, o que vem prejudicando os embarques, diz David Muwonge, vice-chefe da associação nacional dos produtores de café do país. Como resultado, o volume das exportações pode ser reduzido para 3,6 milhões de sacas de 60 quilos nesta temporada, muito mais baixos do que a previsão anterior do grupo de 3,8 milhões de sacas. Os embarques reduziram em 14%, em junho, a segunda queda mensal consecutiva, em meio a menores entregas de uma região que representa 45% da produção total do café da Uganda. "O período de seca veio em um estágio crítico, impediu que as plantas em muitas áreas alcançassem a plena maturidade", diz Muwonge. Fonte: Dow Jones Newswires.