Livro de Juízes Antigo Testamento
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Juízes
Antigo Testamento
Curriculum Vitae
(Caminho da vida)
Tempo
Kronos
Kairós
“Nos dias em que não havia
rei em Israel, cada homem
fazia o que lhe parecia
correto”.
Do que trata o livro Juízes
do Antigo Testamento
Após a morte de Josué o povo fica sem liderança e perdido;
1200 a 1020 a.C continuação da conquista da Terra Prometida
conduzida por Moisés e guiada por Josué;
As tribos viviam o início de uma monarquia, umas espécie de
democracia tribal e os chefes eram os juízes;
Haviam dois tipos de juízes: 1) os chefes de poder vitalício (juízes
menores); 2) os chefes carismáticos (juízes maiores) que
conduziam o povo nas dificuldades e lideravam-nos na luta
contra os inimigos.
A figura dos juízes eram importantes para libertar o povo
escolhido da opressão na terra prometida após perda de
batalhas;Os juízes resgatavam o povo e reestabeleciam a obediência à lei
mosaica;
Os Juízes eram então suscitados por Deus para libertar o seu
povo eleito da opressão dos inimigos, devolver-lhe a paz e a
posse de suas terras;
Os juízes possuíam o poder de reis, porém eram escolhidos por
Deus, e exercitavam o dom das profecias, ganhando
credibilidade e respeito pelo povo carente de liderança liderava
o povo sob a proteção de Yahweh criando novamente a aliança
entre eles fortalecido pelas leis.
Contexto HistóricoDepois da sua chegada a Canaã e do seu estabelecimento no território,
como está descrito em Josué, as doze tribos ficaram um pouco à mercê
dos povos que ainda ocupavam a terra. Cananeus e filisteus
continuavam a sua luta para expulsar as tribos israelitas que se tinham
infiltrado em algumas parcelas do seu território; e a conquista total da
terra e o consequente predomínio dos israelitas sobre os povos locais
ficará para mais tarde, no tempo de David (séc. X a.C.).
Contexto HistóricoDepois da morte de Josué, por volta de 1200 a.C. (Js 24), as tribos ficaram
sem um chefe que aglutinasse todas as forças para se defenderem dos
inimigos estrangeiros. A única autoridade constituída era a dos anciãos
de cada tribo. Além disso, estas pequenas tribos eram muito
independentes entre si, e não era fácil congregá-las. Ficavam, assim,
mais expostas aos ataques de filisteus, cananeus, madianitas,
amonitas, moabitas, todos inimigos históricos de Israel.
A figura dos juízesNão são chefes constituídos oficialmente, mas homens e mulheres
carismáticos, atentos ao Espírito do Senhor, pessoas marcadas por uma
forte personalidade, capazes de se imporem moralmente perante as
outras tribos e de lideraram as tribos em que estão inseridos em
momentos difíceis. Deste modo, quando alguma tribo era atacada, o Juiz
congregava as outras para irem em socorro da tribo irmã. Uma outra
função que lhes poderia ser atribuída era a de julgar, “administrar a
A composição do
livroA teoria dos céticos e liberalistas teológicos postulam que a
composição do livro teria sido um conjunto de histórias conectadas a
respeito dos juízes tribais que salvavam seu povo em batalhas para
devolução da terra prometida, uma primeira versão se chamou "livro
dos salvadores“, depois transformado em “livro das guerras de Yahweh"
antes de receber sua forma final na revisão deuteronomista as histórias
dos juízes passaram via tradição, outras obras deuteronomista são: Dt,
Js, Jz, 1 Sm, 2 Sm, 1 Rs e 2 Rs.
A divisão do conteúdo do livro:I. Tradições sobre a conquista de Canaã (1,1-3,6).
II. História dos Juízes (3,7-16,31).
Juízes Maiores: Oteniel (3,7-11), Eúde (3,12-30), Débora e Barac (4,1-5,32),
Gedeão (6,11-8,35), Jefté (11,1-40) e Sansão (13,1-16,31);
Juízes Menores: Chamegar (3,31), Tola (10,1-2), Jair (10,3-5), Ibsan (12,8-10),
Elon (12,11-12) e Abdon (12,13-15).
A formação do “Livro dos doze Juízes de Israel” (3,7-16,31).
III. Apêndices: 17-18, sobre a tribo de Dan, e 19-21, sobre a de Benjamim.
A divisão do conteúdo do livro:As duas introduções tardias:
Primeira: 1,1-2,5, que apresenta a situação geral das tribos depois da morte de
Josué;
Segunda: 2,6-3,6, que apresenta a História de Israel como uma “História
Sagrada”: pecado do povo – castigo de Deus – perdão de Deus (visão
deuteronomista, cujo contexto teológico deverá situar-se este livro).
Os dois apêndices:
Primeiro: os capítulos 17-18, que narram a migração da tribo de Dan do Sul
para a nascente do Jordão, no Norte;
Segundo: os capítulos 19-21, que narram o crime dos habitantes de Guibeá, da
tribo de Benjamim, tribo que será destruída.
Os líderes e seus lideradosMoisés (Levi) Ex 2, 1-2;
Josué (Efraim) - Js 1, 1-9;
Otniel (Judá) - Jz 1, 11-15; Jz 3, 7-11;
Eúde (Benjamim) - Jz 3, 12-30; Jz 4, 1;
Sangar (desconhecido a origem) - Jz 3,31; Jz
5,6;
Débora (Efraim) - Jz 4,1; Jz 5,31;
Gideão (Manassés) - Jz 6,1-8; Jz 6,32;
Tola (Issacar) - Jz 10, 1-2;
Jair (Manassés) - Jz 10, 3-5;
Jefté (Manassés) - Jz 10, 6-12; Jz 7;
Ibsã (Judá ou Zebulom) - Jz 12, 8-
9;
Elom (Zebulom) - Jz 12, 11-12;
Abdon (Efraim) - Jz 12, 13-15;
Sansão (Dã) - Jz 13-16;
Eli - I Sm 4, 18;
Moisés
Líder religioso, legislador e profeta, um dos maiores
nomes do Judaísmo, "mais humilde do que todos os
homens que havia sobre a face da terra" (Nm 12,3),
recebeu as tábuas dos dez mandamentos no Monte
Sinai, foi libertador dos hebreus da escravidão do
Egito, guiou o povo durante quarenta anos durante o
êxodo após a abertura do mar vermelho, até o limiar
de Canaã, a Terra Prometida, limiar pois fora avisado
pelo próprio Deus que não seria possível levar o povo
à Terra Prometida por causa de suas transgressões, e
pode contemplar a Terra Prometida somente de longe
no cume de Pisga, após isso morre, "não se levantou
mais em Israel profeta algum como Moisés, com quem
Yahweh tratasse face a face" (Dt 34,10).
Josué
Sucessor do profeta Moisés, nomeado por ele mesmo,
antes do fim da peregrinação, a partir da morte de
Moisés conduziu o povo a entrada da Terra Prometida,
liderando a entrada e divisão da Terra nas cidades
estados, foi formado por Moisés durante o período do
êxodo dos israelitas, liderou diversas batalhas como
liderança fundamental do povo escolhido tais como:
Alamequitas, Jericó e Gibeom.
Débora
Profetiza, juíza do povo de israel, ajudou Josué na
liderança do povo na entrada à Cannã e lutou diversas
batalhas para retirar o povo do domínio e da coerção,
única mulher com esse título na bíblia, o povo
oprimido vinha sempre até Débora pedindo ajuda e
conselhos, sendo profetiza também tinha autoridade
divina para falar em nome de Yahweh e dar soluções
pragmáticas para os que a procuravam, ordenava e
conduzia também grandes batalhas, como profetiza
usava seu poder para reunir por exemplo na batalha
entre Naftali e Zebulom contra Sísera 10 mil homens e
ali garantiu que Yahweh concederia a vitória a eles,
ela acompanhou essa batalha para dar confiança ao
povo e ali ganharam a batalha.
“Assim, ó Senhor, pereçam
todos os teus inimigos! Porém
os que o amam sejam como o
Sol quando sai na sua força” (Jz
5,31).
Sansão
Juíz do povo escolhido por 20 anos, sempre
reconhecido por ser portador de uma força sobre-
humana (uma espécie de herói grego), porém esta
força era fornecida pelo próprio espírito de Yahweh,
enquanto ele fosse fiel ao Deus dos Exércitos, ele teria
tal “poder”, subjugava os inimigos com sua força,
rasgou um leão ao meio, enfrentar um exército inteiro,
matar multidão de homens em uma só batalha,
sobretudo filisteus, se apaixona por Dalila, do povo
filisteu, a qual o traiu entregando-o ao chefe de sua
nação, depois de saber que sua força viria dos seus
cabelos, fonte de sua força, teve seus dois olhos
cegados e passou a viver em condição de escravo,
teve sua força restaurada e morreu em um último ato
O valor histórico do
livroJuízes está entre os “livros históricos” da Bíblia, é um género literário
importante pois narra fatos, acontecimento, embora também tenha
mitos e outros discursos, além de etimologias, poesias, mas o central é
que o livro fornece-nos um quadro geral único do modo de vida das
tribos de Israel, depois da instalação em Canaã, no que toca à vida
política, social e religiosa. Mostrando o difícil relacionamento entre
algumas tribos, o impacto com a salta de liderança e sobretudo o
desenrolar histórico da separação do N e S.
A teologia do livroComo qualquer livro da Bíblia, também o dos Juízes não foi escrito para
nos fornecer simplesmente a história dos fatos e acontecimentos das
tribos de Israel após a morte de Josué, foi escrito para manifestar como
Deus acompanha o seu povo na sua História concreta, mesmo no meio
dos mais graves acontecimentos, como as guerras contra os povos
inimigos e conflitos internos por falta de organização e liderança. A
visão dos deuteronomistas apresenta os “os filhos de Israel” mal vistos
aos olhos de Yahweh.
A teologia do livroDesta infidelidade do povo ao Deus fiel da aliança segue-se o castigo,
que aparece nas derrotas perante os povos estrangeiros; e depois, a
vitória, mediante os intermediários do Senhor, os Juízes (3,31; 6,15; 10,1).
A ideia teológica que ressalta deste livro é, pois, a imagem que um povo
livre tem de Deus, que o acompanha para o libertar. Não nos devem
escandalizar a limitação destes Juízes, o que há de positivo é a ação de
Deus, que os anima com o seu espírito para conduzir o povo de Deus
(3,10; 6,34; 11,29; 13,25).
Leandro Nazareth
@blogdonazareth
www.leandronazareth.blogspot.com
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