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DEFINIÇÃO .................................................................................. 2
GRÁFICO ..................................................................................... 2
ZEROS ou RAÍZES ...................................................................... 3
DISCUSSÃO DAS RAÍZES .......................................................... 5
RELAÇÕES ENTRE COEFICIENTES E RAÍZES ........................ 8
VÉRTICE .................................................................................... 12
CONCAVIDADE ......................................................................... 12
MÁXIMO OU MÍNIMO ................................................................ 12
IMAGEM ..................................................................................... 13
FORMA CANÔNICA .................................................................. 18
CONSTRUÇÃO DA PARÁBOLA ................................................ 21
EIXO DE SIMETRIA ................................................................... 32
COEFICIENTES a, b E c NO GRÁFICO ................................... 32
SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA .......................................... 34
INEQUAÇÕES DO 2º GRAU ..................................................... 38
INEQUAÇÕES PRODUTO E QUOCIENTE ............................... 43
SISTEMA DE INEQUAÇÕES DO 2º GRAU ............................... 46
RESPOSTAS ............................................................................. 51
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................ 55
No final das séries de exercícios podem aparecer sugestões de atividades complementares. Estas sugestões referem-se a exercícios do livro “Matemática” de Manoel Paiva fornecido pelo FNDE e adotado pelo IFMG – Campus Ouro Preto durante o triênio 2015-2017.
Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1.
CASSIO VIDIGAL 2 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
DEFINIÇÃO
Uma quadra poliesportiva de uma escola tem forma retangular com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura. A direção da escola pretende amplia-la. Para isso vai construir em volta dela uma faixa de largura constante.
Suponhamos que x seja a largura da faixa, em metros. Os lados da nova quadra medem (40 + 2x) e (20 + 2x). Sua área é uma função de x.
800x120x4xfS
x4x40x80800S
x220x240S
2
2
A fórmula que define essa função é um polinômio de 2º grau na variável x. Funções reais como esta são chamadas de funções quadráticas ou funções do 2º grau.
Exemplos de funções quadráticas: a) f(x) = x2 – 3x + 2
onde a = 1, b = -3 e c = 2. b) f(x) = 2x2 + 4x – 3
onde a = __, b = __ e c = __.
1 Parábola é uma das 4 curvas cônicas
c) f(x) = -3x2 +5x -1 onde a = __, b = __ e c = __.
d) f(x) = x2 – 4 onde a = __, b = __ e c = __.
e) f(x) = 2x2 +5x onde a = __, b = __ e c = __.
f) f(x) = -3x2 onde a = __, b = __0 e c = __.
____________________________
GRÁFICO
O gráfico da função quadrática é uma parábola1.
Ex1: Veja, no exemplo abaixo, o gráfico
da função f(x) = x2. x x2 y
-3 (-3)2 9 A = (-3; 9)
-2 (-2)2 4 B = (-2; 4)
-1 (-1)2 1 C = (-1; 1)
0 02 0 D = (0; 0)
1 12 1 E = (1; 1)
2 22 4 F = (2; 4)
3 32 9 G = (3; 9) Vamos agora localizar, no plano cartesiano, os pontos encontrados na tabela.
FUNÇÃO QUADRÁTICA ou
FUNÇÃO DO 2º GRAU é toda função real do tipo
y = f(x) = ax2 + bx + c sendo a, b e c números reais com a 0.
MATEMÁTICA I 3 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Ligando-se os pontos, formaremos o gráfico:
𝐷 = ℝ e 𝐼𝑚 = [0,∞[
Ex.2: Vamos, agora, construir o gráfico
da função g(x) = -x2 localizando alguns pontos e ligando-os em seguida.
x -x2 y
-3 -(-3)2 -9 A = (-3; -9)
-2 -(-2)2 -4 B = (-2; -4)
-1 -(-1)2 -1 C = (-1; -1)
0 -02 -0 D = (0; 0)
1 -12 -1 E = (1; -1)
2 -22 -4 F = (2; -4)
3 -32 -9 G = (3; -9)
𝐷 = ℝ e 𝐼𝑚 = [−∞, 0[
Note que, quando multiplicamos a função por -1 (g(x) = -f(x)) obtemos um gráfico simétrico ao anterior em relação ao eixo das abscissas.
Observação: Neste momento, não trabalharemos com construção de gráficos. Faremos isto mais a frente.
ZEROS ou RAÍZES
Chamam-se de raízes ou de zeros da
função do 2º grau os valores de x que tornam
nula a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐. Uma das técnicas utilizadas para encontrar as raízes de uma função do 2º grau é a Fórmula de Báskara amplamente conhecida e relativamente fácil de ser aplicada. Abaixo segue a demonstração da fórmula:
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 𝑓(𝑥) = 0 ⇔ 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0
𝑎 (𝑥2 +𝑏𝑥
𝑎+𝑐
𝑎) = 0
𝑥2 +𝑏𝑥
𝑎+𝑐
𝑎= 0
CASSIO VIDIGAL 4 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
𝑥2 +𝑏𝑥
𝑎+𝑏2
4𝑎2⏟ 𝑇. 𝑄. 𝑃.
−𝑏2
4𝑎2+𝑐
𝑎= 0
(𝑥 −𝑏
2𝑎)2
+−𝑏2 + 4𝑎𝑐
4𝑎2= 0
(𝑥 −𝑏
2𝑎)2
=𝑏2 − 4𝑎𝑐
4𝑎2
𝑥 −𝑏
2𝑎= ±√
𝑏2 − 4𝑎𝑐
4𝑎2
𝑥 −𝑏
2𝑎= ±
√𝑏2 − 4𝑎𝑐
2𝑎
𝑥 =𝑏
2𝑎±√𝑏2 − 4𝑎𝑐
2𝑎
𝑥 =𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
2𝑎
(continua)
Chamando de a expressão 𝑏2 − 4𝑎𝑐, temos:
𝑥 =𝑏 ± √∆
2𝑎
A seguir veremos alguns exemplos de aplicação da fórmula de Báskara.
Ex1.: Quais os zeros da função abaixo?
𝑓(𝑥) = 𝑥2 − 5𝑥 + 6. Resolução: Vamos dividir a resolução em três etapas: i) Destacar os coeficientes ii) Calcular o discriminante . iii) Calcular as raízes Etapa i) a = 1, b = -5, c = 6 Etapa ii)
124256145422 acb
Etapa iii)
2
15
12
15
2
a
bx
32
152
2
1521
xx
Logo, as raízes da função são 2 e 3 Ex2.: Quais os zeros da função
𝑓(𝑥) = 9𝑥2 − 12𝑥 + 4? Resolução: Etapa i)
𝑎 = 9, 𝑏 = −12, 𝑐 = 4 Etapa ii)
014414449412422 acb
MATEMÁTICA I 5 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Etapa iii)
18
012
92
012
2
a
bx
3
2
18
012
3
2
18
01221
xx
Logo, as raízes da função são 3
2 e
3
2.
Ex3.: Quais os zeros da função
1062 xxxf ?
Resolução: Etapa i) a = 1, b = -6, c = 10 Etapa ii)
4403610146422 acb
Etapa iii)
12
46
2
a
bx
Como -4 não possui raiz quadrada real, dizemos que a função dada não possui raízes reais.
DISCUSSÃO DAS RAÍZES
A existência das raízes de uma função
quadrática fica condicionada ao fato da √∆ ∈ℝ.
Assim, temos três casos a considerar: > 0,
= 0 e < 0. Vamos discutir os três casos:
1º Caso: > 0: Quando > 0, a função apresentará duas raízes reais distintas:
a2
bxe
a2
bx 21
2º Caso: = 0: Neste caso, 0 , assim
temos que
a2
bxx 21
3º Caso: < 0:
Como √∆ ∉ ℝ quando < 0, a função não apresentará raízes nesta situação.
01) Determinar as raízes reais das funções a seguir;
a) 1582 xxxf
b) 822 xxxf
c) 962 xxxf
CASSIO VIDIGAL 6 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
d) xxxf 42
e) 1032 xxxf
f) 352 2 xxxf
g) 52221 2 xxxf
h) 42 xxf
i) 562 xxxf
MATEMÁTICA I 7 FUNÇÃO QUADRÁTICA
j) 952 xxxf
k) 9
4
3
52 xxxf
02) Qual o valor de b para que a função
32 bxxxf tenha duas raízes iguais?
03) Determinar as condições sobre k na função 𝑓(𝑥) = 3𝑥2 – 2𝑥 + (𝑘 – 1) a fim de
que 𝑓 não admita raízes reais.
CASSIO VIDIGAL 8 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
04) A função
𝑓(𝑥) = (𝑝 – 1)𝑥2 + 3𝑥 + (𝑝 + 1) possui duas raízes reais iguais. Nestas
condições, qual o valor de 𝑝?
05) Qual é o menor número inteiro 𝑚 para o qual a função real de variável real dada por 𝑓(𝑥) = 4𝑥2 + 3𝑥 + (𝑚 + 2) não admite raízes reais?
RELAÇÕES ENTRE COEFICIENTES E RAÍZES
Sendo 𝑥1 e 𝑥2 as raízes de uma função do segundo grau do tipo 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, podemos afirmar que:
𝑥1 + 𝑥2 = −𝑏
𝑎
e
𝑥1 ∙ 𝑥2 =𝑐
𝑎
Estas relações são chamadas de relações de Girard e podem ser facilmente demonstradas. Acompanhe:
Fazendo a
bx
21
e
a
bx
22
,
temos que
a
b
a
b
a
b
a
bxx
2
2
2221
e
a
c
a
acbb
a
acbbxx
a
b
a
b
a
bxx
4
4
4
4
4222222
21
22
21
Ex.1: Encontrar a soma e o produto das raízes da função f(x)=2x2 + 4x – 30 sem calcular as raízes. Resolução: a = 2; b = 4 e c = -30
𝑥1 + 𝑥2 = −𝑏
𝑎= −
4
2= −2
𝑥1 ∙ 𝑥2 =𝑐
𝑎=−30
2= −15
Logo, a soma das raízes é −2 e o produto é
−15. Ex.2: Escreva uma função do segundo grau cujas raízes seja 4 e -1. Resolução:
MATEMÁTICA I 9 FUNÇÃO QUADRÁTICA
−𝑏
𝑎= 4 + (−1) = 3
Fazendo a = 1, temos que b = -3 𝑐
𝑎= 4 ∙ (−1) = −4
Tomando a = 1, temos que c = -4. Assim, uma equação procurada é
𝑓(𝑥) = 𝑥2 – 3𝑥 – 4
Observação: Se tivesse sido atribuído a outro valor qualquer (diferente de 1), os valores de b e c mudariam mas, ainda assim, seria
encontrada uma função cujas raízes são 4 e −1.
06) Calcule a soma e o produto das raízes das funções abaixo; a) f(x) = 3x2 – x + 5 b) f(x) = -x2 + 6x - 5 c) f(x) = 2x2 - 7 d) f(x) = x2 – 3x - 2 07) Obtenha uma função do segundo grau cujos zeros sejam: a) 3 e 4
b) -1 e 2 c) -5 e -4
d) √3 + √2 e √3 − √2 e) 0 e 8 f) 3 e 3
g) √7 e 6√7
CASSIO VIDIGAL 10 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
08) Mostre que uma equação do 2º grau de raízes x1 e x2 pode ser escrita na forma f(x) =
x2 – Sx + P sendo S = x1 + x2 e P =x1 ∙ x2.
09) Uma das raízes da equação
𝑥2 + 𝑝𝑥 + 27 = 0 é o quadrado da outra. Qual o valor de 𝑝? 10) As raízes da função
𝑓(𝑥) = 3𝑥2– 10𝑥 + 𝑐 são tais que uma é o inverso da outra. Qual é a maior das duas raízes?
MATEMÁTICA I 11 FUNÇÃO QUADRÁTICA
11) Uma das raízes da equação
𝑥2– 25𝑥 + 2𝑝 = 0 excede a outra em 3 unidades. Encontre as raízes da equação e o valor de p. 12) A diferença entre as raízes da equação
𝑥2 + 11𝑥 + 𝑝 = 0 vale 5. Encontre as raízes e o valor de 𝑝.
13) Sendo 𝑚 e 𝑛 as raízes da equação
3𝑥2 + 10𝑥 + 5 = 0, qual o valor de:
a) 𝑚 + 𝑛
b) 𝑚 ∙ 𝑛
c) 1
𝑚+1
𝑛
d) 𝑚2 + 𝑛2
CASSIO VIDIGAL 12 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
VÉRTICE
No início desta apostila, tivemos uma ideia inicial acerca do gráfico da função do segundo grau. Você viu que o gráfico tem o formato da curva ao lado. O ponto V na figura, é chamado de vértice da parábola e está localizado sobre o seu eixo de simetria.
As coordenadas no vértice da parábola podem ser encontradas a partir dos coeficientes por meio da fórmula:
𝑉 = (−𝑏
2𝑎; −
∆
4𝑎)
(Na página 51 desta apostila, você encontra a demonstração da fórmula que nos permite encontrar as coordenadas de V.)
Determinar as coordenadas do vértice da parábola que representa graficamente a
função 𝑓(𝑥) = 𝑥2– 4𝑥 + 3. Resolução:
𝑥𝑣 = −𝑏
2𝑎= −
−4
2= 2
𝑦𝑣 = −𝑏2 − 4𝑎𝑐
4𝑎= −
(−4)2 − 4 ∙ 1 ∙ 3
4 ∙ 3= −1
Logo, 𝑉 = (2,−1)
CONCAVIDADE
A parábola que representa
graficamente a função quadrática y = ax2 +bx + c pode ter a concavidade voltada para cima ou para baixo de acordo com o sinal do
coeficiente 𝑎.
Se 𝒂 > 𝟎, a parábola tem a
concavidade voltada para cima.
Se 𝒂 < 𝟎, a parábola tem a
concavidade voltada para baixo.
MÁXIMO OU MÍNIMO
Dada uma função 𝑓 podemos dizer que ela admite máximo se, e somente se existe 𝑥𝑚, 𝑥𝑚 𝐷(𝑓) tal que:
𝑓(𝑥𝑚) ≥ 𝑓(𝑥) ∀𝑥 | 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓) O número 𝑓(𝑥𝑚) é chamado de valor máximo de f. E podemos dizer que ela admite mínimo se, e somente se existe 𝑥𝑚, 𝑥𝑚 𝐷(𝑓) tal que:
𝑓(𝑥𝑚) ≤ 𝑓(𝑥) ∀𝑥 | 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓) O número 𝑓(𝑥𝑚) é chamado de valor mínimo de f. Uma função quadrática admite ponto de máximo no vértice quando a < 0. Uma função quadrática admite ponto de mínimo no vértice quando a > 0.
MATEMÁTICA I 13 FUNÇÃO QUADRÁTICA
IMAGEM
A partir do esboço do gráfico da função
quadrática 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, podemos notar que a ordenada do vértice limita sua
imagem, assim, se 𝑎 > 0, 𝑦 ≥ 𝑦𝑣 e se 𝑎 < 0, 𝑦 𝑦𝑣, logo:
Para 𝑎 > 0
𝐼𝑚 = {𝑦 ∈ ℝ|𝑦 ≥ −∆
4𝑎}
Para 𝑎 < 0
𝐼𝑚 = {𝑦 ∈ ℝ|𝑦 ≤ −∆
4𝑎}
14) Em cada uma das funções quadráticas a seguir, determine o vértice da parábola da representação gráfica e aponte a direção da concavidade da parábola. Determine também a imagem da função. a) f(x) = x2 – 2x + 2
b) y = –x2 + 4x c) f(x) = –x2 + 5x – 3
d) 2xx2
1xf 2
CASSIO VIDIGAL 14 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
e) 2x6x3xf 2
f) 4
1
2
xxxf 2
g) 4,0x2xxf 2
15) Para que valores de m o gráfico da a função f(x) = (m – 5)x2 + 2x – m tem a concavidade voltada para cima? 16) O vértice da parábola da função y = x2 +bx + c é o ponto V(-3; 1). Calcule b e c.
MATEMÁTICA I 15 FUNÇÃO QUADRÁTICA
17) Sabe-se que a parábola que descreve a função y = x2 + kx + 2k passa pelo ponto (1: 7). a) Determine k. b) Quanto vale f(0)? E f(3)? 18) Calcule b e c sabendo que a parábola de y = x2 + bx + c passa pelos pontos (1; 1) e (2; 6).
CASSIO VIDIGAL 16 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
19) Determine a função quadrática f(x) = ax2 + bx + c tal que f(0) = 2, f(1) = 6 e f(-1) = 0. (Você deve determinar a, b e c)
20) O arco de parábola da figura ao lado é o gráfico de uma função em que y é proporcional ao quadrado de x.
a) Qual o domínio e imagem da função?
b) Encontre a fórmula de y em função de x. (dica: se y é proporcional quadrado de x, então y é igual a x2 multiplicado por uma constante, ou seja, a função é do tipo y = ax2) c) Obtenha y para x = 3? 21) O preço de uma pizza é diretamente proporcional à sua área. Por isso, a fórmula que dá o preço (em reais) de uma pizza em função de seu raio R (em cm) é do tipo P = kR2. No caso, k é uma constante real não nula. Uma pizzaria vende uma pizza de raio igual a 20cm por R$12,00. a) Qual o valor de k? b) Por quanto deve ser vendida uma pizza de 30cm de raio?
MATEMÁTICA I 17 FUNÇÃO QUADRÁTICA
c) Qual a taxa de variação média do preço da pizza por centímetro de raio quando este muda de 20cm para 30cm? E quando muda de 30cm para 40 cm?
22) Um substância sofreu mudanças de temperatura durante 8 minutos. Sua temperatura T em graus Celsius, t minutos após o início do experimento, é dada pela fórmula T = -2t2 + 16t + 10. Encontre: a) a temperatura inicial da substância. b) o instante em que ela atingiu a temperatura máxima. c) a temperatura máxima atingida. d) os instantes em que a temperatura atingiu 24ºC.
______________________
CASSIO VIDIGAL 18 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Pág. 180 – Exercícios 07 a 14
FORMA CANÔNICA
A construção do gráfico da função
quadrática com o auxílio de uma tabela como está apresentado no início desta apostila torna-se as vezes um trabalho impreciso. Não era o caso daqueles exemplos e de outros que você vez nos exercícios, mas isto pode acontecer quando, por exemplo, a parábola intercepta o eixo horizontal ou vertical em pontos de abscissa ou ordenada não inteiros. A fim de podermos fazer um estudo analítico mais detalhado da função quadrática, vamos, em princípio, transforma-la em outra forma chamada de FORMA CANÔNICA. Vamos transformar a função na forma
polinomial 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 para a forma canônica, veja:
a
acb
a
bxaxf
a
acb
a
bxaxf
ca
b
a
bx
a
bxaxf
ca
b
a
bx
a
bxaxf
cxa
bxaxf
cbxaxxf
4
4
2
4
4
2
44
44
22
2
22
2
2
2
22
2
2
2
22
2
2
Esta forma é a chamada forma
canônica. Representando 𝑏2 – 4𝑎𝑐 por , também chamado de discriminante do trinômio do 2º grau temos a forma canônica como a conhecemos:
aa
bxaxf
42
2
MATEMÁTICA I 19 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Ex.1: Vamos passar a função f(x) = x2 – 5x + 6 para a forma canônica:
4
1
2
5xxf
64
25
4
25x5xxf
6x5xxf
2
2
2
Ex.2: Passar a função quadrática
2x7x3xf 2 para a forma canônica e em
seguida determinar suas raízes caso existam. Resolução:
𝑓(𝑥) = 3𝑥2 − 7𝑥 + 2
𝑓(𝑥) = 3 (𝑥2 −7
3𝑥 +
2
3)
𝑓(𝑥) = 3 (𝑥2 −7
3𝑥 +
49
36−49
36+2
3)
𝑓(𝑥) = 3 [(𝑥 −7
6)2
−25
36]
𝑓(𝑥) = 3 (𝑥 −7
6)2
−25
12
Vamos agora encontrar as raízes. Para isto, vamos igualar a 0 a expressão encontrada:
3 (𝑥 −7
6)2
−25
12= 0
3 (𝑥 −7
6)2
=25
12
(𝑥 −7
6)2
=25
36
𝑥 −7
6= ±√
25
36
𝑥 =7
6±5
6
𝑥1 =12
6= 2 𝑜𝑢 𝑥2 =
2
6=1
3
Assim, as raízes são 2 e 1
3.
23) Passe as funções quadráticas a seguir para a forma canônica e, em seguida, encontre as raízes, caso existam.
a) 2x3xxf 2
b) 12x7xxf 2
CASSIO VIDIGAL 20 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
c) 12x7xxf 2
d) 2x7x3xf 2
e) 2x2xxf 2
f) 1x2
3xxf 2
MATEMÁTICA I 21 FUNÇÃO QUADRÁTICA
g) 1x2xxf 2
h) x2xxf 2
CONSTRUÇÃO DA PARÁBOLA
Nos exemplos a seguir, construiremos gráficos de funções do segundo grau (parábolas) a partir de sua forma canônica mas antes vamos entender algumas translações que podemos realizar nos gráficos de funções do segundo grau. Nas páginas 2 e 3 desta apostila,
construímos o gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥2. Para tal partimos de uma tabela, localizamos os pontos no plano e ligamos construindo o gráfico. Relembre:
x x2 y
-3 (-3)2 9 A = (-3; 9)
-2 (-2)2 4 B = (-2; 4)
-1 (-1)2 1 C = (-1; 1)
0 02 0 D = (0; 0)
1 12 1 E = (1; 1)
2 22 4 F = (2; 4)
3 32 9 G = (3; 9) Vamos agora localizar, no plano cartesiano, os pontos encontrados na tabela.
Ligando-se os pontos, formaremos o gráfico:
CASSIO VIDIGAL 22 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
DESLOCAMENTO VERTICAL
Agora, vamos construir o gráfico da
função 𝑔(𝑥) = 𝑥2 – 1. Este gráfico pode ser obtido a partir do
gráfico anterior deslocando todos os seus pontos em uma unidade para baixo já que
para cada valor de x em 𝑓(𝑥) = 𝑥2, a imagem
relativa a 𝑔(𝑥) = 𝑥2 – 1 estará uma unidade abaixo.
Veja como ficará o gráfico:
Continuando nesta linha, vamos
construir o gráfico de ℎ(𝑥) = 𝑥2 – 4.
Agora, a partir de 𝑓(𝑥) = 𝑥2, vamos “descer” todos os seus pontos em 4 unidades
Veja, na sequência abaixo, diversos
gráficos ilustrando esta situação:
p(x) = x2 + 5 k(x) = x2 + 2 f(x) = x2 g(x) = x2 – 1 h(x) = x2 – 4
Observando as construções anteriores, podemos concluir que, somando-se ou subtraindo-se uma constante de uma função do segundo grau, deslocamos o seu gráfico verticalmente.
DESLOCAMENTO HORIZONTAL
Vamos, agora, provocar deslocamentos horizontais no gráfico.
MATEMÁTICA I 23 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Mais uma vez, partiremos do gráfico da
função 𝑓(𝑥) = 𝑥2.
Vamos agora construir a tabela e, em
seguida, o gráfico de ℎ(𝑥) = (𝑥 + 2)2.
𝑥 𝑥 + 2 (𝑥 + 2)2 𝑦 (𝑥, 𝑦) −5 −3 (−3)2 9 𝐴 = (−5; 9) −4 −2 (−2)2 4 𝐵 = (−4; 4) −3 −1 (−1)2 1 𝐶 = (−3; 1) −2 0 02 0 𝐷 = (−2; 0) −1 1 12 1 𝐸 = (−1; 1) 0 2 22 4 𝐹 = (0; 4) 1 3 32 9 𝐺 = (1; 9)
Observe, em verde, no plano a seguir,
os pontos encontrados a partir da tabela e o
gráfico da função ℎ.
Agora construiremos o gráfico de
𝑔(𝑥) = (𝑥 – 3)2.
𝑥 𝑥 − 3 (𝑥 + 2)2 𝑦 (𝑥, 𝑦) 0 −3 (−3)2 9 𝐴 = (0; 9) 1 −2 (−2)2 4 𝐵 = (1; 4) 2 −1 (−1)2 1 𝐶 = (2; 1) 3 0 02 0 𝐷 = (3; 0) 4 1 12 1 𝐸 = (4; 1) 5 2 22 4 𝐹 = (5; 4) 6 3 32 9 𝐺 = (6; 9)
Localizando no plano e construindo o gráfico, temos:
Neste caso, foi possível observar que somando ou subtraindo uma constante ao x, o gráfico da função sofre um deslocamento lateral. Veja no conjunto de gráficos a seguir:
CASSIO VIDIGAL 24 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
𝑘(𝑥) = (𝑥 + 3)2
𝑓(𝑥) = 𝑥2 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 3)2
ℎ(𝑥) = (𝑥 + 2)2 𝑝(𝑥) = (𝑥 − 4)2
De maneira informal, mas que proporciona um bom entendimento, podemos dizer que somando-se uma unidade ao argumento x, o gráfico é deslocado uma unidade para a esquerda e subtraindo uma unidade do argumento x, o gráfico é deslocado uma unidade para a direita. ABERTURA Em termos de abertura, as parábolas podem ter a concavidade mais aberta ou mais fechada ou ainda a concavidade voltada para baixo. Mais uma vez, começaremos com o
gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥2 mas agora destacaremos uma nova situação em termos de deslocamento. Observe o gráfico.
Na figura, além do gráfico, foram destacadas linhas em três cores de duas tonalidades cada. Ressaltando que em
𝑓(𝑥) = 𝑥2 os valores de y variam com o quadrado de x e tomando como referência o vértice da parábola, podemos observar que:
Em azul: quando x varia uma unidade, y varia 12, ou seja, 1 e quando x varia em uma unidade para a esquerda, y varia em (-1)2, ou seja, 1.
Em vermelho: quando x varia duas unidades, y varia 22, ou seja, 4 e quando x varia em duas unidades para a esquerda, y varia em (-2)2, ou seja, 4.
Em verde, quando x varia três unidades, y varia 32, ou seja, 9 e quando x varia em três unidades para a esquerda, y varia em (-3)2, ou seja, 9.
Tente observar o mesmo padrão para x variando 4 unidades.
No entanto, se tivermos uma constante
multiplicando o “x2”, esta constante influenciará diretamente na taxa de variação de y em relação a x. Veja no exemplo a seguir
com a função 𝑔(𝑥) = 2𝑥2.
MATEMÁTICA I 25 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Veja que, neste caso, as variações em
y são o dobro dos quadrados das variações em x. Isso se deve ao fator 2 multiplicando o “x2”.
Veja este outro exemplo com a função
ℎ(𝑥) =1
2𝑥2.
A
Agora pode-se perceber que as variações em y são equivalentes à metade dos
quadrados das variações em x. Isso se deve
ao fator 1
2 multiplicando o “x2”.
Vejamos, agora, o papel de uma
constante negativa multiplicando o “x2”. No gráfico a seguir, utilizaremos o fator
-1 e o resultado observado vale, também para quaisquer outros fatores negativos.
É possível observar que, para cada
deslocamento horizontal a partir do vértice, o deslocamento vertical varia com o quadrado de x porém para baixo, Desta forma, a parábola tem a concavidade voltada para baixo.
Assim, em termos da influência da
constante a no gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2, podemos concluir que se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima e se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo (isso já foi falado na página 12). Além disso, podemos dizer que quanto maior o valor de a (em módulo), mais fechada estará a parábola e quanto mais próximo de zero for o valor de, mais aberta estará a parábola.
Agora vamos focar noutro ponto.
CASSIO VIDIGAL 26 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
Na página 17, vimos que a forma
canônica da função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 é
aa
bxaxf
42
2
Na página 12, vimos que as coordenadas do vértice da parábola são:
a4;
a2
bV
Assim, podemos reescrever a forma canônica como:
𝑓(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑥𝑣)2 + 𝑦𝑣
Observe que, nesta notação, podemos
notar de forma clara, os três elementos que acabamos de estudar:
A partir do que foi visto, detalhadamente, nas últimas páginas, vamos, agora construir gráficos de funções do 2º grau sem a necessidade de partir de uma tabelinha.
O nosso procedimento será encontrar a forma canônica das funções e, a partir dela localizarmos o vértice e fazermos os deslocamentos sobre o plano para encontrar pontos de referência para a construção do gráfico.
Acompanhe os exemplos a seguir:
Ex.:Construir o gráfico da função
342 xxxf .
Resolução: (Na coluna ao lado)
Forma canônica:
12
3444
3444
34
2
2
2
2
xxf
xxxf
xxxf
xxxf
Assim, temos que:
a = 1 e V = 1,2
A partir daí, localizamos o vértice no
plano e em seguida alguns outros pontos da parábola de acordo com o que estudamos:
O passo seguinte será ligar estes pontos em forma de parábola formando, assim, o gráfico procurado.
MATEMÁTICA I 27 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Os demais exemplos, nas próximas páginas, construiremos juntos em forma de exercícios.
24) Construir o gráfico da função
f(x) = x2 – 2x - 3
CASSIO VIDIGAL 28 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
25) Construir o gráfico da função f(x) = x2 – 4x +4
26) Construir o gráfico da função f(x) = x2 – 2x
MATEMÁTICA I 29 FUNÇÃO QUADRÁTICA
27) Construir o gráfico da função f(x) = 2x2 – 4x – 1
CASSIO VIDIGAL 30 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
28) Construir o gráfico da função
2
3
2
1 2 xxxf
29) Construir o gráfico da função
542 xxxf
MATEMÁTICA I 31 FUNÇÃO QUADRÁTICA
30) Construir o gráfico da função
342 xxxf
CASSIO VIDIGAL 32 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
31) Construir o gráfico da função
26102 xxxf
______________________
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Pág. 176– Exercício 01
EIXO DE SIMETRIA
“O gráfico da função quadrática admite um eixo de simetria perpendicular ao eixo horizontal que passa pelo vértice da parábola”. A afirmação acima está presente no livro “Fundamentos da Matemática Elementar” e sua demonstração encontra-se na página 52 desta apostila. Esta conclusão nos permite construir apenas um ramo da parábola (à esquerda ou direita do vértice) e simetrizar este ramo em relação ao eixo de simetria para construir o outro ramo.
COEFICIENTES a, b E c NO GRÁFICO
Os parâmetros 𝑎, 𝑏 e 𝑐 de uma função quadrática apresentada sob a forma
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 nos dão informações interessantes e importantes sobre a natureza do gráfico. Vamos ver nos acasos a seguir:
1. Parâmetro c
O coeficiente 𝒄 indica o ponto onde a parábola cruza o eixo vertical.
A parábola cruzo o eixo das ordenadas no ponto (0, c).
2. Parâmetro b
Este coeficiente indica se a parábola cruza o eixo das ordenadas com seu ramo crescente ou decrescente. Veja cada um dos casos nos exemplos abaixo. 1º caso: b > 0
MATEMÁTICA I 33 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Quando b > 0, a parábola cruza o eixo vertical com seu ramo crescente.
2º caso: b < 0 Quando b < 0, a parábola cruza o eixo vertical com seu ramo decrescente.
3º caso: b = 0 Quando b = 0, a parábola cruza o eixo vertical no vértice, onde a função não é crescente nem decrescente.
3. Parâmetro a
O parâmetro 𝒂 é responsável pela concavidade e abertura da parábola. Como já
vimos, se 𝑎 > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima e se 𝑎 < 0, a concavidade estará voltada para baixo.
Porém, mais do que isso, este parâmetro determina a abertura da parábola.
Quanto maior o valor absoluto de 𝒂, menor será sua abertura ou, em outras palavras, mais “fechada” ela será independente da direção da concavidade. Veja nos exemplos a seguir:
Estas informações são úteis, entre
outras coisas, para verificar se construção do gráfico está correta.
CASSIO VIDIGAL 34 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA
Como já vimos em funções do primeiro grau, estudar o sinal de uma função é determinar para quais valores de x a função assume valores positivos, negativos ou mesmo zero.
Dada uma função quadrática do tipo
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, sabemos que 𝑓(𝑥) pode apresentar duas, uma ou nenhuma raiz
e o sinal do coeficiente 𝒂 determina a concavidade da parábola.
Para estudar o sinal de uma função do 2º grau, fazer um esboço do gráfico baseado nas raízes, caso existam, e no sinal do coeficiente a.
Veja, nos exemplos, alguns casos.
Vamos estudar o sinal das seguintes funções: Ex.1: f(x) = x2 – x – 6 Resolução: As raízes são x1 = -2 e x2 = 3 e a = 1 > 0, assim a parábola corta o eixo OX em dois pontos e possui concavidade para cima. O esboço a seguir mostra isto e apresenta os sinais em cada intervalo.
Logo, podemos afirmar que:
3x2para0xf
3xou2xpara0xf
3xou2xpara0xf
Ex.2: f(x) = –2x2 + 3x + 2 Resolução: x1 = -1/2 , x2 = 2 e a = -2 < 0
2x2
1para0xf
2xou2
1xpara0xf
2xou2
1xpara0xf
Ex.3: f(x) = x2 – 2x + 1 Resolução: x1 = x2 = 1 e a = 1 > 0
1xpara0xf
1xpara0xf
Ex.4: f(x) = –2x2 + 8x - 8 x1 = x2 = 2 e a = 1 > 0
2xpara0xf
2xpara0xf
Ex.5: f(x) = x2 – 2x + 2 a = 1 > 0 e f(x) não possui raízes.
MATEMÁTICA I 35 FUNÇÃO QUADRÁTICA
Logo, 𝑓(𝑥) > 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 ∀𝑥 ∈ ℝ Ex.6: f(x) = –x2 + x – 1 a = -1 < 0 e f(x) não possui raízes.
Assim, 𝑓(𝑥) < 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 ∀𝑥 ∈ ℝ
______________________________
Faça agora alguns exercícios envolvendo estudo de sinais e inequações.
32) Faça o estudo do sinal das seguintes funções:
a) 1x5x6xf 2
b) 3x2xxf 2
CASSIO VIDIGAL 36 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
c) 4x4xxf 2
d) 2xxxf
e) 9xxf 2
f) 1x34x2xf
g) 2x1x2xf
MATEMÁTICA I 37 FUNÇÃO QUADRÁTICA
h) 1xx2xf 2
i) 1x1xxf
j) 2x3xf
CASSIO VIDIGAL 38 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
33) Determine os valores de c para os quais
temos 𝑥2 + 4𝑥 + 𝑐 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
______________________
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Pág. 182 – Exercícios R.6 e R.7
Pág 184 – Exercícios 15 e 16
INEQUAÇÕES DO 2º GRAU
Sendo f(x) = ax2 + bx + c com a, b e c
reais e a 0, chamamos de INEQUAÇÃO DO 2º GRAU às sentenças do tipo f(x) > 0 ou f(x)
0 ou f(x) < 0 ou ainda f(x) 0. Resolver uma inequação significa determinar os valores reais de x que satisfazem a condição pedida e isto é feito analisando-se o sinal da função. Veja no exemplo a seguir.
Ex. 1. Qual a solução da inequação 2x2 – 5x + 2 >0. Resolução: Em princípio devemos determinar as raízes da função e a seguir esboçar o gráfico.
As raízes são 2x1 e 2
1x2 e
a = 2 > 0.
Observando o esboço do gráfico, podemos notar que a função é positiva para
2
1x ou 2x assim:
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 <1
2 𝑜𝑢 𝑥 > 2}
Ex.2:
Resolver a inequação x2 – 6x – 7 0. As raízes são x1 = -1 e x2 = 7 e a > 0.
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ | − 1 ≤ 𝑥 ≤ 7} Ex.3: Quais valores de x satisfazem a inequação x2 – 6x + 9 > 0? Raízes: x1 = x2 = 3 e a > 0
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≠ 3}
MATEMÁTICA I 39 FUNÇÃO QUADRÁTICA
34) Determine o conjunto solução de cada uma das inequações a seguir:
a) 010x9x2
b) 0xx6 2
c) 4x2
d) x1236x2
CASSIO VIDIGAL 40 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
e) 1xx2
f) 8
1x12x2
2
x2
g) 2mm21mm 22
h) 1tt2t
i) 16x44xx
MATEMÁTICA I 41 FUNÇÃO QUADRÁTICA
j) 6
1k
3
1k
2
k 2
k) 2a42x 22
35) Num laboratório, uma substância sofre um processo de mudança de temperatura. Sabe-se que após t segundos após o início do experimento, a temperatura C, em graus Celsius, é dada por C(t) = t2 – 12t + 35. a) Qual a temperatura inicial da substância? b) Qual a temperatura mínima que a substância atinge?
CASSIO VIDIGAL 42 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
c) Em que instante isto ocorre? d) Durante quanto tempo a temperatura fica negativa? e) Em que intervalo de tempo a temperatura ficou abaixo de 24ºC?
______________________
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Pág. 184– Exercícios 17 a 19
MATEMÁTICA I 43 FUNÇÃO QUADRÁTICA
INEQUAÇÕES PRODUTO E QUOCIENTE
Resolver uma inequação produto e/ou quociente do segundo grau é semelhante ao que fazemos com aquelas que envolvem apenas funções do primeiro grau. Veja o exemplo.
Ex.: Resolver a inequação
(x2 + 2x – 3)(4x – 1) > 0 Resolução: Devemos estudar o sinal de cada uma das funções.
f(x) = x2 + 2x – 3
g(x) = 4x – 1
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ| − 3 < 𝑥 <1
4 𝑜𝑢 𝑥 > 1}
___________________________ Como não há novidades em relação ao que já vimos em inequações produto/quociente do primeiro grau, podemos passar direto aos exercícios.
36) Resolva as inequações:
a) 01xx24x5x 22
b) 01x5xx2
CASSIO VIDIGAL 44 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
c) 02x3xx 2
d) 0x110x3x3x2 22
e) 01xx2
1x3x42
2
f) 05x6x
x42
2
MATEMÁTICA I 45 FUNÇÃO QUADRÁTICA
37) Resolva as duas inequações a seguir:
a) 2x
1x
1x
x
b) 21x
1
1x
122
38) Seja 1x2
1x2xf
2
. Determine os valores
de x em cada caso: a) para que se tenha f(x) = 1 b) para que se tenha f(x) > 1
CASSIO VIDIGAL 46 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
39) Dado 1x2x31xx2xf 22
calcule os valores de x em cada caso: a) para que se tenha f(x) = 0 b) para que se tenha f(x) > 0
SISTEMA DE INEQUAÇÕES DO 2º GRAU
Resolver um sistema de inequações do
2º grau ou um sistema de inequações simultâneas do 2º grau é semelhante àquele envolvendo apenas inequações do primeiro grau.
Devemos lembrar que a solução de um
sistema é a INTERSECÇÃO das soluções de cada uma das inequações que o formam.
Ex.: Resolver o sistema
1xx2
2xx
2
2
.
Resolução: Devemos resolver cada inequação separadamente e, em seguida, fazer a intersecção entre as soluções.
2xe1x
02xx
2xx
21
2
2
1xe
2
1x
01xx2
1xx2
21
2
2
]2;1[]2
1;1[S
MATEMÁTICA I 47 FUNÇÃO QUADRÁTICA
40) Resolva os sistemas:
a)
3x2x2x2x
1x21x2
22
2
b)
9x8x
9x
x8x
2
2
2
CASSIO VIDIGAL 48 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
41) Indique o conjunto solução de cada um dos três sistemas de inequações simultâneas a seguir:
a) 4x5xx4 222
b) 2
x1x5
2
xx
2
1 2
MATEMÁTICA I 49 FUNÇÃO QUADRÁTICA
c) 3xx22x3x1x2x3 222
42) Sejam 52xxf 2 e 1x3xg 2 .
Determine x tal que: a) 2 < f(x) < 5
b) f(x) g(x)
CASSIO VIDIGAL 50 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
43) Calcule m de modo que 1mxmxxf 2
tenha raízes reais e o gráfico seja uma parábola voltada para cima.
44) Construir o gráfico da função:
3xou3xpara14x
3x3para4xxf
2
2
MATEMÁTICA I 51 FUNÇÃO QUADRÁTICA
45) Construir o gráfico da função:
1xpara1x
1x2para3 - x 2 + x²
-2xpara7x2
xf
RESPOSTAS
01) a) 3 e 5 b) -2 e 4 c) 3 e 3 d) 0 e 4
e) -5 e 2 f) -3 e 2
1
g) 3
1 e
7
5 h) -2 e 2
i) -5 e -1 j) Não possui raízes reais
k) 3
1 e
3
4
02) 32
03) 3
4k 04)
2
13p
05) -1
06) a) 3
1S e
3
5P
b) S = 6 e P = 5
c) S = 0 e 2
7P
d) S = 3 e P = -2
07) a) f(x) = x2 – 7x + 12 b) f(x) = x2 – x – 2 c) f(x) = x2 + 9x + 20
d) f(x) =x2 + 2√3x+1 e) f(x) = x2 – 8x f) f(x) = x2 – 6x + 9
g) f(x) =x2 - 7√7x + 42
08) - Demonstração -
09) P = -12 10) 3
11) P = 77
12) As raízes são -3 e -8 e p vale 24
13) a) 10
3 b)
5
3
c) 2 a) 70
9
14) a) vértice (1; 1); Im = [1; ); concavidade para cima.
CASSIO VIDIGAL 52 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
b) vértice (2; 4); Im = (-; 4] concavidade para baixo.
c) vértice
4
13;
2
5; Im = (-;
4
13];
concavidade para baixo.
d) vértice
2
3;1 ; Im =(-;
2
3];
concavidade para cima. e) vértice (1; -5); Im = [-5; );
concavidade para cima
f) vértice
4
3;
4
1; Im = [
4
3; );
concavidade para cima
g) vértice
10
9;
2
2;
Im = [10
9 ; );
concavidade para cima
15) m > 5
16) b = 6 e c= 10
17) a) k = 2 b) f(0) = 4; f(3) = 19
18) b = 2 e c = -2
19) f(x) = x2 + 3x + 2
20) a) D = [0, ) e Im = [0, )
b) 4
xy
2
c) 4
9y
21) a) 0,03 b) R$27,00
c) 20 30: 1,50 / cm
30 40: 2,10 / cm
22) a) 10ºC b) 4 min c) 42ºC d) 1 min e 7 min
23) a)
4
1
2
3xxf
2
raízes: 1 e 2
b)
4
1
2
7xxf
2
raízes: 3 e 4.
c)
36
25
6
7x3xf
2
raízes: 2 e 3
1
d) 11xxf2
Não possui raízes reais. e) 22xxf raiz: -2
f)
16
25
4
3xxf
2
raízes: 2 e 2
1
g) 21xxf2
raízes: 21 e 21
h) 11xxf2
raízes: 0 e 2
24)
MATEMÁTICA I 53 FUNÇÃO QUADRÁTICA
25)
26) 27) 28) 29) 30 31) 32)
a)
2
1x
3
1para0xf
2
1xou
3
1xpara0xf
2
1xou
3
1xpara0xf
b)
1xou3xpara0xf
1xou3xpara0xf
1x3para0xf
c)
2xpara0xf
2xpara0xf
d)
1xou0xpara0xf
1xou0xpara0xf
1x0para0xf
e)
3x3para0xf
3xou3xpara0xf
3xou3xpara0xf
f)
3
1x2para0xf
3
1xou2xpara0xf
3
1xou2xpara0xf
g)
2xou1xpara0xf
2xou1xpara0xf
2x1para0xf
h) xpara0xf
i) xpara0xf
j)
2xpara0xf
3xpara0xf
33) c > 4
34) a)
2
419xou
2
419x|xS
b) 6x0|xS
c) 2xou2x|xS
d) 6x|xS
CASSIO VIDIGAL 54 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
e)
2
51x
2
51|xS
f)
2
1S
g) 1m|mS
h) S = Ø
i) 4S
j)
2
1kou
3
1k|kS
k) S = Ø
35) a) 35ºC b) -1ºC c) t = 6 s d) 2 segundos e) 1 < t < 11
36) a)
4xou2
1x|xS 185
b)
5
1x0ou1x|xS
c) 0x1ou2x|xS
d)
}5x2
3ou1x1
ou2x|x{S
e)
}1xou1x4
1
ou2
1x|x{S
f)
}3xou1x2ou
5x|x{S
37) a) 2x1|xS
b) 1xou0xou1x|xS
38) a) x = 0 ou x = 1
b) 1x2
2ou0x
2
2
39) a) 1xou3
1xou
2
1x
b) 2
1xou
3
1x1ou1x
40) a) 1x0|xS
b) 9xou3x|xS
41) a) 4xou1x|xS
b) S = Ø
c)
1x2
1|xS
42) a) -2 < x <0
b) x -1 ou x ≥ 2
43) m ≥ 4
44)
45)
MATEMÁTICA I 55 FUNÇÃO QUADRÁTICA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MACHADO, Antônio dos Santos;
Matemática, Temas e Metas. São Paulo,
Atual, 1988.
IEZZI, Gelson e outros; Fundamentos
da Matemática Elementar, Volume 1. São
Paulo, Atual, 5ª edição, 1977.
RUBIÓ, Angel Pandés; Matemática e
suas tecnologias; Volume 1. São Paulo, IBEP,
2005.
PAIVA, Manoel; Matemática; Volume 1.
São Paulo, Moderna, 1995.
Links para os vídeos sugeridos:
Pág. 30
http://vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br/
coef-a-b-c-grafico/
Pág. 31
http://vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br/
est-sinal-f2g/
Demonstração indicada na página 11. Vértice Considere o gráfico abaixo da função f(x) = ax2 + bx + c.
A parábola corta o eixo vertical no ponto P, podemos então dizer que f(0) = c. Sendo PQ um segmento de reta paralelo ao eixo horizontal, temos, para o ponto Q, a coordenadas (k, c). Desta forma podemos obter a abscissa de Q:
a
bk
bak
0bakou0k
0bakk
0bkak
ccbkak
cbxaxxfec)k(f
2
2
2
Observando o gráfico vemos que k = 0 é a abscissa do ponto P, logo a abscissa
de Q é a
b .
Devido à simetria da parábola, podemos determinar a abscissa de V como sendo a média aritmética entre as abscissas de P e Q, assim:
a2
bx
2
0a
b
x
v
v
Para determinar a ordenada do vértice, basta substituir determinar f(xv).
CASSIO VIDIGAL 56 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
a
acbxf
a
acbaxf
a
caabxf
a
caababxf
ca
b
a
abxf
ca
bb
a
baxf
v
v
v
v
av
v
4
4
4
4
4
4
4
42
24
22
2
2
2
2
22
2
222
22
2
a
xf
acbcomo
v4
42
Assim, temos que as coordenadas do
vértice da parábola, são 𝑉 = (−𝑏
2𝑎; −
∆
4𝑎)
Demonstração indicada na página 29 Eixo de simetria Os pontos de uma reta vertical que passa pelo vértice de uma parábola obedecem
à equação a2
bx pois todos os pontos têm
abscissa a
b
2 .
Para provarmos que a parábola tem um
eixo de simetria, na reta a2
bx devemos
mostrar que se o ponto
1y,k
a2
bA
pertence ao gráfico, então o ponto
1y,k
a2
bB também pertence.
Vamos considerar a função
cbxaxxf 2 na sua forma
2
2
a4a2
bxaxf
e também que o ponto
1y,k
a2
bA
pertence a f(x), assim,
ka2
bf
a4a2
bk
a2
ba
a4ka
a4ka
a4a2
bk
a2
bayk
a2
bf
a4a2
bxaxf
2
2
2
2
2
2
2
2
1
2
2
logo, podemos ver que o ponto
1y,k
a2
bB
também pertence ao gráfico.