Introdução ao Estudo do Antigo Testamento - completo

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CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO DOCENTE: FRANCÉLIA CARVALHO

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CURSO BÁSICO EM TEOLOGIAINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO

TESTAMENTO

DOCENTE: FRANCÉLIA CARVALHO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• O que estudaremos?

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• I – Informações Iniciais:• 1. O que é a Bíblia?- A palavra de Deus, uma coleção de livros e cartas (66 livros), o fundamento das igrejas cristãs, define o que é vida cristã e revela a vontade de Deus, 100% divina e 100% humana;

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• A maravilha da Bíblia – alguns fatos e dados;• Texto mais antigo e o mais recente?• Em quantas línguas foi escrita a Bíblia?• Quantos autores?• Onde acontecem as histórias da Bíblia?• A Bíblia é inerrante e infálivel palavra de Deus.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• O termo ‘testamento’, origina-se da palavra hebraica, Berit, faz menção à ‘aliança’, ao ‘concerto’ ou ‘pacto’;

• A antiga aliança, ou melhor, as antigas alianças feitas com Adão (Gn 2. 16-17; 3. 15); Noé (Gn 6. 18; 9. 9- 17); Abraão (Gn 12. 1-7; 15. 1-21); Moisés (Êx 20. 23; 28-30); Davi (2Sm 7. 10-16), tiveram a responsabilidade de evidenciar a nova aliança, ou seja, a maior de todas e definitiva aliança, inaugurada em Jesus Cristo (Jr 31. 31-34; Ez 36. 22-38).

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

Algumas pessoas equivocadamente, pensam que o AT, é uma parte ultrapassada da Bíblia, pensamento esse errado:• Jesus Cristo a todo o momento usou o AT para ensinar o

que Deus estava fazendo na criação (Lc 24. 25-27, 44-45).• Dos 260 capítulos do NT, 209 possuem citações do AT.• Paulo ensina os cristãos em 1Coríntios 10, lançando mão

do AT. • As palavras ‘Escritura’ e ‘Escrituras’ no NT, com exceção

de 2Pe 3. 16, todas se referem ao AT.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

Divisão do AT O AT, segundo a tradição cristã-evangélica, é composto por 39 livros, encontra-se dividido em 5 blocos, a saber:• A Lei ou o Pentateuco; • Livros Poéticos; • Livros Históricos; • Livros dos Profetas Maiores; • Livros dos Profetas Menores.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

Diferenças nas Bíblias• A Bíblia judaica: é constituída somente do AT,

alterando somente a ondem e divisão dos livros, e 24 livros em vez de 39 como nós, os livros dos profetas menores contam com um só livro;

• Divisão: 1 – Lei: Gênesis – Deuteronômio; 2 – Livros proféticos: Josué – Malaquias; 3 – Escritos: Rute – Ester.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• A Bíblia da Igreja Católica Romana e Ortodoxa;

• Reconhecem alguns livros a mais, no AT, com sendo revelação divina, os livros Apócrifos: são eles, Judite, Baruque, Sirácia, 1 e 2 Macabeus, Tobias e Sabedoria, ou Eclesiástico.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• A Bíblia das Igrejas Evangélicas:• Possuem os mesmos livros e o mesmo

conteúdo.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

De onde vem a Bíblia?• Não caiu do céu, nunca escondeu-se a sua

origem humana, nunca negou que Deus usou pessoas fracas e falíveis, para escrever a história da revelação divina;

• Por isso é importante que venhamos aprender o caminho da nossa Bíblia, e assim poder pesar melhor algumas coisas, entender melhor a nossa fé e a necessidade de interpretação da Bíblia.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

Os meios de tradição e comunicação• Tradição Oral: memorizavam fatos

importantes e cantavam a outra pessoas, DT 11. 18-20;

• A descoberta da escrita: fazia-se para cada palavra um desenho, depois começaram a usar sílabas; usava-se na escrita apenas consoantes, sem sinais de pontuação;

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• Fazendo cópias: as primeiras escrituras foram feitas em pedaços de barro ou em pedras, escreviam com pedaços de madeira, penas ou com artefatos de ferro, EX 24.12;

• Papiro e pergaminho foram usados posteriormente;

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• Métodos: eram transcritos a mão pelos escribas, copiavam os textos sagrados mantendo a fidelidade da escrita original;

• No ano 500 d.C, os Massoretas introduziram ao texto as vogais.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

O Cânon• Sig: cana, junco, cana de medida, “aquilo que regula,

que serve como norma”;

• Somente no século IV, a palavra cânon começou a ser usada a respeito das escrituras – como grupo dos livros reconhecidos pela igreja como inspirados por Deus e normativos para a fé e a vida dos cristões. GL 6.16

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O Cânon

• Qual a importância do tema?Inicialmente, parece pouco relevante, pois temos uma bíblia bem definida.• Quando só havia rolos, como era?• Quantos livros há no cânon?• E no seu cânon?...toda palavra é divinamente inspirada...

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O Cânon

• Posições sobre a formação do cânon: Processo puramente humano:• Os livros, quando surgiram, não eram

sagrados;• Adquiriram tal posição por decisão da

comunidade;• Canonização para garantir uma norma de fé e

de vida.

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O Cânon

Obra divina: Os livros foram escritos pelo ministério da

inspiração; Possuíam autoridade divina desde o inicio, 2

Pe 1. 19-21; Canonização foi o reconhecimento (e não

decisão), da igreja que estes livros eram sua regra de fé e vida.

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O Cânon

• Logo surge um principio:

Deus criou a igreja, portanto não é a igreja que cria o cânon, mas é na verdade o cânon (regra), a palavra de Deus é que cria a igreja.

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O Cânon do AT

• São quantos livros?• 39? Como chegaram a essa conclusão?• O cânon dos judeus tinha duas listas: 22 e ou

24 livros – TaNaKh torá (5), NeViin (8), KeTuVim (9 ou 11) = 22 ou 24.

• E, é esse cânon determinante para nós?

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O Cânon do AT

• Como se formou o cânon do AT?• Com base no NT; Não há nenhuma lista;Mas há citações e alusões; Hb 11, Jd. V11; • Os manuscritos do Mar Morto; encontrou-se

fragmentos de todos os livros do AT, menos do livro de Ester.

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O Cânon do AT

• Ref. Nos livros apócrifos: Rm 1 e 2, faz alusão ao livro de Sabedoria; Hb 11. 35-38, com 2 Macabeus 6. 18-21;

• Prólogo do Eclesiastico, escrito por Jesus, filho de Ziraque – Os livros da lei, os livros dos profetas e os livros que foram escritos depois, nos deixaram ensinamentos de valor; e também confirmou os livros dos profetas menores;

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O Cânon do AT

• Referencias gerais do AT no NT:Mt 5.17; 7.12; Mc 14.49; Lc 24.44; Jo 10.35;Rm 1.2; 2 Tm 2.15e16; Hb 5.12; 1 Pe 4.11; ...• Declarações de Josefo 100 d.C, historiador

Judeu, contemporâneo de Paulo;• Melito de Sardes, 170 d.C., apresenta uma

lista completa dos livros do AT.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO

• Dentre os critérios adotados para a canonicidade, merecem destaque os seguintes:

• Reivindicação da autoridade divina pelo próprio livro,

• Coerência com o restante da revelação. • Escrito por um apóstolo, ou um de seus

assistentes.• Consenso entre a maioria dos judeus.

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A FIDELIDADE DA TRADIÇÃO NO AT• Como podemos ter certeza de que nós temos os mesmos

textos que as pessoas que viveram 400 a.C., e com as pessoas na época de Jesus?

• Os manuscritos de Qumran confirma uma concordância surpreendente com a redação dos textos do Velho Testamento, nos quais se fundamentam, e a redação massorética canônica do Velho Testamento hebraico, datando de aproximadamente um milênio mais tarde. Tal concordância reveste-se de grande importância para a história das tradições.

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A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO

• A interpretação da Bíblia começa dentro da própria Bíblia.

• O AT é uma obra divina, (inspirada por Deus) e humana, (destinada aos homens), fala uma linguagem humana e nos apresenta, na sua história, os homens tais quais são, com suas deficiências e rebeldias contra os desígnios divinos;

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A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO

• O AT, não costuma encobrir falhas humanas, 2 Sm 11, mostra que ao lado do erro, aparece a correção;

• Mostra também o pecado é censurado mais abertamente, Gn 38.9-10;

• Mostra clemência por parte do reis, 1 Rs 20.31;

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A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO

• Impõe deveres de humanitarismo, Ex 23.4-5; estabelece mútua benevolência, Lv 19.18; e aos mais necessitados, recomenda considerações especiais, Ex 22. 21-23;

• A Lei era um instituição preparatória para um regulamento definitivo, que devia ser trazido pelo Messias, Gl 3.24;

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A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO

• Os profetas do Antigo Testamento (AT), por exemplo, interpretam e aplicam a Lei ao povo de seu tempo. Em outras palavras, chamam o povo de volta à aliança ratificada no Sinai. Além disso, os profetas fazem uma releitura do êxodo, anunciando a volta do exílio babilónico como um novo êxodo.

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A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO

• Algo semelhante acontece nos Salmos. Por exemplo, um texto como Sl 16.5-6, "o SENHOR é a porção da minha herança e o meu cálice", faz sentido à luz de Nm 18.20, no qual Deus fala do sustento dos sacerdotes: "Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel".

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A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO

• O mesmo vale para o Novo Testamento (NT), que, a rigor, é uma interpretação do AT. Afinal, o NT anuncia que, em Jesus de Nazaré, se cumpriu a grande expectativa messiânica do AT. E dizer "isto cumpre aquilo" já é uma interpretação.

• Hb 9. 1-12, 10.1, traz Jesus como figura de tudo que acontecia no antigo culto.

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A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO

• O AT no NT: as palavras contidas no AT, cumpre-se progressivamente no NT; Mt 12.40, Jo 3.14, 6.32;

• O AT é lido de forma verbal e literal, e tipológica, isso significa que pessoas, acontecimentos ou coisas do AT, são prefigurações ou protótipos de pessoas, acontecimentos ou instituições do NT.

• Adão, por exemplo, é tipo de Cristo (Rm 5.14). Melquisedeque é tipo de Cristo (Hb 7), o Templo é tipo de Cristo (Mt 12.6), etc.

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A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO

• A autenticidade do AT, consiste na sua doutrina religiosa e moral, na qual o centro da ideia do monoteísmo, e a revelação da obra redentora de Cristo;

• Tendo a língua hebraica bem presente, apresenta um estilo imaginativo e concreto; expõe metáforas ousadas e imagens exuberantes, apresentando coisas abstratas e espirituais com termos realistas.

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O PENTATEUCO

• Conj. Dos cinco primeiros livros do AT, Torá (instrução), ou A Lei;

• 1440-1450 a.C., nas Campinas de Moabe, anterior a morte de Moises, os livros são dados ao povo como regra de fé (e não como material cientifico), Dt 33.4.

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O PENTATEUCO

Visão Geral:• Gênesis: narra as origens do universo e do

gênero humano até a formação paulatina do povo de Israel na sua entrada ao Egito;

• Êxodo: narra a saída do israelitas do Egito, conduzidos por Moisés aos pés do Sinai, para ai receberem de Deus a sua Lei;

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O PENTATEUCO

• Levítico: regula o culto religioso à maneira de ritual, dirigido especialmente aos levitas;

• Números: narra os recenseamentos do povo, estende-se, depois em referir fatos e providências legislativas dos 40 anos vividos no deserto;

• Deuteronômio: ou segunda lei, ditada no fim da jornada no deserto.

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O PENTATEUCO

• Quem é o autor do Pentateuco? Segundo todo o ministério da revelação bíblica, não há dúvidas, Moisés é o autor; o NT reafirma isso nos evangelhos e nas cartas paulinas, além do testemunho de historiadores da história judaica;• O fato da narração na terceira pessoa, e a

antiguidade da escrita, como também a morte de Moisés em Dt, não anula a autoria de Moisés.

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O PENTATEUCO

Surgimento da teoria das fontes:• A composição: é fruto ou não da união de

vários documentos ou de mais escritos originalmente distintos? Nm 21.14

• O autor: de quem são as partes individuais, ou os documentos, quem as reuniu, ou seja, de quem é a redação definitiva do atual Pentateuco?

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O PENTATEUCO

• A idade: quando viveu cada um dos autores e redatores?

São três questões distintas, mas tão conexas que podem, e habitualmente são, tratadas como um tema comum: a questão da autoria mosaica.

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O PENTATEUCO

A crítica literária avançou com a hipótese de o Pentateuco ser produto da reunião de quatro documentos de vários autores:

• J – (Javé) teria sido escrito c. de 950 a.C. por um escritor desconhecido do reino sul;

• E – (Eloim) teria sido escrito c. de 850 a.C. por escritor desconhecido do reino do norte;

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O PENTATEUCO

• JE – um redator desconhecido c. de 650 a.C. terá combinado J e E num único documento;

• D – (Deut.) teria sido composto sob a direção do sumo sacerdote Hilquias com o patrocínio do rei Josias c. 650 a.C;

• P – (Código sacerdotal) teria sido composto em várias etapas a partir do exílio, desde Ezequiel, c. 525 a.C.;

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O PENTATEUCO

AUTORIA CONFIRMADA• 1. Moisés é considerado o mais erudito da

antiguidade e aquele que confessou escrever sob a direção de Deus (Êx. 17.14; 34.27; Dt. 31.9, 24; At. 7.22);

• 2. Há uma continuidade de conteúdo, estilo e género de palavras nos cinco livros;

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O PENTATEUCO

• 3. Cristo e os escritores do N.T. afirmam ser Moisés o autor da Lei (Jo. 1.17; 5.47; 7.19; Rm. 10.5, 19);

• 4. As evidências arqueológicas confirmam que houve intensa atividade literária pelo menos a partir da época de Abraão;

• 5. Moisés terá usado alguns desses documentos antigos de acordo com a inspiração divina, assim como Lucas se informou dos fatos que relatou (Lc. 1.1-3).

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O PENTATEUCO

• Confirmação através de escritos hitóricos:• Para desmenti-los nesse ponto, surgiram no

século XX novas escolas com novos documentos, de escavações no Oriente, como o código de Hamurabi, rei da Babilônia, os arquivos dos heteus, ou hititas, e os poemas ugaríticos; eles trazem à luz costumes, instituições e ritos comparáveis aos do Pentateuco, revelando fatos que refletem a vida dos patriarcas.

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TEMAS DO PENTATEUCO 1. A PESSOA DE DEUS:

• Génesis – Deus é soberano sobre a criação, o homem e as nações;

• Êxodo − Deus tem poder para julgar o pecado e redimir o pecador;

• Levítico – Deus é santo e provê as condições para uma vida santa;

• Números – Deus é bom e justo para disciplinar o seu povo;• Deuteronômio – Deus é fiel para cumprir as suas promessas.

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TEMAS DO PENTATEUCO2. O PROGRAMA DE DEUS:

• Génesis – Preparação e regulamento do Reino de Deus;

• Êxodo – Inauguração e legislação do Reino de Deus;

• Levítico – Organização espiritual do Reino de Deus;

• Números – Organização política do Reino de Deus;

• Deuteronômio – Reorganização do Reino para Canaã.

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GÊNESIS

• Narra acontecimentos, desde a criação do mundo, na perspectiva judaica (o chamado "relato do Gênesis"), passando pelos Patriarcas hebreus, até à fixação deste povo no Egito, depois da história de José.

• Conta da criação da Terra por Deus, da origem da humanidade através de Adão e Eva, da queda do homem (Pecado Original) e da escolha da nação de Israel por Deus.

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ÊXODO• Conta a história da saída do povo de Israel do Egito, onde foram escravos durante 400 anos.• Narra o nascimento, a vida e o ministério de Moisés diante do povo de Israel, bem como o estabelecimento da Lei e a construção do Tabernáculo.

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ÊXODO

• Mostra o início de um relacionamento entre o povo recém saído do Egito e Deus através de uma aliança proposta pelo próprio Deus. Trata da organização do judaísmo.

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LEVÍTICO

•  Basicamente é um livro teocrático, de caráter legislativo;

• Apresenta:• o ritual dos sacrifícios;• as normas que diferenciam o puro do impuro;• a lei da santidade; e • o calendário religioso judaico entre outras

normas e legislações que regulariam a religião.

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NÚMEROS

• Recebe esse nome por causa dos censos relatado;

• Os dois censos de Israel mencionados no livro, são narrados por Moisés, juntamente com os eventos que ocorreram na região do monte Sinai, durante as peregrinações dos israelitas no ermo e em Moabe.

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NÚMEROS

• Explica que Moisés se dedicou a registrar cada sitio onde os hebreus acampavam (tanto os oásis quanto os acampamentos).

• As palavras finais do livro indicam ser ele o escritor do relato, conforme verso 13 do seu último capítulo.

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DEUTERONÔMIO

• O nome é de origem grega e quer dizer “segunda lei” ou “repetição da lei”;

• Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra Prometida por Deus;

• Os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a Deus não é apenas seguir sua lei, Moisés enfatiza a obediência em consequência do amor.

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OS LIVROS HISTÓRICOS

• São 12 livros que tratam da história do povo de Israel, vai do livro de Josué a Ester;

• Encontramos nesses livros não somente uma narração de fatos históricos, mas uma interpretação dos acontecimentos a partir da fé;

• É uma história vista por dentro, mostrando as relações entre Deus e o seu povo.

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OS LIVROS HISTÓRICOS

Períodos Históricos:• Conquista e divisão da terra de Canãa: Josué;• Juízes de Israel: Juízes e Rute;• Monarquia Reino Unido: 1 e 2 Samuel;• Monarquia Reino Dividido: 1 e 2 Reis;• Monarquia e Exilio do Norte: 1 Crônicas;• Monarquia e Exilio do Sul: 2 Crônicas;• Retorno do Exilio: Esdras, Neemias e Ester.

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OS LIVROS HISTÓRICOS

Períodos Históricos:• 1 – Teocrático: (330 anos), São os livros

anteriores ao reinado e composto pelos livros de Josué, Juízes e Rute.

• Nesse período, de 1405 a 1075 a.C., Israel está sob a liderança direta de Deus.

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OS LIVROS HISTÓRICOS

Períodos Históricos:• 2 – Teocrático/Monarquico: (984 anos)

Composto pelos livros que tratam das ascensões, divisões e quedas de Israel e Judá: 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, e 1 e 2 Crônicas;

• Nesse período, de cerca de 1070 a 586 a. C., Israel está sob a liderança de seus reis, entretanto, Deus está governando, abatendo e suscitando reis conforme a sua vontade;

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OS LIVROS HISTÓRICOS

Períodos Históricos:• 3 – Pós Cativeiro: (105 anos) Os livros de

Esdras, Neemias e Ester são obras que descrevem esse período de disciplina e repartição dos israelitas, de 537 a 432 a. C.;

• São chamados também de pós cativeiro babilônico.

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OS LIVROS HISTÓRICOS

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LIVROS POÉTICOS

• Livros Poéticos ou Sapienciais, são cinco livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão;

• Os Livros Poéticos estão entre os Livros da Bíblia porque a poesia é a linguagem do coração e Deus sabe a importância da mensagem da Bíblia para o coração do Seu povo.

• Os poemas bíblicos vão da simples e singela adoração até as imprecações aos ímpios e profecias acerca do Messias, nosso Senhor Jesus Cristo.

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LIVROS POÉTICOS

• Jó: Deus fala para o coração daqueles que estão sofrendo;

• Salmos: fala dos que estão em adoração; • Provérbios: fala dos que enfrentam problemas do dia-a-

dia com casamento, família, criação de filhos e trabalho; • Eclesiastes: para os corações dos que passam por

dúvidas;• Cantares de Salomão: para os corações que querem

aprender mais sobre o relacionamento físico entre marido e esposa.

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PROFETAS

• O Profetismo: com os profetas o AT alcança seu ponto alto, seja como valor espiritual absoluto, seja como preparação para o NT;

• Os profetas eram homens que Deus investia diretamente do seu Espirito para uma missão espiritual no meio do povo;

• Apareciam em momentos difíceis, de perigo ou de necessidade religiosa e moral, como guias espeirituais;

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PROFETAS

• Embora tenha havido pessoas dotadas de espirito profético desde as origens do povo de Israel, Gn 20.7, Nm 11.25-26, Dt 34.10, somente a partir de Samuel os profetas apareceram com mais frequência;

• Profetizaram por cerca de seis séculos ininterruptos (aproximadamente desde 1050 a 450 a.C.).

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PROFETAS

• O período profético divide-se dois períodos iguais:

• De ação: como Elias, Eliseu, Natã... Pregaram energicamente, mais não deixaram escritos;

• Escritores: são os profetas cujas mensagens foram transmitidas por escrito pelos mesmos, dividem-se em profetas maiores e menores;

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PROFETAS

• O objetivo da pregação dos profetas, tanto dos de ação como os escritores era:

• Defender a pureza do monoteísmo, contra as contaminações idolatras;

• Exortar o povo a santidade;• Combater as desordens sociais;• Opor-se ao formalismo religioso;• Anunciar juizo, apregoar arrependimento, e

salvação.

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PROFETAS

• O objeto da revelação podia se apresentar em uma realidade direta, como em Is 6, ou por meio de simbolos, com em Am 7-8;

• A mensagem divina era comunicada, em geral mediante pregação, Jr 7. 1-15, e depois a pregação viva passava para a escrita, Jr 36;

• O profetismo ergue-se com a lei, prevista e aprovada pela mesma, Dt 18.15-20.

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MANUSCRISTO E VERSÕES

• Septuaginta (LXX) - Esta é uma tradução do original hebraico do Antigo Testamento para o grego. Foi feita em Alexandria, entre os séculos III e I a.C., por diversos tradutores, a tradução grega do Pentateuco é superior aos outros livros, possui desequilíbrio de material e não pode ser tratado como uma possível leitura original;

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MANUSCRISTO E VERSÕES

• Áquila – foi escrita em 130 d.C., essa versão tem o objetivo de refletir o texto hebraico contemporâneo, possui acuracidade mecânica, e era violentamente anticristão;

• Teodócio – contemporâneo de Áquila e usou versão do texto hebraico relacionado ao texto massorético;

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MANUSCRISTO E VERSÕES

• VULGATA LATINA - Preparada por Jerônimo, ao final do século V, é uma revisão dos manuscritos mais antigos. Tornou-se o texto latino do Novo Testamento. A partir do Concílio de Trento, 1546, é considerado o texto oficial da Igreja Católica Romana.

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MANUSCRISTO E VERSÕES

• A Bíblia no Brasil:• Traduções parciais, pelos portugueses, usando

a Vulgata e Septuaginta; • Traduções completas, por João Ferreira de

Almeida, e Antônio Pereira de Figueiredo, usando a Vulgata.