Fundamentos Da Gestao Do Capital de Giro

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Fundamentos da Gestão do Capital de Giro Profº Fernando

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Fundamentos da Gestão do Capital de Giro

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Objetivos da aprendizagem

� Apresentar o conceito e em que contexto estáinserido o capital de giro;

� Explicar a importância do capital de giro;� Apresentar noções fundamentais de gestão de

capital de giro;� Mostrar a importância de uma boa gestão de

capital de giro;� Apresentar conceitos de CGL,NCG, ST, CGP,

etc.2Profº Fernando

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Capital de giro e ciclo operacional� Seja uma organização grande ou pequena suas

operações incluem atividades rotineiras, em que os eventos são repetitivos;

� Compreende a transição periódica de compra de mercadorias para estoques, de estoques em contas a receber, de contas a receber em caixa, de caixa para pagamento de fornecedores, reiniciando o ciclo;

� Ciclo operacional – tempo demandado para comprar, vender e receber.

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Capital de giro e ciclo operacional

CAIXA

ESTOQUE DEPRODUTOS ACABADOS

DUPLICATASA RECEBER ESTOQUE DE

MATÉRIAS-PRIMAS

1

200

2605040

20060

350

OutrosCustos

60

Despesas40

Lucro 2

3

CUSTOS EDESPESASA PAGAR

- 100

4

5

250

Figura 6.2 Capital de giro no ativo e passivo circulantes.

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Volume de capital de giro

� Ilustração 1.3 p29

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O capital de giro (CG) total

� A gestão do CG total diz respeito aos recursos correntes ( AC e PC), como estes elementos estão relacionados;

� Aborda compras de MP, pagamento de fornecedores, estoques, processo produtivo, vendas, concessão de crédito, recebimento, pagamentos de salários, impostos, etc.

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Gestão de ativos circulantes

� Nivel de caixa adequado para sustentar as atividades operacionais, e atender: necessidades inesperadas; reciprocidade e aproveitar eventuais descontos comerciais;

� Nivel de crédito em consonância com o comportamento das vendas, associado a uma política crédito ( riscos, prazos e cobrança)

� Nivel de estoque adequado, considerando custo de manter, perda de venda.

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Gestão do passivo circulante

� Enfoque no nível de endividamento, selecionando as melhores alternativas e custos de financiamentos;

� Empréstimos bancários, descontos de duplicatas, fornecedores, salários, etc.

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Capital de giro bruto

� Compreende os elementos do ativo circulante, ou seja, disponibilidades, recebíveis e estoques;

� Representa o investimento em ativos de curto prazo.

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Cap

ital d

e G

iro

Bru

to

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Capital de giro líquido (CGL)� É a diferença entre o ativo circulante e o passivo

circulante. CGL = AC – PC;� Se AC > PC, situação favorável, indicando excesso

de ativos circulantes para honrar os passivos circulantes. Representa parcela do AC financiada com recursos de longo prazo;

� Se AC < PC, situação desfavorável, apresentando déficit de ativos circulantes para cobrir dívidas de curto prazo. Implica que parcela do ativo permanente está sendo financiado com recursos de curto prazo.

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Capital de giro líquido

Capital de Giro Líquido Negativo ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante

(AC)

Passivo Circulante (PC)

PC > AC Ativo não Circulante

Passivo não Circulante

AVALIAÇÃO:

Pode denotar problema de liquidez

Capital de Giro Líquido Positivo ATIVO PASSIVO Ativo

Circulante (AC)

Passivo Circulante

(PC) AC > PC

Ativo não

Circulante Passivo não Circulante

AVALIAÇÃO:

Bom nível de Liquidez

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Alterações no capital de giro líquido

� Movimentações entre contas circulantes e contas não circulantes;

� Exemplos:� Compra de máquina a vista;� Lucros apurados;� Aumentos de capital;� Empréstimos de longo prazo;� Venda de bens do ativo permanente a vista;� Pagamento de empréstimos de longo prazo;� Outros.

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Capital de giro próprio

� Parcela de recursos próprios que está sendo utilizada para financiamento dos ativos de curto prazo;

� CGP = PL – AP – RLP.

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Gestão do capital de giro

� Para dar qualidade a administração do capital de giro, pode-se dividí-la em:� Gestão do capital de giro operacional;� Gestão do capital de giro financeiro;� Gestão integrada .

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O capital de giro operacional� Compreende os elementos operacionais ou

cíclicos do ativo e do passivo circulante, e guardam estreita relação com as atividades da empresa.

� Origens dos recursos operacionais:� Fornecedores;� Contas a pagar (salários, impostos, etc.);

� Aplicação de recursos operacionais:� Contas a receber;� Estoques.

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Necessidade de capital de giro (NCG)

� Decorre da falta de sincronização temporal entre pagamentos, produção, vendas e recebimento;

� NCG = AC operacional – PC operacional;� NCG (aumenta) se AC operacional (aumenta)

e PC operacional (diminui);� NCG (diminui) se AC operacional (diminui) e

PC operacional (aumenta);

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Capital de giro financeiro� Formado por ativos financeiros e passivos

financeiros, ou seja, contas que estão ligadas a tesouraria ;

� Origem de recursos de curto prazo (passivo):� Empréstimos bancários;� Descontos de duplicatas;

� Aplicação de recursos de curto prazo (ativo):� Caixa e bancos;� Aplicações financeiras.

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Saldo de tesouraria (ST)

� ST = AC financeiro – PC financeiro;� Aumento de PC financeiro pode acarretar

aperto financeiro (liquidez) e aumento do risco financeiro;

� Normalmente problemas na gestão do capital de giro operacional provocam deterioração do saldo de tesouraria.

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Gestão integrada do capital de giro� Desequilíbrios entre a geração e aplicação de

recursos operacionais implicam em necessidade de capital de giro (NCG);

� Isso faz a empresa buscar recursos externos ao ciclo operacional para financiá-lo;

� Podem ser recursos próprios ou de terceiros;� Relação integrativa:

� CGL = NCG + ST

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Capital de giro líquido (CGL) – situação de baixo risco

AC 100 = 75 + 25

PC 80 = 75 + 5

CGL 20 = 0 (NCG) + 20 (ST)

OPERACIONAL FINANCEIRO

Análise:

CGL >0, indicando que parte dos recursos de longo prazo financiam ativos de curto prazo; existe autofinanciamento das atividades operacionais (NCG = 0); e há ainda um excedente financeiro (ST = 20)

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Capital de giro líquido (CGL) – situação de alto risco

AC 70 = 50 + 20

PC 100 = 30 + 70

CGL -30 = 20 (NCG) + -50 (ST)

OPERACIONAL FINANCEIRO

Análise:

CGL<0, indicando que parte dos recursos de curto prazo financiamativos de longo prazo; as fontes operacionais são insuficientes para financiar as atividades operacionais (NCG = -20); e há necessidade de empréstimos para financiar o ativo operacional (ST = -50)

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O efeito tesoura

� Ocorre quando o crescimento da necessidade de capital de giro (NCG) é superior ao do capital de giro líquido (CGL)

� Se a empresa utiliza uma estrutura do alto risco, a necessidade de capital de giro pode conduzir a um aumento no saldo negativo de tesouraria, implicando na captação de empréstimos para cobri-lo.

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O efeito tesoura - ilustação

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Overtrading� É o ato de fazer negócios superiores à

capacidade de financiamento da necessidade de capital de giro (NCG);

� OVERTRADING = SALDO DE TESOURARIA NEGATIVO > LIMITE DE CRÉDITO;

� Uma empresa iludida com o sucesso de vendas de seus produtos e serviços, expande sua produção e venda acima de sua capacidade de cobrir a NCG decorrente dessa expansão.

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Overtrading

� Pode ocorrer por razões alheias à vontade e àgestão da organização, como, por exemplo, uma alteração política econômica do tipo redução no limite de crédito.

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Overtrading proveniente do efeito tesoura – caso Nossa Loja

� PME = 69 dias, PMP = 30 dias, PMR = 21 dias e CF = 60 dias;

� Situação anterior: NCG = $9.000 e vendas anuais = $85.716;

� Situação atual: vendas anuais = $128.574 (� vendas = 50%), margem de lucro = 3%;

� Mantidos todos os prazos invariáveis, observa-se: �NCG = $4.500 (50% de $9.000) e o negócio gera internamente $3.857 ( 3% de $128.574);

� Conclusão:�CGP não é suficiente p/financiar o giro27Profº Fernando

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Overtrading proveniente do efeito tesoura – caso Nossa Loja

� Estratégias para enfrentar a crise:� Empréstimo bancário (5%) > ganho da loja (risco

elevado, possível retardamento da insolvência);� Buscar reduzir NCG através redução dos estoques

(racionalizando produção e logística), do contas a receber (prazos) e aumentado fornecedores ( prazos e limites);

� Utilizar capital de terceiros de longo prazo;� Utilizar capital próprio (desmobilizando ou

capitalizando)28Profº Fernando

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A avaliação da liquidez na gestão do capital de giro

� Visão tradicional : � “Caso a empresa venha a encerra suas atividades,

terá ela condições de saldar seus compromissos”?� Medidas: CGL, índices de liquidez (corrente,

seca,etc);

� Visão alternativa:� “Como a empresa pode continuar a saldar seus

compromissos, mantendo-se em funcionamento”?� Medidas: NCG, CGL e ST de forma integrada

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A avaliação da liquidez na gestão do capital de giro

Variáveis da Análise Dinâmica : NCG, CGL e ST Variáveis Características Fatores Determinantes

Investimento Operacional em Giro NCG =ACO – PCO

De natureza operacional Quando positivo: aplicação líquida de recursos em itens de natureza operacional. Quando negativo: fonte de recursos em itens de natureza operacional

Volume de Vendas Prazos Operacionais (Contas a Receber, Contas a Pagas e Produção e Estocagem)

Capital de Giro Líquido ou Capital Permanente Líquido CGL= CPL = PNC – ANC

De natureza estratégica e operacional Quando positivo: fonte líquida de recursos permanentes Quando negativo: aplicação líquida em itens permanentes

Investimentos no Longo Prazo Financiamento de Longo Prazo Capital Próprio Geração e Retenção de Lucro (Dividendos)

Saldo de Tesouraria ST = CGL – NCG

Dependente do Investimento em Giro (NCG) e dos recursos permanentes (CPL ) Quando positivo: empresa tem sobra de recursos financeiros de curto prazo Quando negativo: empresa tem dependência de recursos financeiros de curto prazo

Níveis de Investimento em Giro (IOG) e Recursos Permanentes (CPL)

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Fatores que Determinam o NCG, CPL e ST

� Os ciclos econômico e financeiro de uma empresa refletem e representam a influência do tempo nas suas operações do dia-a-dia.

� O Ciclo Econômico é o tempo decorrido desde a compra de matéria-prima até a venda de produtos acabados;

� O Ciclo Financeiro é o tempo decorrido desde pagamento da matéria-prima comprada até o recebimento da venda de produtos.

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Fatores que Determinam o NCG, CPL e ST

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Fatores que Determinam o NCG, CPL e ST - Conclusão

� Quanto mais rapidamente ocorrerem as entradas de caixa dos recebimentos das vendas, mais demorado for o prazo de pagamento aos fornecedores, mais eficientemente se transformar matéria-prima em produtos acabados e a vendado produto, menor será o ciclo. Consequentemente, menor será o valor do Investimento Operacional em Giro, pela menor necessidade de investimentos nos ativos operacionais.

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FIM

OBRIGADO

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