DESENVOLVIMENTO DO ERJ - 5 DA INTEGRAÇÃO MERCANTIL À INDUSTRIAL: AS NOVAS DINÂMICAS REGIONAIS.

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DESENVOLVIMENTO DO ERJ - 5

DA INTEGRAÇÃO MERCANTIL À INDUSTRIAL: AS NOVAS DINÂMICAS REGIONAIS.

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Integração produtiva

A Integração produtiva:• Processo de implantação e consolidação de

complexos econômicos, polos e áreas de modernização nas economias regionais menos industrializadas – integrando-as, por meio de especializações, às regiões mais desenvolvidas.

• Determinantes: • Grandes investimentos públicos e privados voltados à

substituição de importações de insumos e bens de capital.

• Incentivos fiscais para implantação de industrias NE/N - aproveitados por empresas do Sul – Sudeste. Bens de consumo não durável e BI.

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Integração produtiva

• Papel decisivo do Estado:• Na década de 70 ocorre uma avalanche de

investimentos industriais realizados pelas empresas controladas pelo Governo Federal: aço, petróleo, fosfato, potássio, petroquímica papel, carvão,mineração, titânio, cobre, cloro química.

• Ampliação dos incentivos fiscais federais e estaduais • Ações da SUDENE e da SUDAM.

• • As decisões locacionais relativas a esses novos

investimentos foram tomadas principalmente, pela proximidade de recursos naturais. A maioria foi realizada fora de SP, contribuindo para a desconcentração relativa da indústria.

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• A preocupação governamental com as deseconomias de escala [que começam a aparecer em particular na RMSP] e com as desigualdades inter-regionais. Impactos negativos no crescimento econômico e na integração nacional.

• Desenvolvimento de estratégias de redistribuição espacial:

• Melhor repartição da infraestrutura e desenvolvimento de interações espaciais da atividade econômica.

• Instalação de indústrias de bens intermediários – polos minero industriais - e usinas hidroelétricas em pontos estratégicos da periferia.

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• Investimentos em energia e meios de transferência. Expansão da fronteira agrícola e mineral.

• Políticas de apoio e incentivo às exportações.

• Há crescimento de todas as grandes empresas nacionais em praticamente todas as regiões do país.

• As decisões locacionais relativas a esses novos investimentos foram tomadas principalmente, pela proximidade de recursos naturais.A maioria foi realizada fora de SP, contribuindo para a desconcentração relativa da indústria.

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• Características da descentralização

• Os investimentos dos anos 70 e 80 trouxeram um forte componente de desconcentração no plano dos bens intermediários: química e extrativa mineral.

• Crescente heterogeneidade do desenvolvimento interno das regiões com o surgimento de “ilhas de produtividade” em quase todas as regiões.

• Favorecimento de municípios de porte médio dotados de infraestrutura e próximos à malha de transportes.

• Maior crescimento das antigas periferias nacionais.

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Uma nova Divisão Inter-regional da Indústria• A periferia, que antes apenas consumia produtos

industriais e exportava insumos passa também a ter produção industrial.”

• A relação SD – Periferia deixa de ser Indústria x Atividades primárias para assumir a forma de relações inter industriais.

• Essa produção industrial é complementar à indústria paulista e dependente de seus mercados de insumos, bens de capital e produtos finais.

• Poucas conexões entre novos investimentos e a indústria da periferia.

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• Desconcentração industrial.• A integração produtiva leva à desconcentração da

produção industrial. Esta coincide com a desaceleração da economia após a fase expansiva 1967-73.

A desconcentração ocorre numa década de forte crescimento econômico. SP cresce à taxa de 8% a.a . A indústria da periferia cresce a uma taxa mais elevada.

São sobretudo os novos investimentos que se deslocam espacialmente. SP tem maior presença de BC/BCD em sua estrutura industrial.

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• Principais causas da desconcentração industrial:• .Economias e deseconomias de aglomeração.

Deseconomias de aglomeração começam a pesar sobre os custos de produção nas metrópoles primazes.

• Surgimento/fortalecimento de economias de aglomeração em outras cidades/estados.

• . Importantes mudanças no padrão setorial do investimento público e novos setores dinâmicos da economia: dos BCD para os Bis.

• . Impacto espacial das políticas regionais explícitas e da política econômica governamental. E

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• . Disponibilidade diferenciada de recursos naturais [agrícolas e minerais].

• Economias e deseconomias de aglomeração.

• A partir de um certo patamar, a expansão da atividade econômica começa a gerar Deseconomias de aglomeração e urbanização. Em particular, elevação do preço/aluguel dos terrenos, poluição e novos custos de preservação ambiental, custos de deslocamento e aumentos salariais.

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• Mas a desconcentração só se torna possível se se desenvolvem, paralelamente, economias de urbanização e de aglomeração em outras localidades [crescimento demográfico, crescimento da renda, infraestrutura e disponibilidade de recursos, qualificação da mão de obra, instituições de ensino e pesquisa ].

• Caso contrário, ocorre apenas estagnação/regressão econômica na região que apresenta deseconomias de escala.

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• Novo Padrão setorial de investimento e crescimento.

• Os investimentos se concentraram, nos anos do “milagre”, no setor de BCD. A partir de 1975 [II PND] há deslocamento para o setor de bens intermediários [última fase da substituição de importações].

• As empresas estatais investem pesadamente [II PND] nos setores de aço, petróleo, fosfato, potássio, papel, mineração, petroquímica, papel e celulose, e outros.

• Na grande maioria dessas situações, a proximidade dos recursos naturais é o fator determinante da localização dos empreendimentos. Critério político: refinaria e polo petroquímico de Camaçari.

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• Principais investimentos: • Polo petroquímico de Triunfo [RS] / Polo carbo-

químico de Santa Catarina / de Nióbio e Fertilizantes em Goiás / de extração de estanho na Rondônia / polo siderurgia e alumínio em Carajás [PA] e Itaqui [MA], químico [Sal e Álcalis] no RN / de Sal Gema em Alagoas / de Fertilizantes em Sergipe / Petroquímico na Bahia / Papel e Celulose no ES.

• Polos energéticos: Itaipu, Itumbiara, São Simão, Tucurui, Xingó.

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• A expansão da fronteira agrícola e mineral.• A disponibilidade de recursos naturais orientou

parcela expressiva dos novos investimentos.• . O crescimento da agricultura fez-se também pela

incorporação de novas terras da fronteira agrícola, em função de suas aptidões naturais, dos preços e custos de transporte.

• . Crescimento industrial e incentivos à exportação levaram ao aumento e à diversificação da produção mineral. Novas descobertas, em regiões distantes e melhorias da infraestrutura de transportes ocasionaram a diversificação geográfica da produção mineral.

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• As indústrias de extração e processamento mineral ainda têm um papel expressivo na economia nacional. Parcela expressiva do crescimento da produção industrial dos anos 70 deveu-se à evolução dessas indústrias.

• Agricultura e mineração atraem atividades de processamento e de fornecimento de insumos e bens de capital.

• As políticas de apoio às exportações.• Beneficiaram atividades [calçados, confecções,

alimentos] localizados com frequência em regiões interioranas.

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• Impactos sobre a consolidação de complexos agroindustriais no interior: soja, em primeiro lugar, mas também cana, laranja, carne e álcool.

• Nessa fase, o processo de reversão da polarização se fez em direção ao interior de SP e a quase todos os estados do país.

• A indústria localizada fora da RMSP vê sua participação relativa na indústria nacional passar entre 1970 e 80, de 14,7% para 20,2%.

• Principais polos tecnológicos: São Paulo, Campinas, São Carlos, São José dos Campos, Sana Rita do Sapucaí, Florianópolis, Campina Grande. [Notar que não há menção ao RJ]

• •

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• Evolução dos indicadores econômicos.

• 1. Participação relativa no PIB nacional .

• Estado 1970 1975 1980

• Minas Gerais 8,3 8,4 9,4• São Paulo 39,4 40,1 37,7• Rio de Janeiro 16,7 15,3 13,7•

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• 2. Participação regional no VTI e População ocupada. • Pessoal Ocupado VTI• 1950 1960 1970 1980 1950 1960 1970 1980 • N 0,86 1,13 1,48 2,4 0,90 1,06 1,01 1,81 • NE 17,86 12,52 10,20 11,12 9,34 7,65 5 ,84 7,86 • SE 66,97 70,26 69, 64,30 77,55 78,20 80,48 73,29 • SL 13,84 15,26 16,87 19,66 11,71 12,44 12,02 16,00 • CO 0,47 0,84 1,67 2,28 0,49 0,65 0,65 0,71• • • Censos Industriais - IBGE (1950-1985) .

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• Participação regional/setorial no VTI da indústria. Setor I Setor II Setor III 1970-1980 1970-1980 1970-1980RJ 15,8 10,5 16,0 9,6 12,9 9,7SP 51,7 41,6 52,7 48,4 75,6 61,2RBr 32,5 47,9 31,3 41,6 11,5 29,1

Em 1970, o RJ tinha mais participação no SIII do que o resto do Br. Passa a 1/3 do resto do Brasil em 1980. Tinha a metade da participação do resto do Brasil no SII e passa a 1/3.

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• Distribuição setorial dos PIB regional• RJ 1970 1985 • BCND 45,0% 32,9%• BI: 37,7% 47,0%• BCD/BC: 17,1% 20,3%• MG• BCND: 38,0 26,9 • BI: 52,3 58.2• BCD/BC: 9,1 14,9• SP • BCND: 39,8 28,2 • BI: 32,8 40,6• BCD/BC: 27,4 31,2

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• Evoluções regionais:• SUL: Dinâmica própria da economia + políticas de

modernização da agricultura e agroindústria + Indústria vinculada à modernização + Políticas de incentivo às exportações - calçados e têxteis.

• REGIÕES PROGRAMA: N e NE • Incentivos Fiscais SUDENE, Sudam, Z. Franca.• Reduzido número de atividades e seletividade

espacial. • Políticas setoriais: Petroquímica e política de

substituição de importações de insumos básicos do segundo PND.

• Expansão da fronteira mineral para Exportação

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• Expansão da fronteira mineral para Exportação CO: • Projeção da economia agrícola do Sul Sudeste e

incentivos fiscais. Importância de Brasília.• SUDESTE:• Queda de participação relativa a partir de SP e RJ.

Crescimento relativo da participação de MG e ES.

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• A economia fluminense durante a fase de integração produtiva.

• As perdas de participação relativa na produção industrial nacional se ampliam nessa fase.

• A industrialização da “periferia” exerce um impacto negativo na participação do ERJ na divisão nacional do trabalho.

• As perdas de participação relativa ocorrem em todos os três grandes grupos industriais, mas são mais expressivas no que se refere à produção de bens intermediários, de bens de consumo durável e de bens de capital.

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• Rio de Janeiro, desconcentração e desmetropolização industrial e fortalecimento de

cidades médias. • A RMRJ também perde importância relativa na

produção industrial nacional. Sua evolução no entanto difere da RMSP: sua indústria não se interioriza, pois não houve criação de economias de aglomeração em suas principais cidades médias. As perdas relativas são consequência da crise de vários setores industriais e da fragilidade da base de recursos naturais do estado.

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• No período de integração produtiva e de desconcentração da atividade industrial, a economia fluminense passa a sofrer uma concorrência mais acirrada de novos estados em particular na produção de bens intermediários, que constituem o centro de sua inserção na economia nacional.

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Causas da continuidade da queda de participação relativa do ERJ nas atividades industriais.

- Algumas tentativas frustradas de implantação de complexos industriais no ERJ.

Construção Naval – É indústria de montagem – densa em encadeamentos produtivos.

Forte dependência de componentes fabricados em SP.

Setor não conseguiu acompanhar a evolução tecnológica dos países concorrentes. Menor produtividade e falta de demanda contínua e escala de produção.

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Metalurgia / siderurgia - CSN + COSIGUA – Contenção de preços praticada pelo Estado

[diminuição do custo industrial] nas estatais, dificultando financiamento da expansão e elevação da produtividade.

Descentralização produtiva – COSIPA, USIMINAS, por decisão dos respectivos governos estaduais / perda de economias de escala.

Complexo químico farmacêutico – a partir da REDUC. Influência do controle de preços e da descentralização – Pólo petroquímico da Bahia e do RGS.

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• Apesar de sua perda de participação na indústria nacional, a indústria fluminense se expande e diversifica. Elevação do peso dos BC/BCD e Bis.

• Evolução da estrutura industrial fluminense.• 1970 1980• BCND 45, 36,2• BI 37,7 39,2• BC /CD 17,1 24,2

• .

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• Participação do ERJ no VTI nacional.

• 1970 1980 • BCND 16,7 11,2 • BI 16,9 10,6• BCD/BC 112,8 10,4

• Perda de participação relativa em todos os setores. A mais importante é a relativa aos Bens Intermediários.

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• O ERJ não conseguiu se inserir positivamente na nova divisão nacional do trabalho. Não consolidou ramos novos e sofreu forte concorrência em seus principais ramos.

• Os novos setores implantados na economia estadual não se consolidaram ou não se tornaram dinâmicos - Energia nuclear, computadores.

• Setores estratégicos entraram em crise: construção naval.

• Não teve dinâmica interna suficiente para desdobrar a indústria de bens intermediários em direção a bens de capital e de consumo durável.

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• Sub setores produtivos onde a indústria fluminense apresentou maiores perdas relativas no período 1970-80:

• Química [23,0 – 9,5%] - Mecânica [14,4 – 8,3 %]• Mat. Elétrico [12,0 – 7,3%] – Metalurgia [ 17,5 –

11,6%]• Alimentos [9,7 – 6,3%] – Bebidas [21,7 – 10,5%].• Onde mantém, em 19890, participação mais

expressiva: Editorial e gráfica (28%) / Produtos farmacêuticos(27,6%) e Fumo (17,6%)

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• Evolução da participação relativa do ERJ no PIB nacional de serviços.

• 1970 1980• Comércio 15,2 14,8• Transportes 19,4 14,1• Inst. Financeiras 25,0 22,9 • Administração PB 27, 21,4

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• Evolução ajustada[sem Administração Pública e Inst. Financeiras.

• 1970 1980• Comércio 36,8 34,5• Transportes 11,7 9,1• Aluguéis 27,9 18,2• Outros Serv. 23,7 38,2

• Crescem outros serviços, em particular serviços pessoais.

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• Limites e esgotamento dessa fase de desconcentração produtiva:

• Para a maioria dos autores, o esgotamento estaria sobretudo ligado à crise fiscal e financeira do estado.

• Além da crise fiscal e financeira: Liberalismo e perda de legitimidade da ação estatal.

• Mas, também: esgotamento do modelo de substituição de importações e novo contexto internacional. A Inserção Competitiva. ESGOTAMENTO.

• Importância decisiva da ação estatal nessa fase do processo de desconcentração: investimentos diretos de empresas estatais, centros de pesquisa, incentivos e políticas de apoio, ações de infraestrutura.

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Integração produtiva

• Na década de 80 a desconcentração prossegue, mas em ritmo lento.

• Presença de mecanismos de reconcentração – em particular para as empresas intensivas em tecnologia.