Homilética

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Homilética Marcos Aurélio dos Santos

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  • 1. Marcos Aurlio dos Santos

2. A arte de pregar. A comunicao na homiltica. 3. HOMILTICA: a cincia que estuda os princpios fundamentais do discurso em pblico, aplicados na proclamao do evangelho. 4. 1. O milagre da pregao A pregao bblica um milagre duplo. O primeiro milagre Deus usar um homem imperfeito, pecador e cheio de defeitos para transmitir a perfeita e infalvel palavra de Deus. Trata-se de um ser perfeito usando um ser imperfeito como seu porta- voz. 5. 2. Como pregar sem atrapalhar o culto Apenas para ilustrar vamos fazer uma rpida classificao dos sermes que mais atrapalham o culto. 6. a) O sermo sedativo: aquele que padece anestesia geral. Mal o pregador comeou a falar, e a congregao est quase roncando. Caracteriza-se pelo tom de voz montono, arrastado, pesado, com expresses arcaicas tipo: Prezados irmos, estamos chegando aos derradeiros meandros desta senda. Como dizia Spurgeon: H colegas de ministrios que pregam de modo intolervel: ou nos provocam raiva, ou nos do sono. 7. b)O sermo inspido: Este sermo pode at ter uma linguagem mais moderna e um tom de voz melhor, mas no tem gosto, duro de engolir. como se fosse sem sal. 8. c) O sermo bvio: aquele sermo que diz aquilo que todo mundo j sabe e est cansado de ouvir. O ouvinte quase capaz de adivinhar cada frase de tanto que j ouviu. 9. d) O sermo indiscreto: aquele que fala de coisas apropriadas para qualquer ambiente, menos para uma igreja onde ao pessoa esto famintas do po da vida. e) O sermo reportagem: E aquele que fala de tudo, menos da Bblia. Inspira-se nas notcias de jornais, manchetes de revistas e reportagens da televiso. Parece uma compilao das notcias de maior impacto da semana. 10. f) O sermo de marketing: aquele usado para promover e divulgar projetos da igreja ou atividades dos diversos departamentos. Usar o plpito, por exemplo, para promover congressos, divulgar literatura prestar relatrios financeiros ou estatsticos etc. g) O sermo - metralhadora: usado para disparar, machucar e ferir. s vezes a critica contra um grupo de idias opostas, contra administradores da igreja, contra uma pessoa pecadora ou rival, ou mesmo contra toda a congregao. 11. 3. Oratria secular e oratria sacra Elementos da oratria 12. a) Eficincia: Eficincia a caracterstica bsica da oratria moderna. Ou seja, para ter sucesso a oratria tem de atingir determinada da finalidade. A oratria de hoje se caracteriza por objetividade, conciso, simplicidade e praticabilidade. b) Retrica: Retrica a arte de ordenar o discurso. a capacidade de organizar as idias e argumentos. Sem retrica o discurso fica uma salada, com idias repetidas ou fora do lugar. 13. 4. Qualidades do pregador O bom orador, especialmente o pregador, precisa ter qualidades tcnicas e um estilo de vida elevado. Juntas, estas qualidades lhe daro estrutura pessoal. Vejamos algumas dessas qualidades. 14. a) Carter: O orador precisa ser dotado, principalmente, de qualidades morais, de honestidade, critrio e integridade, a fim de que suas palavras e aes meream crdito e possam comunicar, com sinceridade, ao auditrio, a verdade, o bem e o belo. 15. b) Entusiasmo: O entusiasmo o combustvel da expresso verbal. O orador precisa vibrar em cada em cada afirmao e empolgar-se com cada idia. Se a idia no empolgar o orador, no merece ser dita e no empolgar o auditrio. 16. c) Determinao: a vontade indomvel de conseguir o que se pretende. Resolva falar bem e tire tempo para se preparar at conseguir. 17. e) Inspirao: a forma como o orador cria o discurso. a busca de melhores idias. (Fonte: Comunho com Deus+ Estudo intenso das Escrituras). 18. g) Humildade: O pregador deve ter conscincia de sua total dependncia de Deus para o cumprimento de sua misso. 19. d) Sensibilidade: a capacidade de adaptar a mensagem ao interesse e a necessidade do ouvinte. A sensibilidade s ser desenvolvida pelo contato com as pessoas e pelo interesse real do bem estar de cada uma. 20. e) Boa aparncia: nenhum orador precisa ser modelo fotogrfico ou capa de revista, mas deve cuidar para que sua aparncia no atrapalhe. 21. f) Vocabulrio: O melhor vocabulrio o que adapta qualquer auditrio. Deve ser amplo e variado, mas simples e claro para que qualquer criana consiga entender. 22. 5.O udio visual do Pregador 23. Expresso corporal O segredo a naturalidade Procure descontrair-se e deixe os gesto acontecerem naturalmente. Em vez de aprender a gesticular, aprenda a no impedir a gesticulao. 24. O olhar e a expresso fisionmica. Para conquistar o ouvinte o pregador precisa olhar diretamente para o auditrio como faria de estivesse conversando com uma pessoa. Por tudo isso, o pregador precisa estar bem consigo mesmo e com Deus. 25. A importncia da voz O tom da voz: encontrando o tom de voz ideal, voc ter espao para dar flexibilidade voz, acima e abaixo. Entonao: quanto entonao das palavras, procure ondular a voz de acordo com o seu discurso. 26. A dico A dico a maneira de dizer as palavras e est relaciona da com duas funes bsicas: a articulao e a pronncia. ( fomo no lugar de fomos, Jesuis no lugar de Jesus, fic no lugar de ficar e etc) 27. 6. A forma do esboo O esboo a distribuio da idia central com as divises e subdivises. 28. Modelo de esboo 1. INTRODUO a. Captar a ateno b. Resumo do que vai dizer 2. APRESENTAO a. Pontos principais b . Ordem lgica c. Progresso 3.CONCLUSO a. Resumo b. Apelo 29. 7. Principais tipos de sermes bblicos 30. A) Sermo temtico Cada diviso principal deve apoiar-se numa referencia bblica. Os versculos nos quais se fundamentam as divises principais devem ser, em geral, extrados de pores bblicas mais ou menos distantes umas das outras. 31. B) Sermo textual No sermo textual temos um tipo de discurso diferente do sermo temtico. Neste, iniciamos com um texto; naquele, comeamos com um tema. Observe com cuidando a definio de sermo textual. Sermo textual aquele em que as divises principais so derivadas de um texto constitudo d uma breve poro da bblia. 32. C) Sermo Expositivo Sermo expositivo aquele em que uma poro mais ou menos extensa da escritura interpretada em relao a um tema ou assunto. A passagem pode consistir em uns poucos versculos ou pode incluir um captulo inteiro ou at mesmo mais de um captulo. 33. Bibliografia: Marinho, Robson Moura. A arte de pregar.So Paulo: Editora vida nova, 1999 Braga, James. Como preparar mensagens bblicas. Miami: editora vida, 1989