Trabalho TGA II - Teoria Comportamental

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Resumo Revista Istoé, edição nº 2189 de 26 de outubro de 2011, A nova ciência da mente adolescente. Seção: Comportamento: Os Segredos de quem é feliz no trabalho. Autora: Débora Rubin De acordo com a revista, as pesquisas mostram que a grande maioria dos brasileiros está infeliz no emprego. Depois de dez anos na mesma empresa, João estagnou. Já tinha passado por diversos setores, mudado de cidade, coordenado equipes e ajudado a lançar campanhas de produtos. Estava infeliz. Não acreditava mais naquele projeto, não via por onde ir e tinha sofrido assédio moral. Naquele ponto de sua vida, João tinha duas opções clássicas: seguir infeliz num cargo de gerência ou jogar tudo para cima e viver do seu hobby favorito, a fotografia. Ele não querendo jogar fora uma década de experiência, juntou os dois, decidiu levar todo o prazer que sintia no hobby para o profissional. Mudou sua visão e deu um novo tratamento à sua carreira. Aceitou a proposta de uma empresa concorrente que estava lançando um projeto novo, abraçou a causa e hoje, mesmo trabalhando mais horas por dia, sente-se pleno. “Vejo que estou construindo algo, deixando minha marca, e faço o possível para ver minha equipe sempre feliz e motivada”, diz ele, que é gerente de trade marketing de uma empresa de cosméticos. 1

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Resumo

Revista Istoé, edição nº 2189 de 26 de outubro de 2011, A nova ciência da

mente adolescente.

Seção: Comportamento: Os Segredos de quem é feliz no trabalho.

Autora: Débora Rubin

De acordo com a revista, as pesquisas mostram que a grande maioria dos

brasileiros está infeliz no emprego.

Depois de dez anos na mesma empresa, João estagnou. Já tinha passado por

diversos setores, mudado de cidade, coordenado equipes e ajudado a lançar

campanhas de produtos.

Estava infeliz. Não acreditava mais naquele projeto, não via por onde ir e tinha

sofrido assédio moral. Naquele ponto de sua vida, João tinha duas opções clássicas:

seguir infeliz num cargo de gerência ou jogar tudo para cima e viver do seu hobby

favorito, a fotografia. Ele não querendo jogar fora uma década de experiência, juntou

os dois, decidiu levar todo o prazer que sintia no hobby para o profissional. Mudou

sua visão e deu um novo tratamento à sua carreira. Aceitou a proposta de uma

empresa concorrente que estava lançando um projeto novo, abraçou a causa e hoje,

mesmo trabalhando mais horas por dia, sente-se pleno. “Vejo que estou construindo

algo, deixando minha marca, e faço o possível para ver minha equipe sempre feliz e

motivada”, diz ele, que é gerente de trade marketing de uma empresa de

cosméticos.

João faz parte de uma minoria no Brasil, a dos felizes no trabalho. De acordo

com uma pesquisa, apenas 24% dos brasileiros se sentem realizados com sua vida

profissional. A maioria tem se arrastado todos os dias para o escritório.

Entre as mulheres, a porcentagem de infelizes é ainda maior, dada a

quantidade de afazeres extras além do expediente. “As principais queixas são a

carga horária elevada, cobrança excessiva, competição exagerada e pouco

reconhecimento”, explica a autora da pesquisa, Ana Maria Rossi. Hoje, um infeliz

não pensa duas vezes quando quer sair de onde está. Em tempos de baixo

desemprego (6%, segundo dados do Ministério do Trabalho), os profissionais têm

mais possibilidades profissionais e podem se dar ao luxo de mudar com mais

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facilidade. Além disso, algumas companhias têm um grande contingente de

funcionários da geração Y (entre 20 e 31 anos), famosa por ser inquieta e

descompromissada. O resultado é um troca-troca que deixa as empresas perdidas

em relação à gestão de pessoas. O problema é que nem sempre os profissionais

ficam satisfeitos com a mudança.

Nesse contexto, o que faz de João uma exceção? Ele é o que o psicólogo

holandês Arnold B. Bakker, estudioso do tema, chama de “naturalmente engajado”.

Ou seja, aquela pessoa que consegue colocar energia, otimismo e foco no que faz.

É mais aberta às novidades, produtiva e disposta a ir além da obrigação. São

pessoas que conseguem moldar o ambiente de trabalho para se encaixar melhor em

suas qualidades.

Outra pessoa entrevista da revista é a gerente de recursos humanos Neusa

Floter, 56 anos. Figura rara, que quase já não existe nos quadros das grandes

empresas: mulher de uma companhia só. Está há 43 anos em uma indústria

agroquímica que ela viu crescer e se tornar a líder de seu segmento. Pessoas a

consideram acomodada por estar a tanto tempo na mesma empresa, mas ela diz

que é bem o contrário e que nunca um dia dela foi igual ao outro e sente que ainda

tem o mesmo “gás” do início da carreira ainda em sua adolescência.

Otimista de carteirinha ela está sempre em busca de motivos para fazer seu dia

ser o melhor possível. O otimismo é uma das características que ligam pessoas

como Neusa e João. Segundo o estudo feito pelo Isma-BR, os 24% felizes têm

também a autoestima elevada, são confiantes, flexíveis e sabem o que querem.

Essas pessoas buscam carreiras e corporações que lhe deem autonomia. Isto foi o

que levou empresas de tecnologia viraram o sonho de consumo da geração Y,

porque elas são mais ousadas e permitem que o funcionário seja quem ele é.

Mais um entrevistado, Dalton Sena, 23 anos, de Belo Horizonte, onde ele

preferiu continuar em seu emprego em uma start-up – nome dado às pequenas

empresas de tecnologia. Quando ela dava seus primeiros passos na área de

produção de softwares para vídeos digitais, foi aprovado em um concurso público.

Para desespero de seu pai, ele não assumiu o cargo, porque queria continuar onde

estava. “Cheguei para meus chefes e disse a verdade: ‘Eu quero continuar com

vocês, mas vocês querem continuar comigo? ’” A resposta foi sim. E o estudante de

análise de sistemas pôde continuar exibindo seu longo rastafari e usar bermuda em

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horário comercial. Seu local de trabalho tem até uma salinha com videogames, mesa

de pingue-pongue e outros entretenimentos que podem, e devem ser usados a

qualquer momento. A verdadeira razão pela qual o jovem quis continuar ali,

entretanto, tem a ver diretamente com sua produção. Além da autonomia para criar,

Dalton se sente desafiado diariamente. “Nada chega aqui mastigado, você sempre

tem que descobrir como fazer as coisas.”

De acordo com pesquisas as pessoas precisam se sentir parte do negócio, se

sentir responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento da empresa, assim como o

dono se sente, isto as fazem se sentirem importantes como pessoa e importantes

para o negócio.

Saber aonde se quer chegar e ver sentido naquilo que se faz também é um

traço marcante dos satisfeitos. A maioria infeliz está, em grande parte, em um

estado de inércia. É o que o especialista em desenvolvimento humano Eduardo

Shinyashiki chama de “aposentadoria mental”, quando a pessoa trabalha horas por

dia, produz bastante, mas sua mente está completamente alheia a tudo aquilo que

ela está fazendo. “É o famoso piloto automático”, diz ele. Como em um

relacionamento amoroso, raramente o trabalho vai ser perfeito e de todo agradável.

O que os especialistas chamam a atenção é para que o pacote não seja mais

negativo que positivo. Quando nada mais motiva uma pessoa a sair da cama de

manhã é porque está na hora de mudar o caminho. A grande maioria, no entanto,

está insatisfeita apenas com alguns aspectos da vida profissional. “Se o lugar que

você está é incrível e te paga bem, mas você nunca é reconhecido, vá buscar

reconhecimento em outros lugares, no trabalho voluntário, em sua igreja, na sua

família ou com seu hobby”, exemplifica Ana Maria, do Isma-BR.

Os empregadores também precisam fazer seus ajustes para melhorar a

qualidade de vida dos colaboradores. De nada adianta criar ambientes agradáveis

com salas para relaxar, subsídios generosos e cafezinho importado se a jornada é

massacrante e a empresa estimula a competição em vez de cooperação. Tampouco

surtem efeito palestras motivacionais se os computadores são ultrapassados, as

cadeiras quebradas e os líderes engessados. Na maior parte das vezes, entretanto,

os problemas mais complexos estão nas relações humanas. Um dos principais

entraves é a comunicação entre chefes e subordinados.

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Um estudo feito pela Michael Page Brasil, uma das maiores empresas de

recrutamento de executivos do mundo, mostra que existe uma distância imensa

entre o que líderes pensam sobre seu comportamento e como seus liderados os

avaliam – 52% dos ouvidos não estão satisfeitos com seus gestores, mas 73% dos

gestores se acham capacitados para o cargo. Para 53% dos chefes, o fato de ser

íntegros e honestos é o que faz deles capacitados. Para 70% dos subordinados,

seria mais interessante se seus chefes fossem grandes motivadores.

Apostar na felicidade do funcionário é acreditar na saúde da própria empresa.

Afinal, trabalhador feliz falta menos, comete menos erros e produz mais.

As empresas já percebem que investir na melhor qualidade para o trabalho do

funcionário e estimulá-lo a se sentir bem nesse trabalho, retorna e muito para a

empresa, pois este funcionário se sentindo melhor e fará cursos de especialização

em sua área, irá se envolver mais e aprimorar seus conhecimentos.

Mas é necessário olhar além da empresa em busca de sentido maior nos

processos cotidianos. Ler, ouvir música, ir ao teatro, ter uma religião, amar os que

estão próximos. Dar sentido a vida.

João decidiu não ser feliz somente aos sábados e domingos, decidiu ser feliz

todos os dias.

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Análise Crítica

A reportagem da revista Istoé de 26 de outubro de 2011, com o tema “Os

segredos de quem é feliz no trabalho”, mostra que a maioria dos brasileiros está

infeliz no seu emprego, ou seja, as necessidades não estão sendo satisfatórias.

Existem fatores da teoria Y de McGregor onde o ser humano não tem o

desprazer de trabalhar, busca deixar a marca e faz o possível para ver sua equipe

feliz.

Mas mostras muitos traços da teoria X, onde o homem é basicamente

egocêntrico e coloca seus objetivos pessoais antes dos objetivos da organização.

Joao não queria apenas ter segurança e autocontrole, mas queria seu “hobby” que é

a fotografia no seu dia a dia e não somente nos finais de semana e fora da empresa,

esse é um traço de egocentrismo junto com a necessidade de estima de Maslow.

O que podemos ver nas pessoas e que está refletindo na adequação de muitas

empresas é a junção destas duas necessidades, a da empresa com seus objetivos e

funcionários enquanto pessoas com necessidades pessoais.

É notório que toda empresa gostaria de ver o ser humano apenas como uma

“máquina de fazer tudo”, obedecendo fielmente regras e sendo de fácil controle. Isto

seria o mundo ideal das empresas, mas este pensamento das empresas não é de

todo ruim, pois isto ajudou na evolução científica, e nos trouxe os robôs para isso.

Percebe-se na reportagem mais a “versão” do funcionário, mas podemos ver

que as mudanças também estão ocorrendo com muitas empresas, vemos isso no

dia a dia, que estas estão mais abertas a interferências externas, mas tentando ter

um programa de controle sobre a situação.

Em pesquisa apenas 24% se sentem realizados no seu trabalho, ou seja, já

alcançaram a necessidade de estima e autorrealização, o restante se arrasta para o

escritório, as principais queixas são de carga horária excessiva, necessidade de

segurança e necessidade de remuneração adequada.

As gerações X e Y estão muito presente nas organizações atuais, onde a

geração X é mais negativa em relação a mudanças e se foca somente em objetivos,

os novos funcionários da geração Y com faixa de idade entre 20 a 31 anos estão

adentrando no mercado assumindo cargos importantes por serem inovadores

multitarefas e adequar-se de acordo com o momento e comportamento da empresa,

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assim quando não estão satisfeitos pedem para sair, ocorrendo rotatividade de

operários, saída e entrada em demasia. Percebe-se que as empresas estão ainda

sofrendo com a geração Y, por estas serem inquietas e descompromissadas,

podendo deixar a empresa a qualquer momento em que se sentirem frustradas e

insatisfeitas com o ambiente de trabalho, essa geração já percebe que suas

necessidades devem se igualar as necessidades da empresa, e quando ela entra no

ambiente de trabalho não necessita “se tornar outro indivíduo”, não precisa mudar

seu comportamento, não precisa esconder suas características, essa geração quer

entrar na empresa e ser o que é fora dela, apensa sabendo que lá precisa executar

alguma tarefa, não sendo mais necessário se comportar e se esconder do realmente

ela é e vive fora dos muros da empresa.

Isto mostra muito mais o estilo de administração das empresas, os estilos com

que os administradores dirigem o comportamento das pessoas.

Muitas empresas precisam se adequar a esta realidade da geração Y, o que as

empresas de tecnológica já fazem muito bem, pois já nasceram nessa era, sendo

que muitas foram fundadas e são dirigidas por pessoas dessa geração, grandes

corporações que hoje arrecadam bilhões em seus IPO, são dessa geração.

De acordo com a Teoria Comportamental que ressalta o “homem

administrativo”, onde este procura a maneira satisfatória e não a melhor maneira de

fazer um trabalho, assim como as empresas procuram uma solução satisfatória e

não a melhor solução. Isto verifica que hoje ainda mais as pessoas precisam

trabalhar satisfeitas e as empresas como são formadas por pessoas também se

encontram neste ambiente, de que o funcionário satisfeito a empresa também terá

resultados satisfatórios.

A ênfase nas pessoas se evidencia, deixando cada vez mais a ênfase na

estrutura organizacional, onde o conceito nas tarefas e na própria estrutura das

organizações se reveste de uma carapaça democrática e mais humana. A empresa

já pode ser considerada dotada de sentimentos e emoções. Como se verifica na

reportagem onde a empresa que o Joao escolheu trabalhar é porque ela pode

oferecer o “hobby” dele, na verdade para as operações da empresa isso não faria

diferença, mas para o funcionário faz muita diferença e é claro e nítido que fará bem

a empresa em longo prazo.

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Devido o estudo em relação a o comportamento nota-se a necessidade de

agradar o funcionário para que tal produza e evite a insatisfação, sendo que para

isso necessitam estarem motivados, os fatores motivacionais de Herzberg

descrevem exatamente isso, onde é totalmente relacionado com o conteúdo do

cargo e a natureza das tarefas, envolvem sentimentos de crescimento individual,

isso acontece porque não é somente o ambiente que determina a produção, mas

também por ser o humano dotado de sentimentos egocêntricos que de alguma

forma precisam ser saciados, onde as responsabilidades que trazem para dentro do

trabalho de sua vida pessoal se fundem com as responsabilidades da empresa,

tendo que saber a forma correta para equilíbrio das ações da organização e as

pessoais.

Seguindo o raciocínio da reportagem existem cinco fatores que caracterizam

uma pessoa feliz em seu ambiente de trabalho que são:

- Autoestima

Tem estima elevada e são orgulhosos de quem são;

- Autoconfiança

Sabem das suas habilidades e capacidades, são independentes e correm mais

riscos;

- Otimismo

Não são tão vulneráveis aos estímulos externos, sabem quando uma crise é

passageira e vivem o aqui e agora;

- Foco

Têm objetivos específicos, sabem aonde querem chegar;

- Flexibilidade

Sabem também que é sempre possível replanejar a rota e redefinir os objetivos

se preciso for.

Estas características estão totalmente integralizadas na teoria comportamental,

nela se oferece variedade de estilos de administração, são esses estilos que dirigem

as convicções que por sua vez moldam não apenas a direção das pessoas, mas

também a divisão do trabalho e o planejamento e controle das atividades.

A reportagem mostra perfeitamente vários pontos onde a teoria das

necessidades de Maslow surge por completo, assim como João o primeiro

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entrevistado que após longo período na mesma empresa não se sentia mais com

estima e vontade para realizar as tarefas que se tornaram rotineiras.

Mesmo com estabilidade e protegido, ou seja, Joao estava com suas necessidades

fisiológicas e de segurança supridas, então lhe restava focar na estima, na

realização e devido a isso não se sentia bem na função e ou trabalho que ocupava.

O ser humano já é dito como frase popular, como sendo um “completo insatisfeito”,

sempre em busca de mais e mais. João já tinha seus intervalos de descanso, boa

remuneração, estabilidade, interação com colegas, era responsável por resultados, e

naturalmente com essas necessidades supridas lhe restava foca em sua ultima

necessidade a mais alta, a que foca no trabalho criativo e desafiante, com

diversidade e autonomia participando nas decisões e a empresa fazendo parte do

seu dia a dia assim como a fotografia.

Pois conforme a Teoria das Necessidades de Maslow, o indivíduo estando

suprida sua necessidade mais básica que é a fisiológica, tende a suprir as demais,

como a necessidade social, de estima e autorrealização. Com o passar do tempo

João se sentia na rotina, precisava de trabalho criativo e desafiante, com diversidade

e autonomia, além de conforto físico e liberdade para executar suas funções, o que

mostra as necessidades desde a fisiológica até a autorrealização.

A matéria mostra ainda muitos pontos onde os fatores motivacionais que estão

sob o controle do indivíduo assim como o Joao e a Neusa que hoje se sentem

autorrealizados por sentimentos de crescimento individual e reconhecimento

profissional.

É notório que as empresas procuram pessoas que conseguem colocar mais

energia, otimismo e foco no que fazem, que são mais abertas a novidades,

produtivas e dispostas a ir além da obrigação. Como Neusa que quando começou a

trabalhar tinha apenas 13 anos e sendo mulher as necessidades se ampliam e se

distanciam das do homem, pois elas carregam a responsabilidade maior pela casa e

filhos. Neusa diz que nem um dia seu foi igual ao outro e que ainda possui o mês

gás do inicio da carreira, mas tudo isso mostra que além dela mesma se manter

atualizada e focada nos objetivos pessoais a empresa lhe deu autonomia para suprir

os seus objetivos e os da empresa.

Mas precisou que eles, Joao, Neusa, Dalton e não somente a empresa a qual

eles pertencem buscassem uma visão mais ampla do ser enquanto pessoa dotada

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de vontades, sentimentos e necessidades além de simplesmente cumprir suas

funções diárias, mas a de incluir nessas as necessidades de grupo e de

comunidade. O ambiente de trabalho é o local onde se passa mais tempo na vida de

uma pessoa, então este ambiente deve ser muito bom para as pessoas.

Precisamos ser reconhecidos pela equipe, nos sentirmos orgulhosos de quem

somos, trabalhar podendo utilizar o máximo nossa criatividade, tendo controle sobre

a nossa atividade, ter recursos compatíveis com os desafios, manter o humor

mesmo na dificuldade e além de tudo o trabalho deve contribuir para a realização

pessoal.

Por ser a Teoria Comportamental uma das Teorias Administrativas, é óbvio que

ela nos mostre o lado bom e nem tão bom tanto para a empresa como para o

funcionário, já que ela mostra que o foco agora são as pessoas e nem tanto a

organização, mas isto já foi dito, não deixa a empresa vulnerável ou desestruturada,

funcionário satisfeito é sinônimo de tarefa bem executada o que reflete nos custos

adequados e equilíbrio da organização. Funcionários engajados e conseguir

resultados. Isso nos leva ao Comportamento Organizacional e que está declarado

na organização, onde a cooperação entre os stakeholders colocam seus esforços

para alcançar algo coletivo, sabendo que individualmente não o conseguiriam. Os

Gestores de Recursos Humanos nas empresas percebem quando da contratação

itens como dinamismo e trabalho em grupo, estes devem ressaltar quando da

entrevista para que o candidato possa se enquadrar na cooperação buscada pela

empresa e verificar melhor resultado no comportamento do grupo.

A Teoria Comportamental apenas coloca mais uma direção e novo enfoque na

teoria administrativa, era fato que algo deveria existir sobre o assunto

comportamento humano, já que este sempre fez parte da empresa, as organizações

e os próprios trabalhadores de outrora que por falta de melhor conhecimento sobre

si mesmo e das suas necessidades não viam essa como algo pessoal, mas somente

organizacional o que de alguma forma era favorável as organizações já que estas

não necessitavam se preocupar com as necessidades individuais, era o serviço,

mão de obra, em troca de remuneração financeira e somente isto.

De toda forma o homem continua egocêntrico, preguiçoso, evitando o trabalho,

pois é de nossa natureza e vem das origens, o trabalho nos tira do cômodo, e isso

no homem moderno nos obriga a pensar que somos melhores, por conseguir nos

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modificar e diferenciar do primata, de sair do comodismo e do conforto natural que

está incrustrado em nós. Somos assim e deveremos efetuar mudanças se queremos

algo melhor, não podemos apenas suprir o básico, sabemos que para sobreviver

precisaríamos apenas de alimento, água e abrigo. Mas assim seríamos ainda

primatas, o que nos diferencia dos demais animais é o raciocínio e a busca contínua

por desenvolvimento do humano como ser que não pode se restringir as

necessidades básicas.

As escolas da administração surgiram e irão surgir novas escolas conforme o

desenvolvimento do ser humano. Assim se arrasta a humanidade, o que hoje é

evolução, amanha será considerado algo como hoje consideramos a roda na pedra

lascada, simples hoje, mas que na época foi um estrondoso avanço para a

humanidade.

Podem vir gerações X, Y ou outra identificada com qualquer letra do alfabético,

e será no seu tempo a mais adequada e mais eficiente, mais dinâmica e mais

produtiva que a anterior, assim como os humanos as eras morem e novas idéias e

oportunidades surgem, é a necessidade de se distanciar dos animais e dos demais

seres que provoca os homens a busca incessante pelo novo.

Assim cada teoria surgida estará de acordo com a sua geração, mas não

desligada da sua antecessora, assim como nós não estamos desligados do homem

da pedra, ele evoluiu e nós seguimos o mesmo caminho.

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