Ed 003 - 06/03/2015

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Ano I - Edição 003 - Campinas e Região Metropolitana, Sexta-feira, 06 de março de 2015 - Distribuição Gratuita Escola Integral em Campinas é mais publicidade que realidade Página 04 Pais, alunos, professores e vereadores participam de protesto EMDEC cria estacionamento em via pública para faculdade particular Página 05 EMDEC pinta faixa “alargando” um dos lados da via Moradores do San Diego “comemoram” e cortam bolo em aniversário de Centro de Saúde que está no papel há oito anos Pág. 08 Faixas colocadas durante protesto de moradores

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Jornal editado na cidade de Campinas/SP

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Ano I - Edição 003 - Campinas e Região Metropolitana, Sexta-feira, 06 de março de 2015 - Distribuição Gratuita

Escola Integral em Campinasé mais publicidade que realidade Página 04

Pais, alunos, professores e vereadores participam de protesto

EMDEC cria estacionamento em via pública para faculdade particular Página 05

EMDEC pinta faixa “alargando” um dos lados da via

Moradores do San Diego “comemoram” e cortam bolo em aniversário de Centro de Saúde que está no papel há oito anos Pág. 08

Faixas colocadas durante protesto de moradores

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EXPEDIENTEJornal da Cidade Campinas é uma publicação sobresponsabilidade da Gazeta do ValeRegistrado no CRCPJCLCNPJ: 04.319.396/0001-95Editor e Jornalista responsávelLuciano Meira - MTB/SP 34.952Av. Guarani, 341 - Campinas/SP - CEP 13100-211Telefones: (19) 3395 7531 | (19) 9 8275 4840Email: [email protected]

Página 2 Edição 003 - 06 de março de 2015JORNAL DA CIDADE

Os trabalhadores da Me-xichem Brasil (Amanco), em Sumaré, paralisaram 100% a produção na manhã de hoje (05 de março) em ato de pro-testo contra a morte do traba-lhador Emanuel Neto da Ro-cha, ocorrida em 03 de março, quando exercia suas ativida-des de eletricista na empre-sa. Rocha tinha 26 anos e era recém-casado, sem filhos. Ele trabalhava na Mexichem como terceirizado pela presta-dora de serviços denominada Sem Limites. A paralisação

Protesto contra morte na Mexichemparalisa 100% a produção, em Sumaré

é por tempo indeterminado e exige o cumprimento das nor-mas de segurança, condições seguras de trabalho e o fim da terceirização, praticada em grande escala na multinacio-nal mexicana. A paralisação teve a adesão dos aproxima-damente 500 trabalhadores efetivos e dos terceirizados.

No momento do acidente com Rocha não havia outro trabalhador presente. Da for-ma em que foi encontrado o corpo, a suposição é de que ele trabalhava em uma pon-

te rolante e com uma esca-da, ambas de metal, que são condições inseguras e ina-propriadas para sua atividade de eletricista na Mexichem.

Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Ur-gência (Samu), Rocha sofreu uma descarga elétrica e fale-ceu no local. O Sindicato Quí-micos Unificados acompanha o fato desde ontem. Fará de-núncia no Ministério Público após a divulgação do laudo oficial com a causa da mor-te e pedirá perícia no local.

Além do protesto exigindo segurança, investigação e pu-nição, apoio à família e de ho-menagem ao companheiro, foi debatida a questão da terceiri-zação nas empresas. Leia mais abaixo – e assista a dois víde-os – sobre projeto de lei que a regulariza e libera a terceiri-zação nas empresas, que está prestes a ser votado na Câma-ra dos Deputados, em Brasília.

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Página 3Edição 003 - 06 de março de 2015 JORNAL DA CIDADE

O prefeito Jonas Donizet-te (PSB), pretende, através da contratação de Organizações Sociais - OSs, terceirizar ser-viços de Saúde, Cultura e Es-portes da Prefeitura de Cam-pinas.

Este modelo de negócio já vem sendo feito nas Naves Mãe (creches) e no Hospital Ouro Verde, que enfrenta uma série de questionamentos pelo Ministério Público, e cuja péssima qualidade dos ser-viços é assunto recorrente na imprensa.

O Prefeito argumenta que a contratação das OSs irá me-lhorar a prestação de serviços, ter agilidade na compra de materiais e de insumos, alta resolutividade e investimento em qualificação pessoal. Tam-bém diz que não há impacto na LRF (Lei de Responsabi-lidade Fiscal), por não impor aumento na folha de paga-mento.

Apesar das alegações plausíveis do prefeito, o pro-jeto abre também um grande balcão de negócios político eleitoral, com vistas às elei-ções do ano que vem, e não se pode negar os esforços que o prefeito, desde o primeiro dia de mandato, faz para vencer a reeleição por “WO” (sem adversários) compondo uma grande base de apoio.

Sem nenhum pudor o pre-feito lança mão de todos os ar-tifícios necessários para isso, como no caso da manutenção dos cargos de filiados do PT na Prefeitura - que foram ex-pulsos do partido, mas ainda assim, tiveram seus cargos mantidos, e a criação de mais de 100 cargos de livre provi-mento, os cargos de comissão, que servem para acomodar,

Com terceirização Jonas abre balcão negócios para eleição 2016Terceirização da Saúde, Cultura e Esportes irá reduzir investimentos na cidade e acomodar aliados políticos do prefeito, sem garantir qualidade nos serviçosLuciano [email protected]

sem concurso público, seus apaniguados e os indicados de seus aliados políticos. O mon-tante de cargos criados em co-missão, entretanto, ainda não foi suficiente, por conta destas contratações serem limitadas pela LRF - a folha de paga-mento do funcionalismo tem o limite de 60% das receitas liquidas correntes – e, no mo-mento, ainda falta acomodar os indicados do PMDB, cuja lista de nomes foi publicada em nosso sítio na Internet, além das indicações do Soli-dariedade, formado basica-mente por ex integrantes do PMDB e do PDT e dos even-tuais futuros aliados.

As OSs são contratadas por meio de “contratos de ges-tão” que, convenientemente, não estão sujeitos aos limites de gastos com pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.

Redução nosinvestimentos

Desde que assumiu a Pre-feitura em 2013, o governo Jonas tem reduzido os inves-timentos na cidade, na contra mão do que acontece com o valor dos contratos de servi-ços terceirizados.

Um levantamento fei-to pelo vereador Artur Orsi (PSDB), mostra que no pri-meiro quadrimestre de 2009, com um orçamento de R$ 2,7 bilhões, a Prefeitura investiu R$ 28 milhões. “Em 2013, com um orçamento muito maior (R$ 3,7 bilhões) o in-vestimento caiu para R$ 13 milhões e, no mesmo período de 2014, desabou para R$ 10 milhões”, diz ele.

“Em 2011, com um Or-çamento de R$ 3,2 bilhões, foram investidos aproximada-mente R$ 27 milhões, ou seja, quase três vezes mais que os

valores de 2014”, argumenta.A capacidade de investi-

mento vem caindo, porque a Administração está dando prioridade aos contratos com empresas terceirizadas. Só com o contrato do Verde – que é o programa de manuten-ção de áreas verdes e praças no município - a Prefeitura gastou R$ 12 milhões a mais no primeiro quadrimestre de 2014, em relação a igual perí-odo de 2013. O valor saltou de R$ 4,8 milhões em 2013 para R$ 16,8 milhões neste ano.

O valor do contrato com a Gocil Serviços de Vigilância, no período entre fevereiro e abril, saltou de R$ 10,2 mi-

lhões em 2013 para R$ 12,4 milhões em 2014; com a Go-cil Serviços Gerais, o valor subiu de R$ 2,6 milhões para R$ 3,1 milhões.

O contrato para aluguel de veículos subiu de R$ 12 mi-lhões para R$ 23,5 milhões. A Prefeitura paga quase um mi-lhão de reais por mês com o aluguel de 130 peruas Kombi. Cada um desses carros custa aos cofres nada menos que R$ 7 mil. No contrato de 2011, esses mesmos carros custa-vam R$ 3.600. A prefeitura de Recife paga por carros iguais a esses, a quantia de R$ 1,2 mil.

Para que as terceirizações

sejam efetivadas, será neces-sária a aprovação de uma lei que poderá, ou não, ser apro-vada pelos vereadores.

Em 2010, o ex prefeito Dr. Hélio (PDT), tentou aprovar uma lei neste sentido, mas não obteve êxito por conta da pressão popular na ocasião.

O Sindicato dos Funcioná-rios Municipais e o Conselho Municipal de Saúde já se ma-nifestaram contrários à apro-vação da lei.

Na próxima segunda-feira (09) às 18h, o Sindicato convo-cou seus filiados e demais fun-cionários para pressionarem os vereadores pela não aprovação da lei na sessão da Câmara.

Carlinhos Camelô é au-tor do projeto de lei com-plementar que vai de en-contro com os anseios da categoria da qual ele faz par-te e representa – os camelos.

O Projeto de Lei tem por objetivo ajudar na alocação dos microempreendedores in-dividuais, conhecidos como “camelôs”, que atuam no solo público na região central para o barracão da Fepasa.

Cabe destacar que a desti-nação do barracão para a im-plantação do centro de com-pras popular é uma necessidade não apenas da categoria, mas também da própria cidade.

Desde os governos do Dr. Hélio, Demétrio e Dr. Pedro Serafim os camelôs vêm lutan-do por um espaço, e este bar-racão que vislumbra o projeto, apesar de não abrigar a todos, já é um importante começo.

A luta de Carlinhos e do sindicato que representa a

Projeto de lei destina o Barracão da FEPASA para Centro de Compras Popular

categoria é para que o Gover-no implemente o “Centro de Comércio Popular” no local, e aloque os camelos o mais breve possível, pois os micro-empreendedores individuais querem trabalhar corretamen-te, regularmente e em paz.

Importante afirmar que

o projeto em nada interfere na autonomia da prefeitura quanto a matéria de admi-nistração de bens da Munici-palidade, uma vez que, além do termo de guarda já prever a destinação, a regulamenta-ção quanto ao uso é do che-fe do Executivo Municipal.

Carlinhos Camelô (PT)

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Página 4 Edição 003 - 06 de março de 2015JORNAL DA CIDADE

A falta de professores, a saída dos alunos antes do horário previsto e a falta de atividades extracurriculares para os estudantes do período integral da EMEF Zeferino Vaz - CAIC (Centro de Aten-ção Integral à Criança e ao Adolescente) na Vila União, em Campinas, motivaram um protesto de pais, alunos e professores durante a entrada dos alunos nesta sexta-feira (06/03).

Segundo relatos de pais e alunos, faltam ao menos 18 professores na escola. Obri-

Escola Integral em Campinasé mais publicidade que realidadeA falta de professores e de atividades extracurricula-res são motivo de protesto

Luciano [email protected]

gando os alunos a retornarem para suas casas antes do horá-rio previsto para o término das aulas.

Na escola estão matricula-dos 764 alunos e trabalham 40 professores.

A direção da escola ex-plicou que em fevereiro os estudantes sairiam mais cedo por se tratar de um período de adaptação, mas o que ocorre de fato é a falta de professo-res. A informação obtida pela reportagem aponta para falta de professor de geografia, his-tória e educação física, além da falta de professores subs-titutos.

Durante o protesto, os alu-nos disseram que a falta de professores é comum, coisa

do dia a dia da escola, ocor-rendo o mesmo com a não re-alização de atividades extra-curriculares.

Durante a implantação do período integral foi dito aos pais e alunos que haveriam aulas de espanhol, dança e di-versas oficinas, mas os alunos reclamam que sem as ativida-des extracurriculares eles es-tão tendo aulas da grade curri-cular normal o que seria muito cansativo.

Em nota, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Campinas informou que ainda neste mês dez novos profes-sores serão convocados para a EMEF - um concurso público já foi realizado e o processo está em fase final.

Mãe de aluno com cartaz alusivo a falta de atividades extracurriculares

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

O Presidente do Diretório Municipal do PARTIDO PROGRESSISTA - PP de CAMPINAS, na forma da Lei Eleitoral vigente e de acordo com o Estatuto Partidário, convoca os senhores convencionais habilitados para a Conven-ção Municipal a realizar-se no dia 15/03/2015, no Centro Empresarial Caste-lo, sito à Avenida Andrade Neves, 2412, sala 34, às 08h, que se prolongará até às 11h, nesta cidade, para a deliberação da seguinte:

ORDEM DO DIAa) eleição dos 25 Membros e 05 Suplentes do Diretório Municipal;b) escolha dos 02 Delegados e respectivos 02 Suplentes à Convenção Es-tadual;c) eleição de 03 membros efetivos e 03 suplentes do Conselho Fiscal;d) eleição de 05 membros efetivos e 05 suplentes do Conselho Consultivo;e) eleição de 03 membros efetivos e 03 suplentes do Conselho de Ética e Fidelidade Partidária ef) outros assuntos de interesse partidário;

Campinas, 06 de Março de 2015Rafael Fernando Zimbaldi - Presidente

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Página 5Edição 003 - 06 de março de 2015 JORNAL DA CIDADE

Qualquer motorista que transita pelas ruas de Campi-nas sabe da dificuldade em se encontrar uma vaga para esta-cionar seja no centro ou nos bairros, e em alguns trechos a tarefa de estacionar é ainda mais difícil por causa da de-manda por vagas, como nas proximidades de faculdades por exemplo.

Mas, a Empresa Municipal de Desenvolvimento - EM-DEC, encontrou uma solução para o problema dos estudan-tes, pelo menos para os ma-triculados na Faculdade São Leopoldo Mandic, localizada na Rua José Rocha Junqueira, 13, Ponte Preta.

Como pode ser visto na foto, os técnicos da empre-sa encontraram uma solução simples e de baixo custo para

EMDEC cria estacionamento em via pública para faculdade particularDiretor da faculdade foi denunciado como funcionário fantasma da Prefeitura de CampinasLuciano [email protected]

criação de vagas, bastando re-fazer a pintura da faixa central da via, ainda que em detri-mento do tráfego, mas afinal o que isso importa, pode-se entender que a ordem era criar as vagas para a faculdade, en-tão assim foi feito.

Com a mudança da faixa, na via que tem trânsito nos dois sentidos, nem poderia ser diferente é a única passagem sob linha férrea ligando a Rua da Abolição à Av. Dr. Antônio Carlos Sales Junior, os moto-ristas são obrigados a passar a poucos centímetros dos veícu-los que transitam em sentido contrário, e não raramente o trânsito é interrompido sem-pre que um veículo maior transite pela via, ou alguém que está estacionado precisa manobrar para sair.

A Faculdade São Leopol-do Mandic é dirigida pelo Dr. José Luiz Cintra Junqueira, que já foi objeto de reporta-

gem, denunciado como fun-cionário fantasma da Prefeitu-ra de Campinas.

Na ocasião a denúncia contra o diretor apontava que apesar dele informar que tra-

balha 40 horas semanais na faculdade, ele recebia normal-mente seu salário de dentista da Prefeitura, sem que pudes-se haver sido constatado seu registro de presença (ponto)

na repartição pública.O caso do funcionário fan-

tasma é objeto de Inquérito Civil instaurado pelo Ministé-rio Público na ocasião, ainda não concluído.

A todo momento o tráfego é interrompido pelas manobras feitas pelos moitoristas estacionados na via

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Página 7Edição 003 - 06 de março de 2015 JORNAL DA CIDADE

Quando o assunto é saúde ocular, brasileiros com idade entre 25 e 65 anos fazem vista grossa para a prevenção, ape-sar de 77% afirmarem que a visão é um sentido muito im-portante. É o que mostra pes-quisa online coordenada pelo oftalmologista Leôncio Quei-roz Neto do Instituto Penido Burnier. Desenvolvida de 13 de janeiro a 12 de fevereiro deste ano, contou com a ade-são de 814 pessoas.

Queiroz Neto explica que a meta da iniciativa é ofere-cer orientações de estilo de vida que previnam as doenças oculares mais comuns no país. Isso porque, a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que 80% dos casos de cegueira resultam de doenças tratáveis.

Falta acompanhamento médico

A pesquisa revela que metade das pessoas não faz acompanhamento oftalmoló-gico anualmente, embora en-tre 25 e 65 anos, 64% tenham alguma dificuldade de enxer-gar. Para Queiroz Neto a falta de acompanhamento está rela-cionada ao fato de 47% acre-ditarem que os problemas de visão são percebidos logo que aparecem. O especialista res-salta que no início a maioria das doenças oculares passam despercebidas, com exceção das externas como conjunti-vite, terçol ou inflamação da córnea. Consultar um espe-cialista, ressalta, possibilita o diagnóstico precoce de al-terações que fazem grande diferença no sistema ocular quando progridem.

Algumas dessas alterações são causadas, por exemplo, por medicamentos. Só para se ter uma ideia 9% dos par-

Pesquisa aponta vilões da saúde ocularPesquisa inédita revela que os grandes vilões da saúde ocular no Brasil são afalta de acompanhamento médico, sol, dieta, estresse e sono.

ticipantes na pesquisa tomam corticóide continuamente. Por isso, correm o risco de ter glaucoma e não perceber a do-ença que é assintomática.

Guardar colírio como se fosse medicamento oral para outro familiar usar é outro erro cometido por 35% dos brasileiros. Outros 5% en-viam o medicamento para al-guma organização. Queiroz Neto diz que colírio é igual a escova de dente - não pode ser compartilhado para não con-taminar a outra pessoa. De-pois de aberto, todos perdem a validade em 30 dias.

Catarata surge cada vez mais cedo

No Brasil a catarata, do-ença que torna o cristalino do olho opaco, responde por 47% dos casos de cegueira e tem surgido cada vez mais cedo. Não é para menos. Se-gundo Queiroz Neto a falta de proteção contra a radiação UV (ultravioleta) emitida pelo sol aumenta em 60% a chance de contrair a doença. Este foi o caso de um paciente de 55 anos que teve de se submeter à cirurgia. O único tratamento para catarata é a cirurgia em que o cristalino opaco é subs-tituído por uma lenta intrao-cular. O especialista afirma que o comparativo da pesqui-sa atual com outra realizada por ele em 2010 aponta um aumento de 50% da proteção dos olhos no sol, mas nem metade dos brasileiros evitam que a radiação UV atinja a vi-são,

Proteção solar

A pesquisa online revela que só 45% das pessoas pro-tegem os olhos do sol duran-te o ano todo nas atividades

externas. Outros 27% de vez em quando, 15% nunca, 7% só no verão e 5% não gosta de óculos solar. Queiroz Neto diz que usar lente escura sem filtro UV é pior que a falta de óculos. Isso porque no escu-ro a pupila dilata e permite que uma quantidade maior de radiação penetre nos olhos. Outra doença desencadeada pelo sol, observa, é o pterígio, uma membrana fibrovascular que cresce do canto interno do olho em direção à córnea. Diagnosticado no início, pode ser tratado clinicamente. Em membranas maiores é indica-da extração cirúrgica. O espe-cialista diz que a mais grave doença ocular desencadeada pelo sol é a degeneração ma-cular, maior causa de ceguei-ra irrecuperável no mundo. É caracterizada pela morte de células da mácula, porção central da retina que responde pela visão de detalhes. O sinal de que algo está errado com a visão é enxergar linhas tor-tuosas. Caso isso aconteça, a recomendação é marcar con-sulta com um oftalmologista imediatamente. Para Queiroz Neto o brasileiro deixa de pro-teger os olhos do sol porque ao contrário do que acontece com a pele todas estas doen-ças não aparecem imediata-mente. A única que tem sinais imediatos é a ceratite, infla-mação da córnea que deixa

os olhos irritados. Na maioria dos casos o desconforto desa-parece espontaneamente após algumas horas longe do sol. Mas a reincidência da falta de proteção pode causar queda da acuidade visual, provocada pela perda de células da su-perfície da córnea, adverte.

Dieta é ignorada

No quesito alimentação só 18% das pessoas asso-ciam a dieta a uma boa visão e só 19% apontam o coleste-rol como prejudicial à saúde ocular. Queiroz Neto escla-rece que a os vasos da retina são muito semelhantes aos do coração. Por isso, um exame de fundo de olho pode indi-car doença cardíaca, embora não substitua um check-up no coração. Esta similarida-de faz com que os alimentos ricos em colesterol como fri-turas, carnes vermelhas, quei-jos amarelos, creme de leite e leite integral sejam contrain-dicados. Os alimentos mais reconhecidos como benéficos para a visão foram os ricos em vitamina A citada por 69% das pessoas, vitamina E por 45% e ômega 3 por 34%. Mas a maioria desconhece impor-tantes nutrientes para a saúde dos olhos.

Ele chama a atenção para a redução no consumo de sal para 5 g/dia. Isso porque, o

consumo acima disso dificul-ta a manutenção da pressão osmótica entre as células do cristalino e forma depósitos que antecipam o desenvolvi-mento da catarata.

Estresse e falta de sono

O estresse é um inimigo da visão para 68% dos parti-cipantes na pesquisa. Segun-do Queiroz Neto, seguir uma dieta rica em antioxidantes diminui as sequelas na visão, mas quem é portador de her-pes ocular invariavelmente tem crises da doença quando o estresse atinge níveis críticos. Outras alterações oculares re-lacionadas ao estresse são o blefaroespasmo ou piscar in-voluntariamente e a o tremor nas pálpebras, um claro sinal de que está na hora de parar.

O sono é irregular para 31% das pessoas e pode levar ao estresse oxidativo que tem como repercussão a formação da catarata. Para amenizar o problema a dica do oftalmo-logista é desligar os equipa-mentos eletrônicos mais cedo. Para quem precisa trabalhar até tarde recomenda inverter a cor de fundo da tela para rece-ber menos luz e reduzir o es-tado de alerta. Afinal você vai precisar enxergar para man-ter uma boa integração com o mundo. Preservar a visão é fundamental.

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Página 8 Edição 003 - 06 de março de 2015JORNAL DA CIDADE

Os moradores do San Diego se reuniram nesta sexta-feira para o “Ato de Oito anos SEM Centro de Saúde”. Na ocasião, os membros da comissão do conselho local de saúde distri-buíram bolo para mostrar a to-dos os moradores, e também ao poder público, que a data é sim-bólica, já que eles tão próximos de perder a verba da construção da unidade de saúde.

O protesto teve participa-ção de moradores dos bairros Jardim Nova Mercedes, Jar-dim Bandeirantes, Parque das Camélias, Parque Eldorado e e Condomínio Santos Dumont.

Moradores do San Diego “comemoram” e cortam bolo em aniversário de Centro de Saúde que está no papel há oito anos

Outras manifestações já foram realizadas, porém, como até hoje não há um posicionamento do poder público, o Conselho Local de Saúde decidiu por fa-zer a comemoração, com bolo, além de distribuição de panfle-tos aos moradores.

Atualmente, o projeto está com a prefeitura, que tem até dia 30 abril para emitir a ordem de serviço, caso contrário, vai perder a verba.

O custo do projeto é dividi-do entre o governo federal, que irá investir R$ 1 milhão, en-quanto que o município gastará R$ 120 mil. População reunida no “aniversário” da não ianuguração do Centro de Saúde