Comportamento Organizacional - Grupo 8

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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERAÇÃO DO GRUPO 8

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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONALINTERAÇÃO DO

GRUPO 8

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ÍNDICE

Introdução

Modulo 1 - Trabalhos de Grupo

Modelo de Desenvolvimento Grupal

Liderança VS Processos de Liderança

Gestão da Diferença e Desenvolvimento

Conclusão

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DESENVOLVIMENTO

1ª Parte: Analisar a interdependência para as diferentes disciplinas, se trabalhamos da mesma maneira, se há condições nas diferentes propostas para haver trabalho de grupo.

2ª Parte: As fases do grupo à luz do Modelo de Desenvolvimento Grupal (Miguez & Lourenço 2001).

3ª Parte: Liderança vs Processos de Liderança, relação com as fases do grupo.

4ª Parte: Gestão da diferença e desenvolvimento, forças impulsiona e restritivas.

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INTRODUÇÃOA cada dia que passa, existe uma maior tendência de as organizações formarem grupos para estruturarem as suas actividades, sendo expectável que isso melhore a eficácia e a eficiência das pessoas bem como ao nível da qualidade do serviço, havendo diversas formas de denominação dos mesmos.

Esta tendência já tinha sido profetizada por Leavitt, em 1975, quando afirmou que o grupo de trabalho se iria constituir como uma unidade básica do trabalho nas organizações, dado ser a único capaz de responder aos desafios culturais que iriam emergir nos anos vindouros.

De facto, o grupo surge como uma estruturação do trabalho extremamente eficaz, sendo igualmente eficaz no óptica da empresa, pois produz resultados tangíveis ao nível da qualidade, da eficiência e da eficácia do mesmo, como a nível das pessoas pois permite tornar a empresa numa “fonte” da satisfação dos objectivos individuais dos seus colaboradores, ao nível de ser, de estar, de saber e de ter, obtendo ganhos ao nível do envolvimento e da motivação dos mesmos.

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INTRODUÇÃOO estudo dos grupos e das Dinâmicas grupais tem-se constituído como actividade de investigação desde o início do século passado, havendo duas linhas da mesma: 1) Associada à Psicologia Social, onde se tenta compreender laboratorialmente

os processos intra e intergrupais (sejam as normas, a conformidade, a coesão, entre outros) bem como o impacto que os mesmos têm nos membros grupais;

2) Relacionada com a Psicologia das Organizações e com o Comportamento Organizacional, estuda a forma como os grupos se inserem num contexto organizacional, abordando temáticas tão diferentes como a liderança, a eficácia e os conflitos.

 Em termos organizacionais, o alcance dos objectivos a que o grupo se propõe é algo de fundamental, pois a constituição dos grupos é pensada tendo como finalidade atingir determinados resultados, que determinam a sua avaliação e recompensa/punição bem como o facto de estes perdurarem (ou não...) no tempo.

Um grupo apenas é eficaz quando é capaz de atingir, e se possível ultrapassar, os objectivos que lhe foram impostos pela organização (critérios relacionados com o sistema tarefa), tendo, simultaneamente, em conta as necessidades individuais de cada um dos seus membros (critérios de âmbito socioafectivo).

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DEFINIÇÃO DE GRUPOPode-se afirmar que um grupo é um sistema social, integrado por diferentes sujeitos que interagem entre si, tentando alcançar um ou vários objectivos comuns que os mobiliza.

Este sistema é constituído por diferentes pessoas que interagem entre si, criando um conjunto de restrições, de constrangimentos que fazem com que as constribuições individuais se esbatam tendo em conta o sistema grupal. De facto, estas restrições que falamos podem ser efectuados por um dos membros em relação aos outros, pelos membros em relação ao grupo ou ainda pelo grupo em relação aos seus membros.

Podemos, então, afirmar que um grupo como um todo é mais do que a soma das partes e apenas pelo resultado de todas as interacções entre os diversos membros grupais se pode constatar a existência do mesmo enquanto sistema, não podendo o grupo ser visto apenas como um conjunto de experiências individuais que se somam, havendo muitos casos até em que elas se subtraem. Por outro lado, pode-se considerar que um grupo é, simultaneamente, mais (ou menos...) e diferente do que a soma das experiências individuais que o constituem pois estas podem acrescentar valor (ou subtrai-lo), sendo sempre diferentes se consideradas individualmente, sendo o comportamento do mesmo resultado das diferentes relações entre os seus membros e destes com a estrutura grupal.

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DEFINIÇÃO DE GRUPOPara além disso, um grupo não é uma estrutura fechada, influencia e é influenciado pelos sistemas que o rodeiam, sendo construído tanto de dentro para fora como de forma inversa. A forma como este vai operar depende de diversos factores, como sejam o seu nível de desenvolvimento, a sua estrutura, os seus processos de comunicação e a sua cultura, embora também estes sejam influenciados pelas variáveis externas.

A existência de interacção, dinamismo e interdependência entre os seus membros leva a que o grupo consiga atingir os seus objectivos comuns e que levaram à constituição do mesmo, sendo essencial que haja interactividade entre todos os membros pois eles são interdependentes entre si na realização das tarefas grupais, levando a que se algo afectar um membro afectará todos os outros.

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GRUPOS OU EQUIPAS DE TRABALHO?Os grupos têm cada vez mais importância nas organizações, tendo isso levado a que haja, cada vez mais, uma mudança de terminologia, passando do termo “grupo” para o termo “equipa”, sendo a segunda mais indicada num contexto organizacional do que a primeira. Segundos diferentes autores, enquanto que uma equipa apresenta aspectos como a interdependência e a complementaridade entre todos os membros da mesma, o grupo apresenta uma aditividade. Para além disso, numa equipa tem-se objectivos claros e partilhados, os objectivos individuais são reconhecidos como importantes e aceites por todos, opera num terreno delimitado e que responde ás necessidades de tarefas que as organizações têm enquanto que o grupo remetido para o sistema social e efectivo.

O facto de o termo equipa não remeter para a Psicologia Social mas sim para a literatura específica da Psicologia das Organizações é muito importante para a preponderância que o mesmo adquiriu, para o que também contribuiu o facto do mesmo estar também associado ao desporto, à competitividade e ao sucesso, conceitos muito em voga no mundo empresarial.

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GRUPOS OU EQUIPAS DE TRABALHO?Grupo Um conjunto de duas ou mais pessoas que:

Estejam psicologicamente conscientes da presença umas das outras Tenham um objectivo comum; Interagem umas com as outras para atingir o objectivo

Equipa Conjunto de pessoas que interagem entre si, que partilham determinadas normas e empenham-se na realização de objectivos:  Competências complementares Compromisso em relação ao objectivo comum Responsabilização colectiva perante metas de desempenho a atingir

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GRUPO 8No âmbito do MBA Executivo 2010/2011, a avaliação das diferentes disciplinas pressupôs, para além dos trabalhos individuais, trabalhos de grupo cujo objectivo é facilitar a aprendizagem de todos com menor esforço individual e maior enriquecimento.

Os grupos são definidos pela coordenação do curso que tem a preocupação de incluir os alunos com diferentes formações académicas e experiências profissionais, sendo o sexo e a idade factores igualmente considerados. O envolvimento, a partilha, a troca de experiências e o empenho demonstrado conduziu ao resultado final do grupo e à sua eficácia e eficiência perante os desafios propostos. O nosso grupo era constituído por 6 alunos com percursos pessoais e profissionais muito diferentes, a saber:

Alexandre Hortas Sande, licenciado em Engenharia Civil, casado, a trabalhar como Project Manager na GFC – Engenharia e Construçao, Lda;

João Ferreira Alves, licenciado em Engenharia Civil, casado e pai de 2 filhos, a trabalhar como Director Executivo na Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva;

José Constantino Sousa, licenciado em Engenharia Electrónica e de Computadores, casado, a trabalhar como Consultor e Director da àrea da Qualidade na QMSC;

Ricardo Ventura Santos, licenciado em Gestão de Empresas, casado, a trabalhar como Controlador Senior na Ibersol;

Rodolfo Oliveira Gouveia, licenciado em Comunicação Organizacional, casado, a trabalhar na MRG Engenharia e Construção, SA;

Sandra Melo Almeida, licenciada em Química, casada e mãe de 2 filhos, actualmente desempregada.

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GRUPO 8A dinâmica de grupos proposta no módulo 1 foi bastante exigente, foram-nos exigidos muitos trabalhos, tendo, em várias disciplinas, mais do que um trabalho por grupo.

Os trabalhos de por disciplina efectuados neste módulo foram os seguintes:

Finanças (FIN): Dois trabalhos finais de grupo mais um exame final escrito; Marketing (MKT): Após cada aula, tínhamos de escrever os Key Learning

Points, existindo também um trabalho de grupo e um exame escrito final; Gestão de Pessoas (GP): Trabalhos em aula e um exame final escrito; Técnicas de Comunicação (TC): Uma apresentação oral individual; Sistemas de Informação (SI): Um exame final escrito; Produção e Gestão de Operações (PGO): Todas as semanas havia que fazer

relatórios de estudos de caso, houve um trabalho final de grupo e um exame escrito final.

No início dos trabalhos, ponderámos qual a melhor forma de os realizar de acordo com os prazos, os recursos e a experiência de ex- colegas de MBA. No início, não estávamos todos de acordo mas conseguimos chegar a um consenso e, de facto, a decisão que tomámos (alocando diferentes recursos a cada trabalho) foi a melhor pois foi aquela que nos permitiu rentabilizar ao máximo as capacidades de cada um, aumentando a eficácia e a eficiência dos mesmos.

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GRUPO 8A análise sobre que recursos a alocar a cada trabalho foi feita em vários momentos, consoante eles iam surgindo no planeamento do grupo, tendo o mesmo reunido para decidir essa alocação, tendo em conta as responsabilidades mais nucleares, decorrentes quer da sua experiência e conhecimento quer do seu interesse em desenvolver alguma disciplina específica.

Todos os trabalhos foram exigentes no seu conteúdo e todos quisemos dar o nosso melhor contributo, pelo que, apesar do facto da divisão do grupo por tarefas/trabalhos, esse facto não impediu que se fizesse, em determinados momentos de partilha, a reflexão e a discussão de ideias em conjunto por todos os elementos do grupo. Nesta fase, nunca se sentiu tensão por terem sido uns a construir o trabalho e os outros estarem a colocar questões, tendo-se sentido, isso sim, um sentimento de abertura e mesmo de confiança entre todos, em que ouvíamos com atenção e procurávamos sempre ter em conta as opiniões de todos. Quando não havia possibilidade de o trabalho conter todas as diferentes visões individuais, tentávamos chegar a um consenso sobre o que deveria constar e o que não deveria, o que se conseguiu sempre. Independentemente de tudo isso, todos os trabalhos foram apresentados e discutidos no seio do grupo antes de se finalizarem e entregarem, o que garantiu que o trabalho reflectia o todo e não as partes.

Nos trabalhos de PGO e TC, como existia apresentação à turma, chegámos mesmo a simular a apresentação de forma a prepararmo-nos melhor, tendo como objectivo dar confiança às pessoas para essa etapa.

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GRUPO 8No trabalho de Marketing, todos participámos mas como já estávamos em época de exames o mais difícil era coordenar a equipa para estarmos presentes na discussão, pelo que, por vezes, o grupo ia aumentando ou diminuindo de acordo com a disponibilidade de cada um, tendo chegado mesmo a estar em conferência via skype para partilhar e desenvolver o trabalho com os nossos colegas que estavam mais distantes. Sempre que algum membro esteve com mais dificuldade em avançar na sua parte, os outros reagiam e ajudavam-no, existindo um sentimento de inter-ajuda e apoio na execução por parte de todos, podendo esse membro fazer um esforço extra noutro trabalho para compensar essa “falha”.

Neste trabalho notámos dificuldade em integrar os conteúdos porque como tinham sido desenvolvidos em separado nem sempre estavam coerentes entre si e foi necessário muito trabalho de articulação na recta final quando pensávamos já estar quase tudo finalizado, o que originou algumas discussões entre os membros do grupo mas que nunca pôs em causa, ainda que minimamente, a coesão e a amizade existente entre todos os membros do grupo.

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALUm grupo não é estático, é uma realidade Dinâmica e mutável que vai ganhando “formas” diferentes ao longo da sua existência, adaptando-se ao contexto e operando de formas diversas.

O grupo pode ser comparado com o Homem, nascendo, crescendo, atingindo a maturidade e morrendo quando deixa de ter objectivos comuns para atingir ou quando deixam de se percepcionar e de ser percepcionados como tal.

Ainda que seja possível para uma organização “matar” um grupo, os laços sócio afectivos que os seus membros criaram levarão a que este perdure no tempo, ainda que apenas na componente referida.

Um grupo é, ao mesmo tempo, diferente e igual a si próprio pois está em contínua mudanda mas cria e mantém uma certa estabilidade na estrutura e na cultura que lhe permite manter uma marca que o distinga.

Os modelos de desenvolvimento grupal têm como foco a forma como vão evoluindo, ao longo do tempo, as relações, as tarefas e as estruturas grupais, marcando, desta forma, a evolução do grupo temporalmente. Este desenvolvimento é relatado como uma sucessão ordenada de fases ou estádios que se vão desenvolvendo sucessivamente, segundo um modelo pré-definido que tem como linha de objectivo a maturidade grupal.

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALSegundo Miguez e Lourenço, pode-se dizer que o grupo é algo intersubjectivo que tem como base dois subsistemas que estão na sua base, o socioafectivo e o de tarefa, que surge por consequência de um determinado conjunto de condições (as forças impulsionadoras de base) que se baseiam num alvo comum que mobiliza os seus membros, numa interdependência e em relações interpessoais para que se consigam atingir os objectivos propostos.

Tendo como base estes autores, podemos afirmar que o desenvolvimento grupal passa por quatro estádios sequenciais no seu caminho para a maturidade, desde a dependência da liderança até à clareza da interdependência, havendo também uma clara fase de contra-dependência. Estes quatro estádios são:

1) Estruturação;2) Reenquadramento;3) Reestruturação;4) Realização. Estes quatro estádios são passíveis de ser englobados em dois ciclos diferentes (integrando dois estádios cada um), caracterizados pela intensidade (ainda que não exclusividade) com que este sistema se centra no sistema afectivo (sendo este o ciclo I que integra os dois primeiros estádios) ou no sistema tarefa (o ciclo dois correspondente ao terceiro e quarto estádios).

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALO estádio da Estruturação foca-se numa elevada dependência dos membros grupais em relação ao líder do grupo, situação esta que é uma novidade e de uma enorme incerteza, procurando que esta pessoa responda às suas dúvidas e inseguranças.

Nesta fase existem algumas questões que se colocam aos membros grupais e que criam alguma ansiedade dentro do grupo, como sejam:

Quais os nossos objectivos enquanto grupo? Que comportamentos têm que ser valorizados? Qual o meu papel dentro do grupo e qual o dos outros? Será que este grupo é seguro? Durante esta fase, a principal preocupação dos membros é garantir a sua inclusão grupal, desenvolvendo todos os esforços para conseguirem agradar ao líder e aos restantes membros, seguindo quase incondicionalmente o líder, figura da qual têm uma elevada dependência, procurando conhecer de forma tímida e reservada os seus companheiros.

Dado o elevado receio de ser excluído, existe nesta fase um grande consenso e conformidade entre todos os participantes, havendo muito cuidado na comunicação (ainda que na maior parte dos casos seja muito superficial) e uma elevada cordialidade.Dependendo das pessoas, é normal que poucos membros participem activamente nas conversas e/ou reuniões do grupo enquanto que outros, a sua maioria, se mantêm mais ou menos silenciosos.

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALNeste estádio, o conflito é algo a ser evitado (na mente das pessoas) pois poderá pôr em causa a estabilidade e a continuidade grupal, havendo, por esse motivo, um clima de harmonia que pode conduzir a alguma euforia, dado que todos os membros se sentem como iguais.

No fim deste estádio de desenvolvimento, deve existir lealdade, segurança e desejo de pertença ao grupo sob pena de isso levar à estagnação ou à desintegração do mesmo no estádio seguinte.

No reenquadramento, há um esforço dos membros para encontrarem o seu espaço no grupo e para serem mais autónomos em relação ao líder, da autoridade do qual se tentarão libertar. Nesta fase existe bastante tensão, decepção e contestação, havendo muitas diferenças entre os seus membros que vêm ao de cima (seja a nível de ideias, de valores ou de personalidades) e que centram as atenções grupais, sendo predominante uma participação competitiva, onde a energia é canalizada para um esforço de afirmação pessoal.

Neste estádio as relações entre os membros do grupo são conflituosas e a comunicação entre eles tem um baixo nível de profundidade e é pontuada por episódios frequentes de mal-entendidos, a cada dia que passa há uma maior emergência de subgrupos (onde se juntam as pessoas que têm mais afinidades entre si), levando a mais discussões e conflitos que, em última análise, podem conduzir a algumas cisões no grupo.

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALEsta é uma fase em que a contestação ao líder começa a aumentar de tom, sendo, alternadamente, atacado por alguns subgrupos e defendido por outros.

Estes conflitos são não apenas inevitáveis como também necessários para que se possa desenrolar de forma saudável a confiança e a criação de um clima em que as pessoas se sintam confortáveis e à vontade para discordar umas das outras, sendo que a resolução destes problemas e conflitos é condição essencial para o grupo per evoluir para o estádio seguinte.

O estádio da reestruturação está focado essencialmente no sistema tarefa, havendo um desenvolvimento da confiança, o grupo envolve-se e aumenta o desejo dos membros em cooperarem entre si. É nesta fase que se estabelecem as relações de confiança entre as pessoas e isso contribui para que eles se identifiquem com o grupo e que isso tenha uma positiva implicação nas tarefas a realizar.

A percepção de interdependência entre os membros do grupo aumenta tal como o faz o esforço de aceitação e de integração do que é diferente. Nesta fase, as negociações são mais maduras quer em relação aos objectivos, à estrutura, aos procedimentos, aos papeis, à organização e à divisão do trabalho.

A comunicação foca-se na tarefa, havendo bastantes conversas sobre como alcançar os objectivos propostos de uma forma cooperativa, havendo uma maior tolerância para com os subgrupos do que na fase anterior, que emergem tanto da parte socioafectiva como do sistema tarefa.

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALNo estádio da realização, o focus das atenções do grupo é na realização das tarefas e na prossecução dos objectivos grupais, havendo uma clara valorização da interdependência entre os seus membros, sendo o clima reinante de confiança muito elevada, de envolvimento e de cooperação entre todos os membros.

A comunicação entre todos os membros atinge um nível profundo, o que torna mais fácil a realização das actividades do grupo. Geralmente, todos participam de forma activa, as informações e as ideias fluem dentro do grupo, sendo frequente que expressem a forma como percepcionam o desempenho grupal e individual.

Dentro do grupo podem surgir esporadicamente subgrupos que são colaborativos entre si e que tornam mais fácil a vida do grupo no caminho a percorrer em direcção aos objectivos a que se propôs. O tempo é correctamente gerido, não deixando o grupo que a execução das tarefas interfira com as relações interpessoais ou com diversos assuntos de capital importância para o mesmo.

Nesta fase, o mais importante é a correcta realização do trabalho e a maior capacidade para lidar com a complexidade e com algo que não é igual, havendo também uma auto-regulação e um reforço da coesão do grupo. Este estádio é aquele onde existe uma verdadeira maturidade, interdependência e da cumplicidade funcional, havendo, simultaneamente, mais grupo e mais indivíduo, pois coabitam os dois sistemas (indivíduo e grupo), gerando um maior reconhecimento, aceitação e incentivação das identidades e das idiossincrasias individuais paralelamente à cooperação e interdependência grupal, tendo como fim último a realização dos objectivos do grupo.

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALSegundo Miguez e Lourenço, algo que está na base fundadora do sistema grupal é o sistema socioafectivo e o sistema tarefa, pólos sempre presentes ao longo do desenvolvimento grupal ainda que a níveis completamente distintos. De facto, nos dois primeiros estádios (centrados essencialmente no sistema socioafectivo) existe uma necessidade de inclusão e de pertença e, posteriormente, de afirmação enquanto que nos dois últimos estádios (relacionados com o sistema tarefa) há a necessidade de cimentar algo que traduza as partes no todo, levando a que, no estádio seguinte, consiga chegar ao seu nível máximo de produtividade. 

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALA figura abaixo traduz uma representação gráfica do desenvolvimento grupal proposto pelos dois citados autores e os quadros abaixo traduzem alguns aspectos chave para que se consiga compreender devidamente este modelo teórico.

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALO grupo 8 ultrapassou rapidamente a fase 1 do modelo de Miguez e Lourenço pois todos os elementos estavam bastante envolvidos na execução dos trabalhos e todos queriam ter um bom resultado no final, por isso todos contribuíram de acordo com a sua personalidade mais ou menos forte, com opiniões e com desafios.

Na nossa opinião, a fase 2 aconteceu com o trabalho de PGO e Finanças I, pois nesta etapa ainda não nos conhecíamos muito bem e estávamos a trabalhar em separado mas, no final, todos fomos tentando perceber se o trabalho estava a correr bem, se era necessário mais ajuda e como poderíamos ajudar para que o trabalho ficasse ainda mais perfeito.

Nesta fase predominaram mais as diferenças na comunicação, porque não estávamos habituados ao estilo próprio de cada elemento, e, por vezes, isso gerou alguma tensão que foi sendo ultrapassada em conjunto com os restantes elementos.

A Fase 3 ocorreu com o trabalho de Marketing, em que foi necessário desdobrar-mo-nos em esforços, ajustar trabalho e promover a discussão sem competição pela atenção, existindo uma saudável partilha e envolvimento de todos, ninguém baixou os braços, criou-se um forte sentimento de amizade e de interdependência entre todos, levando a que mesmo quando não era possível estarem todos presentes, os que estavam iam avançando!Foi nesta fase que, dado que nem todos podíamos deslocar-nos à Fábrica da Renova, onde fizemos uma visita em conjunto e onde conversamos com o Director de Marketing da organização, o que nos permitiu apreender claramente a realidade em que esta empresa se posiciona, nomeadamente no domínio da inovação, e de onde conseguimos retirar ensinamentos essenciais para conseguir fechar o trabalho.

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O MODELO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO GRUPALConsideramos que a fase final do grupo, já no término do módulo I, se ajusta à fase 4 do modelo de Miguez e Lourenço, pois, realmente, o que mais se verificou foi a confiança em cada um dos elementos e nas suas competências, todos já tínhamos passado por momentos melhores e piores durante o trimestre mas sabíamos que caso existissem dificuldades elas não seriam escondidas. Nesta etapa, cada um trabalhou e integrou a equipa de forma honesta e consciente com uma participação pró-activa e de cooperação.

 

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LIDERANÇA VS PROCESSOS DE LIDERANÇANo grupo 8 nunca existiu uma liderança única, sendo que em cada trabalho e em cada momento foram aparecendo os “líderes” do trabalho (ou trabalhos), conforme a necessidade o exigia. O que fizemos sempre foi estarmos todos de acordo com a agenda e divisão de tarefas de forma a funcionarmos melhor, sempre que alguém não estava presente tínhamos a preocupação de o manter actualizado.

Todos os elementos apresentaram maturidade, flexibilidade para se ajustarem às necessidades do grupo, porque mesmo com trabalhos por disciplina definidos apareciam sempre outros trabalhos semanais a que era preciso dar resposta (como por exemplo nas disciplinas de PGO e MKT).

Para que os trabalhos fossem sendo adiantados convenientemente e que não houvesse uma derrapagem nos prazos, concordámos reunirmo-nos às sextas-feiras da parte da tarde e aos sábados, tentando garantir desta forma que os trabalhos eram completados no prazo estipulado e com a qualidade exigida.

Podemos afirmar que o nosso grupo se encontra nesta fase pois entre todos nós há um forte sentimento de pertença ao grupo e de interdependência entre todos nós, sabendo que não havia problema se não pudéssemos estar presentes nas reuniões por causa de um determinado trabalho pois isso apenas iria ter reflexos ao nível de que iríamos ter de compensar o grupo e os seus membros no(s) trabalho(s) seguinte(s).

 

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LIDERANÇA VS PROCESSOS DE LIDERANÇAPor outro lado, embora cada um de nós tivesse objectivos pessoais bem definidos, sabíamos que o grupo dependia da forma como nós nos interligávamos e da interdependência do nosso trabalho para conseguirmos atingir (e, se possível, ultrapassar) os objectivos grupais a que nos tínhamos propostos.

 

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REFLEXÃO INDIVIDUAL

Pouco tenho à acrescentar ao muito que aqui já se escreveu, no entanto tenho que ressalvar mais uma vez a utilidade que o modelo de desenvolvimento grupal me ajudou a conseguir interpretar no mundo pratico os diversos comportamentos em grupo e a sua respectivas evoluções.

 

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CONCLUSÃOUm grupo deve identificar claramente a fase em que se encontra pois isso é de capital importância para o sucesso do mesmo, havendo, neste campo, duas forças que são altamente contraditórias, uma delas impulsora (que tende para a coesão) e outra restritiva (que tende para a desintegração do grupo).

Neste trabalho, tentou-se definir vários conceitos sobre os grupos e sobre a sua importância para as organizações e polivalência (de funções e de nomes) dentro das mesmas, explicou-se quais as condições para a emergência dos grupos e qual a sua natureza, falou-se sobre a diferença entre um grupo e uma equipa, tendo, por último, abordado uma dimensão temporal dos grupos, utilizando como base de teoria o Modelo de Desenvolvimento Integrado Grupal elaborado pelos autores Miguez e Lourenço datado de 2001.

 

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BIBLIOGRAFIAMiguez, José – Diapositivos Alves, Marta Pereira, Lourenço, Paulo Renato, Miguez José - Redes sociais nas equipas de trabalho: Afectos e tarefas em diferentes momentos da vida grupal, 2010

 

| ALEXANDRE SANDEJOÃO FERREIRA ALVESJOSÉ CONSTANTINO SOUSARICARDO VENTURA DOS SANTOSRODOLFO GOUVEIASANDRA MELO ALMEIDA | GRUPO 8