Fundamentos Do Antigo Testamento

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  • Fundamentos do Velho Testamento CPD

    S a Escritura, S Cristo, S a Graa, So a F , S a Deus Glria 1

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    S a Escritura, S Cristo, S a Graa, So a F , S a Deus Glria 2

    I. AS LNGUAS DO VELHO TESTAMENTO

    O Velho Testamento foi escrito em duas lnguas semticas: o hebraico e o aramaico.

    1. Aramaico O aramaico, lngua que tem origem bem prxima do hebraico, e no derivado deste, o

    idioma em que esto escritas as passagens de Dn 2:4-7; Ed 4:8 - 6:18; 7:12-26; Jr 10:11; duas palavras em Gn 31:47. A referncia em II Re 18:26 demonstra que, j no tempo de Senaqueribe (705-681 a.C.), o aramaico era um idioma diplomtico. No imprio persa (550-450) esse era o idioma oficial. A forma escrita a mesma que no hebraico, pois o aramaico tem aproximadamente as mesmas caractersticas fonolgicas.

    Sete dialetos do Aramaico Ocidental eram falados na poca de Jesus. Eles eram provavelmente distintos ainda que mutuamente inteligveis. O Velho Judaico era o dialeto proeminente de Jerusalm e da Judia. A Samaria tinha seu Aramaico Samaritano distinto, onde as consoantes 'he', 'heth' e '`ayin' todas se tornaram pronunciadas como 'aleph'. O Aramaico Galileu, a lngua da regio natal de Jesus s conhecida de alguns poucos lugares, das influncias no Targmico Galileu, de alguma literatura dos rabinos e algumas poucas cartas privadas. Ela parece ter um nmero de caractersticas distintas, como: ditongos nunca so simplificados a "monotongos". A leste do Jordo, os vrios dialetos de Jordaniano Oriental eram falados. Na regio de Damasco e no Lbano, o Aramaico Damasceno era falado (deduzido na sua maioria do Aramaico Ocidental Moderno. Finalmente, bem ao norte, como em Aleppo, o dialeto do Aramaico de Orontes era falado.

    Alm desses dialetos de Aramaico, o Grego era usado extensivamente nos centros urbanos. H pouca evidncia do uso do Hebraico durante esse perodo. Algumas palavras em Hebraico continuaram como parte do vocabulrio Aramaico Judeu (em sua maior parte palavras religiosas, mas tambm algumas do cotidiano, como `, rvore) e a lngua escrita do Tanakh era lida e entendida pelas classes cultas. Contudo, o Hebraico deixou de ser a lngua do dia a dia. Em adio, as vrias palavras no contexto Grego do Novo Testamento que no so traduzidas, so claramente Aramaico ao invs de Hebraico.

    2. O hebraico O Hebraico pertence ao grupo ocidental dos idiomas semticos. No antigo testamento

    chamado de a lngua de Cana (Is 19:18), ou judaico (II Re 18:26;Is 36:11 e Ne 13:24). A primeira designao hebraico ocorre pela primeira vez no livro de Ben-Siraque (130 a.C).

    Umas das caractersticas dos idiomas semticos e a raiz tri-consonatal que age como uma espcie de arcabouo para uma srie de padres voclicos. Os sinais voclicos no eram usados, mas, em conseqncia de certas alteraes fonticas, surgiram soletraes etimolgicas em w e y, e essas letras passaram ento a ser usadas em outros lugares a fim de representarem as vogais longas.

    Quando o hebraico entrou em declnio como lngua falada, foram inventados os sinais voclicos com a finalidade de conservar a pronncia aproximada das palavras. Este sinais foram inventados pelos massoretas (de massorah que significa tradio - eles viveram entre os sculo V e X d.C.). Por isso, esses sinais so tambm chamados de sinais massorticos.

    Sinais massorticos

    a n / ma n / ma e n / m n / me i n / mi hn / mi o n / mo n / m In / m u n / mu Un /mu

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    n: este sinal massortico, de acordo com a etimologia da palavra, pode corresponder tanto a letra o como a letra a do alfabeto portugus.

    Exemplo:

    hkj (hli) = doena i,b (Nathan) = Nat

    Alfabeto Hebraico Nome Letra Pronncia provvel Palavra Traduo

    aleph

    t

    - Consoante muda, como o h de homem

    ct

    pai

    c Som equivalente a b, s que aspirado; algo parecido com v ohcIy bons beth B b iC filho

    g Som equivalente a g de gato, porm aspirado sdC agir gimel D g (como de gato) hID povo

    d Som equivalente ao th da palavra inglesa this ost homem, Ado daleth S d r"cS palavra, coisa

    h Som equivalente ao h da palavra inglesa his thv Ela he V Som equivalente ao h da palavra inglesa his VF&kn O rei dela

    waw w v/w (em algumas palavras como a vogal o ou u) iut sofrimento zayin z z rz forasteiro heth x Som equivalente ao j do espanhol trabajo hkj doena Teth j t cIy bom yodh y i rhg cidade

    k / l Som equivalente a k, porm aspirado rIf&C primognito kaph K q (como em queijo) ,rF Cortar / fazer

    lamedh l l tO no mem m / o m Q/kn rei nun n / i n hbt Eu

    samekh s s xUx cavalo ayin [ isg den

    p / ; Som equivalente ao p, porm aspirado; algo parecido com f y"pa julgar pe

    P p r"P touro tsadeh c / . Som inexistem em portugus, equivalente ao zz do italiano

    pizza ehS"m justo

    qoph q Som inexistente em Portugus, equivalente ao nosso q, s que pronunciado mais enfaticamente com a lngua retrada oUe estvel

    resh r r v/gr pastor sin f s raC carne

    shin v sh ohnJ cus

    t Som equivalente ao th do ingls thin tyj pecado taw T t vrIT Lei

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    3. Vocabulrio

    Traduo Traduo Traduo Traduo ct pai

    ,h"C casa

    rcS palavra

    stn muito

    iC filho oIkJ paz oS sangue vkg holocausto kIe voz vrIT lei r"P touro J/pb alma Jht homem ehS"m Justo, reto y"pJ julgar jUr esprito o J nome i,b Nata cr/g tarde ,hr&C aliana ivF sacerdote van Moiss hID povo ohrcS palavras thv ela hbst adonay raC Carne ohnJ cus tUv ele rv monte .g rvore ohn guas rhg cidade Jn J sol hrt leo ohbP face cIy bom .rt terra hkj doena oh mar oIh dia Q/kn Rei reC manh ,nt verdade rIt luz ,"C Filha rIC sepultura grz semente tO no ot me ktD resgatar sxj bondade kt Deus r"gJ porta k"kv louvar Jse santidade hbt eu tXF trono tyj pecar isg den o"g povo vJt mulher rz forasteiro oIHv hoje xUx cavalo oj/k po ij&k J mesa ,h"C casa ost homem iIst senhor vJn ungir ehS"m Justo, reto rJh ser reto, justo vnst terra vrIT lei gr mal rzu culpado ihe Cain oh"kJ Urh Jerusalm ohbC filhos thab prncipe rdv Agar Jse ser santo cvt amar v/gr pastor Jtr cabea ,rF Cortar/fazer ,Un morrer ohcIy bons oUe estvel vhj Ser vivente ,IcIy boa

    4. Frases

    Ao fazermos a leitura de textos na lngua hebraica no devemos nos esquecer que esta lngua tem uma particularidade: sua leitura deve ser efetuada da direita apara a esquerda. Vejamos alguns exemplos.

    .rtv ,tu ohnAv ,t ohvOt trC ,hJtr&C (Gn 1:1) No princpio criou Deus os cus e a terra

    oIv, hb&P-k"g Qaju Uvcu Uv, v,hv .rtvu (Gn 1:2) E a terra estava sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo

    ohNv hb&P-k"g ,/pjrn ohvOt jUru

    E o Esprito de Deus pairava sobre as guas

    rIt hvhu rIt hvh ohvOt rntHu (Gn 1:3) E disse Deus: haja luz e houve luz

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    5. O Texto Hebraico Consonantal

    GNESIS 1 e 2:1-17

    #rah taw ~ymvh ta ~yhla arb tyvarb 1 ~ymh ynpl[ tpxrm ~yhla xwrw ~wht ynpl[ $vxw whbw wht htyh #rahw 2 rwayhyw rwa yhy ~yhla rmayw 3

    $vxh !ybw rwah !yb ~yhla ldbyw bwjyk rwahta ~yhla aryw 4 dxa ~wy rqbyhyw br[yhyw hlyl arq $vxlw ~wy rwal ~yhla arqyw 5

    ~yml ~ym !yb lydbm yhyw ~ymh $wtb [yqr yhy ~yhla rmayw 6 !kyhyw [yqrl l[m rva ~ymh !ybw [yqrl txtm rva ~ymh !yb ldbyw [yqrhta ~yhla f[yw 7

    ynv ~wy rqbyhyw br[yhyw ~ymv [yqrl ~yhla arqyw 8 !kyhyw hvbyh hartw dxa ~wqmla ~ymvh txtm ~ymh wwqy ~yhla rmayw 9

    bwjyk ~yhla aryw ~ymy arq ~ymh hwqmlw #ra hvbyl ~yhla arqyw 10 !kyhyw #rahl[ wbw[rz rva wnyml yrp hf[ yrp #[ [rz [yrzm bf[ avd #rah avdt ~yhla rmayw 11

    bwjyk ~yhla aryw whnyml wbw[rz rva yrp hf[ #[w whnyml [rz [yrzm bf[ avd #rah acwtw 12 yvylv ~wy rqbyhyw br[yhyw 13

    ~ynvw ~ymylw ~yd[wmlw ttal wyhw hlylh !ybw ~wyh !yb lydbhl ~ymvh [yqrb tram yhy ~yhla rmayw 14 !kyhyw #rahl[ ryahl ~ymvh [yqrb trwaml wyhw 15

    ~ybkwkh taw hlylh tlvmml !jqh rwamhtaw ~wyh tlvmml ldgh rwamhta ~yldgh tramh ynvta ~yhla f[yw 16 #rahl[ ryahl ~ymvh [yqrb ~yhla ~ta !tyw 17

    bwjyk ~yhla aryw $vxh !ybw rwah !yb lydbhlw hlylbw ~wyb lvmlw 18 y[ybr ~wy rqbyhyw br[yhyw 19

    ~ymvh [yqr ynpl[ #rahl[ @pw[y @w[w hyx vpn #rv ~ymh wcrvy ~yhla rmayw 20 bwjyk ~yhla aryw whnyml @nk @w[lk taw ~hnyml ~ymh wcrv rva tfmrh hyxh vpnlk taw ~yldgh ~nynthta ~yhla arbyw 21

    #rab bry @w[hw ~ymyb ~ymhta walmw wbrw wrp rmal ~yhla ~ta $rbyw 22 yvymx ~wy rqbyhyw br[yhyw 23

    !kyhyw hnyml #rawtyxw fmrw hmhb hnyml hyx vpn #rah acwt ~yhla rmayw 24 bwjyk ~yhla aryw whnyml hmdah fmrlk taw hnyml hmhbhtaw hnyml #rah tyxta ~yhla f[yw 25

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    ~abclkw #rahw ~ymvh wlkyw 1 hf[ rva wtkalmlkm y[ybvh ~wyb tbvyw hf[ rva wtkalm y[ybvh ~wyb ~yhla lkyw 2 twf[l ~yhla arbrva wtkalmlkm tbv wb yk wta vdqyw y[ybvh ~wyta ~yhla $rbyw 3

    ~ymvw #ra ~yhla hwhy twf[ ~wyb ~arbhb #rahw ~ymvh twdlwt hla 4

    hmdahta db[l !ya ~daw #rahl[ ~yhla hwhy ryjmh al yk xmcy ~rj hdfh bf[lkw #rab hyhy ~rj hdfh xyf lkw 5 hmdahynplkta hqvhw #rah!m hl[y daw 6

    hyx vpnl ~dah yhyw ~yyx tmvn wypab xpyw hmdah!m rp[ ~dahta ~yhla hwhy rcyyw 7 rcy rva ~dahta ~v ~fyw ~dqm !d[b!g ~yhla hwhy [jyw 8

    [rw bwj t[dh #[w !gh $wtb ~yyxh #[w lkaml bwjw harml dmxn #[lk hmdah!m ~yhla hwhy xmcyw 9 ~yvar h[bral hyhw drpy ~vmw !ghta twqvhl !d[m acy rhnw 10

    bhzh ~vrva hlywxh #ralk ta bbsh awh !wvyp dxah ~v 11 ~hvh !baw xldbh ~v bwj awhh #rah bhzw 12

    vwk #ralk ta bbwsh awh !wxyg ynvh rhnh~vw 13 trp awh y[ybrh rhnhw rwva tmdq $lhh awh lqdx yvylvh rhnh ~vw 14

    hrmvlw hdb[l !d[!gb whxnyw ~dahta ~yhla hwhy xqyw 15 lkat lka !gh#[ lkm rmal ~dahl[ ~yhla hwhy wcyw 16

    twmt twm wnmm $lka ~wyb yk wnmm lkat al [rw bwj t[dh #[mw 17

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    II. OS NOMES DE DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO

    Gnesis 1 e 2:1-17

    #rah taw ~ymvh ta ~yhla arb tyvarb 1 ~ymh ynpl[ tpxrm ~yhla xwrw ~wht ynpl[ $vxw whbw wht htyh #rahw 2 rwayhyw rwa yhy ~yhla rmayw 3

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    Gnesis 12:1-3 ara rva #rahla $yba tybmw $tdlwmmw $cram $l$l ~rbala hwhy rmayw 1

    hkrb hyhw $mv hldgaw $krbaw lwdg ywgl $f[aw 2 hmdah txpvm lk $b wkrbnw raa $llqmw $ykrbm hkrbaw 3

    Gnesis 26:2-6

    $yla rma rva #rab !kv hmyrcm drtla rmayw hwhy wyla aryw 2 $yba ~hrbal yt[bvn rva h[bvhta ytmqhw lah tcrahlkta !ta $[rzlw $lyk $krbaw $m[ hyhaw tazh #rab rwg

    3 #rah yywg lk $[rzb wkrbthw lah tcrahlk ta $[rzl yttnw ~ymvh ybkwkk $[rzta ytybrhw 4

    ytrwtw ytwqx ytwcm ytrmvm rmvyw ylqb ~hrba [mvrva bq[ 5 rrgb qxcy bvyw 6

    Gnesis 2810-16

    hnrx $lyw [bv rabm bq[y acyw 10 awhh ~wqmb bkvyw wytvarm ~fyw ~wqmh ynbam xqyw vmvh abyk ~v !lyw ~wqmb [gpyw 11

    wb ~ydryw ~yl[ ~yhla ykalm hnhw hmymvh [ygm wvarw hcra bcm ~ls hnhw ~lxyw 12 $[rzlw hnnta $l hyl[ bkv hta rva #rah qxcy yhlaw $yba ~hrba yhla hwhy yna rmayw wyl[ bcn hwhy hnhw 13

    $[rzbw hmdah txpvmlk $b wkrbnw hbgnw hnpcw hmdqw hmy tcrpw #rah rp[k $[rz hyhw 14 $l ytrbdrva ta ytyf[~a rva d[ $bz[a al yk tazh hmdahla $ytbvhw $ltrva lkb $ytrmvw $m[ ykna hnhw 15

    yt[dy al yknaw hzh ~wqmb hwhy vy !ka rmayw wtnvm bq[y #qyyw 16

    xodo 3:13-18 ~hla rma hm wmvhm ylwrmaw ~kyla ynxlv ~kytwba yhla ~hl ytrmaw larfy ynbla ab ykna hnh ~yhlahla hvm rmayw

    13 ~kyla ynxlv hyha larfy ynbl rmat hk rmayw hyha rva hyha hvmla ~yhla rmayw 14

    rd rdl yrkz hzw ~l[l ymvhz ~kyla ynxlv bq[y yhlaw qxcy yhla ~hrba yhla ~kytba yhla hwhy larfy ynbla rmathk hvmla ~yhla dw[ rmayw 15

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    vbd w blx t bz #r a la y s w by hw y w x hw y zr p hw y r m a hw y tx hw y n [n k h #r a la ~yr cm yn[m ~k t a hl[a r ma w 17 w n y hla hw hy l hx bzn w r bd m b ~y m y t vlv $ r d a n hk ln ht [w w n y l[ hr qn ~y yr b[h y hla hw hy w y la ~t r ma w ~y rc m $ lm la la r f y

    y n qzw ht a ta bw $ lql w [m v w 18

    Daniel 9:1-4 ~ydfk twklm l[ $lmh rva ydm [rzm vwrwvxa!b vwyrdl txa tnvb 1

    hnv ~y[bv ~lvwry twbrxl twalml aybnh hymryla hwhyrbd hyh rva ~ynvh rpsm ~yrpsb ytnyb laynd yna wklml txa tnvb 2 rpaw qfw ~wcb ~ynwnxtw hlpt vqbl ~yhlah yndala ynpta hntaw 3

    wytwcm yrmvlw wybhal dsxhw tyrbh rmv arwnhw lwdgh lah ynda ana hrmaw hdwtaw yhla hwhyl hllptaw 4

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    III. A CLASSIFICAO DOS LIVROS DO VELHO TESTAMENTO

    LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO (LXX) LIVROS DO VELHO TESTAMENTO (TM) A Lei

    (Pentateuco)

    Poesia

    A Lei (Tora)

    Os Profetas (Nebhiin)

    Gnesis xodo Levitico

    Nmeros Deuteronmio

    Jo Salmos Proverbios Eclesiastes Cantares

    Gnesis xodo Levtico Nmeros Deuteronmio

    Profetas Anteriores

    Josu Juzes Samuel Reis

    Profetas Posteriores

    Isaas Jeremias Ezequiel Os doze

    Histria Profetas Os Escritos (Kethubhim)

    Profetas Maiores Profetas Menores

    Livros Poticos Cinco Rolos Livros Histricos Josu, Juizes Rue, I Samuel II Samuel, I reis II reis, I crnicas II crnicas, Esdras, Neemias, Ester

    Isaas Jeremias Lamentaes Ezequiel Daniel

    Osias, Joel, Ams, Obadias,Jonas, Miquias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu Zacarias, Malaquias

    Salmos Provrbios J

    Cantares Rute

    Lamentaes Ester Eclesiastes

    Daniel Esdras - Neemias Crnicas

    VELHO TESTAMENTO

    Lei Histria Poesia Profecia

    Fundamento da chegada de Cristo Preparao para a chegada de Cristo Anelo pela chegada de Cristo Certeza da Chegada de Cristo

    NOVO TESTAMENTO

    Evangelhos Atos Epstolas Apocalipse

    Manifestao de Cristo Propagao de Cristo Interpretao e aplicao de Cristo Consumao em Cristo

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    IV. INTERPRETANDO O VELHO TESTAMENTO

    Segundo as Escrituras Sagradas os dois Testamentos, que ela compem, esto em um constante fluxo e refluxo de interpretao, ou seja, tanto o V.T. deve ser interpretado luz do N.T. como o N.T. luz do V.T.

    Neste movimento interpretativo temos a relao entre sombra e realidade, anttipo e tipo, profecia verbalizada e profecia cumprida (Cl 2:16,17; Hb 10:1 / Hb 7:1-3; Jo 1:29; At 2:29-36; Mt 1:1-16).

    Diante deste fato, necessrio se faz que entendamos alguns aspectos da revelao bblia no Velho Testamento:

    a) Ela no exaustiva, ou seja, no trata sobre todos os assuntos e de uma forma completa. Exemplo disto a doutrina da expiao e intercesso limitada de Cristo (Ex 39:6-14 - Lv 16:20,21).

    b) Ela progressiva (Ex. O plano da salvao, a Trindade, escatologia, etc)

    c) Ela , em muitos fatos e aspectos, uma sombra (Cl 2:16,17; Hb 10:1), e, como sombra, devem ser consideradas algumas verdades:

    c.1 Uma sombra incompleta: a circunciso era menos abrangente quando comparada ao batismo, pois aquela era ministrada to somente aos descendestes do sexo masculino (Gn 17:10), j este tanto aos homens como s mulheres (At 16:14,15).

    c.2 Uma sombra transitria: em sua prpria essncia, toda sombra se esvai quando vem plena luz e quando a realidade que representa se aproxima mais e mais, at assumir completamente o seu lugar (Dn 9:26,27; Hb 9:1, 10, 11); ou seja, apresena da realidade exclui necessariamente a sombra.

    c.3 No o retrato real do que representa: embora se assemelhe a realidade, a sombra nada mais do que um contorno daquilo que representa (Hb 10:1). Exemplo disto temos a cerimnia da uno naqual o leo representava a presena do Esprito Santo na vida daquele que era ungido.

    c.4 Apresenta parcialmente a realidade: as vrias cerimnias existentes na lei mosaica nos demonstram que o ministrio de Cristo, em sua totalidade, no poderia ser representado por apenas um s ato cerimonial ou litrgico (Cl 2:16,17; Lv 16:5-10)

    c.5 Aponta para uma realidade: os rituais do V.T. no foram dados por Deus em funo de si mesmos (I Co 7:19), mas para comunicar ao seu povo realidades futuras que certamente j existiam e que estavam prestes a se manifestarem (Cl 2:16,17). A sombra era, portanto, a testemunha daquilo que certamente Deus faria.

    d) Ela proftica, no sentido em que Deus inspirou homens santos a proclamarem e escreverem sobre fatos que ainda viriam acontecer na nova dispensao (Mt 1:18-23; At 2:29-36).

  • Fundamentos do Velho Testamento CPD

    S a Escritura, S Cristo, S a Graa, So a F , S a Deus Glria 10

    Profecia Onde Cumprimento Como Filho de Deus Sl 2.7 Lc 1.32,35

    Como descendente de mulher Gn 3.15 Gl 4.4

    Como descendente de Abrao Gn 17.7; 22.18 Gl 3.16

    Como descendente de Isaque Gn 21.12 Hb 11.17-19

    Como descendente de Davi Sl 132.11; Jr 23.5 At 13.23; Rm 1.3

    Sua vinda em tempo certo Gn 49.10; Dn 9.23,25 Lc 2.1

    Seu nascer de uma virgem Is 7.14 Mt 1.18; Lc 2.7

    Ser chamado Emanuel Is 7.14 Mt 1.22,23

    Nascer em Belm Mq 5.2 Mt 2.1; Lc 2.4-6

    Grandes viriam ador-lo Sl 72.10 Mt 2.1-11

    Matana dos meninos de Belm Jr 31.15 Lc 2.16-18

    Ter chamado do Egito Os 11.1 Mt 2.15

    Ser precedido por Joo Is 40.3; Ml 3.1 Mt 3.1-3; Lc 1.17

    Sua uno com o Esprito Sl 45.7; Is 11.2, 61.1 Mt 3.16; Jo 3.34; At 10.38

    Ser profeta semelhante a Moiss Dt 18.15-18 At 3.20-22

    Ser sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque Sl 110.4 Hb 5.5,6

    Sua entrada no ministrio publico Is 61.1,2 Lc 4.16-21, 43

    Se ministrio iniciado na galilia Is 9.1,2 Mt 4.12-16, 23

    Sua entrada publica em Jerusalm Zc 9.9 Mt 21.1-5

    Sua vinda ao templo Ag 2.7,9; Ml 3.1 Mt 21.12; Lc 2.27-32; Jo 2.13-16

    Sua pobreza Is 53.2 Mc 6.3; Lc 9.58

    Sua humildade e falta de ostentao Is 42.2 Mt 12.15,16,19

    Sua ternura e compaixo Is 40.11; 42.3 Mt 12.15, 20; Hb 4.15

    Sua ausncia de engano Is 53.9 1Pe 2.22

    Seu zelo Sl 69.9 Jo 2.17

    Sua pregao por parbola Sl 78.2 Mt 13.34,35

    Seus milagres Is 35.5,6 Mt 11.4-6; Jo 11.47

    Ter sido injuriado Sl 22.6; 69.7,9,20 Rm 15.3

    Ter sido rejeitado por seus irmos Sl 69.8; Is 63.3 Jo 1.11; 7.3

    Ser uma pedra de escndalo aos judeus Is 8.14 Rm 9.32; 1Pe 2.8

    Ter sido odiado pelos judeus Sl 69.4; Is 49.7 Jo 15.24,25

    Ter sido rejeitado pelos lideres judeus Sl 118.22 Mt 21.42; Jo 7.48

    Os judeus e os gentios, contra Ele Sl 2.1,2 Lc 23.12; At 4.27

    Seria trado por um amigo Sl 41.9; 55.12-14 Jo 13.18-21

    Seus discpulos O abandonariam Zc 13.7 Mt 26.31-56

    Seria vendido por trinta moedas Zc 11.12 Mt 26.15

    Seu preo seria dado pelo campo do oleiro Zc 11.13 Mt 27.7

    A intensidade de seus sofrimentos Sl 22.14,15 Lc 22.42,44

    Seu sofrimento em lugar de outros Is 53.4-6,12 Mt 20.28

    Sua pacincia e silencio sob os sofrimentos Is 53.7 Mt 26.63; 27 12-14

    Ser esbofeteado Mq 5.1 Mt 27.30

    Sua aparncia maltratada Is 52.14; 53.3 Jo 19.5

    Terem-No cuspido e flagelado Is 50.6 Mt 14.65; Jo 19.1

    Cravao de seus ps e mos cruz Sl 22.16 Jo 19.18; 20.25

    Ter sido esquecido por Deus Sl 22.1 Mt 27.46

    Ter sido zombado Sl 22.7,8 Mt 27.39-44

    Mel e vinagre ser-Lhe-iam dados Sl 69.21 Mt 27.34

    Suas vestes seriam divididas e sortes lanadas Sl 22.18 Mt 27.35

    Seria contado com os transgressores Is 53.12 Mc 15.28

    Sua intercesso pelos Seus assassinos Is 53.12 Lc 23.34

    Sua morte Is 53.12 Mt 27.50

    Nenhum dos Seus ossos seria quebrado Ex 12.46; Sl 34.20 Jo 19.33,36

    Seria traspassado Zc 12.10 Jo 19.34,37

    Seria sepultado com o rico Is 53.9 Mt 27.57-60

    No veria a corrupo Sl 16.10 At 2.31

    Sua ressurreio Sl 16.10; Is 26.19 Lc 2.6,31,34

    Sua ascenso Sl 68.18 Lc 24.51; At 1.9

    Seu assentar direita de Deus Sl 110.1 Hb 1.3

    Seu exercer o oficio sacerdotal, no cu Zc 6.13 Rm 8.34

    Seria a pedra principal da igreja Is 28.16 1Pe 2.6,7

    Seria Rei em Sio Sl 2.6 Lc 1.32; Jo 18.33-37

    Converso dos gentios a Ele Is 11.10; 42.1 Mt 1.17-21; Jo 10.16; At 10.45-47

    Seu governo reto Sl 45.6,7 Jo 5.30; Ap 19.11

    Seu domnio universal Sl 72.8; Dn 7.14 Fp 2.9-11

    A perpetuidade de Seu reino Is 9.7; Dn 7.14 Lc 1.32,33

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    S a Escritura, S Cristo, S a Graa, So a F , S a Deus Glria 11

    V. A LINHA HISTRICA O Velho Testamento compreende um espao de tempo de milhares anos, pois o registro

    do que ocorreu entre a criao de todas as coisas (Gn 1:1) at ltima profecia a respeito da vinda do Messias (Ml 4:2). Neste caminhar da humanidade podemos destacar os seguintes fatos histricos que so importantes na histria do povo de Israel e sua relao com a revelao do Novo Testamento.

    1. A Criao O Velho Testamento logo em seu incio nos apresenta elohim (~yhla~yhla~yhla~yhla) criando todas as

    coisas. O registro da criao um dos argumentos das Escrituras para afirmar o direito que Deus tem sobre tudo que nos rodeia, e sobre ns mesmos. O texto de Gnesis desconhece a teoria da evoluo. Para o escritor sagrado, tudo quando existe obra de um nico Deus (~yhla~yhla~yhla~yhla) pessoal que, em seu infinito poder e graa, comunica a realidade de sua existncia aos homens, criados sua imagem e semelhana.

    2. O Pacto das Obras Tendo criado os seres humanos sua imagem e semelhana (Gn 1:26), o Senhor Deus

    (~yhla hwhy~yhla hwhy~yhla hwhy~yhla hwhy) estabelece com estes um pacto de obras (Gn 2:16,17), atravs do qual Ele promete a perpetuidade da vida edmica atravs da obedincia perfeita de nossos primeiros pais. Que as palavras de Gn 2:16,17 so palavras pactuais, isto ns sabemos pois nelas encontramos os seguintes elementos:

    a. Duas partes envolvidas: estas partes envolvidas logicamente so a humanidade, representada em Ado, e Deus, como criador e soberano sobre todas as coisas.

    b. Uma promessa: a promessa a vida eterna

    c. Uma condio: plena obedincia no ato de no comer da rvore do conhecimento do bem e do mal.

    d. Uma sentena de juzo: a morte Neste pacto Deus no props nada que estivesse alm daquilo que Ado e Eva poderiam

    realizar. Muito pelo contrrio, Deus concedeu a eles todos os meios e condies para que triunfassem sobre a prova. Vejamos:

    a. Eles foram criados seres racionais (Gn 1:26; 2:16,17), portanto entenderam a proposta de Deus.

    b. Foram criados positivamente retos (Ec 7:29), portanto poderiam praticar o bem. c. Possuam livre arbtrio o que tornava cada ao uma livre expresso da vontade

    de cada um. d. Tinham uma excelente motivao material para no desobedecerem: a vida

    eterna e. Tinham uma infinita motivao espiritual para no desobedecerem: a comunho

    com Deus f. Possuam abundncia de alimento. g. Foram orientados enfaticamente sobre o perigo da desobedincia.

    3. A Queda Mesmo diante de todas as graas que Deus concedeu aos nossos primeiros pais, eles

    desobedeceram a lei divina e ficaram sob o domnio da morte. De fato, eles ficaram sob o julgo da morte fsica, espiritual e eterna. E as conseqncias de tal rebelio se estenderam tambm a toda descendncia deles (Gn 4; Rm 3).

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    S a Escritura, S Cristo, S a Graa, So a F , S a Deus Glria 12

    4. O Anncio do Pacto da Redeno Como conseqncia da quebra da lei divina, o que caberia ao ser humano

    instantaneamente era to somente o justo juzo de Deus. Entretanto, por mais paradoxal que seja, aquele mesmo que fora o agente da tentao recebe de Deus a demonstrao da Sua graa humanidade cada, prometendo-lhe um salvador que viria para esmagar-lhe a cabea (Gn 3:15). A, ento, temos o primeiro registro do pacto da redeno, a promessa de um salvador. E tendo feito esta promessa, o prprio Deus derrama o sangue de um animal e faz para Ado e Eva vestimentas para que se cobrissem. E, a, ento, temos o princpio de cobertura de pecados por morte substitutiva, que nortear todo o Velho Testamento.

    4. O Chamado de No Com o crescimento do pecado, Deus separa para si No (Gn 6) e salva sua famlia

    atravs de uma arca. Neste ato salvfico Deus confirma o pacto da graa (Gn 9) e humanidade dada a continuidade de existncia.

    5. O Chamado de Abro Da linhagem de Sem (Gn 11:10-26), filho de no, Abro recebe o chamado de Deus para

    ir uma terra que lhe mostraria e na qual ele e sua descendncia seriam abenoados ricamente (Gn 12).

    De Abrao nasce Isaque, de Isaque nasce Jac. At que Jac viesse a se converter muitas tristezas sua famlia teria que suportar. Mas no

    encontro que teve com Deus no val de Jaboque, seu nome foi mudado para Israel e sua vida transformada. De seus casamentos Jac, teve doze filhos e destes vieram as doze tribos (Gn 49), que seriam chamadas mais frente de povo de Israel.

    6. A Ida de Israel Para o Egito Avanado em dias, Israel tinha Jos como filho predileto. Isto causou tanto dio a seus

    outros filhos que Jos foi vendido, por estes, como escravo. Contudo, Jos tudo sofreu pacientemente at que veio a ser uma grande autoridade no Egito e meio de livramento sua famlia que passava grandes necessidades. Atravs de Jos, a famlia toda de Israel foi para o Egito, no qual por anos gozou de toda a considerao das autoridades daquela nao estrangeira (Gn 37 50).

    7. O Chamado de Moiss Aps a morte de Jos subiu ao trono egpcio um fara que comeou a explorar os

    israelitas. Na aflio o povo clama por libertao, e Deus chama Moiss para liberta-lo (Ex 3). Este Moiss, embora viver na corte egpcia como filho da filha do fara, era na verdade um israelita que pela providncia divina havia sido poupado da morte, quando o fara tinha decretado a morte das crianas hebrias.

    Este Moiss, juntamente com seu irmo Aro, apresentam-se a fara; contudo, mesmo diante de cada praga, o lder egpcio fica cada vez mais duro em seu corao. Com a morte dos primognitos o povo de Israel e liberado (Ex 12). E isto o povo faz aps realizar a primeira pscoa, na qual um cordeiro sem defeito e sem mcula morto, assado e comido pelas famlias hebrias e seu sangue posto nos umbrais das portas.

    Com Moiss o povo atravessa o Mar Vermelho e caminha rumo a terra que Deus havia prometido a Abrao.

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    AS DEZ PRAGAS DO EGITO

    Praga

    Texto

    Aviso

    O Deus Egpcio Zombado

    O Corao de Fara

    Produziu Efeito em Gsen?

    Os Magos Copiaram?

    Comentrio

    gua do rio Nilo

    se tornou sangue

    7:14-24

    Sim

    Os deuses do Rio Nilo

    Corao dele se endureceu

    - 7:22

    Sim - 7:20-21

    Sim

    Ficou 7 dias. O Nilo era um rio sagardo do Egito. Os magos copiaram as pragas, mas

    porque? O que pricisaram foi gua, no mais sangue. Eles no puderam desfazer

    o que Deus tinha feito, nem fazer gua para o povo beber.

    Rs

    8:1-15

    Sim

    Pta e Heca - deus e deusa de

    cabea de r

    Endureceu o seu corao -

    8:15

    Sim - 8:6

    Sim

    Fizeram de novo. Para que? No precisaram mais rs. De novo no

    puderam desfazer o que Deus tinha feito. A r representou para o Egoto a vida

    humana em embrio. Deus mostrou que Ele a fonte de toda vida.

    Piolhos

    8:16-19

    No

    Leb - deus da terra

    Corao dele se endureceu

    - 8:19

    Sim - 8:17

    No Piolhos so pulgas ou mosquitos. Esta

    vez os magos disseram a Fara que isto o dedo de Deus, 8:19. As pulgas ficaram sobre a terra como o p.

    Moscas

    8:20-32

    Sim

    Quepara - deus-besouro

    Endureceu ainda esta vez seu corao -

    8:32

    No 8:22-23

    No

    Um tipo de mosca chamado mosca de cachorroque morde a plpebra, pode dar

    doena dos olhos e at cegueira. Comeando com esta praga Deus fez diferena entre Egito e Israel, 8:22-23,

    11:7. Observa os comprissos de Fara,, v. 25 e 28.

    Pestilncia

    Gravssima

    9:1-7

    Sim

    Serfis (pis) deus sagrado de Mnfis do gado

    O corao de Fara se

    agravou - 9:7

    No 9:4 e 7

    No

    Os magos no puderam desfazer nem curar a doena. Uma doena que atacou o gado. Todo gado do Egito morreu, mas

    nenhum morreu de Israel.

    Sarna

    9:8-12

    No

    Neite - deusa e rainha do cu

    O Senhor endureceu o corao de Fara - 9:12

    No - 9:11

    No

    Deus nesta praga zombou a deusa e rainha do cu do Egito. Moiss jogou o p para o cu que deu um tumor ulceroso na pela do povo que doeu demais. Os magos

    tambm pegaram a doena e no puderam adorar a sua deusa e rainha

    religiosa.

    Saraiva

    9:13-35

    Sim

    ris - deus da gua e

    Osiris - deus de fogo

    O corao de Fara se

    endureceu - 9:35

    No 9:26

    No

    Todos que creram na Palavra de Deus escaparam desta praga, 9:20-21. Deus

    mandou saraiva cair na terra e fogo correr no cho. Mostou que seus deuses da gua e do fogo eram mesmo nada.

    Gafanhotos

    10:1-20

    Sim

    Xu - deus do ar e Sebeque - deus-

    inseto

    O Senhor endureceu o corao de

    Fara 10:20

    No - 10:6

    No

    Deus encheu o ar de gafanhotos. Os deuses egpcios (Xu E Sebeque) no puderam fazer nada para no deixar

    acontecer. que deuses fracos! Observa o terceiro comprisso oferecido por Fara,

    10:11.

    Trevas

    10:21-23

    No

    R - deus-sol. Ele era o deus

    principal do Egito

    O Senhor endureceu o corao de

    Fara 10:27

    No - 10:23

    No

    Com esta praga Deus derrubou o deus principal do Egito, R, o deus-sol. A

    palavra Fara significa sol, ele era um deus. Egito ficou nas trevas (sem ver

    nadinha) durante 3 dias, mas Israel ficou na luz. Observa o quarto comprisso de

    Fara, 10:24.

    Morte do primogn

    itos

    11-12

    No

    Jeov reina! Ele destruiu todos os deuses falsos do

    Egito. Agora mostra que Ele

    a vida.

    Pela ltima vez o seu

    corao se endureceu -

    14:1-10, 21-28

    Aqueles que tinham o

    sangue do cordeiro no

    morreram

    No puderam aliviar o povo

    Depois disto todos souberam que Deus era o Senhor e Seu nome ficou anunciado em toda a terra. Deus destruiu todo deus falso do Egito. Na morte do primognito

    Deus mostoru que Ele tem na Sua mo o poder de morte e de vida. Depois vamos estudar mais detalhadamente a Pscoa.

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    S a Escritura, S Cristo, S a Graa, So a F , S a Deus Glria 14

    8. O Chamado de Josu Com a morte de Moiss Deus chama Josu para substitu-lo (Js1). Muitas batalhas so

    travadas, mas o povo conquista a terra prometida a seus pais (Js 24:14-33).

    9. O tempo dos juzes Shoftim ou Juzes (em hebraico: ) do Velho Testamento que trata da histria dos

    israelitas entre a conquista da terra de Cana no final da vida de Josu at o estabelecimento do primeiro reinado. Escrito originalmente em hebraico, sua autoria at hoje incerta, embora alguns afirmem que poderia ter sido profeta Samuel, durante o reinado de Saul, em torno de 1050 a.C..

    Juzes retrata um perodo de aproximadamente trs sculos em que os israelitas, encontrando-se na terra prometida, desviaram-se dos mandamentos divinos praticando a idolatria e que por isso chegaram a ser derrotados pelas naes vizinhas ou prximas que passavam a oprimir o povo. Ento os israelitas arrependiam-se e pediam a ajuda de Deus. Surgiam assim lderes hericos para resgatarem o povo de Israel dos inimigos e restabelecerem a obedincia lei mosaica.

    O primeiro juiz teria sido Otniel, o qual teria libertado os israelitas do rei Cus-Risataim. Aps a morte de Otniel, os israelitas novamente afastam-se dos mandamentos de Deus e so dominados pelos moabitas. Novamente levantado um novo juiz, Ede que livra o povo de seus opressores. Assim, seguem novos perodos sob a liderana dos juzes em que, repetidamente, os israelitas voltam a adorar deuses pagos, so dominados por outros povos, arrependem-se e so mais uma vez libertos. O ltimo juiz da histria dos israelitas foi Sanso, o qual possua uma fora excepcional e teria liderado o povo contra os filisteus, mas foi trado por Dalila ao lhe revelar que o segredo de sua fora encontrava-se nos seus cabelos. Entre alguns juzes durante essa poca que mais se destacam no livro esto Dbora, Gideo e Sanso.

    O livro termina relatando a decadncia moral dos israelitas, assim concluindo no verso 6 do catulo 17: Naqueles dias, no havia rei em Israel; cada qual fazia o que achava mais reto.

    Cronologicamente pode-se mencionar os seguintes lderes que teriam julgado Israel, com suas respectivas tribos de origem e referncias bblicas:

    JUZES DE ISRAEL Juz Origem Texto Bblico

    Otniel Jud Jz 1:11-15; Jz 3:7-11 Ede Benjamim Jz 3:12-30; Jz 4:1 Sangar desconhecido a origem Jz 3:31; Jz 5:6 Dbora Efraim Jz 4:1; Jz 5:31 Gideo Manasss Jz 6:1-8; Jz 6:32 Abimeleque Manasss Jz 8:33-9:57 Tola Issacar Jz 10:1-2 Jair Manasss Jz 10:3-5 Jaft Manasss Jz 10:6-12; Jz 7 Ibs Jud ou Zebulom Jz 12:8-9 Elom Zebulom Jz 12:11-12 Abdom Efraim Jz 12:13-15 Sanso D Jz 13:1-16 e Jz 31

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    S a Escritura, S Cristo, S a Graa, So a F , S a Deus Glria 15

    10. O Reino Vendo Israel que os povos ao seu redor possuam reis, pedem a Samuel que lhes d um

    rei. Deus se mostra desgostoso com o povo pois tal pedido era a prova que os israelitas no estavam satisfeitos com a teocracia. Saul ento o escolhido (I Sm 10). Porm, sua personalidade instvel, cime excessivo quanto ao trato do povo a favor de Davi e sua deliberada desobedincia a Deus fizeram com este primeiro perdesse o seu reinado para o jovem Davi (I Sm 16).

    11. O Chamado de Davi Com a morte de Saul, Davi reina em Israel. Seu reinado prspero e os inimigos dos

    israelitas so postos longe dos muros de Jerusalm. A construo um templo para YAHWEH (hwhy) dado a seu filho Salomo (I Re 1:11-39), uma vez que Davi havia derramado muito sangue em seu reinado.

    Entretanto, antes mesmo de Davi partir, Deus lhe faz a promessa de que nunca lhe faltaria um sucessor em seu trono e que seu reinado seria eterno (II Sm 7:12-16).

    12. O Chamado de Salomo s portas da morte de Davi, Salomo j experimenta as lutas polticas prprias da

    monarquia. Seu irmo Adonias (I Re 1:5-10) usurpa o trono; todavia, Nata e Bate-seba advogam a favor de Salomo (I Re 1:11-31) e Davi ordena a Zadoque (o sacerdote) e Nat (o profeta) que proclamem a Salomo como rei sobre Israel. E assim feito (I Re 1:32-40).

    13. A Diviso do reino Com a proximidade da morte de Salomo, mais uma vs o reinado sofre abalo e ciso. O

    filho de Salomo, Roboo, sobe ao trono, mas mostra-se desqualificado para tal posto de liderana. Nisto, Jeroboo (filho de Nebate, eframita de Zered, servo de Salomo I Re 11:26-40) levantou-se contra a posio de Roboo e dez tribos seguem-no (I Re 12:12-20).

    Com isto a monarquia judaica se divide: a. Reino de Jud: sob a liderana de Roboo e tendo como capital Jerusalm. b. Reino de Israel: sob a liderana de Jeroboo e tendo como capital Samaria.

    14. O Exlio Pelos muitos pecados dos reinos do norte (reino de Israel) e do sul (Reino de Jud), o

    povo judeu foi para o cativeiro. O reino do Norte foi para exlio assrio no ano 722 a.C. e o reino do sul foi para o cativeiro

    babilnico em 587 a.C. Contudo, mesmo diante da trmino da monarquia judaica; sempre o povo de Israel

    acalentou em seu corao a esperana que um filho de Davi novamente reinaria em Jerusalm e traria nao judaica os tempo ureos de outrora.

    14. O Retorno Para a Palestina Tendo purificado o povo de Israel da idolatria por meio do cativeiro (Dn 3), Deus levanta

    Ciro (o medo-persa) para repatriar seu povo terra prometida. Para a reconstruo da cidade e fortalecimento da f, Deus envia Neemias e Esdras (Ne 1).

    15. A ltima Profecia Com Malaquias ouvimos a ltima profecia com respeito vinda do Messias (Ml 4:5,6). A

    revelao da velha dispensao est selada e o povo instrudo quanto a vindo do Filho de Davi, o Messias.

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    Reino Hebraico Unido: 1102 982 a.C.

    Saul (40) - Davi (40) - Salomo (40) Reino Hebraico Dividido

    Reino de Jud

    Reino de Israel

    Roboo 17 Profetas do V. T. Jerobo 22

    Abias 3 Jud Israel Nadabe 2

    Asa 41 Baasa 24

    Josaf 25 El 2

    Josaf 8 Zinri 7 dias

    Acazias 1

    Onri 12

    Atalia 6 Elias Acabe 22

    Jos 40

    Eliseu Acazias 2

    Amazias 29 Obadias Josaf 12

    Uzias 52 Isaas Je 28

    Joto 16 Miquias

    Jeoacaz 17

    Acaz 16 Jonas Jos 16

    Ezequias 29 Osias Jeroboo II 41

    Jud S 135 anos Ams Zacarias 6 meses

    Manasss 55 Salum 1 ms

    Amom 2 Menam 10

    Josias 31 Pecaas 2

    Jeocaz 3 meses

    Peca 20

    Jeoaquim 11 Jeremias Osias 9

    Zoaquim 3 meses Naum Cativeiro Assrio 722 a.C.

    Zedequeias 11 Sofonias Habacuque

    Cativeiro Babilnico 587 a.C. (49 anos)

    Jerusalm Destruda Daniel e Ezequiel

    Restaurao (147 anos) Zorobabel

    Esdras

    Neemias

    Ageu

    Zacarias

    Malaquias

    Entre Os Testamentos (386 anos)

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    16. O Perodo Intertestamentrio

    a. Desenvolvimento Poltico A Expresso 400 anos de silncio, freqentemente empregada para descrever o

    perodo entre os ltimos eventos do A.T. e o comeo dos acontecimentos do N.T. no correta nem apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele perodo, e o A.T. j estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos ocorreram que deram ao judasmo posterior sua ideologia prpria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamao do Seu evangelho.

    a.1 Supremacia Persa Por cerca de um sculo depois da poca de Neemias, o imprio Persa exerceu

    controle sobre a Judia. O perodo foi relativamente tranqilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exerccio de suas instituies religiosas. A Judia era dirigida pelo sumo sacerdotes, que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdcio a uma funo poltica. Inveja, intriga e at mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdcio. Joan, filho de Joiada (Ne 12.22), conhecido por ter assassinado o prprio irmo, Josu, no recinto do templo.

    A Prsia e o Egito envolveram-se em constantes conflitos durante este perodo, e a Judia, situada entre os dois imprios, no podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa rebelio contra a Prsia. Foram deportados para Babilnia e para as margens do mar Cspio.

    a.2 Alexandre, o Grande Em seguida derrota dos exrcitos persas na sia Menor (333 AC), Alexandre

    marchou para a Sria e Palestina. Depois de ferrenha resistncia, Tiro foi conquistada e Alexandre deslocou-se pra o sul, em direo ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se aproximava de Jerusalm o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exrcito grego seria vitorioso (Dn 8). Essa narrativa no levada a srio pelos historiadores, mas fato que Alexandre tratou singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilgios comparveis aos seus sditos gregos.

    a.3 A Judia sob os Ptolomeus Depois da morte de Alexandre (323 AC), a Judia, ficou sujeita, por algum tempo a

    Antgono, um dos generais de Alexandre que controlava parte da sia Menor. Subseqentemente, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I (que havia ento dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalm num dia de sbado em 320 AC Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento judaicos por vrios sculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de Alexandria comearam a traduzir a sua Lei, i.e., o Pentateuco, para o grego. Esta traduo seria posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir da lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma traduo infalvel. Nos subseqentes todo o Antigo Testamento foi includo na Septuaginta.

    a.4 A Judia sob os Selucidas Depois de aproximadamente um sculo de vida dos judeus sob o domnio dos

    Ptolomeus, Antoco III (o Grande) da Sria conquistou a Sria e a Palestina aos Ptomeus do Egito (198 AC). Os governantes srios eram chamados selucidas porque seu reino, construdo sobre os escombros do imprio de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator).

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    Durante os primeiros anos de domnio srio, os selucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos entre o partido helenista e os judeus ortodoxo. Antoco IV (Epifnio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdcio um homem que mudara seu nome de Josu para Jasom e que estimulava o culto a Hrcules de Tiro. Jasom, todavia, foi substitudo depois de dois anos por uma rebelde chamado Menam (cujo nome grego era Menelau). Quando partidrios de Jasom entraram em luta com os de Menelau, Antoco marcho contra Jerusalm, saqueou o templo e matou muitos judeus (170 AC). As liberdades civis e religiosas foram suspensas, os sacrifcios dirios forma proibidos e um altar a Jpiter foi erigido sobre o altar do holocausto. Cpias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram foradas a comer carne de porco, o que era proibido pela Lei. Uma porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais a conscincia religiosa dos judeus.

    a.5 Os Macabeus No demorou muito para que os judeus oprimidos encontrassem um lder para sua

    causa. Quando os emissrios de Antoco chegaram vila de Modina, cerca de 24 quilmetros a oeste de Jerusalm, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante o seu povo, oferecendo um sacrifcio pago. Ele, porm, alm de recusar-se a faz-lo, matou um judeu apstata junto ao altar e o oficial srio que presidia a cerimonia. Matatias fugiu para a regio montanhosa da Judia e, com a ajuda de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os srios. Embora os velho sacerdote no tenha vivido para ver seu povo liberto do jugo srio, deixou a seus filhos o trmino da tarefa. Judas, cognominado o Macabeu, assumiu a liderana depois da morte do pai. Por volta de 164 AC Judas havia reconquistado Jerusalm, purificado o templo e reinstitudo os sacrifcios dirios. Pouco depois das vitrias de Judas, Antoco morreu na Prsia. Entretanto, as lutas entre os Macabeus e os reis selucidas continuaram por quase vinte anos.

    Aristbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o ttulo de Rei dos Judeus. Depois de um breve reinado, foi substitudo pelo tirnico Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para sua me, Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente pacfico. Com a sua morte, um filho mais novo, Aristbulo II, desapossou seu irmo mais velho. A essa altura, Antpater, governador da Idumia, assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaa de guerra civil. Conseqentemente, Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a Judia com as suas legies, buscando um acerto entre as partes e o melhor interesse de Roma. Aristbulo II tentou defender Jerusalm do ataque de Pompeu, mas os romanos tomaram a cidade e penetraram at o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, no tocou nos tesouros do templo.

    a.6 Roma Marco Antnio apoiou a causa de Hircano. Depois do assassinato de Jlio Cesar e da

    morte de Antpater (pai de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judia, Antgono, o segundo filho de Aristbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum tempo chegou a reina em Jerusalm, mas Herodes, filho de Antpater, regressou de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento com Mariamne, neta de Hircano, ofereceu um elo com os governantes Macabeus.

    Herodes foi um dos mais cruis governantes de todos os tempos. Assassinou o venervel Hircano (31 AC) e mandou matar sua prpria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu leito de morte, ordenou a execuo de Antpater, seu filho com outra esposa. Nas Escrituras, Herodes conhecido como o rei que ordenou a morte dos meninos em Belm por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus.

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    V. A LEI

    1. Lei Civil: Esta lei inclua todas as determinaes referentes vida social e comunitria de Israel, regulando o comportamento do povo, estabelecendo o padro de santidade em todos os aspectos do cotidiano e requerendo a punio justa pelos delitos cometidos. Esta lei era, contudo, peculiar ao povo de Israel, pois fora promulgada em um clima de pacto entre Deus e este povo, o que dava a esta lei o carter restrito e transitrio [Ex 21 e 22].

    2. Lei Cerimonial: Esta lei inclua todas as determinaes referentes a vida religiosa (festas, rituais, smbolos, etc) do povo de Israel. E, como e religio vetero-Testamentria era proftica e apontava, em sombras, para Aquele que haveria devir, deduzimos que esta lei tambm tinha carter transitrio e sua permanncia era assegurada at a vinda daquilo que ela representava (cordeiro pascal=Jesus; sbado=vida eterna; uno com leo=recebimento do E.S.; Festa dos Tabernculos=encarnao de Cristo, etc) [Ex 25 30].

    3. Lei Moral: Esta lei estabelecia o padro de comportamento tico e moral pelo qual o povo de Deus deveria se guiar. Enquanto a Lei Civil apontava para as conseqncias de uma vida em pecado, a lei moral inspirava o povo a ter o carter dAquele que o vocacionara. Disto conclumos que a lei moral eterna e universal pois revela o carter santssimo do Deus Eterno [Ex 20].

    Para ilustrarmos estes trs aspectos da lei de Deus no V.T. damos o exemplo da guarda do sbado. Relacionado a este dia de culto, temos nele um aspecto cerimonial, um aspecto moral e outro civil.

    a. Por aspecto cerimonial, nos referimos a guarda literal do stimo dia da semana e aquele significado espiritual para o qual ele apontava, ou seja, a vida eterna;

    b. por aspecto moral, dizemos aquele princpio que encontramos em Ex 20:9 que diz seis dias trabalhars...mas o stimo dia o sbado do Senhor, ou seja, aps seis dias trabalhados, o prximo pertence ao Senhor para o culto;

    c. e, por aspecto civil nos referimos as sanes e punies pala quebra deste ou de qualquer mandamento.

    Portanto, dizer que o Evangelho nos desobriga a guardar um dia de culto ao Senhor uma compreenso errada da Lei de Deus. No razovel asseverarmos que Deus ordena que pratiquemos todos os nove mandamentos do declogo e venhamos a esquecer exatamente aquele nos intima a cultu-lo. Da segue-se que a guarda do sbado ainda um princpio vlido para todo povo de Deus ainda hoje. Contudo, no segundo o cerimonialismo do V.T., entretanto, de acordo com o esprito da lei que trs vida. O que nos faz concluir que, quando os sabatistas condenam a cristandade por guardar o domingo, como dia de culto, estes hereges se mostram ainda agrilhoados pelas sombras da antiga dispensao, pois so incapazes de perceber que o princpio moral da Lei no quebrado, pois o trabalho de segunda a sbado perfaz um total de seis dias, e, que foi exatamente no dia de domingo que aquilo que o sbado representava foi-nos dado, ou seja, a vida eterna atravs da ressurreio de Cristo, no primeiro dia da semana.

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    VI. O TABERNCULO, O EVANGELHO EM SOMBRAS (Ex 25:1-9)

    1. O Sumo Sacerdote (Lv 21; Hb 5:1-9): a. Seu corpo: As leis que estabeleciam o sacerdcio eram

    extremamente rgidas. No eram quaisquer descendentes de Aro que poderiam oficiar diante de YAHWEH, pois o prprio Deus estabelecera uma srie de regras, as quais citamos a baixo:

    a.1 No poderia tocar em mortos, exceto o pai, me, filho, filha, irmo ou irm virgem.

    a.2 No poderiam fazer calva a cabea. a.3 No poderiam cortar as extremidades da barba. a.4 No poderiam ferir a sua carne. a.5 S deveriam casar com uma virgem. a.6 No poderiam ter alguma deformidade: cego, coxo, rosto

    mutilado desproporcionado, p quebrado, mo quebrada, corcovado, ano, sarna, impinges, testculo quebrado.

    b. Suas vestes sacerdotais (Ex 28) b.1 Em seu vesturio o sumo sacerdote trazia com sigo as cores: branco, carmesim,

    prpura e azul. b.2 No peitoral leva 12 pedras, e cada uma delas representava cada uma tribo de Israel. b.3 Nas ombreiras, o sacerdote possua tambm 2 pedras de nix, nas quais estavam

    escritas os nomes das doze tribos de Israel. Seis em cada uma delas.

    c. Aplicao Teolgica: Diante destes elementos algumas concluses podemos tirar, vejamos:

    c.1 O sacerdcio era uma sombra da pessoa e ministrio de Cristo (Cl 2:16,17; Hb 5:1-9). c.2 A verdade da expiao limitada se faz presente no ofcio sacerdotal, pois o Sumo-

    sacerdote representava diante de Deus to somente aqueles que estavam includos nas doze pedras do seu peitoral e nas duas pedras de nix em suas ombreiras. Ou seja, assim como o sumo sacerdote oficiava diante de Deus somente a favor do povo de Israel, assim tambm, Jesus, o sumo sacerdote da nova aliana, intercede to somente pelos eleitos (Jo 17:9-20).

    2. Os levitas (Nm 3) Levi do Hebraico Lwi ligado a raiz IW significa juntar, ou ainda HILLAWEH que

    significa UNIR. O nome HILLAWEH (LEV) da mesma famlia onomatopaica da palavra HALELUIA. "Outra vez concebeu Lia, e deu luz um filho, e disse: Agora, desta vez, se unir mais a mim meu marido, porque lhe dei luz trs filhos; por isso, lhe chamou Levi." (Gn 29:34)

    2.1 Responsabilidades com o Tabernculo

    O papel dos levitas como ministros do tabernculo era de cooperarem na construo do tabernculo, sob a superviso do filho de Aro, Itamar. Nas leis preparatrias para a marcha pelo deserto, Levi foi separado por Deus, das outras tribos, e colocado sob a responsabilidade de desmanchar, transportar e erigir o tabernculo alem de servirem como uma espcie de pra-choque para protegerem as demais tribos israelitas da indignao de Deus, que os ameaava se

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    despercebidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus mveis (Nmeros 1: 47-54).

    2.2 O Levita e a Santificao

    A santificao o elemento chave para que um levita tenha o seu ministrio bem sucedido e tambm a maior responsabilidade de um servo de Deus. "Segui a paz com todos e a

    santificao, sem a qual ningum ver o Senhor" (Hebreus 12:14 RA). Nenhum Levita pode fazer a obra de Deus sem estar com sua vida em santidade:

    "Os levitas se purificaram e lavaram as suas vestes, e Aro os apresentou por oferta movida perante o SENHOR e fez expiao por eles, para purific-los. Depois disso, chegaram os levitas, para fazerem o seu servio na tenda da congregao, perante Aro e seus filhos; como o SENHOR ordenara a Moiss acerca dos levitas, assim lhes fizeram." (Nmeros 8:21-22 RA)

    3. Ordem para a construo do tabernculo (Ex 25:8,9) a ordem divina concernente construo do tabernculo era que o mesmo deveria ser

    construdo e feitos seus utenslios exatamente como Deus havia revelado a Moiss; isto porque, segundo o plano sbio do Senhor; o tabernculo seria para os irmos velha dispensao o meio didtico pelo qual o prprio Deus os ensinaria sobre a vinda do messias, sua vida e morte, seu ministrio, e, por fim, as bnos decorrentes do penoso trabalho de sua alma. Retirar ou acrescentar algo revelao de Deus acarretaria uma real deturpao da pessoa do salvador.

    4. Propsito da Construo (Ex 25:9 = Gn 3:8 = Jo 1:14 = Ap 21:3): o propsito do tabernculo muito bem posto pelo prprio Deus, ou seja, para que eu

    possa habitar no meio deles. Esta assertiva apresenta-se no somente neste texto, mas sim, durante todo o transcurso histrico da revelao bblica, o que certamente testemunha inequvoca daquele anelo maior de Deus que foi, , e sempre ser, de habitar no meio do seu povo.

    Kai o logoj sarx egeneto kai eskhnwsen em hmin (Jo 1:14) E o Verbo carne se fez e habitou entre ns

    Idou h skhnh tou qeou meta twn antrwpwn, kai skhnwsei meta autwn (Ap 21:3) Eis o tabernculo de Deus com os homens e habitar com eles

    5. Localizao (Nm 2): A orientao quanto a localizao do tabernculo foi dado por Deus por cinco motivos

    diferentes. a. Ele deveria ficar no centro do acampamento do povo de Israel afim de que este pudesse a

    cada dia lembrar que o centro de sua vida deveria ser a vida espiritual. b. Ele deveria ser no centro para ilustrar que todos os fatos histricos na vida do povo

    convergiriam para a vinda do messias representado no tabernculo. c. Deveria ser no centro para lembra-los da constante presena de Deus na direo do

    destino do seu povo. d. A porta do trio deveria estar direcionada para o leste, ou seja, para o oriente (Nm 3:38)

    d.1 Foi exatamente desta banda que os magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus (Mt 2:2),

    d.2 Em Apocalipse, Jesus chamada de a radiante estrela da manh (Ap 22:16).

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    S a Escritura, S Cristo, S a Graa, So a F , S a Deus Glria 22

    d.3 Para a banda do oriente pois era exatamente nesta localizao em a tribo de Jud se acampava (Nm 2:1-3), o que nos lembra as vrias profecias concernentes a origem do Messias como vindo desta tribo (Gn 49:8-11).

    d.4 Este era a entrada do den Gn 3:24)

    6. Estrutura do Tabernculo (Ex 38:9-20):

    6.1 trio (Ex 27:9-19; 38:4-20):

    a. Era cercado por cortinas de linho fino retorcido, seguras em colunas, cujos ganchos e vergas eram de prata e cujas as bases eram de bronze.

    b. Possua uma s porta (Ex 38:13,14), o que nos lembra as palavras de cristo eu sou a porta (Jo 10:9,10), e certamente nos assevera que s existe um caminho de salvao (Jo 14:6). b.1 Esta porta possua quatro colunas (Ex 38:19). O nmero quatro smbolo da

    terra pois nos lembra dos quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste); nisto os irmos do V.T. eram doutrinados sobre a universalidade da graa que era oferecida a todas s naes, bem como a universalidade do nico meio de salvao que Deus props ao homem.

    Jud Issacar Zebulon

    Leste Oriente

    Efraim Manasss Benjamim

    Oeste Ocidente

    D Aser

    Naftali

    Norte

    Ruben Simeo Gade

    Sul

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    b.2 Nesta nica porta de quatro colunas havia um reposteiro de estofo azul, prpura, carmesim e linho fino retorcido. Disto conclumos que este nico salvador oferecido todas naes no poderia ser qualquer pessoa, antes, sim, deveria agregar em seu ser determinadas caractersticas e virtudes imprescindveis para efetuar com poder a salvao. E estas caractersticas eram:

    * Azul: tinha que ter origem celestial * Prpura: ser grande em poder * Linho fino retorcido: sem nenhum pecado. * Carmesim: disposta a morrer pelos seus em uma morte expiatria e

    vicria.

    c. No trio, entre a sua porta e a tenda da congregao, ficavam o Altar do Holocausto e a Bacia de Bronze.

    c.1 Altar do Holocausto (Ex 27): feito de madeira de accia revestida de ouro, simbolizando a humanidade de Cristo revestida do esplendor da glria de Deus; em seus quatro cantos haviam quatro chifres, que simbolizavam o poder da morte vicria de Cristo para salvar a quem ele queira dos quatro cantos da terra.

    c.2 Bacia de Bronze (Ex 30:17-21): feita de bronze, na qual se colocava gua para purificaes. O bronze smbolo de juzo e a gua, smbolo de purificao. Aro e seus filhos deveriam ser purificados antes de entrarem na tenda da congregao ou antes de ministrarem no altar para acender a oferta queimada. Disto retiramos a verdade que o nosso mediador deveria ser perfeito e santo, pois somente assim ele seria aceito diante de Deus e intercederia com eficcia a nosso respeito (). [Jo 13:1-11]

    6.2 A Tenda da Congregao (Ex 25 e 26)

    a. A cobertura: o Tabernculo, ou Tenda da Congregao, era coberto por peles de animais que em suas texturas e cores (Ex 26:1-14) traziam ao povo de Israel conhecimento sobre a vida e o ministrio do Messias, vejamos:

    a.1 Pelos de cabras (Ex 25:4) a.2 Peles de carneiro tintas de vermelho (Ex 25:5). a.3 Peles finas (Ex 25:15)

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    b. As divises da Tenda da Congregao (Ex 26:31-33; Hb 9:3): a tenda da congregao estava dividida em santo lugar e Santo dos santos, por meio de uma cortina (Hb 10:20; Mt 27:51; Mc 15:38; Lc 23:45; Hb 6:19). Esta cortina era feita de estofo azul, prpura, carmesin e linho fino retorcido, tendo querubins bordados (Ex 26:31). [Gn 3:23,24 // Ex 26:31]

    c. Os Utenslios:

    c.1 Mesa dos Pes da proposio (Ex 25:23-29). Na mesa eram postos 12 pes asmos (sem fermento). Um para cada tribo de Israel. [Jo 6:35-51; I Co 5:1-8]

    c.2 O Candelabro (Ex 25:31-40): o candelabro possua 7 lmpadas e seu leo era especialmente preparado. [Jo 8:12]

    c.3 O Altar do Incenso (Ex 30:1-10; Hb 9:4): O incenso era continuamente queimado na presena de Deus. [Lc 1:9-11; Ap 5:8; Ap 8:3,4]

    c.4 A Arca da Aliana (xodo 25:10-16): a arca da aliana era o mais sagrado de todos os utenslios no tabernculo. Aqui os hebreus guardavam uma cpia dos dez mandamentos, que eram o resumo de toda a Aliana.

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    * O propiciatrio (Ex 25:17-22; Hb 9:5): o propiciatrio era o nome dado tampa da arca da aliana. Nele o sangue era aspergido como o fim de se pedir o perdo de pecados. [Rm 3:25; Hb 2:17; I Jo 2:2; I Jo 4:10]

    * O testemunho (Ex 25:16; Hb 9:4): A figura abaixo mostra a Arca aberta para que voc possa ver o seu contedo, que eram estes:

    1. As duas tbuas da Lei 2. A vara de Aro que floresceu 3. O man

    7. A Lei Sobre as Coisas Puras e Impuras 7.1 Aquilo que era impuro

    Em todo o Velho Testamento, um dos atributos marcantes de Deus a sua santidade. E o meio didtico de Deus ensinar ao povo este princpio espiritual foi a separao de um srie de coisas que tornavam o israelita cerimonialmente impuro, vejamos os exemplos:

    a. Tocar em um morto (Lv 5:2; Lv 21:1; Nm 19:13) b. A menstruao (Lv 15:19) c. A mulher aps o parto (Lv 12:2) d. A lepra (Lv 13:1,2) e. Comer animais considerados imundos (Lv 11:26,27).

    Estas questo certamente tinham apenas um valor cerimonial; apontavam tanto para a realidade da santidade de Deus, como convocava os israelitas uma vida de contnua consagrao e purificao aos olhos de Deus. Aprova disto que a separao entre animais limpos e imundos vem aps a queda de Ado. Antes disto, a palavra de Deus afirma que tudo era muito bom. Vejamos tambm At 10:15, At 11:9; I Co 10:25,26; Cl 2:16,17; Rm 14:6.

    7.2 Atos de purificao A lei mosaica era precisa em questes de purificao. Para cada forma de impureza

    cerimonial havia respectivamente um ritual de purificao oferecido ao povo comum e aos sacerdotes. Isto porque, a inteno de Deus atravs dessas leis no era de esmagar a conscincia do povo com a idia de pecado e impureza, mas, sim, mostrar que eles necessitavam de um purificar poderoso para todos os seus pecados. E o prprio Deus oferecia isto a eles atravs da lei mosaica. Vejamos:

    a. Leproso (Lv 14) b. A mulher aps o parto (Lv 12) c. Tocar num morto (Nm 19:11-22)

    Entretanto, todos estes rituais no eram um fim em si mesmos. Desde o incio da revelao bblica, a promessa divina recaa sobre o descendente da mulher que viria para esmagar a cabea da serpente (Gn 3:15). Todos os rituais de purificao apontavam para o mesmo purificador futuro, Jesus Cristo (Cl 2:16,17; Hb 10:1-10). Mas, enquanto ele no vinha, o prprio Deus Pai estabeleceu, pela Lei de Moiss, uma srie de atos ritualsticos que apontavam para a sua obra vicria na cruz do calvrio (Hb 9:11-14; I Pe 1:18-20).

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    VII. SACRIFCIOS E RITUAIS Logo aps Deus ter retirado o povo de Israel do Egito, Ele ordena a Moiss no s a

    construo do tabernculo, mas tambm estabelece uma srie leis e rituais que deveriam dirigir a vida espiritual do povo de Israel at a chaga do Messias prometido em Gn 3:15.

    1. Holocausto

    A palavra original derivada de uma raiz que significa ascender, e aplicava-se oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e no seu fumo subia at Deus. Uma pormenorizada descrio dos holocaustos se pode ler nos primeiros captulos do Levtico. Pertenciam classe dos sacrifcios expiatrios, isto , eram oferecidos como expiao daqueles pecados, que os oferentes tinham cometido - eram, tambm, sacrifcios de ao de graas - e, finalmente, constituam atos de adorao. Os altares para holocaustos eram invariavelmente edificados com pedras inteiras, exceo daquele que foi feito para acompanhar os israelitas na sua jornada pelo deserto, e que se achava coberto de chapas de cobre. Os holocaustos, bem como as ofertas de manjares, e as ofertas de paz, eram sacrifcios voluntrios, sendo diferentes dos sacrifcios pelos pecados, pois estes eram obrigatrios - e tinham eles de ser apresentados de uma maneira uniforme e sistemtica, como se acha estabelecido em Lv caps. 1 a 3. os trs primeiros (holocaustos, ofertas de manjares, e as ofertas de paz) exprimem geralmente a idia de homenagem, dedicao prpria, e ao de graas - e os sacrifcios pelos pecados tinham a idia de propiciao. os animais, que serviam para holocaustos, podiam ser reses do rebanho ou da manada, e aves - mas se eram novilhos ou carneiros, ou rolas, tinham de ser machos, sem defeito, e deviam ser inteiramente queimados, sendo o seu sangue derramado sobre o altar, e as suas peles dadas aos sacerdotes para vesturio. Havia holocaustos de manh e de tarde - e eram especialmente oferecidos todos os sbados, tambm no primeiro dia de cada ms, nos sete dias dos pes asmos, e no dia da expiao. o animal era apresentado pelo oferente, que punha nele a sua mo, e depois o matava, fazendo o sacerdote o resto. Realizavam-se holocaustos nos atos de consagrao dos sacerdotes, levitas, reis, e lugares - e na purificao de mulheres, dos nazireus, e dos leprosos (x 29.15 - Lv 12.6 - 14.19 - Nm 6 - 1 Rs 8.64). Antes de qualquer guerra tambm se efetuavam holocaustos, e em certas festividades, ao som das trombetas.

    Lv 1 1 Chamou o SENHOR a Moiss e, da tenda da congregao, lhe disse: 2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vs trouxer oferta ao SENHOR, trareis a vossa oferta

    de gado, de rebanho ou de gado mido. 3 Se a sua oferta for holocausto de gado, trar macho sem defeito; porta da tenda da congregao o trar,

    para que o homem seja aceito perante o SENHOR. 4 E por a mo sobre a cabea do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiao. 5 Depois, imolar o novilho perante o SENHOR; e os filhos de Aro, os sacerdotes, apresentaro o sangue e o

    aspergiro ao redor sobre o altar que est diante da porta da tenda da congregao. 6 Ento, ele esfolar o holocausto e o cortar em seus pedaos. 7 E os filhos de Aro, o sacerdote, poro fogo sobre o altar e poro em ordem lenha sobre o fogo. 8 Tambm os filhos de Aro, os sacerdotes, colocaro em ordem os pedaos, a saber, a cabea e o redenho,

    sobre a lenha que est no fogo sobre o altar. 9 Porm as entranhas e as pernas, o sacerdote as lavar com gua; e queimar tudo isso sobre o altar;

    holocausto, oferta queimada, de aroma agradvel ao SENHOR. 10 Se a sua oferta for de gado mido, de carneiros ou de cabritos, para holocausto, trar macho sem defeito. 11 E o imolar ao lado do altar, para o lado norte, perante o SENHOR; e os filhos de Aro, os sacerdotes,

    aspergiro o seu sangue em redor sobre o altar. 12 Depois, ele o cortar em seus pedaos, como tambm a sua cabea e o seu redenho; e o sacerdote os por

    em ordem sobre a lenha que est no fogo sobre o altar; 13 porm as entranhas e as pernas sero lavadas com gua; e o sacerdote oferecer tudo isso e o queimar

    sobre o altar; holocausto, oferta queimada, de aroma agradvel ao SENHOR. 14 Se a sua oferta ao SENHOR for holocausto de aves, trar a sua oferta de rolas ou de pombinhos. 15 O sacerdote a trar ao altar, e, com a unha, lhe destroncar a cabea, sem a separar do pescoo, e a

    queimar sobre o altar; o seu sangue, ele o far correr na parede do altar; 16 tirar o papo com suas penas e o lanar junto ao altar, para o lado oriental, no lugar da cinza;

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    17 rasg-la - pelas asas, porm no a partir; o sacerdote a queimar sobre o altar, em cima da lenha que est no fogo; holocausto, oferta queimada, de aroma agradvel ao SENHOR.

    Lv 6 8 Disse mais o SENHOR a Moiss: 9 D ordem a Aro e a seus filhos, dizendo: Esta a lei do holocausto: o holocausto ficar na lareira do altar

    toda a noite at pela manh, e nela se manter aceso o fogo do altar. 10 O sacerdote vestir a sua tnica de linho e os cales de linho sobre a pele nua, e levantar a cinza, quando

    o fogo houver consumido o holocausto sobre o altar, e a por junto a este. 11 Depois, despir as suas vestes e por outras; e levar a cinza para fora do arraial a um lugar limpo. 12 O fogo, pois, sempre arder sobre o altar; no se apagar; mas o sacerdote acender lenha nele cada

    manh, e sobre ele por em ordem o holocausto, e sobre ele queimar a gordura das ofertas pacficas. 13 O fogo arder continuamente sobre o altar; no se apagar.

    2. Ofertas de Manjares Minhah [vjbn] (oferta-refeio, oferta de cereais ou de manjares). Esse vocbulo usado

    de trs maneiras diferentes no AT. Significa presente, tributo (Jz 3:15; I Rs 4:21); em Levtico faz referncia oferta de cereais (Lv 2) e em outras instncia faz referncia a sacrifcios em geral (I Sm 26:19; 2:29).S. R. Driver definiu corretamente o minha como um sacrifcio que no expressa, meramente a idias neutra de presente, mas tambm que denota um presente feito para obter ou reter e boa-vontade (I Sm 3:10-14; 26:19).

    De conformidade com Lv 2, devia constituir ou de farinha (2:1-3), ou de bolos cozidos (2:4-10) ou de cereal cru (2:14-16), juntamente oferecido com azeite e incenso puro. Outros ingredientes podiam ser o sal (Lv 2:13) e o vinho (Lv 23:13). Nenhuma dessas ofertas eram consumidas pelo ofertante. Pertenciam aos sacerdotes depois que uma poro memorial (L 2:2) houvesse sido queimada sobre o altar.

    Lv 2 1 Quando alguma pessoa fizer oferta de manjares ao SENHOR, a sua oferta ser de flor de farinha; nela, deitar

    azeite e, sobre ela, por incenso. 2 Lev-la - aos filhos de Aro, os sacerdotes, um dos quais tomar dela um punhado da flor de farinha e do seu

    azeite com todo o seu incenso e os queimar como poro memorial sobre o altar; oferta queimada, de aroma agradvel ao SENHOR.

    3 O que ficar da oferta de manjares ser de Aro e de seus filhos; coisa santssima das ofertas queimadas ao SENHOR.

    4 Quando trouxeres oferta de manjares, cozida no forno, ser de bolos asmos de flor de farinha amassados com azeite e obreias asmas untadas com azeite.

    5 Se a tua oferta for de manjares cozida na assadeira, ser de flor de farinha sem fermento amassada com azeite. 6 Em pedaos a partirs e, sobre ela, deitars azeite; oferta de manjares. 7 Se a tua oferta for de manjares de frigideira, far-se - de flor de farinha com azeite. 8 E a oferta de manjares, que daquilo se far, trars ao SENHOR; ser apresentada ao sacerdote, o qual a levar

    ao altar. 9 Da oferta de manjares tomar o sacerdote a poro memorial e a queimar sobre o altar; oferta queimada, de

    aroma agradvel ao SENHOR. 10 O que ficar da oferta de manjares ser de Aro e de seus filhos; coisa santssima das ofertas queimadas ao

    SENHOR. 11 Nenhuma oferta de manjares, que fizerdes ao SENHOR, se far com fermento; porque de nenhum fermento e

    de mel nenhum queimareis por oferta ao SENHOR. 12 Deles, trareis ao SENHOR por oferta das primcias; todavia, no se poro sobre o altar como aroma agradvel. 13 Toda oferta dos teus manjares temperars com sal; tua oferta de manjares no deixars faltar o sal da

    aliana do teu Deus; em todas as tuas ofertas aplicars sal. 14 Se trouxeres ao SENHOR oferta de manjares das primcias, fars a oferta de manjares das tuas primcias de

    espigas verdes, tostadas ao fogo, isto , os gros esmagados de espigas verdes. 15 Deitars azeite sobre ela e, por cima, lhe pors incenso; oferta de manjares. 16 Assim, o sacerdote queimar a poro memorial dos gros de espigas esmagados e do azeite, com todo o

    incenso; oferta queimada ao SENHOR.

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    Lv 6 14 Esta a lei da oferta de manjares: os filhos de Aro a oferecero perante o SENHOR, diante do altar. 15 Um deles tomar dela um punhado de flor de farinha da oferta de manjares com seu azeite e todo o incenso

    que est sobre a oferta de manjares; ento, o queimar sobre o altar, como poro memorial de aroma agradvel ao SENHOR.

    16 O restante dela comero Aro e seus filhos; asmo se comer no lugar santo; no ptio da tenda da congregao, o comero.

    17 Levedado no se cozer; sua poro dei-lhes das minhas ofertas queimadas; coisa santssima , como a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa.

    18 Todo varo entre os filhos de Aro comer da oferta de manjares; estatuto perptuo ser para as vossas geraes dentre as ofertas queimadas do SENHOR; tudo o que tocar nelas ser santo.

    3. Ofertas pelo Pecado

    Lv 6 24 Disse mais o SENHOR a Moiss: 25 Fala a Aro e a seus filhos, dizendo: Esta a lei da oferta pelo pecado: no lugar onde se imola o holocausto,

    se imolar a oferta pelo pecado, perante o SENHOR; coisa santssima . 26 O sacerdote que a oferecer pelo pecado a comer; no lugar santo, se comer, no ptio da tenda da

    congregao. 27 Tudo o que tocar a carne da oferta ser santo; se aspergir algum do seu sangue sobre a sua veste, lavars

    aquilo sobre que caiu, no lugar santo. 28 E o vaso de barro em que for cozida ser quebrado; porm, se for cozida num vaso de bronze, esfregar-se -

    e lavar-se - na gua. 29 Todo varo entre os sacerdotes a comer; coisa santssima . 30 Porm no se comer nenhuma oferta pelo pecado, cujo sangue se traz tenda da congregao, para fazer

    expiao no santurio; no fogo ser queimada.

    Lv 6 24 Disse mais o SENHOR a Moiss: 25 Fala a Aro e a seus filhos, dizendo: Esta a lei da oferta pelo pecado: no lugar onde se imola o holocausto,

    se imolar a oferta pelo pecado, perante o SENHOR; coisa santssima . 26 O sacerdote que a oferecer pelo pecado a comer; no lugar santo, se comer, no ptio da tenda da

    congregao. 27 Tudo o que tocar a carne da oferta ser santo; se aspergir algum do seu sangue sobre a sua veste, lavars

    aquilo sobre que caiu, no lugar santo. 28 E o vaso de barro em que for cozida ser quebrado; porm, se for cozida num vaso de bronze, esfregar-se -

    e lavar-se - na gua. 29 Todo varo entre os sacerdotes a comer; coisa santssima . 30 Porm no se comer nenhuma oferta pelo pecado, cujo sangue se traz tenda da congregao, para fazer

    expiao no santurio; no fogo ser queimada.

    4. O Bode Emissrio - Azazel O termo zazel (em nossa verso, bode emissrio) ocorre quatro vezes e somente na

    descrio sobre o Dia da Expiao (Lv 16:8,10,26). Em todas as quatro ocorrncias da palavra, ela prefixada pela preposio para. H quatro interpretaes possveis.

    a. As verses antigas (LXX, Smaco, Teodcio e Vulgata) entendem que a palavra indica o bode que se vai, considerando-a como derivada de duas palavras hebraicas: ez, bode, e azal, virar-se.

    b. Mediante associao com o rabe azala, banir, tirar, ela tem sido traduzida como para remoo total.

    c. A interpretao rabnica em geral tem considerado que esta palavra designa o local aonde o bode era enviado, um deserto (Lv 26:22).

    d. Uma possibilidade final considerar o vocbulo como a designao de um ser pessoal de modo a contrapor-se palavra SENHOR. Nesse sentido Azazal poderia ser um esprito maligno (Enoque 8:1 10:4; II Cr 11:15; Is 34:14) ou at mesmo o prprio demnio, numa posio de anttese ao Senhor. Derivado de azaz, ser forte e de el, Deus.

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    Alguns eruditos preferem esta ltima possibilidade, j que no versculo 10 o nome zazel aparece em paralelismo ao nome do Senhor, e pelo fato de ser citado num livro apcrifo (Enoque 6:6; 8:1 ) como um anjo cado.

    Contudo, diante desta posio se faz necessria algumas objees importantes:

    a. Alm do escrito apcrifo de Enoque no ser inspirado, e, portanto, no ser autoritativo para definir uma doutrina, , tambm, fora de qualquer dvida que aquele que escreveu tal obra literria valeu-se do que j estava escrito em Levtico para compor a sua obra com os conceitos que melhor lhe pareciam.

    b. Na prpria Lei havia uma proibio clara sobre o sacrificar a demnios (Lv 17:7). c. O sistema sacrificial do V.T. era cristocntrico, ou seja, apontava para algum

    aspecto da pessoa ou abra que Cristo viria realizar a favor dos pecadores (Cl 2:16,17).

    d. Outro fato importante era o ato do sacerdote impor as mos sobre a cabea do bode confessando todos os pecados dos filhos de Israel, e, assim, simbolicamente, os pecados do povo eram postos sobre o animal (Lv 16:21,22)

    e. O Significado do ritual que o pecado removido da sociedade humana e levado para a regio da morte (Mq 7:19). Deus prov ao povo arrependido um meio para lanar para longe os seus pecados (Sl 103:12).

    f. Na teologia bblica Cristo que leva sobre si os nossos pecados (Is 53:4-6). g. A presena de dois animais (um que morre, e outro que solto no deserto)

    simplesmente apresenta diante de ns a fragilidade do sistema sacrificial do V.T. Os vrios rituais demonstram que era impossvel uma s cerimnia retratar fiel e completamente tudo o que o Messias seria e faria. Pode-se ver um paralelo no bode expiatrio no ritual de purificao de um leproso curado. Dois pssaros eram escolhidos. Um deve ser sacrificado, e tanto o ex-leproso como o pssaro vivo eram tocados com o seu sangue. Ento, o pssaro vivo era solto. Este pssaro levava embora o mal, a lepra propriamente dita, para o campo aberto, e o leproso era declarado limpo (Lv 14:1-9).

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    VIII. ATOS DE CONSAGRAO

    1. Circunciso c. Este ritual consistia no corte do prepcio da criana do sexo masculino aos oito dias de

    nascimento (Gn 21:1-7). d. A criana s poderia ser circuncidada se tivesse debaixo daquele pacto que Deus

    havia feito entre Deus e a descendncia de Abrao; pacto este no qual YAHWEH prometia ser o Deus dos que exerceriam f em seu nome, e Deus da descendncia destes (Gn 17:9-14).

    e. Os gentios adultos poderiam ser circuncidados, bastando-lhes para isto a converso ao Deus de Israel. Nesta converso e circunciso, os gentios obtinham para si a graa de colocarem seus filhos sob o pacto da graa.

    f. A circunciso possua, tambm, um carter nacionalista, pois a circunciso diferia aqueles que pertenciam ou no a nao judaica.

    g. Embora a circunciso tivesse de fato um aspecto nacional e poltico pois indicava quem pertencia ou no a nao de Israel, contudo no so poucos os textos do V.T. que a representam como tendo um aspecto mais profundo e espiritual (Dt 10:16;Cl 2:11), ou seja, uma purificao espiritual pela qual o povo judeu deveria passar afim de poderem estar em plena comunho com Deus; e no somente isto, mas tambm esta circunciso praticada no Velho testamento representava na mente dos escritores inspirados aquela purificao que o Messias viria trazer sobre o povo do pacto da graa. Diante disto, asseveramos que a circunciso, de fato, em sombra, representava a graa da regenerao to claramente exposta no Novo Testamento. por isso, ento, que encontramos as vrias citaes tanto no V.T.como no N.T. a respeito da circunciso no corao (Dt 10:16, 30:6). Esta afirmao que a circunciso simbolizava a regenerao decorre do fato que, assim como a gua um smbolo universal de purificao, a circunciso tambm o , pois profilaxia contra doenas, e, simbolicamente a retirada da carne = carnalidade = pecado. Vejamos a baixo o quadro ilustrativo sobre os aspectos relacionados circunciso.

    TEXTOS A CIRCUNCISO Simbologia

    O BATISMO CRISTO Simbologia

    TEXTOS

    Gn 17:11

    Aliana

    Aliana

    At 2:39

    Gn 17:14

    Nacionalidade terrena

    Nacionalidade espiritual

    I Pe 2:9

    Rm 4:9-12

    Realidades espirituais

    Realidades espirituais

    Mc 16:16

    Gn 17:14

    Pertencia ao povo de Deus

    Pertencia ao povo de Deus

    At 2:38-41

    Rm 4:9-12

    F

    F

    Mc 16:16

    At 15:1-5

    Converso

    Converso

    At 9:17,18

    Dt 10:16 e Cl 2:11

    Purificao

    Purificao

    At 2:37-38

    As crianas deviam participar

    As crianas devem participar

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    2. Uno

    Conceito Ungir era o ato de se derramar um precioso leo sobre a cabea de certas pessoas

    com o fim de separa-las para um ofcio ou objetos, tirando-os do uso comum para o uso exclusivo do culto a Deus (Lv 8:1-12).

    Material O material usado para nesta cerimnia era um leo especialmente feito para estas

    ocasies importantes e que no poderia ter outra utilizao, a no ser esta (Ex 30:22-33).

    Smbolo Este leo representava a presena do Esprito Santo na vida do homem de Deus (Lc

    4:16-18).

    Quem recebia Sacerdotes (Lv 8:1-12), reis (I Sm 16:11-13) e profetas (Is 61:1)

    Implicaes A uno foi o ritual pelo qual o Salvador veio a ser identificado no V.T. uma vez que

    todos esperavam a vinda do x;yvime, ou seja, aquela pessoa cheia do poder do Esprito Santo, autoridade e poder, descendente de Davi (Sl 2:2 // At 13:32 // Hb 1:5; Dn 9:25, 26), para realizar cabalmente a vontade de YAHWEH sobre a vida de Israel.

    Por isso, no foi sem propsito, que Mateus em seu Evangelho (Mt 1:16,21), escreveu:

    Ihsouj o legomenoj Cristo,j... Jesus o chamado Cristo...

    autoj gar swsei ton laon autou/ ele pois salvar o povo dele

    De fato, todas as unes apontavam para aquela uno maior na qual, em uma s pessoa, se faria plena. Jesus, como profeta, sacerdote e rei, em seu batismo, recebeu realsticamente aquilo que a cerimnia da uno representava, ou seja, a plena presena do Esprito Santo na sua vida. Isto posto, ento, entendemos que o nome de Jesus Cristo era to somente Jesus, mas veio a ser designado como o Cristo,j [o Cristo], pois:

    1. tanto os seus discpulos (Mt 16:16),

    Su ei o Cristoj o uioj tou Qeou tou zwntoj Tu eis o Cristo o filho do Deus vivo

    2. como os samaritanos (Jo 4:29),

    mhti ou-toj estin o Cristo,j no este ser o Cristo?

    reconheceram que ele era o messias. E assim ns escrevemos paralelamente os termos Cristo e Messias para lembrarmos que estas duas palavras tem o mesmo significado, ou seja, ungido. Vejamos isto no texto de Jo 4:25.

    legei autw h gunh Oida oti Messiaj ercetai o legomenos Cristo,j

    Diz ele a mulher: Sei que Messias vem o chamado Cristo

    x;yvime messiaj Cristo,j ungido

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    3. Nazireado (Nm 6) Narizeu, em hebraico rhzb, derivado de rzb separar, consagrar, abster-se. Em Israel,

    nazireu era aquele que se separava dos outros ao consagrar-se a YAHWEH mediante um voto especial.

    A origem da prtica pr-mosaica e obscura. Os semitas e outros povos primitivos freqentemente deixavam seus cabelos compridos durante algum empreendimento que exigia o auxlio divino, e depois consagravam seus cabelos.

    3.1 Proibies O nazireu impunha sobre si mesmo certas observncias que tinham como finalidade

    evidenciar diante da comunidade a sua completa consagrao a Deus e abstinncia das coisas consideradas comuns. Vejamos cada uma delas:

    a O nazireu tinha que abster-se de vinho e bebidas intoxicantes, de vinagre e de passas, em fim, de tudo que tinha relao coma vide.

    b. No podia cortar o cabelo durante o perodo de sua consagrao. Fato interess