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CEREAIS CEREAIS Profas. Renata Giudice de Oliveira Tatiana Marques Rubio

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CEREAISCEREAISCEREAISCEREAIS

Profas.Renata Giudice de OliveiraTatiana Marques Rubio

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DefiniçãoDefinição

Cereais são grãos comestíveis que provém das gramíneas, cujas sementes dão em espigas.

(Ornelas, 2007)

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CevadaCevada

CenteioCenteio

ArrozArroz

TrigoTrigo

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AveiaAveia

MilhoMilho

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CEVADACEVADA

TRIGOTRIGO

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AVEIAAVEIA

CENTEIOCENTEIO

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Quinua Quinua Quinua Quinua

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Estrutura dos cereais

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Estrutura dos cereais

• Casca e películas (pericarpo) – celulose, minerais e vitaminas

• Endosperma - 75% amido e 10 a 15% de proteínas.

• Germe - proteínas, gordura, vitaminas e minerais (2 a 3% do grão) Fe, Vit E, Vit C e complexo B.

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VALOR NUTRITIVO • Fontes de carboidratos na alimentação, junto com raízes e tubérculos de vegetais

Monossacarídeos simples, formados por uma

só unidade

glicose (dextrose) frutose (levulose) galactose

Dissacarídeos formados por duas unidades

sacarose (glicose + frutose) maltose (glicose + glicose) lactose (glicose + galactose)

Polissacarídeos formados por várias moléculas de

glicose

amido celulose glicogênio dextrina

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AMIDO

AMILOPECTINA AMILOSE

Mandioca 10%

Milho 27%

Arroz 18%

Batata 22%

Trigo 24%+ VISCOSIDADE

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GLÚTEN

Proteína presente notrigo, aveia, cevada e centeio

Proteína= Gliadina + GluteninaProteína= Gliadina + Glutenina

Complexo elástico responsávelpela elasticidade na produção de pães

Complexo elástico responsávelpela elasticidade na produção de pães

Em contato com a água e pela ação de misturar, sovar formam o glúten.

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REDE PROTÉICA CHAMADA GLÚTEN

Fonte: Quaglia, G. Ciência y Tecnología de la Panificación

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REDE PROTÉICA CHAMADA GLÚTEN

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COCÇÃO DE CEREAIS Modificações:

• Amolecimento dos componentes das paredes celulares

• Gelatinização do amido.

• Celulose não se decompõe, porém amolece com o aquecimento prolongado na presença de água e torna-se comestível e agradável ao paladar.

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GELATINIZAÇÃOO grânulo de amido apresenta capacidade limitada de absorção de água fria. Quando aquecido, aumenta esta capacidade, melhorando a digestibilidade.

Calor úmido = grãos absorvem a água e incham a 600C, tornando-se viscoso a 700C, a 850C adquire corpo sólido gelatinoso desaparecendo a água e a 950C atinge o máximo de gelatinização.

Faixa de temperatura de gelatinização do amido: temperatura de cozimento na qual a água é absorvida, os grânulos de amido aumentam de tamanho, com simultânea perda de cristalinidade.

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Origem do Amido Temperatura de Gelatinização (0C)

Cevada

Trigo

Milho

Arroz

Centeio

51 - 60

58 - 64

62 - 72

68 - 78

57 - 70

Aveia 53 - 59

Fonte: Hoseney, 1991.

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ELEMENTOS QUE INTERFEREM NA GELATINIZAÇÃO

DO AMIDO

AÇÚCAR E SAL

ÁCIDOSGORDURAS

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ÁCIDOS:

Causam hidrólise do amido com formação de cadeias mais curtas.

Atuam sobre a membrana fazendo com que o amido não retenha a mesma quantidade de água.

ÁCIDOS:

Causam hidrólise do amido com formação de cadeias mais curtas.

Atuam sobre a membrana fazendo com que o amido não retenha a mesma quantidade de água.

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GORDURAS:

Retardam ou impedem o inchaço dos grãos

A gordura reveste o grão de amido e diminui a absorção de água

A quantidade de amido não gelatinizado aumenta nos alimentos com alto teor de gordura

GORDURAS:

Retardam ou impedem o inchaço dos grãos

A gordura reveste o grão de amido e diminui a absorção de água

A quantidade de amido não gelatinizado aumenta nos alimentos com alto teor de gordura

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AÇÚCAR E SAL:

Diminuem a velocidade de gelatinização, a viscosidade máxima alcançada e a força dos géis.

O açúcar e o sal competem com o amido pela disponibilidade de água, com isso, os grânulos absorvem menos água e a viscosidade será menor.

AÇÚCAR E SAL:

Diminuem a velocidade de gelatinização, a viscosidade máxima alcançada e a força dos géis.

O açúcar e o sal competem com o amido pela disponibilidade de água, com isso, os grânulos absorvem menos água e a viscosidade será menor.

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DEXTRINIZAÇÃOOcorre quando o amido é submetido à temperatura

acima de 150oC em calor seco.

É a hidrólise do amido, quando há um rompimento das membranas que envolvem os grãos de amido

É a hidrólise do amido, quando há um rompimento das membranas que envolvem os grãos de amido

DEXTRINADEXTRINA

AMIDO DEXTRINA ERITRODEXTRINAS

ACRODEXTRINAS MALTOSE GLICOSE

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DEXTRINIZAÇÃO

O amido fica mais solúvel e ligeiramente doce, perdendo parte do poder de engrossar e aumentando sua solubilidade.

Calor seco

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RETROGRADAÇÃOFenômenos que ocorrem durante o resfriamento e o

armazenamento de pastas de amido.

Retrogradação depende do amido: amilose tendência

Ex: amido de mandioca sofre retrogradação amido de milho sofre retrogradação

Aumenta a firmeza dos pães durante o armazenamento, estimula a formaçãode película nos molhos cremosos e no

mingau.

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RETROGRADAÇÃO

Em repouso o amido pode contrair e espremer parte da água para fora.

Retrogradação na superfície da batata antes da fritura reduz a absorção de óleo - a gelatinização e a posterior

retrogradação ocorrem durante o branqueamento e o resfriamento da batata antes da fritura.

Retrogradação na superfície da batata antes da fritura reduz a absorção de óleo - a gelatinização e a posterior

retrogradação ocorrem durante o branqueamento e o resfriamento da batata antes da fritura.

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ARROZ

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ARROZ

POLIDOPOLIDO

PARBOILIZADOPARBOILIZADO

INTEGRALINTEGRAL

ARBÓRIOARBÓRIO

BASMATIBASMATI

TAILANDÊS - TAILANDÊS - JASMIMJASMIM

VERMELHOVERMELHO

JAPONÊSJAPONÊS

SELVAGEMSELVAGEM

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Arroz Selvagem

Arroz Basmati integral

Arroz Basmati Arroz tailandês

grãolongo

Grão longoparboilizado

arbório Japonês

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Cereais Mais ConsumidosCereais Mais Consumidos– Tipos de arroz:

• Polido

–Arroz branco

–Seus grãos podem ser curtos, médios, redondos ou longos ( 4 a 5 X mais longo que espesso)

–É consumido refogado e cozido em água e nas refeições dos brasileiros, acompanha o feijão

–Limitado em lisina e rico em metionina

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Cereais Mais ConsumidosCereais Mais Consumidos

– Tipos de arroz:

• Parboilizado

– Grão longo

– Submetido a cozimento sob pressão antes do beneficiamento

– Ocorre gelatinização do grão e migração dos nutrientes, presentes no farelo, para o centro do grão

– Maior valor nutritivo e maior rendimento ( em relação ao polido)

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Cereais Mais ConsumidosCereais Mais Consumidos

– Tipos de arroz:

• Selvagem

–Grão longos e escuros

–Alto custo

–Alto valor nutritivo, rico em proteínas,

minerais e vitaminas do complexo B

–Sabor semelhante ao da noz

–Acompanhamento de carnes e aves

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Cereais Mais ConsumidosCereais Mais Consumidos

– Tipos de arroz:

• Integral

–Grão do qual se remove apenas a casca

–Mais nutritivo do que o polido

–Maior tempo de cocção (50 minutos aproximadamente)

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Cereais Mais ConsumidosCereais Mais Consumidos

– Tipos de arroz:

• Arbório

–É uma variedade de arroz italiano

–Grãos grossos médios e brancos

–Usado tradicionalmente no preparo de risotos

–Após cozimento sua consistência fica cremosa e “al dente” (absorve uma quantidade maior de líquidos sem desmanchar)

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TRIGOMOLE Utilização: biscoitos e bolosTeor de proteína: baixoTeor de amido: maior

DUROUtilização: pastas alimentícias e pãesTeor de proteína: altoTeor de amido: menor

Classificação segundo teor de proteína

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• Quanto mais proteína tiver a farinha, mais dura será a massa. A farinha pode ter 8, 12, 13 ou 14% de proteínas.

• As mais duras (acima de 12%) são mais apropriadas para pão, pastel e massas, enquanto as mais moles (ricas em amido e 8 a 10% glúten) são mais adequadas para bolos e empadas

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MILHO

• Originário das Américas formou parte importante da alimentação das culturas Inca, Maias e Astecas.

• Antes da colonização pelos espanhóis era totalmente desconhecido na Europa.

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MILHO• Utilizado em grandes variedades de

produtos culinários: fubá, canjica, canjiquinha, pipoca, farinha de milho flocada (biju).

• Outros produtos derivados do milho:

Amido (Maisena)ÓleoXarope (Karo).

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AVEIA• manufatura de flocos, alguns

pré-cozidos.

• alto teor de gordura, processamento retém a maior parte do germe, mais nutritiva que os demais cereais.

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Aveia• Cereal muito nutritivo que possui cálcio, ferro, proteínas,

além de vitaminas, carboidratos e fibras.

• Está em evidência pelo poder benéfico da sua fibra solúvel, relacionada a um bom funcionamento intestinal, diminuição na absorção de colesterol total e LDL-colesterol e manutenção de níveis adequados dos mesmos.

• A fibra presente é a ß-glucana.

• Retardam o esvaziamento gástrico, o que resulta em maior saciedade.

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Quinua

• Cereal sagrado dos Incas e cultivado na Bolivia.

• Um alimento de grande valor nutricional e selecionada pela Nasa para integrar a dieta dos Astronautas.

• A quinua apresenta 23% de proteínas e altos níveis de lisina e metionina.

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Quinua

• Fonte de vitaminas A, B6, B1 e, em menores quantidades, as vitaminas E e C. Rica em minerais, como o ferro, fósforo e Cálcio.

• Possui cerca de 67% a 74% de carboidratos, essencialmente na forma de amido.

• Pode ser preparada da mesma forma que o arroz, ou como parte de preparações culinárias.

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Centeio

• Originário da Ásia, contém vitaminas do complexo B, ferro, zinco, cobre e potássio.

• A farinha de centeio é obtida a partir do grão integral, é de cor escura, produzindo um pão mais compacto, que é o pão básico de alguns países da Europa.

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Cevada• Mais antigo dos cereais.

• Antigamente utilizado como principal ingrediente do pão, antes do trigo.

• Rico em cálcio, fósforo e potássio.

• Utilizada na cerveja, pode também ser usada para mingais.

• Muitos utilizam o grão torrado e moído em substituição do café.

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Triticale

• Cereal híbrido – “cruzamento” entre trigo e centeio

• Rico em lisina, metionina e cistina.

• Algumas variedades também são ricas em proteínas

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Trigo e farinha de trigo• Um dos mais utilizados em todo o mundo

• Quando novo assemelha-se a um capim verde, depois adquire coloração dourada.

• É composto principalmente de amido e glúten.

• Pode ser consumido: como biscoitos, bolos, pães, pizzas e massas em geral; na forma de farelo, germe ou óleo de germe de trigo; ou trigo para quibe,tabule também denominado triguilho muito utilizado na culinária árabe.

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Trigo Serraceno

• Conhecido como trigo mourisco, trigo preto ou trigo mouro.• Não pertence à família do trigo, mas é utilizado como se fosse.

Alimento popular na alimentação dos Russos e no Oriente Médio.• Parecem com os grãos dos cereais, sendo ricos em Rutina (um

bioflavonóide, conhecido como Vitamina P)• Possui ótimo valor nutritivo, contém proteínas, amido, fibras

solúveis, vitaminas do complexo B e minerais como: o ferro, o magnésio e o fósforo.

• Utilizado em sopas, saladas, e como farinha em tortas e biscoitos. O trigo sarraceno pode ser consumido pelos indivíduos portadores de doença celíaca.

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AMIDOS E FÉCULAS São carboidratos que se apresentam em forma

granulada de cor branca, e sem sabor.

• Amido: extraído dos cereais.

Ex: amido de milho, de arroz.

• Fécula: extraído de raízes e tubérculos.

Ex: fécula de batata, fécula de mandioca (polvilho).

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Utilização• Os cereais e seus derivados são largamente

empregados em preparações culinárias. Ex: molhos, cremes, pudins, mingaus, entre outros.

• No entanto, diferentes produtos são obtidos, de acordo com a quantidade de farinhas e féculas adicionadas às preparações:

Diluições utilizadas:• 5% = mingau• 3% = enriquecedor, espessante• 10% a 15% = ponto de corte (pudim, manjar)

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História das massas

“Há milhares de anos, alguém juntou um pouco de farinha com um pouco de água, amassou bem e deixou a mistura sobre

uma pedra exposta ao sol. Algumas horas depois a humanidade conquistava um

novo alimento que revolucionaria a história: o PÃO”.

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História das massas

• Embora ainda se discuta qual foi o primeiro cereal cultivado no Egito, sabe-se que o trigo foi encontrado em sítios pré-históricos datados de 4000 a.C.

• Há trechos bíblicos que referem a fabricação de pães com trigo e cevada já naquela época.

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História das massas• Na Grécia, o pão deixou de ser um simples

alimento para entrar no domínio da gastronomia.

• Acrescentavam à massa do pão: ervas, sementes aromáticas, óleos vegetais e frutas.

• Os aromatizantes mais comuns eram: cominho, semente de papoula, erva-doce, entre outros.

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História das massas

• Antes que o consumo da batata se generalizasse na Europa, o trigo foi por quatro mil anos a fonte principal de nutrição da espécie humana numa área que abrange o Oriente Médio, a África do Norte e a Europa.

• A técnica de fazer a massa crescer sob ação de fermento era conhecida, já por volta de 1500 a.C., em todo o Oriente Médio.

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Massas• A farinha de trigo – a mais utilizada na confecção de

massas.

• Possui em sua composição, além do amido, proteínas que promovem a elasticidade necessária para o desenvolvimento da massa.

• Esta substância é chamada de GLÚTEN (Gliadina e Glutenina) e água.

• Vários fatores interferem na qualidade da farinha como o processo de moagem, variedade do trigo, a percentagem de extração do grão e o solo.

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Massas

• Utilizamos basicamente dois tipos de farinha de trigo para a confecção de diferentes misturas farináceas:

– Farinha de trigo duro: contém quantidade maior de glúten, sendo utilizada na confecção de pães com fermento biológico e macarrão.

– Farinha de trigo mole: contém menor quantidade de glúten, sendo utilizada no preparo de pães rápidos e bolos.

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Agentes de Levedação

• São substâncias gasosas adicionadas ou formadas nas misturas à base de farinha para que resultem em massas leves e porosas.

• Agentes de levedação ou lêvedos: AR - VAPOR - CO2

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Agentes de Levedação

• AR → Dilata-se na massa com o aquecimento, provocando o crescimento.

• Vapor →

• CO2 → Fermentação do açúcar pelo lêvedo biológico. Decomposição de carbonatos químicos.

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Fermento Biológico• Apresenta-se comercialmente sob a forma de tabletes

compactos ou granulados, atualmente já existe no mercado sob a forma de pó.

• CO2 → fermentação do açúcar pelo lêvedo.

• Agente Ativo → Fungos unicelulares, microscópicos, não patogênicos, que durante sua reprodução e crescimento, produzem CO2.

• Este processo, conhecido como fermentação é promovido pela enzima ZIMASE, presente no fermento.

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Fermento Biológico

• O fermento requer três condições básicas para o seu desenvolvimento:

1. Alimento: Açúcar - Adicionado à massa / Existente na farinha / Hidrólise do amido.

2. Umidade: Líquido da massa

3. Temperatura: 27° a 30ºC (ideal)

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Fermento Biológico

• Para uma levedação mais rápida no preparo de pães, usa-se:

• FERMENTO + AÇÚCAR + LEITE/ÁGUA MORNA

• Fermento Químico: comercialmente apresenta-se sob a forma de pó branco.

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Fermento Biológico

• Pães levedados por fermento biológico

Ingredientes:

• Farinha, líquido, fermento, sal e açúcar.

• Pode-se acrescentar gorduras e ovos.

• Valor nutritivo: determinado pelos ingredientes.

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Funções dos ingredientes – com fermento biológico

• Farinha de trigo Principal ingrediente, pois forma o glúten.

• Líquido Possibilita a formação de glúten quando sovado com a farinha. Pode-se usar água ou leite; o leite produz um pão mais macio, nutritivo e saboroso.

• Água: crosta dura, textura espessa, sabor predominante de farinha.

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Funções dos ingredientes – com fermento biológico

• Fermento Biológico: Responsável pela textura esponjosa e porosa e crescimento da massa.

• Sal: Confere sabor; controla a ação do fermento.

• Açúcar: Necessário à reprodução e crescimento do fermento; confere sabor; produz crosta alourada.

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Funções dos ingredientes – com fermento biológico

• Gordura: Não é essencial; melhora o sabor; torna mais macio; prolonga a conservação; aumenta o valor nutritivo.

• Ovos: Às vezes são empregados; produz textura fina; melhora sabor e cor; aumenta valor nutritivo (proteínas).

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Funções dos ingredientes – com fermento biológico

• Temperos: Especiarias - cravo, canela, semente de papoula

• Frutas: frescas, cristalizadas, secas.

• Sabores variados: lingüiça, azeitona, aliche, etc.

• Receitas salgadas: cebola, cheiro verde, etc.

• Todos esses ingredientes são para dar sabor, cor e odor.

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Métodos de mistura

• Os ingredientes devem ser misturados uniformemente.

• Fermento biológico → água morna / leite morno

Massa Não Sovada

• Adição de farinha aos ingredientes líquidos, aos poucos. Deixa-se crescer, sem sovar, para depois colocar nas formas. Bater bem a massa, enquanto estiver pouco espessa.

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Métodos de mistura

Massa Sovada: 2 métodos• Massa Rala Preliminar: Parte da farinha é adicionada

aos líquidos, formando uma massa pouco espessa.

• Deixar crescer antes de adicionar o restante da farinha.

• Este método permite o desenvolvimento do glúten e a distribuição uniforme dos ingredientes na massa.

Massa Espessa

• A farinha é acrescentada aos ingredientes líquidos pouco a pouco, até a consistência de sovar. Depois de sovada, deixa-se crescer.

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Características do pão

• Massa Não Sovada – leve, esponjosa, úmida, textura aveludada, contém menos farinha.

• Massa Sovada – textura mais fina (glúten bem desenvolvido), forma milhões de minúsculas bolhas de ar.

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Pães levedados por fermento químico

• São pães rápidos. Ex: pão de minuto, panquecas, pão de milho.

• Ingredientes: Farinha de trigo, outras farinhas, líquido, gordura, fermento em pó e sal.

• Podem ser acrescentados também: ovos, açúcar, mel, melado, nozes, castanhas etc.

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Funções dos ingredientes – com fermento químico

• Líquido: – Hidratar a proteína e o amido que formam a

estrutura do pão. – Hidratar os componentes químicos do

fermento em pó. – A formação de CO2 inicia-se quando os

elementos químicos combinam com o líquido.

• Fermento Químico Formação de CO2.

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Funções dos ingredientes – com fermento químico

• Açúcar: Dissolver o glúten proporcionando textura mais fina e macia.

• Gordura: Tornar a massa macia, leve e aveludada.

• Ovos: Incorporar ar; fortalecer a estrutura (coagulação das proteínas), agente emulsificador.

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Pães com fermento químico• Ordem decrescente de proporção de líquidos:

- Panquecas;

- Waffles;

- Pão de milho;

- Broa;

- Regalo;

- Pão de minuto.

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grãos contidos em vagens

ricos em tecido fibroso

algumas podem ser consumidas verdes (ervilha e o feijão- vagem).

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• feijões, soja, lentilha, grão de bico, tremoço, amendoim, etc.

• Fonte protéica vegetal

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Estrutura

• grão com envoltura celulósica que representa 2 a 5% do mesmo, 50% de amido no seu interior e 23% de proteínas de baixo valor biológico.

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ConsumoConsumo

Leguminosas

Digestibilidade

cocção

Desativa fatoresantinutricionais

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Fatores antinutriconaisFatores antinutriconais

Saponinas= sabor amargo e formação de espuma

Ação biológica

Modificações permeabilidadeMucosa intestinal

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Fatores antinutriconais

Fitatos = sais do ácido fítico

disponibilidade Ca, Fe, Mg e Zn

digestibilidade da proteína

Estável ao calor

SOLUÇÃO = ++Ca,Zn,Mg e Fe legumes, raízes e folhas verdes

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Fatores antinutriconais

IT = inibidor de tripsina

digestão protéicaRedução 80 a 90%

comTratamento térmico

úmido 10' a 20´

fermentação

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Preparo

• Reidratação finalidade amolecer a celulose, diminuindo tempo de cocção.

não é indicado durante o processo de cocção = demora = gerando alto consumo de combustível e tempo.

ferver 3’ a 5 ‘ e descansar = deixar de molho em água fria 8 a 12 horas

Cocção pressão 20 minutos

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FATORES QUE INFLUENCIAM NA COCÇÃO DE LEGUMINOSAS SECAS

• Tempo armazenamento

• Tº ambiente estoque

• variedade das leguminosas - lentilhas e ervilhas secas levam menos tempo do que o grão de bico, por exemplo.