POEIRA DE ESTRELASOs vencedores do Astronomy Photographer 2014

SERRA DA CAPIvARAA capital da pré-história brasileira

vAI CUSTAR CARO...O preço de uma aliança contra o Estado Islâmico

Oásis#187

EdIçãO

O GUERREIROQuAndO O IndIvíduO sE

sAcrIfIcA PElA cOlEtIvIdAdE ALTRUÍSTA

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por

Editor

PEllEgriniLuis

O filósofo francês augusto Comte, criador do movimento batizado de Positivismo, cunhou em 1830 o termo “altruísmo”, para designar o grupo de disposições humanas, sejam elas individuais

ou coletivas, que inclinam os seres humanos a se dedicarem aos outros. altruísmo não é sinônimo de solidariedade, como muitos pensam, mas sim um conceito muito mais amplo. Ele se opõe ao conceito de egoísmo, que define as inclinações individuais ou coletivas específica e exclusivamen-te individuais.

na definição comtiana, o altruísmo é a atitude de viver para os outros. Para que uma pessoa seja altruísta precisa dominar os instintos egoístas que existem, naturalmente, em todo ser humano, fazendo emergir as in-clinações benévolas, que também estão sempre presentes em todos nós.

Já perceberam como e quanto o tema do altruísmo está presente no mundo contemporâneo? Praticamente todo herói ou super herói das mo-dernas mitologias são criados a partir de um modelo altruísta. assim é o

A ciênciA mostrA como os sentimentos AltruístAs podem ter entrAdo pArA o nosso pAtrimônio genético A pArtir de milhAres de

Anos de conflitos tribAis

OáSIS . Editorial

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Editor

PEllEgriniLuis

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Homem aranha, o Superman, o Batman. assim são os santos modernos, guerreiros altruístas como teresa de Calcutá. assim são os profissionais da saúde da organização Médicos sem Fronteiras, que neste momento ar-riscam as próprias vidas no combate à epidemia do vírus Ebola, na África. assim são, formadas por guerreiros altruístas, todas as demais profissões que implicam em sacrifício importante de parte de si mesmo em benefício do próximo carente: professores, terapeutas, assistentes sociais, sacerdo-tes, etc. assim deveriam ser também os homens e mulheres públicos, os políticos, coisa que nem sempre acontece...

Eduardo araia, neste número, assina a matéria de capa: o guerreiro altruísta. E nela explica uma recente e muito importante descoberta da ciência: o altruísmo pode ter evoluído diretamente em consequência de guerras tribais nas quais sacrifícios individuais foram um elemento crucial para os membros de um grupo derrotarem seus oponentes. Conclusão: desde a época das cavernas, se não fossem os altruístas, nós nem sequer estaríamos aqui falando do assunto. Simplesmente teríamos desaparecido há muito, dizimados pelas lutas fratricidas em busca do poder e da glória...

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IAO GUERREIRO ALTRUÍSTAQuando o indivíduo se sacrifica pela coletividade

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ilho de pai do planeta Vulcano e de mãe terrestre, o orelhudo sr. Spock da teleci-nessérie Jornada nas Estrelas marca sua presença em cena por um inseparável apego à lógica, característica dos conter-râneos paternos. Mas, vez por outra, os

sentimentos tipicamente humanos do lado materno vencem a couraça vulcana, para de-leite dos espectadores. Uma dessas ocasiões, no final do segundo filme, A ira de Khan, não poderia deixar mais evidente a condição humana de Spock: ele se sacrifica para sal-var todos os ocupantes da nave Enterprise.

FA ciência mostra como os sentimentos altruístas podem ter entrado para o nosso patrimônio genético a partir de milhares de anos de conflitos tribais

Por: Eduardo araia

Dar a vida pela sobrevivência do gru-po

O altruísmo manifestado por Spock e tan-tos outros heróis que, por livre-arbítrio, dão a vida pela sobrevivência do grupo sempre foi motivo de discussão entre os biólogos evolucionistas e outros homens de ciência. Essa característica estaria definiti-vamente incorporada aos nossos genes por obra da evolução defendida por Charles Darwin? O assunto tem sido estudado por décadas, e a conclusão inicial era a de que os atos de sacrifício pessoal supremo não podiam ser explicados pela seleção natural – exceto aqueles relacionados à perspecti-va de ajudar na sobrevivência de parentes próximos, cujos genes são similares aos das pessoas favorecidas.

Mas o próprio Darwin já havia sugerido uma interpretação diferente para o tema em seu livro The descent of man (“A des-cendência do homem”), de 1871. As fre-quentes lutas entre as tribos pré-históricas poderiam ter contribuído para fixar esse aspecto em nosso patrimônio genético. A ideia, retomada e ampliada nos últimos anos pelo professor de economia Samuel Bowles, do Instituto Santa Fé, no Novo México (Estados Unidos), tem agitado o meio científico. Para Bowles, o altruísmo pode ter evoluído diretamente em conse

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quência de guerras tribais nas quais sacrifícios indivi-duais foram um elemento crucial para os membros de um grupo derrotarem seus oponentes.

De caçadores a agricultores

“Biólogos e economistas duvidaram que uma predis-posição genética para comportar-se altruisticamente – ajudar outros à custa da própria vida – poderia evoluir, excetuando-se o auxílio estendido a familiares gene-ticamente próximos”, observa o pesquisador. A teoria que desenvolveu vai de encontro a isso, ao propor que a seleção natural trabalhou sobre grupos de pessoas que cooperavam juntas, em vez de indivíduos conside-rados isoladamente.

Segundo Bowles, na maior parte dos cerca de 200 mil anos da história humana, nossos antepassados inte-gravam tribos de caçadores-coletores – a agricultura, que mudou definitivamente esse panorama, surgiu há menos de 10 mil anos. O cotidiano desse longo perío-do, observa ele, implicava um estado beligerante pra-ticamente contínuo entre as tribos. “A guerra era sufi-cientemente comum e mortal entre nossos ancestrais para favorecer a evolução do que eu chamo de altruís-mo paroquial, uma predisposição para ser cooperativo em relação a membros do mesmo grupo e hostil para com gente de fora dele”, afirma.

Em linhas gerais, a ideia desagradou à maioria dos bi-ólogos porque, de acordo com eles, esses grupos não

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Mr. Spock, personagem da série Guera nas Estrelas

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e revelou que as diferenças genéticas entre os caçado-res-coletores pré-históricos e os modernos eram muito maiores do que se pensava antes – um endosso à hi-pótese de que a seleção de grupo poderia ter sido uma poderosa força evolutiva. Ela encontra apoio também, por exemplo, nas práticas igualitárias entre ancestrais humanos (o partilhamento de alimentos, por exem-plo), que reduziram a força da seleção individual con-tra os altruístas, e no fato de que as frequentes guerras fizeram da cooperação altruísta entre os membros do grupo algo essencial para sua sobrevivência.

Quando utiliza a palavra “guerra” no contexto daquela época, Bowles sublinha que não se refere a conflitos em grande escala. “Estamos falando sobre grupos

tinham diferenças genéticas suficientes para favorecer a seleção de grupo (forma de seleção natural que supõe que há sobrevivência diferencial entre grupos distin-tos de organismos, graças às características presentes em cada um dos grupos). A observação na natureza e experiências (algumas das quais realizadas por Bow-les e sua equipe) mostraram, porém, que o altruísmo é bastante comum entre humanos – bem mais do que nas outras espécies animais, por sinal. Com isso, o pesquisador aprofundou-se mais no tema.

O partilhamento dos alimentos

Em um artigo publicado em 2006 na revista Science, Bowles propôs um modelo matemático desse processo

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Santa Teresa de Calcutá, exemplo de guerreira altruísta

a creche

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Em um estudo sobre o tema publica-do em 2009 na Science, Bowles deci-diu investigar o que teria acontecido a uma tribo de indivíduos altruístas levados a combater outras tribos, mais egoístas. Ele reuniu e analisou evidências arqueológicas de sítios da Idade da Pedra e estudos etnográfi-cos de tribos de caçadores-coletores modernas. Segundo suas conclusões, os conflitos entre grupos foram res-ponsáveis por cerca de 14% de todas as mortes registradas em sociedades de caçadores-coletores primitivas.

No final, o altruísmo prevaleceu

Em seguida, ele estimou a taxa se-gundo a qual o altruísmo reduziria as chances de um indivíduo repro-duzir-se. Depois, aplicou os números obtidos em um modelo de compe-

tição intergrupal em que o altruísmo de uma pessoa ampliaria as chances de um grupo de vencer os comba-tes. Resultado: os grupos com indivíduos não egoístas foram os predominantes e, dentro deles, o altruísmo prevaleceu.

Bowles detectou duas condições – um estado belige-rante suficientemente intenso entre tribos rivais e di-ferenças genéticas suficientes dentro desses grupos humanos – que, se satisfeitas, permitiriam ao altruís-mo evoluir por meio dos mecanismos propostos por

de homens que saíam em duplas, trios ou quintetos”, diz. “Eles não tinham uma cadeia de comando e é di-fícil ver como eles poderiam forçar outras pessoas a lutar.” É por isso que a intenção altruísta da parte des-ses homens era crucial, ressalta o pesquisador. Cada um deles poderia perfeitamente ficar em casa, em vez de arriscar sua pele brigando com tribos rivais – mas, mesmo assim, eles encaravam o desafio.

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Médicos sem Fronteiras

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Darwin. Em seu estudo, ele mostrou que isso teria ocorrido mesmo: as diferenças genéticas observadas no seio desses grupos eram de fato maiores do que o que se pensava anteriormente e os conflitos eram ro-tineiros a ponto de moldar o comportamento social naquela época. A consequência disso, ele conclui, era a ocorrência de atos altruístas de sacrifício pessoal que ajudavam um grupo a sobreviver diante de outro. Ou seja: a situação cotidiana de guerra ajudou esses an-cestrais a reduzir seu grau de egoísmo, incutindo-lhes noções de altruísmo que colaboraram na preservação dos grupos.

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O pesquisador alerta que essa teoria do “guerreiro al-truísta” é apenas um cenário capaz de explicar como o altruísmo evoluiu nas sociedades primitivas. “[A] dis-posição para assumir riscos mortais como um comba-tente não é a única forma de altruísmo (...) grupos mais altruístas e, portanto, mais cooperativos podem ser mais produtivos e sustentar membros mais fortes, sau-dáveis ou mais numerosos, por exemplo, ou fazer um uso mais efetivo da informação”, ressaltou.

o homem-aranha. Quase todos os super herois são criados a partir do modelo do guerreiro altruísta

Superman. Mais um heroi da ficção baseado no modelo do guerreiro altruísta

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OPOEIRA DE ESTRELASOs vencedores do Astronomy Photographer 2014

Fogos sobre o Monte Barney. Foto rob Parker, astronomy Photographer of the Year 2014

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aurora sobre o glaciar – Ven-cedor absoluto da seção “A Terra e o Espaço”. O verde vívido da au-rora boreal surge sobre o parque nacional Vatnajökull, na Islândia, e se reflete no glaciar. Foi o que bastou para dar a vitória ao autor desta foto incrível. Tudo parece

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Visões tira-fôlego da terra vista do espaço, eclipses, mantos estrelados que se abrem sobre parques, florestas e montanhas, galáxias que perambulam no cosmos. são apenas algumas das fotos vencedoras do concurso Astronomy photographer of the Year 2014, instituído pelo observatório Astrômico de greenwich, na inglaterra

Por:EQuiPE oáSiS

imóvel, mas lá no alto os arcos da autora são plasmados pelas forças do campo mag-nético terrestre. Foto: James Woodend (Reino Unido)

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2 Pegadas de estrelas no parque eólico – Segundo classificado na seção “A Terra e o Espaço”. Esta imagem, tirada na Austrália, nos arredores da cidade de Bungendore, representa o parque eólico do lago George encimado pelo céu em movimento. Foto: Matt James (Austrália).

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3 Balão lunar – Menção honrosa na seção “A Terra e o Espaço”. Foto tirada com a ajuda de um balão sonda lança-do no Colorado, EUA. Da altitude alcançada (26 mil metros) vê-se a curvatura da Terra, com as Montanhas Rocho-sas reduzidas a pequenos rochedos na superfície. Foto: Patrick Cullis (EUA).

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4 A Lua oculta Vênus - Menção honrosa na seção “A Terra e o Espaço”. Em 2012, o fotógrafo Chul Kwon conse-guiu fotografar a ocultação de Vênus pela Lua. Este é o resultado. Foto: Chul Kwon (Coreia do Sul).

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5 Eclipse solar sobre as nuvens – Menção honrosa na seção “A Terra e o Espaço”. O espetáculo do eclipse solar total fotografada de um avião, a 3200 metros, sobre o lago Turkana, no Quênia. Foto: Catalin Beldea (Romênia).

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6 Nebulosa Cabeça de Cavalo – Vencedor na seção “Espaço profundo”. A nebulosa Cabeça de Cavalo é um dos objetos mais fotografados no céu noturno. A novidade aqui é que o autor pôs em relevo a paisagem de poeira e gases eu circundam a nebulosa para criar dela um retrato muito original. Foto: Bill Snyder (EUA).

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7 Nebulosa da Hélice – Segundo lugar na seção “Espaço Profundo”. Distante 700 mil anos-luz, um olho gigantes-co nos eespia. É a Nebulosa da Hélice, uma das nebulosas mais próximas da Terra. Foto: David Fitz-Henry (Austrá-lia).

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8 Aos pés de Órion – Menção honrosa na seção “Espaço Profundo”. Essa imagem representa a NGC 1999, uma área do espaço situada logo abaixo do Cinturão de Órion. Foto: Marco Lorenzi (China).

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9 Califórnia diante das Plêiades – Menção honrosa na seção “Espaço Profundo”. São as Plêiades, à direita na fotografia, um grupo constituído por milhares de estrelas formadas há cerca de 100 milhões de anos. À esquerda, a nuvem brilhante de gás hidrogênio é a Nebulosa Califórnia, assim chamada porqye sua forma se assemelha à do Es-tado norte-americano. Foto: Rogelio Bernal Andreo (EUA).

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10 Detalhe da Nebulosa do Véu – Menção honrosa na seção “Espaço Profundo”. Essa nebulosa é o resto de uma supernova situada na Constalação do Cisne, distante 1470 anos-luz. A nebulosa cobre uma área do céu cerca 36 ve-zes maior que a Luz e ainda se encontra em expansão. Foto: J. P. Metsavainio (Finlândia).

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11 Agitação no lago de fogo – Vencedor na seção “O nosso Sistema Solar”. Esta foto dá uma excelente ideia das violentas atividades atualmente em curso na superfície do Sol. Aquela “pequena agitação” que vemos à esquerda po-deria engolir a Terra inteira em um instante. Foto: Alexandra Hart (Reino Unido).

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12 Das crateras, a melhor – Segundo classificado na seção “O nosso Sistema Solar”. Esta é a Cratera Tycho. Não é a maior na superfície da Lua, mas pode ser vista claramente com o seu diâmetro de 86 quilômetros. Foi formada há milhões de anos com o impacto de um meteorito. O pico visível no centro da cratera foi provavelmente formado pela subida à superfície da rocha do subsolo, logo após o impacto. Foto: George Tarsoudis (Grécia).

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13 Dança solar – Menção honrosa na seção “O nosso Sistema Solar”. Os movimentos ondulantes na superfície do Sol lembram os de um rio plácido. Mas na realidade são os sinais de uma tempestade solar prstes a ocorrer. Foto: Alexandra Hart (Reino Unido).

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14 Erupção de cálcio – Menção honrosa na seção “O nosso Sistema Solar”. Na atmosfera solar existem com-primentos de ondas luminosas violentíssimas, emitidas menzionato nella sezione “Il nostro sistema solare” - Nell’atmosfera por íons de cálcio. Nesta foto, o fotógrafo conseguiu isolá-los. Foto: Stephen Ramsden (EUA)

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15 Diamantes e rubis – Menção honrosa na seção “O nosso Sistema Solar”. Muitas características do Sol apare-cem apenas durante um eclipse total, quando a Lua bloqueia a luz da nossa estrela. O fotógrafo se aproveitou disso e capturou o momento em que uma pequena parte do disco solar surge à margem da Lua. Foto: Tunç Tezel (Turquia).

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16 Nebulosa Cabeça de Cavalo – Vencedor da seção “Jovem astrofotógrafo do ano”. Aqui está, novamente, a Ne-bulosa Cabeça de Cavalo, agora fotografada por dois rapazes de apenas 15 anos. Foto: Shishir & Shashank Dholakia (EUA)

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17 Reveillon sobre a Cypress Mountain – Segundo classificado na seção “Jovem astrofotógrafo do ano”. Qual o melhor modo de fotografar a chegada do Ano Novo? Emmet, de apenas 15 anos, fotografou uma paisagem imóvel contornada por um céu em movimento, com uma Estrela Polar bem visível. Foto: Emmet Sparling (Canadá).

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18 Nebulosa do Coração – Menção honrosa na seção “Jovem astrofotógrafo do ano”. Essa nebulosa, assim cha-mada pela sua semelhança em termos de forma e cores com um coração, dista 7500 anos luz da Terra e se situa na Constelação de Cassiopeia. Foto: Shishir e Shashank Dholakia (EUA).

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19 Eclipse sobre a África – Vencedor da seção “O homem e o espaço”. O Sol e a Lua se unem por detrás da sa-vana do Quênia, entrelaçados em um eclipse. O fenômeno aconteceu em novembro de 2013. Foto: Ugen Kamenew (Alemanha).

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20 Almas perdidas - Segundo classificado na seção “O homem e o espaço”. A luz zodiacal parece surgir do ho-rizonte como uma pirâmide, da qual o planeta Vênus é o ápice. O conjunto se reflete no lago australiano de Kati Thanda-Lake Eyre. Foto: Julie Fletcher (Austrália).

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SERRA DA CAPIVARA A capital da pré-história brasileira

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arte rupestre na Serra da Capivara

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Esplêndido cânion no Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí

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iagem de puro encantamento, o Par-que Nacional da Serra da Capivara, no sudeste do Piauí, é um apaixo-nante passaporte aos costumes e às crenças dos primeiros habitantes das Américas. Criado em 1979, o parque possui mais de 700 sítios arqueológi-

cos com pinturas rupestres de até 12 mil anos, dos quais 170 são abertos à visitação pública.

Esculpidas em gigantescos paredões rochosos,

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no sul do piauí encontra-se uma das zonas arqueológicas mais importantes do mundo quando o assunto é o paleolítico. é o parque nacional da serra da capivara, que contem milhares de pinturas rupestres produzidas pelo homem primitivo. sem falar nas paisagens de tirar o fôlego

Por FaBíola MuSarra (*)

as pinturas retratam fatos da vida pré-histó-rica, revelando como viveram os primeiros homens no continente americano. São cenas de lutas, caças, animais, sexo, partos, crian-ças e muitas outras.

Percorrer esse mítico solo é como estar em um museu a céu aberto, desvendando gra-dativamente um pouco mais sobre a nossa própria história. Significa também conhecer a única unidade de conservação do País des

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uma das passarelas para a visitação turística às pinturas rupestres do parque

tinada à preservação da caatinga, palavra indígena que significa floresta branca.

Por toda a sua importância, o parque de 214 quilômetros de perímetro foi declarado Patrimônio Cultural da Hu-manidade pela Unesco. A porta de acesso a essa valiosa e ainda pouco conhecida joia brasileira é São Raimundo Nonato, no Piauí. Infelizmente, ainda não é muito fácil chegar até lá – o aeroporto local está sendo construído e pode começar a operar ainda neste ano.

Enquanto isso não acontece, a saída é embarcar num voo rumo a Teresina. São Raimundo Nonato fica a 530 quilô-metros da capital do Piauí, de onde é possível pegar um ônibus, alugar um carro ou contratar um pacote para a

Serra da Capivara.

Outra opção é voar para Petrolina, em Pernambuco, e de lá colocar os pés na estrada. Aproximadamente 300 quilômetros separam as duas cidades. O maior obstáculo neste trajeto aparentemente simples é a rodovia, em al-guns trechos totalmente abandonada e inexistente. Em outros, invadida por bois, bodes, cabras... É preciso diri-gir com extremo cuidado!

Mesmo assim, a aventura compensa. Ela conduz a uma experiência única e extremamente privilegiada. Afinal, não é todo dia que se a chance de estar diante daqueles

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Capa do livro Piauí, do fotógrafo andré Pessoa

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Niède Guidon, arqueóloga chefe do Parque da Serra da Capivara

monumentais paredões repletos de desenhos pré-histó-ricos, testemunhando a imensidão de “templos” erguidos pelo deus tempo ao longo de milhares de anos.

Os caçadores-coletores – Principal cartão-postal de São Raimundo Nonato, o parque – apesar disso – não é a sua única atração. A pequena cidade de pouco mais de 35 mil habitantes abriga a Fundação Museu do Homem Ameri-cano (Fundham). Inaugurado em 1986, é presidido pela arqueóloga Niéde Guidon.

No interior do moderno espaço encontram-se milhares de valiosos achados arqueológicos e paleontológicos da pré-história americana. São esqueletos de pessoas, fósseis de animais da megafauna e de plantas, artefatos de pedra

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lascada e utensílios domésticos, só para citar algumas das descobertas feitas nas últimas quatro décadas por cientis-tas que “exploram“ a região.

Graças ao trabalho dos pesquisadores brasileiros e do Ex-terior, hoje, sabe-se, por exemplo, que os antigos povos que habitaram aquelas terras eram caçadores-coletores. Sua sobrevivência era assegurada pela caça e pela coleta de produtos animais e vegetais, como mel, ovos, frutos, raízes e tubérculos.

Mas ainda há muito mais a se desvendar. Até agora esse fascinante tesouro nacional não foi totalmente descoberto.

Serpente sobre cactus

Pinturas rupestres do Parque da Serra da Capivara

A cada ano, novas pesquisas, que desde 1982 são inin-terruptas, possibilitam a descoberta de novos sítios e de novas espécies de animais, de plantas e de monumentos geológicos.

Retratos do Piauí – Quem ainda não conhece a Serra da Capivara pode ter uma ideia de sua preciosidade ao ler o livro “A Natureza do Piauí”, com texto do premiado jor-nalista Sérgio Adeodato e fotos de André Pessoa, um dos melhores fotógrafos de natureza do País.

A publicação traz um novo olhar para um Piauí, expon-do, por meio das imagens fotográficas, o acervo natural e cultural de um Estado que se diferencia pelo encontro de variadas paisagens, típicas dos biomas Caatinga, Cerrado

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e Mata Atlântica, além de sua zona costeira, de seus am-bientes marinhos e de sua diversidade biológica única, com espécies da flora e da fauna ainda desconhecidas.

Entre os destaques, está o Parque Nacional Serra da Ca-pivara, uma das maiores concentrações de pinturas ru-pestres do mundo. Mantido e estruturado para visitação

Mais pinturas rupestres

Exemplo do artesanato da Serra da Capivara.

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loja de objetos artesanais da região da Serra da Capivara

a beleza cênica do seu encontro com o oceano.

Outro destaque do livro é o Del-ta do Parnaíba, único em mar aberto das Américas e um refúgio de manguezais, dunas e praias. Há, ainda, uma homenagem aos mateiros, personagens que do-minam o conhecimento sobre a natureza e são indispensáveis às pesquisas científicas e aos esfor-ços de conservação.

A obra “A Natureza do Piauí” cus-ta R$ 130 e pode ser adquirida no site www.entrelivroslivraria.com.br/a-natureza-do-piaui e pelo e--mail melbiologa@gmail.com.

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a partir do trabalho de conservação e pesquisas da arque-óloga Niéde Guidon, os sítios arqueológicos se juntam à beleza da Caatinga ali protegida.

A edição também discorre sobre o Cerrado, revelando que o desafio está na conservação de suas águas, espe-cialmente das fontes que nutrem o Rio Parnaíba, um dos principais do Nordeste. As imagens “falam” alto no esfor-ço por uma maior conscientização para manter o manan-cial livre da desertificação, conservando a vida silvestre e

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Parque marinho de Fernando de Noronha faz 26 anos

O Parque Nacional Marinho Fernan-do de Noronha (Parnamar – FN) está comemorando seu 26º aniversário. E tem bons motivos para festejar a data: sua criação fortaleceu o rela-cionamento dos moradores da ilha. “Hoje, nossa comunidade é muito participativa na preservação da uni-dade”, diz Ricardo Araújo, chefe do parque há três anos.

Na opinião dele, também a continui-dade do trabalho desenvolvido pelas equipes ao longo dos anos contribuiu para significativas mudanças no ar-quipélago. Caso da implantação da concessão do parque e de um sistema de monitoramento de atividades de uso público.

Já os investimentos feitos em Parnamar – FN possibilitaram melhoria de sua infraestrutura, beneficiando os turistas com a requalificação das trilhas, equipamentos para acessibilidade e ações voltadas para a redução do impacto ambiental.

O parque marinho “nasceu” em setembro de 1988, tendo como principal objetivo a preservação do exuberante cenário natural de Fernando de Noronha. Desde 2007, sua gestão está a cargo

Tartaruga marinha em Fernando de Noronha

do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversi-dade (ICMBio).

mais diferentes procedências e épocas, cobrindo um espaço de tempo entre a Europa Medieval do século 15, o Brasil Colonial das invasões holandesas do sé-culo 17 até o Brasil do século 19.

O museu pernambucano faz parte do Instituto Ricardo Bren-nand, onde também funciona o Museu de Armas, uma cons-trução semelhante a um castelo medieval chamada de Caste-lo São João. Em seu interior encontra-se uma das maiores coleções de armas brancas do mundo.

Por sua vez, o acervo do Museu Ricardo Brennand é integrado

pelas exposições permanentes “Franz Post e o Brasil Ho-landês” e “Paisagens Brasileiras do Século 19”, com telas dos artistas Benedito Calixto, ao julgamento de Nicolau Fouquet, ministro das finanças do Rei Luís XIV.

Além das exposições permanentes, o museu apresenta, até o dia 2 de novembro, a mostra “Eliseu Visconti – A Modernidade Antecipada”, um dos artistas pioneiros do impressionismo brasileiro e do design no País. O Insti-tuto Ricardo Brennand (www.institutoricardobrennand org.br) abre de terça a domingo, das 13h às 17h. Informa-ções: (81) 2121-0352.

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Jardins e entrada do instituto ricardo Brennand, em recife

Museu de Pernambuco é eleito o melhor da América do Sul

Em uma votação feita pelo site TripAdvisor, o Museu Ri-cardo Brennand (PE) foi eleito como o melhor da Amé-rica do Sul e um dos melhores do mundo, ficando ficou à frente do Louvre (França) e do Rijksmuseum Museum (Holanda).

O Museu Ricardo Brennand foi criado há 12 anos pelo colecionador pernambucano de mesmo nome. Nos últi-mos 50 anos, Brennand vem adquirindo obras de arte das

Réveillon em São Bento do Sapucaí

Charmosa e circundada por exuberante natureza, a Pou-sada do Quilombo Resort também é conhecida pela festa de Réveillon que promove há 13 anos. Para manter sua tradição, a virada deste ano já está sendo planejada e terá muita música, ceia, queima de fogos e bebidas a noite toda.

As reservas para o Réveillon já podem ser feitas. O resort fica em São Bento do Sapucaí, no alto da Serra da Man-tiqueira, a 170 km de São Paulo. Ocupando uma área de mais de 170 mil metros quadrados, oferece recreação com monitores para as crianças, piscinas, jacuzzi, quadra po-liesportiva, trilhas, ateliê de artes, SPA, hidromassagem, sala de ginástica, sala de jogos e sala de piano, leitura e DVD. Informações: www.pousadadoquilombo.com.br, tel. (12) 3971-2688.

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área central da Pousada Quilombo, em São Bento do Sapucaí

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oktoberfest, Festa da Cerveja em Blumenau

31ª Oktoberfest de Blumenau

Você que é apaixonado pela cultura alemã, anote em sua agenda para não perder: de 8 a 26 de outu-bro, acontece a 31ª Okto-berfest de Blumenau (SC), a segunda maior festa da cerveja do mundo – só fica atrás da de Munique, na Alemanha. A tradição e a alegria deste país são o ponto alto desse evento que retrata a história, a cultura e os valores preser-vados desde 1850, quando os primeiros colonizadores alemães chegaram ao Vale do Itajaí.

A 31ª Oktoberfest será realizada na Vila Germânica, onde também acontece as apresentações de grupos folclóricos e de bandinhas alemãs. Claro que na edição deste ano não faltarão os milhares de litros de cerveja, os diverti-dos concursos de tomadores de chope, os pratos típicos e os representantes dos clubes de caça e tiro germânicos. Também a Rua XV de Novembro, no centro, será invadi-da pela animação, dando passagem aos criativos desfiles alegóricos e ao Bierwagen, um carro que sai distribuindo

chope pelas ruas, ao alegre som da música das bandinhas alemãs.

Washington ganha rota da cerveja

Gosta mesmo de cerveja? E de experimentar marcas da bebida de outros países? Então, saiba que Washington, DC, nos Esta-dos Unidos, tem uma novida-de para os amantes da “Loira Gelada”: o DC Brew Tours, um roteiro de visitas a diversas cer-vejarias, pubs e bares da capital norte-americana.

Com saídas diárias, o tour tam-bém inclui a degustação de 15 tipos de cervejas locais, de cer-vejas gourmet, um brinde com cervejas artesanais, uma refei-ção, o acesso VIP e o transporte às cervejarias visitadas e – o

mais legal – a possibilidade de aprender sobre a história da cerveja e de conferir de perto como a bebida é produ-zida e comercializada. Informações: http://dcbrewtours.com/original-dc-brew-tour-tour.

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Balcão de cervejaria em Washington, Eua

Papeete, Moorea e Bora Bora

Tem vontade de conhecer as exóticas ilhas do Taiti? En-tão, essa dica é para você: uma viagem que começa em Papeete, com pernoite em hotel e, na manhã seguinte, segue em catamarã rumo a Moorea. Distante 18 km de Papeete, essa ilha abriga praias de águas azuis trans-lúcidas e vales verdes sinu-osos. Não faltam atrações para curtir os três dias livres nesse paradisíaco lugar, desde nadar com golfinhos até alugar uma scooter e percorrer os 60 km de estra-da que margeiam Moorea.

No quarto dia de viagem é a hora de tomar o avião para Bora Bora, um pedacinho de paraíso esculpido por mati-zes que vão do azul-cobalto ao verde-esmeralda. A privi-legiada beleza natural da ilha é ideal para fazer caminha-das, mergulhar com arraias e tubarões ou simplesmente curtir um dolce fair niente observando o hipnotizante azul do mar.

Depois dos três dias em Bora Bora, traslado ao aeroporto para embarque a Papeete. Chegada e acomodação em ho-tel, com day use. O próximo destino é Santiago, no Chile.

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Pernoite, café da manhã, traslado ao aeroporto e fim da viagem.

O pacote de oito noites inclui a hospedagem em Papeete, Moorea, Bora Bora e Santiago; a travessia em catama-rã para Moorea; a passagem aérea em classe econômica para os trechos Moorea/Bora Bora/Papeete, day use em Papeete; traslados aeroporto/hotel/aeroporto e Cartão de Assistência GTA Euro Assist para pessoas de até 69 anos. Quem leva: Intravel Turismo, www.intravel.com.br, tel. (11) 3206-9000.

Encantadora lagoa em atol coralino de Bora Bora, Polinésia Francesa

Expedição à Antártica

Navegar entre icebergs, ver de perto pinguins, baleias e focas e penetrar na imensidão branca da Antártica é o que proporciona o cruzeiro-expedição da Poseidon Crui-ses ao extremo sul do nosso hemisfério. A viagem é acom-panhada por Beto Pandiani, explorador brasileiro com

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ampla experiência em viagens a Groenlândia, África do Sul e em trajetos que se estendem do Chile a Austrália.

Ao lado de biólogos marinhos, fo-tógrafos, cientistas e líderes de ex-pedição da Poseidon Expeditions, Pandiani divide com o grupo suas aventuras na Antártica e fornece informações sobre o clima, a fau-na e a flora da região, além de dar dicas de fotografia, de sobrevivên-cia em regiões polares e de nave-gação.

Em 2014 a viagem terá 11 noites de duração a bordo do Sea Explo-rer, com embarque em Ushuaia, no dia 7 de dezembro, rumo à pas-sagem Drake, às Ilhas Shetland e à Península Antártica, onde há visita às estações de pesquisa científica. O retorno a Ushuaia acontece no dia 18 de dezembro. Preço por pessoa a partir de US$

9.365. Informações: Firstar, tels. (11) 3253- 7203 e (21) 3553-7646.

antartica, navio e pinguim

Azul anuncia seus primeiros voos internacionais

A Azul Linhas Aéreas Bra-sileiras está com uma boa nova para quem costuma ir viajar para a Flórida, nos Estados Unidos: nos dias 1º e 15 de dezembro, começa a operar voos diários e dire-tos para Fort Lauderdale/Miami e Orlando, respecti-vamente.

As passagens para os pri-meiros destinos internacio-nais da companhia aérea já estão sendo vendidas. Cus-tam a partir de R$ 1.500 ou 60 mil pontos do programa TudoAzul (ida e volta). O pa-gamento dos bilhetes pode ser parcelado em até dez vezes sem juros.

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Boeing da azul linhas aéreas

Envio de dinheiro ao Exterior

Líder no mercado de câmbio no Brasil, a Confidence Câmbio está com uma novidade que vai facilitar a vida de muita gente: a remessa internacional online para pessoas físicas, um serviço de recebimento e envio de dinheiro ao Exterior.

Para fazer qualquer uma dessas transações, basta acessar o site da empresa (www.confidencecambio.com.br), no qual também é possível pagar contas internacionais, di-

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reto pela internet. O pagamento é feito por meio de transferência ou boleto bancário e o limite é de até US$ 3 mil por operação.

(*) Correspondência para a seção “Viagem Oásis” de-verá ser enviada a Fabíola Musarra: fabiola.musarra@gmail.com

loja da Confidente Cambio

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OVAI CUSTAR CARO...O preço de uma aliança contra o Estado Islâmico

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rei Herodes ofereceu a Salomé metade do reino como prêmio pela dança que a jovem tinha executado em sua homenagem. Salomé preferiu pedir-lhe a ca-beça de João Batista. Achava mais urgente eliminar o perigo

que o profeta representava para si, deixando para depois a conquista, não da metade, mas de todo o reino.

Num passado mais recente, os árabes pediram um processo de paz sério e global com Israel,

Opara convencer os árabes a participar de uma coligação contra os jihadistas, barack obama tem de dar garantias sobre o futuro do iraque, da síria e do processo de paz entre israelenses e palestinos. estará disposto a pagar o valor do negócio?

FoNTE: JorNal al-HaYaT, loNdrES

em troca de sua participação na guerra con-tra Saddam Hussein. Este tinha acabado de ocupar o Kuwait em agosto de 1990 e con-dicionava a sua retirada ao fim da ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Era pura propaganda de Saddam, mas não havia forma de a contestar sem obter uma contrapartida efetiva. Esta materializou-se na conferência de Madri, realizada em outu-bro de 1991, considerada o início de um pro-cesso de paz entre Israel e os países árabes.

A imagem do Islã

Hoje, muitos pedem “a cabeça do Daesh” (acrônimo em árabe do Estado Islâmico, EI). É preciso, evidentemente, destruir esse flagelo que paira sobre os Estados e as socie-dades árabes, tanto mais que ele prejudica a imagem do Islã, dos muçulmanos e dos ára-bes num grau sem precedentes nos tempos modernos. Contudo, para que isso aconteça, é preciso definir a moeda de troca da partici-pação árabe no combate ao Estado Islâmico.

Não é nenhum segredo dizer que um núme-ro significativo de árabes viu no Daesh/EI uma oportunidade de contrariar o aumento da influência iraniana no Iraque. A prova é que os dirigentes iranianos foram obrigados a substituir o seu encarregado dos assuntos iraquianos e sírios, Suleiman Qassem, que ti-nha dado um apoio ilimitado às políticas vio

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lentamente discriminatórias do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, xiita, contra os sunitas iraquianos. Em 14 de agosto, o contestado Maliki anunciou o seu afastamento do cargo. Um novo Governo foi aprovado pelo Parlamen-to, em Bagdá, a 8 de setembro, liderado pelo xiita Haider al-Abadi.

A aliança internacional contra o Daesh/EI (anunciada pelo presidente Obama no dia 10 de setembro) seria con-duzida por Washington e envolveria Irã e Iraque, opera-ções na Síria e as petromonarquias árabes do Golfo Pérsi-co. Mas para que as coisas resultem é preciso um acordo

sobre matérias de fundo. E responder à difícil questão de saber que sucederá nas áreas de onde o EI seja expulso.Na Síria, deverão voltar ao controle do regime de Bashar al-Assad? O Iraque deverá ser novamente entregue à influência total do Irã? Em outras palavras, fará sentido combater o EI sem agir sobre as razões que levaram ao seu surgimento, incluindo o apoio popular real de que dispõe e que permitiu a sua expansão?Como formar uma aliança?

Há quem relativize o perigo que representa o EI perante o crescente vazio político e de segurança no mundo ára-be. Até no Egito, longe da região do Crescente Fértil

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Estados unidos enviarão mais armamentos para as tropas curdas do Peshmerga que combatem os guerrilheiros do Estado islâmico no iraque

o britânico david Haines momentos antes de ser degolado pelo terrorista do Ei que aparece a seu lado na foto

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Reféns ocidentais degolados

O jornalista norte-americano James Foley, degolado pelo EI, pode, assim, ter sido o primeiro de uma série de ví-timas norte-americanas. Steven Sotloff, outro jornalista norte-americano, seria morto da mesma forma duas se-manas depois, e o britânico David Hanes a 13 de setem-bro. A quarta decapitação ocorreu na Argélia, a 24 de se-tembro: o alpinista francês foi decapitado por jihadistas. Seu único “crime”: ser francês. Em todos os casos houve vídeos divulgados pelos extremistas na Internet. Não nos esqueçamos de que os sucessivos fracassos de George W. Bush e Obama levaram ao surgimento do Estado Islâmi-co. Obama teria ganho muito, se tivesse sido aconselhado

(Síria-Iraque-Jordânia), agita-se o espectro da expansão dos jihadistas do Estado Islâmico. Em suma, se quiser-mos formar uma aliança internacional contra o terroris-mo do EI, será preciso levar em conta a decomposição dos Estados árabes, o aumento da área de influência ira-niana e a situação dos palestinos perante a máquina letal israelense. O problema, no entanto, também se coloca quanto à chefia dessa aliança. O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, terá percebido que a política do “deixá-los esgotar-se mutuamente” (na Síria e no Iraque) chegou ao fim?

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o Secretário de Estado norte-americano John Kerry em encontro com aliados. Mas os árabes ainda tratam a questão do Estado islâmico com luvas de pelica

Bombardeiro americano alça voo do porta-aviões em direção ao iraque

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que. Barack Obama falou em “en-fraquecer para destruir” o Estado Islâmico no quadro de uma estraté-gia que se estenderá também à Sí-ria (onde também haverão ataques aéreos ao EI e apoio aos rebeldes laicos anti-Assad). Houve mais de 160 ataques aéreos levados a cabo desde 8 de agosto. Além da cober-tura aérea, os EUA assegurarão os armamentos dos curdos e das milí-cias sunitas anti-EI. O envolvimen-to terrestre dos norte-americanos na região resume-se, por enquanto, a 1500 homens das forças especiais e de informações.

a pensar nisso há um ano, quando optou por não fazer nada na sequência do uso de armas químicas por Bashar al-Assad contra a oposição (na área de Ghouta, arrredo-res de Damasco.

Todos contra o Estado Islâmico

Em meados de setembro foi anunciada uma coligação de dez países islâmicos com os Estados Unidos e começa-ram os ataques aéreos a posições do EI no norte do Ira-

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Militantes do Estado islâmico