A CIDADE CONSTITUCIONAL: CAPITAL DA REPÚBLICA VIII - Brasília – DF
Relatório Final - A Cidade Constitucional: Capital da ... · A Cidade Constitucional: Capital da...
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Universidade de São Paulo
Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH
Leonardo Andrade de Souza Bezerra nº USP: 8513789
Prof.º Dr. Marcelo Arno Nerling / Prof.º Dr. Douglas Andrade
Relatório Final - "A Cidade Constitucional: Capital da República X"
São Paulo
2016
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Índice -
I) Cidade Constitucional: A Capital da República - p.3..........4
II) Contexto político, econômico e social - p.4
III) Programação e atividades - p.5..........12
IV) Conclusão - p.13..........14
V) Referências - p.15
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I) Cidade Constitucional: A Capital da República
"A Cidade Constitucional: A Capital da República X" é um projeto de duração continuada,
idealizado pelo Prof.º Dr. Marcelo Arno Nerling, com a colaboração do Prof.º Dr. Douglas
Andrade - ambos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, que
tem como pilar a metodologia ativa de ensino para adultos. O projeto vem sendo realizado há 10
ano e apresenta inovação no que diz respeito à articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão
universitária, tal projeto político está estruturado formalmente como a disciplina da graduação
ACH3666 - A cidade constitucional, a qual possui elevada demanda na Universidade de São
Paulo, conhecimento nacional e internacional. O alinhamento estratégico do projeto engloba as
seguintes instituições: Universidade de São Paulo (USP); Universidade Estadual de Santa Catarina
(UDESC); Ministério da Fazenda; Escola Superior de Administração Fazendária (ESAF); Receita
Federal do Brasil; Ministério da Saúde; Banco Central; Caixa Federal; Câmara dos Deputados;
Senado; Universidade de Brasília (UNB); Fundação Darcy Ribeiro; Supremo Tribunal Federal. O
projeto preza pela multidisciplinaridade e interação ativa na sua implementação - recebendo
alunos de diferentes cursos da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual de Santa
Catarina, como gestão de políticas públicas, administração pública, direito, educação física e
saúde, entre outros, em que o processo de ensinagem e aprendizagem social busca superar os
muros e os moldes da educação superior formal no país, visando o desenvolvimento da
personalidade, da consciência cívica e o preparo para o mundo real e do trabalho.
A Cidade Constitucional: Capital da República tem embasamento legal no âmbito do artigo
205 da Constituição Federal de 1988, que prevê sobre a ordem social da educação "A educação,
direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho". O seu alinhamento programático e estratégico se
dá no âmbito: do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), que visa estimular a construção
da consciência cívica da sociedade, buscando a promoção e institucionalização da Educação
Fiscal. O PNEF é um programa intergovernamental, intersetorial e multidisciplinar, sendo
estruturado pelo Ministério da Educação, a ESAF, a Secretaria da Receita Federal, entre diversos
outros órgãos dos três entes federativos, que possuem responsabilidades e competências
complementares no âmbito da execução do programa; da Estratégia Nacional de Educação
Financeira, que tem como objetivos promover a educação financeira e previdenciária, aumentar e
qualificar a capacidade de escolha econômica do cidadão e contribuir para a eficiência e solidez
do mercado. Assim como, a pauta da sustentabilidade ambiental e do desenvolvimento
sustentável do Estado e da sociedade. O processo de gestão, articulação e diálogo institucional
entre as organizações citadas, as diferentes pautas do programa e os atores sociais envolvidos no
projeto, são realizados a partir dos ideais do federalismo cooperativo e colaborativo, da celebração
de convênios entre entes públicos, da cooperação técnica e das relações intergovernamentais,
sendo necessário nesse ponto, sem qualquer caráter demagógico, destacar o importante papel e
função dos docentes: Prof.º Dr. Marcelo Arno Nerling e Prof.º Dr. Douglas Andrade, e do êxito do
processo de planejamento estratégico da disciplina.
Desse modo, o objetivo desse relatório é relatar a minha experiência pessoal na décima edição
da disciplina da graduação ACH3666 - A Cidade Constitucional: Capital da República, prezando
pela prestação de contas à sociedade brasileira, sobretudo, à sociedade do Estado de São Paulo,
que via recursos do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços financiou, de
forma indireta, a minha experiência como graduando no curso de Gestão de Políticas Públicas. O
financiamento da minha viagem, portanto, está dentro do escopo dos recursos da Universidade de
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São Paulo e do PNEF/ESAF, sendo que cada instituição, de forma independente, foi responsável
pelos gastos referentes aos seus estudantes, o ponto aqui é que esse relatório seja instrumento de
'accountability' e transparência na gestão de políticas públicas, nesse caso específico, da gestão da
política educacional de ensino superior, tendo como norteador a 'Vontade de Constituição' e o
apreço pelas instituições democráticas republicanas. O artigo 207 da Constituição Federal de 1988
prevê que "As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão
financeira e patrimonial, e obedecerão o princípio da indissociabilidade entre o ensino, pesquisa
e extensão", evidenciando, portanto, como o projeto da Cidade Constitucional engloba dentro de
uma disciplina de graduação os três pilares fundamentais para o ensino público superior, indo para
além disso, pois articula o processo de ensinagem ativa, a pesquisa social e institucional aplicada e
a extensão universitária.
II) Contexto político, econômico e social
O objetivo desta seção do texto é fazer uma breve e resumida análise conjuntural do momento
de implementação do projeto, ou melhor, uma nota de caráter simples e objetivo, buscando
considerar o contexto político, econômico e social em que se deu a viagem. A viagem didática
ocorreu entre 3 e 11 de setembro de 2016, o cenário político do país era, e ainda é, turbulento.
Michel Temer havia, nas semanas anteriores, tomado posse da Presidência da República, após um
controverso e contestado processo de impeachment da Presidente Dilma Roussef, o embasamento
jurídico do processo se deu por crime de responsabilidade fiscal, amparado na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), promulgada durante a gestão Fernando Henrique Cardoso, que
dispõe sobre as responsabilidades, os limites e as diretrizes para a função fiscal do Estado, lei
promulgada em meio à um processo de reformas de 1ª geração - ajuste, equilíbrio fiscal e
liberalização da economia; e de 2ª geração - políticas públicas para a provisão dos direitos sociais,
embora esse não seja o foco deste documento, a promulgação da LRF se deu em um contexto de
tentativa de equilíbrio, solidez fiscal e de imposição de limites fiscais às políticas públicas e o seu
financiamento. É válido ressaltar que o processo de impeachment é objeto de disputa entre os
juristas e acadêmicos, tendo posições que classificam o processo como um golpe de Estado, em
meio à um contexto de um parlamentarismo às avessas, caracterizando-se como um ponto de
inflexão do presidencialismo de coalizão, e também, posições que consideram o processo legítimo
dentro dos moldes constitucionais. Portanto, o contexto é de crise político - institucional, um
momento de transição do chefe de Estado, dos cargos políticos, da administração e instituições
públicas, condicionadas agora à uma lógica de governança diferente, com possíveis efeitos de
descontinuidade nas políticas públicas.
O cenário econômico é de recessão e inflação. Segundo os dados do Banco Central, o IPCA
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo) acumulado de 2014 foi de 6,40 %, o
acumulado de 2015 foi de 10,67 % e o acumulado até setembro de 2016 está na casa dos 5,50 %,
portanto, uma inflação moderada considerando-se o ano de 2015, ainda que seja relativamente alta
e prejudicial ao consumidor amplo. O PIB 2015 fechou em -3,8 %, a projeção do PIB para 2016
está em -3,24% /-3,23%. A taxa de juros (SELIC) está em 10,11 %, a União, Estados e Municípios
estão com relativo grau de endividamento e baixa solidez fiscal. A taxa de investimentos está em
baixa devido à instabilidade do cenário político, institucional e social. O cenário social é de
mobilização social, com acentuação do dualismo político e divergência entre visões de mundo e de
Estado diferentes, há de se destacar a atuação dos movimentos sociais em protestos, passeatas,
manifestações e ocupações nas principais capitais do país.
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III) Programação e atividades
03/09 - Sábado
A viagem começou no sábado 03/09, saímos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades
(EACH - USP) pela manhã. Durante a viagem um dos ônibus da USP teve problemas, o que
ocasionou um atraso significativo na viagem, alterando a programação inicial. Ficamos
aproximadamente 15 horas parados em um posto de gasolina, localizado na Município de Santa
Rita do Passa Quatro, após a solução dos problemas seguimos viagem, a chegada na ESAF
ocorreu na madrugada de segunda-feira 05/09.
05/09 - Segunda-Feira
08:30 - VII Seminário USP / ESAF
A primeira atividade foi o VII Seminário USP - ESAF, a palestrante foi Fabiana Feijó, gerente
do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF) na Escola de Administração Fazendária
(ESAF). O conteúdo abordado foi o histórico de formação institucional da ESAF, a sua atuação,
importância e interação com a sociedade. A palestra foi importante para contextualizar o papel da
instituição a qual nos hospedamos, e entender um pouco mais sobre o importante papel que a
ESAF possui no que diz respeito à: educação à distância; cursos técnicos abertos à comunidade;
celebração de convênios e acordos de cooperação técnica com organizações nacionais e
internacionais, além dos cursos de pós graduação, mestrado, entre outras atividades, o que pode
ser um canal de interlocução para futuros gestores públicos, bem como para os demais cursos
envolvidos na disciplina.
10:30 - O Programa de Eficiência Energética da ESAF
A palestra seguinte foi sobre o programa de eficiência energética da ESAF, o palestrante foi
Tobias Kuehner, consultor da GIZ - Agência de Cooperação técnica alemã. Tal evento foi
importante pois, além de justificar o alinhamento estratégico da disciplina, discorreu um pouco
mais sobre o potencial econômico e de desenvolvimento de medidas sustentáveis de eficiência
energética, o palestrante abordou o projeto de eficiência energética que vem sendo desenvolvido
na ESAF, os seu potencial no médio, curto e longo prazo, além de esclarecer o papel da Agência
de cooperação alemã no Brasil.
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12:00 - II Seminário USP / Receita Federal
O tema da palestra foi a educação fiscal para a coesão social, o palestrante Antônio Henrique
Lindemberg Baltazar é coordenador geral de atendimento e educação fiscal da Receita Federal,
pessoa de notório saber sobre o assunto. O evento na Receita Federal foi, do ponto de vista do
conteúdo e discussão crítica, um dos melhores da programação, o palestrante teve uma abordagem
histórica sobre o assunto, traçando um paralelo entre Estado, tributos e políticas públicas, indo
desde a I Guerra Mundial até os tempos atuais do Estado Contemporâneo, democrático e de
direito.
15:00 - Memorial Juscelino Kubitschek
Após o almoço, visitamos o Memorial JK, interessante ponto turístico de Brasília, ainda que o
memorial estivesse fechado para visitas. Assim, nos encaminhamos para a Praça dos Três Poderes,
e logo após retornamos à ESAF.
06/09 - Terça-Feira
09:00 - V Seminário USP / CLP / CEFOR - O Espírito da Leis e a sua Confecção
Na Comissão de Legislação Participativa (CLP), da Câmara dos Deputados, o
palestrante foi Aldo Matos Moreno, assessor legislativo e Secretário de Comissão. A
palestra foi interessante para aguçar a 'Vontade de Constituição' dos estudantes, assim como
para esclarecer o funcionamento e a dinâmica dentro das comissões temáticas da Câmara
dos Deputados, e do processo legislativo, no âmbito do principal objetivo da CLP, que é
auxiliar, facilitar e fomentar a participação legislativa das organizações da sociedade civil,
sindicatos, e demais stakeholders na prática legislativa.
10:00 - Dinâmica das Comissões - Atividade simulada de processo legislativo
Após a palestra, demos início a uma atividade simulada de comissão parlamentar,
sem sombra de dúvidas, uma das atividades mais interessantes do projeto, que de forma
prática, evidenciou em poucas horas o funcionamento de uma parcela do processo
legislativo brasileiro, ou melhor, a operacionalização desse processo. Os temas abordados
foram pautas polêmicas de políticas públicas como: a redução da maioridade penal e a Lei
Rouanet de incentivo cultural, é válido ressaltar o engajamento e posicionamento embasado
da turma, levando a discussão à patamares analíticos elevados.
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Imagem 1 - Comissão de legislação participativa (CLP) da Câmara dos Deputados (Créditos:
Vitor Cheregati)
13:00 - Roda de Conversa sobre as 10 medidas de combate a corrupção - Ministério Público
Federal (Sala Verde da Câmara dos Deputados)
15:00 - Participação no programa 'Ocupação' - Tevê Câmara dos Deputados
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Imagem 2 - Final da terça-feira. Congresso Nacional (Créditos:Vitor Cheregati)
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07/09 - Quarta-Feira
05:00 - Acordamos cedo para ver o nascer do sol no Palácio Alvorada.
Imagem 3 - Nascer do sol no Palácio da Alvorada (Créditos: Vitor Cheregati)
10:00 - Desfile Cívico - Militar
Após ver o nascer do sol, nos dirigimos ao desfile cívico-militar do 7 de setembro. A
experiência no desfile foi única, um ato que evidenciou o pleno exercício da cidadania,
pudemos entrar em contato com as diferentes instituições militares do Estado democrático
brasileiro e com o Presidente interino Michel Temer. O desfile foi um importante momento de
manifestação política, baseado no princípio da liberdade de expressão e no direito à
manifestação, resguardados na Constituição Federal de 1988, é válido ressaltar que as
manifestações tiveram caráter autônomo, sem planejamento ou organização prévia. O embate
de visões de mundo e de Estado foi exemplar no desfile, indo na contramão da idéia que as
instituições militares ou o desfile de 7 de setembro seja um lugar de apenas uma visão de
mundo, foi, de fato, um caso de mobilização social e um importante momento de vivência
política. Há de se abrir um adendo, pois embora as formas de manifestação verbal fossem
livres, houve restrição ao uso de adesivos com a frase: "Fora Temer", indo contra o princípio
da liberdade de expressão e o direito à manifestação. O aluno do curso de gestão de políticas
públicas, Vitor Cheregati, foi obrigado pelos supervisores de segurança do presidente a retirar
o adesivo "Fora Temer". Quando questionado pelo presente autor, e demais colegas de
viagem, o chefe de supervisão da segurança apontou que estava seguindo ordens diretas do
Presidente, tal fato evidenciou o caráter autoritário da gestão Temer, um período de transição
autoritária, em que ordens diretas do Presidente se sobrepuseram à legislação constitucional
máxima.
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Imagem 4 - Desfile Cívico-Militar ( Créditos: Vitor Cheregati)
08/09 - Quinta-Feira
08:00 - Visita ao Edifício Sede da Caixa Econômica Federal - Átrio dos Vitrais: homenagem
aos Estados Federativos da República Federativa do Brasil.
09:00 - IV Seminário USP/Banco Central - A estratégia Nacional de Educação Financeira
A palestrante inicial foi a Dra. Elvira Cruvinel Ferreira, chefe do departamento de
Educação Financeira do Banco Central. Em seguida, tivemos uma palestra sobre a tomada de
decisão em finanças pessoais com João Evangelista de Sousa Filho. A última atividade no
Banco Central foi sobre a responsabilidade sócio-ambiental da Caixa Econômica Federal,
ministrada por Jean Rodrigues Benevides, gerente nacional da gerência Nacional de
Sustentabilidade e Responsabilidade Sócio-Ambiental (GERSA/CAIXA).
11:00 - Visita ao Museu de Valores e a Galeria de Artes do Banco Central.
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14:00 - X Seminário USP/ Ministério da Saúde
Os temas do X Seminário USP/Ministério da Saúde foram a Política Nacional de
Promoção à Saúde, a Política de Enfrentamento de doenças crônicas e vigilância de
violências e acidentes, a palestrante foi Renata Sakai (setor de Vigilância de Violências e
Acidentes do Ministério da Saúde), a palestra deu um panorama interessante sobre as
políticas públicas de saúde, à nível federal, assim como o desenvolvimento de indicadores e
o monitoramento da área.
18:00 - Avaliação da disciplina
Após as palestras do dia, houve uma dinâmica de avaliação da disciplina no auditório
da ESAF, todos deram a sua avaliação e opinião sobre o projeto, a viagem e as atividades
propostas. Os professores também discursaram, o discurso do Prof.º Dr. Marcelo Arno
Nerling foi marcante, a atividade contribuiu para a co-construção de valores e sentidos do
projeto, assim como para possíveis aprimoramentos e revisões no projeto político
pedagógico da disciplina.
09/09 - Sexta-Feira
12:00 - Visita monitorada ao Supremo Tribunal Federal
Conhecemos a estrutura do STF, as instalações e lugares dos ministros, além de um
breve histórico da instituição.
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Imagem 5 - Supremo Tribunal Federal ( Créditos: Vitor Cheregati)
* Neste ponto do documento é de importância destacar a não-participação do Senado
Federal, por questões políticas e estratégicas da Polícia do Legislativo, as quais não
foram devidamente esclarecidas. Bem como, a pouca integração e adesão do STF ao
projeto, instituição em que a gramática do insulamento burocrático é preponderante.
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IV) Conclusão
Contudo, a minha experiência na disciplina "Cidade Constitucional: A Capital da
República" - Edição X foi única, os moldes desse relatório são insuficientes para descrever
o meu aprendizado e vivência política e institucional durante a viagem. A pesquisa, o ensino
e a extensão são fundamentais para a formação no ensino superior formal, o presente projeto
consegue articular as três vertentes em uma disciplina da graduação, indo para além disso, o
meu aprendizado foi artístico, humano e social, a experiência também serviu para fortalecer
vínculos entre amigos e professores, como para inspirar a 'Vontade de Constituição' e a
minha futura atuação no setor público.
É uma pena que tal projeto ainda seja restrito à uma parcela minoritária da população
brasileira, sobretudo, jovens universitários das melhores instituições do país, não é por acaso
que Darcy Ribeiro bem colocou que "A crise da educação no Brasil não é uma crise, é um
projeto", isto é, um projeto de regulação ou dominação social. Os temas estruturantes do
programa são de imensa importância, a educação fiscal, financeira e ambiental são pilares
fundamentais para o pleno exercício da cidadania, o ponto citado no evento da Receita
Federal é chave - o paralelo entre a democracia, os tributos e as políticas públicas são
preponderantes para se refletir sobre o escopo da legitimação do Estado e da regulação
social. Por fim, reitero os agradecimentos ao Prof.º Dr. Marcelo Arno Nerling, ao Prof.º Dr.
Douglas Andrade, à todos os palestrantes e envolvidos em algum ponto dos processos de
trabalho que estruturaram o projeto, à Universidade de São Paulo, à população do Estado de
São Paulo e da República Federativa do Brasil. Os potenciais erros, equívocos,
simplificações e generalizações são de inteira responsabilidade desse autor.
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Imagem 6 - Bandeira da República Federativa do Brasil. O Estado democrático de direito e a
'vontade constituição' ( Créditos: Vitor Cheregati)
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V) Referências
BRASIL, Constituição da República Federativa do. Atualizada até a Emenda Constitucional
n.º 88, de 7 de maio de 2015.
Calculador IPCA. Disponível em <http://www.calculador.com.br/tabela/indice/IPCA>
Acessado em: 01/10/2016.
CONCEIÇÃO, Ana. Mercado vê inflação e juros menores em 2016, mas PIB deve recuar
mais. Valor Econômico, 2016. Disponível em <
http://www.valor.com.br/brasil/4535093/mercado-ve-inflacao-e-juros-menores-em-2016-
mas-pib-deve-recuar-mais> Acessado em: 25/09/2016.
FAZENDA, Ministério da. Receita Federal. Taxa de juros SELIC. Disponível em <
http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/taxa-de-
juros-selic> Acessado em: 20/09/2016.
NERLING, Marcelo Arno. ANDRADE, Douglas de. A cidade constitucional: Capital da
República – Edição X. Brasília: Disciplina de graduação da Universidade de São Paulo,
ACH 3666, 2016, Mimeo.
Uol Economia. Disponível em:
<http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/08/economistas-melhoram-
estimativas-de-pib-e-inflacao-para-o-fim-de-2016.htm > Acessado em: 20/09/2016.