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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE TÍTULO: RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COM BASE EM COMPETÊNCIAS MARCOS CESAR DE ARAUJO RIO DE JANEIRO 2012

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

TÍTULO: RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COM BASE EM

COMPETÊNCIAS

MARCOS CESAR DE ARAUJO

RIO DE JANEIRO

2012

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MARCOS CESAR DE ARAUJO

TÍTULO: RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COM BASE EM

COMPETÊNCIAS

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Gestão Empresarial, como requisito parcial para obtenção da conclusão do curso.

RIO DE JANEIRO

2012

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Agradecimentos:

Agradeço à conclusão deste curso e a oportunidade de desenvolver este

trabalho, a todos os meus familiares e amigos, que estiveram sempre ao meu lado me

amparando nos momentos difíceis, me dando forças nos períodos que precisei.

Não posso deixar de agradecer também aos queridos companheiros de trabalho, que

ajudaram em inúmeros trabalhos que foi preciso ser desenvolvido, como etapa crucial

deste curso.

O meu agradecimento especial a minha mãe, que sempre confiou e acreditou no

meu potencial, à minha avó, que tenho certeza que de onde estiver está orgulhosa da

pessoa que me tornei e do caminho que percorro nesta vida. A minha esposa que

sempre me apoiou e me mostrou o quanto era importante à conclusão deste curso.

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Resumo:

Neste trabalho abordaremos o processo de Recrutar e Selecionar, através de

Seleção por Competência, o que nos evidencia o quanto é maior a assertividade no

processo, além de trazer uma série de vantagens à empresa. Veremos de forma prática

o que é Recrutar, o que é Selecionar, e o que é Selecionar com base em competências,

seu fluxo de funcionamento e melhoria na qualidade do trabalho executado. Suas

vantagens e desvantagens.

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Metodologia:

A Metodologia utilizada neste trabalho, terá como base literatura, análise do

mercado de trabalho, e de suas variadas apresentações na maneira de Recrutar e

Selecionar com base em competências; além de Benchmarking (a busca das melhores

práticas), realizado com profissionais de RH. Não haverá nenhuma amostra coleta, será

focado em literatura e artigos retirados do mercado. As Empresas Tecnopharma

manipulação de cosméticos ltda. e Biotrio do Brasil distribuidora de cosméticos ltda. já

praticam o recrutamento e seleção por competência.

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Sumário:

Capítulo I – Recrutamento.......................................................................................pág 07

Capítulo II – Seleção................................................................................................pág 15

Capítulo III – Seleção com Base em Competências...............................................pág 26

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Introdução:

Neste trabalho tenho objetivo de explicar o ato de recrutar e selecionar, através

de seleção por Competência.

Dentre os subsistemas de RH (Recursos Humanos), é a atividade de Atração e

Seleção que identifica e provê, interna ou externamente, as competências individuais

necessárias ao alcance das estratégias organizacionais. É responsabilidade desta área

planejar e implantar mecanismos que garantam um processo de atração dos talentos

necessários, bem como definir e implantar políticas e ferramentas que garantam a

escolha de profissionais adequados. Por este motivo ouvimos muito falar em Seleção

por Competências.

De acordo com Chiavenato (1985), Recrutamento é um conjunto de técnicas e

procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de

ocupar cargos dentro da organização. É basicamente um sistema de formação, através

do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos,

oportunidades de emprego que pretende preencher. O recrutamento é feito a partir das

necessidades presentes e futuras dos Recursos Humanos da organização. Esse

recrutamento requer um cuidadoso planejamento.

No mercado de trabalho hoje se busca um profissional que alie competências

técnicas às comportamentais. Mas por quê? Em um ambiente onde o tempo é

determinante, muitas empresas optam por buscar profissionais já capacitados, pois

estes darão um retorno mais rápido às organizações. Nos entanto, num ambiente em

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constantes transformações onde a vantagem competitiva das empresas está na

atuação sinérgica dos seus colaboradores, competências como comunicação,

relacionamento interpessoal, cooperação, habilidade em lidar com mudanças, solução

de problemas e conflitos, visão sistêmica e empreendedora tem sido o diferencial na

escolha dos candidatos.

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Capítulo I:

Recrutamento

O recrutamento é um conjunto de procedimentos que visa atrair candidatos

potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. É

basicamente um sistema de formação, através do qual a organização divulga e oferece

ao mercado de recursos humanos, oportunidades de emprego que pretende preencher.

Um dos grandes problemas da organização é diagnosticar fontes supridoras de

recursos humanos, localizadas no mercado de recursos humanos, que lhe interessem

especificadamente para nelas concentrar seus esforços de recrutamento.

O Recrutamento é feito a partir das necessidades presentes e futuras dos

Recursos Humanos da organização. Esse recrutamento requer um cuidadoso

planejamento, que constitui de uma seqüência de três fases.

1. O que a organização precisa em termos de pessoas?

2. O que o mercado de recursos humanos pode oferecer?

3. Quais as técnicas de recrutamento aplicar?

Cabe ao recrutamento suprir a seleção de candidatos em quantidade e qualidade

para um bom funcionamento do processo de seleção. A pesquisa interna é uma

verificação das necessidades da organização em relação às suas necessidades de

recursos humanos, a curto, médio e longo prazo.

A seleção de recursos humanos tem papel principal, pois consiste em buscar

entre os candidatos recrutados aqueles que melhor se adaptem aos cargos existentes

na empresa, vislumbrando igualar ou se possível aumentar a eficiência e o

desempenho do pessoal, bem como a eficiência da organização.

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Recrutamento é a primeira etapa de todo um processo para a contratação de um

novo colaborador. Quando se inicia um processo de recrutamento, ele

necessariamente, não deve apresentar as mesmas características de outros processos,

deverá sim, definir qual estratégia de recrutamento que a organização necessita.

De acordo com Lodi, o mercado de recursos humanos é formado por dois tipos

de candidatos: os que estão empregados (trabalhando em alguma empresa) que se

dividem em reais (que estão procurando emprego ou pretendendo mudar de emprego)

e potenciais (que não estão interessados em procurar emprego) e os candidatos

disponíveis (desempregados).

O recrutamento interno é quando aborda os candidatos reais ou potenciais

aplicados unicamente na própria empresa, e sua conseqüência é o processamento

interno de recursos humanos.

Recrutamento não é uma atividade passiva de ficar esperando na empresa,

candidatos, mas sim uma atividade muito ativa, de atrair e despertar o interesse de

possíveis candidatos às nossas vagas. Somente poderemos realizar uma boa seleção,

caso tenhamos bons candidatos. O sucesso da seleção é traduzido pelo sucesso do

recrutamento.

O recrutamento é externo quando aborda candidatos reais ou potenciais,

disponíveis ou aplicados em outras organizações. Num geral recrutamento é

basicamente um sistema de informação, através do qual a organização divulga e

oferece ao mercado de recursos humanos, oportunidades de emprego que pretende

preencher. Para ser eficaz o recrutamento deve atrair um contingente de candidatos

suficientes para abastecer adequadamente o processo de seleção.

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FONTES DE RECRUTAMENTO

O recrutamento nem sempre procura envolver o mercado de recursos humanos,

em sua totalidade, dando tiros de espingarda de chumbo miúdo. O problema básico do

recrutamento é diagnosticar e localizar as fontes supridoras de recursos humanos no

mercado, que lhe interessam especificamente, para nelas concentrar seus esforços de

recrutamento.

As fontes de recursos humanos são denominadas fontes de recrutamento, pois

passam a representar os alvos específicos sobre os quais incidirão as técnicas de

recrutamento. Há inúmeras e interligadas fontes supridoras de recursos humanos.

A fase preliminar do recrutamento de pessoal é a identificação, escolha e

manutenção das fontes que podem ser utilizadas adequadamente como mananciais de

candidatos que apresentam probabilidades de atender aos requisitos pré-estabelecidos

pela organização.

O recrutamento envolve um processo que varia conforme a organização. O início

do processo de recrutamento depende de decisão da linha. Em outras palavras, o

órgão de recrutamento não tem autoridade de efetuar qualquer atividade de

recrutamento sem a devida tomada de decisão por parte do órgão que possui a vaga a

ser preenchida.

Como qualquer atividade, o recrutamento de pessoal também é uma

responsabilidade de linha e de função de staff (diretores, chefes, gerentes, etc.). A rigor,

toda organização deve estar engajada no processo de recrutar pessoas: trata-se de

responsabilidade que deve ser compartilhada em todas as áreas e em todos os níveis.

Contudo, na maioria das vezes, por falta de tempo ou de preparo, o órgão de

recrutamento recebe, por delegação, a incumbência de prestar serviços e consultoria

para os demais órgãos.

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RECRUTAMENTO INTERNO

O recrutamento interno tem início quando surge determinada vaga, e com isso a

empresa procura preenchê-la através do remanejamento de seus colaboradores.

O recrutamento interno é um processamento de recursos humanos, que possui

algumas vantagens. Pode ser mais econômico, mais rápido, e é uma fonte poderosa de

motivação. O recrutamento interno é o preenchimento das vagas por meio de promoção

ou transferência de funcionários da organização. É a valorização dos recursos humanos

internos.

Toledo diz que:

"A primeira e talvez a principal vantagem seja: com a política de valorização do

profissional internamente, há elevação da moral interna. É o reconhecimento que a

organização faz aos funcionários que estão aprimorando seus conhecimentos,

aumentando suas capacitações, quando as organizações optam pelo recrutamento

interno, cometendo justiça no processo, ou seja, estimula os demais colaboradores a

buscar a excelência".

A contratação do melhor candidato externo não garante que seu desempenho seja

bom, visto que uma série de variáveis ligadas a sua adaptação à empresa, exercem

poderosa influencia sobre seu desempenho, o que provavelmente deve ocorrer em

menor grau com o recrutado internamente.

O recrutamento interno traz vantagens em relação ao tempo de ambientação dos

empregados, pois é menor em relação ao dos contratados externamente. É também

mais rápido e econômico em relação ao recrutamento externo.

O aparente custo com o treinamento, para o aumento da capacitação do

profissional da organização é plenamente compensado com a diminuição dos custos

com recrutamento, seleção e integração dos profissionais recrutados externamente,

além é claro dos possíveis lucros com aumento de produtividade e motivação, em

conseqüência da moral elevada.

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Embora apresente também algumas desvantagens como:

Define que o problema de adaptação comum que ocorre com a contratação

externa é que não existe uma adaptação do funcionário com a cultura da organização.

O funcionário contratado externamente traz consigo uma série de valores profissionais,

métodos de trabalho, estilos de lideranças, crenças que às vezes chocam com aquelas

preconizadas pela organização. Isso com certeza, não ocorre com os recrutados

internamente, desde que não se processe nenhum choque cultural.

Pode gerar conflito de interesses entre os colaboradores. Exige que os novos

empregados tenham potencial de desenvolvimento para ser promovido a níveis acima

do cargo onde estão sendo admitidos. Não pode ser feito em termos globais, para não

prejudicar o recrutamento interno, deve ser efetivado à medida que os candidatos

internos tenham condições de igualar-se aos candidatos externos.

RECRUTAMENTO EXTERNO

O Recrutamento Externo tem embasamento quando surge determinada vaga e

com isso a organização procura preenchê-la com pessoas estranhas, ou seja, com

candidatos externos, atraídos pelas técnicas de recrutamento. Isso se dá, uma vez que,

pesquisadas as alternativas de seu próprio pessoal, não for possível preencher

adequadamente a vaga.

As técnicas de recrutamento citadas são os veículos através dos quais a

organização divulga a existência de uma oportunidade de trabalho junto às fontes de

recursos humanos mais adequados. São fundamentalmente meios de comunicação.

A maior parte das vezes, essas técnicas de recrutamento são utilizadas

conjuntamente. Os fatores custo e tempo são importantes na escolha da técnica ou do

veículo mais indicado para o recrutamento externo. De modo geral, quanto maior a

limitação de tempo, ou seja, quanto maior a urgência para se recrutar um candidato,

tanto maior será o custo da técnica de recrutamento a ser aplicada. Quando o

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recrutamento externo é desenvolvido de maneira contínua e sistemática, a organização

pode dispor de candidatos a um custo muito menor de processamento.

VANTAGENS DO RECRUTAMENTO EXTERNO

O recrutamento externo possui inúmeras vantagens, tais como sangue novo e

experiências novas para a organização. A entrada de recursos ocasiona sempre uma

importação de idéias novas, de diferentes abordagens dos problemas internos da

organização e, quase sempre, uma revisão na maneira pela qual os assuntos são

conduzidos dentro da empresa.

Outra vantagem reside no fato de que muitas vezes os funcionários possuem

potencial para ocupar um novo cargo, mas não tem a experiência requerida, o que pode

ser conseguido pelo recrutamento externo.

Renova e enriquece os recursos humanos da organização, principalmente

quando a política é a de admitir a pessoa com gabarito igual, ou melhor, do que já

existente na empresa;

Ocorre o aproveitamento dos investimentos em preparação e desenvolvimento

de pessoal efetuado por outras empresas ou pelos próprios candidatos. Isto não

significa que a empresa deixará de fazer esses investimentos dali para frente, mas que

ela usufrua imediatamente do retorno dos investimentos já efetuados pelos outros.

Tanto assim que muitas empresas preferem recrutar externamente, pagando salários

mais elevados exatamente para evitar despesas adicionais de treinamento e

desenvolvimento e obter resultados de desempenho em curto prazo.

DESVANTAGENS DO RECRUTAMENTO EXTERNO

É geralmente mais demorado do que o recrutamento interno. O período de

tempo despendido com escolha e mobilização das técnicas mais adequadas para

influenciar as fontes de recrutamento, atração e apresentação dos candidatos,

recepção e triagem inicial, encaminhamento para seleção, exames médicos,

documentação, liberação do candidato do outro emprego e admissão, não é pequeno.

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É mais caro e exige inversões e despesas imediatas com anúncios, jornais,

honorários de agências de recrutamento, despesas operacionais relativas a salários e

encargos sociais da equipe de recrutamento, material de escritório, formulários. Em

princípio, é menos seguro do que o recrutamento interno.

Os candidatos externos são desconhecidos, provém de origens e trajetórias

profissionais que a empresa não tem condições de verificar e confirmar com exatidão.

Quando monopoliza as vagas e as oportunidades dentro da empresa, pode frustrar o

pessoal que passa a visualizar barreiras, fora de seu controle, para seu crescimento

profissional.

Geralmente afetam a política salarial da empresa, influenciado as faixas salariais

internas, principalmente quando a oferta e a procura de recursos humanos estão em

situação de desequilíbrio.

RECRUTAMENTO MISTO

Na realidade, uma empresa nunca faz apenas um recrutamento interno ou externo,

ambos se complementam surgindo o Recrutamento Misto, pois ao se fazer um

recrutamento interno, o indivíduo deslocado para a posição (vaga) precisa ser

substituído em sua posição atual. Se for substituído por outro colaborador, o

deslocamento produz uma vaga que precisa ser preenchida.

Quando se faz o recrutamento interno, em algum ponto da organização surge sempre

uma posição a ser preenchido através do recrutamento externo, algum desafio, alguma

oportunidade ou algum horizonte deve ser oferecido ao novo empregado, sob pena de

procurar desafios e oportunidades em outra organização que pareça melhor.

Em virtude das vantagens e desvantagens do recrutamento interno e recrutamento

externo, a solução mais eclética tem sido o recrutamento misto, ou seja, aquele que

aborde tanto fontes internas como fontes externas de recursos humanos. O

recrutamento misto pode ser adotado em três alternativas de sistemas:

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a) Inicialmente, recrutamento externo seguido de recrutamento interno, caso aquele não

apresente resultados desejáveis. A empresa está mais interessada na entrada de

recursos humanos do que em sua transformação, ou seja, a empresa necessita de

pessoal qualificado, em curto prazo, e precisa importá-lo do ambiente externo. Não

encontrando candidatos externos à altura, lança mão de seu próprio pessoal, não

considerando de início, os critérios acerca das qualificações necessárias;

b) Inicialmente recrutamento interno, seguido de recrutamento externo, caso não

apresente resultados desejáveis. A empresa dá prioridade a seus empregados na

disputa das oportunidades existentes. Não havendo candidatos à altura, parte-se para o

recrutamento externo;

c) Recrutamento externo e recrutamento interno, concomitantemente. É o caso em que

a empresa está mais preocupada com o preenchimento da vaga existente, seja através

de input ou através da transformação de recursos humanos; geralmente, uma boa

política de pessoal dá preferência aos candidatos internos sobre os externos, em caso

de igualdade de condições entre eles. Com isto, a empresa assegura-se de que não

está descapitalizando seus recursos humanos, ao mesmo tempo em que cria condições

de sadia competição profissional.

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Capítulo II: Seleção de Pessoal

É o processo pelo qual uma organização escolhe, de uma lista de candidatos, a

pessoa que melhor se adequou aos critérios de seleção para a posição disponível,

considerando as atuais condições de mercado, visando solucionar dois problemas

básicos:

a) adequação da pessoa ao cargo e vice-versa; e

b) eficiência e satisfação da pessoa no cargo.

O início de todo processo seletivo fundamenta-se em dados e informações

baseados na análise e especificações do cargo a ser preenchido.

As exigências das especificações do cargo determinam as exigências de seleção.

Se de um lado temos a análise e as especificações do cargo a ser preenchido,

temos, de outro lado, os candidatos, com suas diferenças, disputando o mesmo

emprego, tornando a seleção um processo basicamente de comparação e de

decisão.

A seleção passa a ser um processo de comparação, constituída de duas variáveis:

de um lado, os requisitos do cargo a ser preenchido (requisitos que o cargo exige de

seu ocupante) e, de outro, o perfil das características dos candidatos que se

apresentam. A primeira é fornecida pela descrição e análise do cargo, enquanto a

segunda é obtida por meio da aplicação das técnicas de seleção.

Na primeira variável podemos chamá-la de X (especificações do cargo) se for maior

do que Y (características do candidato) dizemos que o candidato não atingiu as

condições ideais para ocupar o cargo.

X e Y são iguais o candidato reúne as condições ideais para o cargo.

Quando a variável Y for maior do que X, o candidato reúne mais do que as

condições exigidas pelo cargo, portanto torna-se superdotado para aquele cargo.

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Essa comparação exige que a descrição e análise do cargo sejam transformadas

em uma ficha profissiográfica ou ficha de especificação, a partir da qual se possa

estruturar o processo seletivo com rigor.

Uma vez feita à comparação pode ocorrer que vários candidatos tenham condições

equivalentes para serem indicados ao órgão requisitante para ocupar o cargo vago.

O órgão de seleção não pode impor ao órgão requisitante a aceitação dos

candidatos aprovados, pode apenas prestar serviço especializado, aplicar técnicas de

seleção e recomendar os candidatos que julgar mais adequado ao cargo. A decisão

final de aceitar ou rejeitar será do órgão requisitante. Assim a seleção é

responsabilidade de linha (de cada chefe) e função de staff, (prestação de serviço pelo

órgão especializado).

A tomada de decisão a respeito de um ou mais candidatos é um problema freqüente

para o órgão de seleção de recursos humanos.

Cada decisão sobre um candidato envolve o indivíduo em determinado tratamento.

O número de tratamentos e o número de indivíduos podem variar de uma decisão

para outra.

As decisões referentes à colocação, seleção ou classificação de pessoal podem

ocorrer na presença ou ausência de certas restrições, tais como: número de

tratamentos por pessoa e número de pessoas por tratamento. Quando uma

organização possui certas posições a serem ocupadas, especifica as qualificações

necessárias para tais posições, buscando indivíduos que reúnam tais características. A

partir daí, como um processo de decisão, a seleção de pessoal comporta três modelos

de comportamento:

Modelo de colocação: quando há um só candidato e uma só vaga, o candidato

apresentado deve ser admitido sem nenhuma rejeição

Modelo de seleção: quando existem vários candidatos e apenas uma vaga a ser

preenchida, o candidato será aprovado ou rejeitado.

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Modelo de classificação: quando existem vários candidatos para cada vaga e várias

vagas para cada candidato. Se o candidato for rejeitado para uma vaga, passa a ser

comparado com os requisitos exigidos por outros cargos que se pretende preencher,

até esgotarem os cargos vacantes.

O modelo de classificação é muito superior aos outros modelos, pois posiciona o

candidato no cargo mais adequado às suas características.

Dois requisitos são necessários ao programa de classificação:

Técnicas de seleção que proporcionem informações diferencialmente relacionadas

aos diversos tratamentos e permitam comparar os vários candidatos em relação aos

vários cargos.

Existência de modelos de seleção que permitam o ganho máximo nas decisões

sobre candidatos ou simplesmente padrões quantitativos de resultados.

A seleção de recursos humanos é um sistema de comparação e de escolha, logo

deve apoiar-se em critérios para alcançar certa validade.

O ponto de partida para o processamento da seleção de pessoal é a obtenção de

informações sobre o cargo a ser preenchido.

Colheita das informações sobre o cargo:

§ Análise do cargo = conteúdo do cargo e requisitos que o cargo exige de seu

ocupante.

§ Aplicação da técnica dos incidentes críticos = fatos e comportamentos dos

ocupantes do cargo, que produziram melhor ou pior desempenho no trabalho.

§ Análise da requisição de empregado = verificação dos dados contidos na

requisição do empregado.

§ Análise do cargo no mercado = cargo novo requer verificação em empresas

similares para comparação de conteúdo, requisitos e características de seus

ocupantes.

§ Hipótese de trabalho = previsão aproximada do conteúdo do cargo, simulação

inicial, quando nenhuma das alternativas acima possa ser utilizada.

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Ficha de especificação ou ficha profissiográfica:

São as informações que o órgão recebe a respeito dos cargos e de seus ocupantes

transformados em uma ficha de especificações do cargo, contendo os atributos

psicológicos e físicos necessários ao desempenho satisfatório do ocupante. Em sentido

amplo é a análise do trabalho. Em sentido mais restrito, é a pesquisa dos elementos

componentes de um trabalho e de sua interação, objetivando determinar as condições

necessárias a um desempenho adequado.

Por elementos componentes de um trabalho entendem-se os fatores humanos,

instrumental, ambiental e organizacional envolvidos. Por condições necessárias

entendem-se as condições ambientais ou de organização das tarefas, de melhor

adaptação do equipamento ao homem ou de seleção de pessoal.

A ficha profissiográfica permite melhorar a seleção de pessoal, por intermédio dos

seguintes aspectos:

1. Desenvolvimento de critérios: descrição exata do cargo conhecida pelo

selecionador. Além disso, o rendimento real do cargo deve ser mensurável.

2. Determinação das variáveis intervenientes no preditor: observação das variáveis

que se supõe seja os bons preditores do rendimento dentro da esfera do critério.

3. Obtenção de candidatos em número suficiente para assegurar uma variância

adequada no que tange às variáveis preditoras: é necessário contar com um

número suficiente de candidatos que pontuem alto ou baixo no preditor, para

poder verificar se as táticas de seleção utilizadas são realmente eficientes. Se

não se obtiver essa ampla margem de aptidões, torna-se difícil estabelecer uma

correlação significativa entre o preditor e o critério.

4. Classificação de candidatos quanto ao rendimento no cargo, fim de correlacionar

suas classificações com os pontos obtidos da variável preditora.

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5. Seleção de candidatos que alcancem certo número de pontos nas variáveis

preditoras: uma vez obtida uma correlação, é possível melhorar a exatidão da

seleção utilizando apenas candidatos com um número de pontos similar ao da

população que está rendendo realmente em seu cargo. Se a correlação obtida

for muito baixa, torna-se necessário buscar outro preditor.

A melhoria do processo seletivo depende de certo número de fatores situacionais.

• Variação real do rendimento no cargo (o critério) entre os melhores e os

piores funcionários: se a variação é pequena, então o preditor escolhido

não serve.

• Confiabilidade no critério: um critério deve apontar as pessoas cujo

rendimento seja melhor no cargo preenchido. O critério é confiável quando

estabelece uma correlação elevada entre ele e as variáveis preditoras.

• Êxito na localização das variáveis preditoras: a variável, uma vez

localizada, deve ser mensurável com confiabilidade para poder discriminar

os candidatos. Se todos os candidatos obtiverem idênticos resultados, é

impossível estabelecer uma correlação útil entre o preditor e o critério.

• Candidatos em número suficiente para assegurar uma variabilidade

idônea no preditor: se o número de candidatos é menor ou igual ao

número de cargos a preencher, isto é, se o índice de seleção é muito

baixo, não é rentável utilizar um processo de seleção. Somente quando o

número de candidatos aumenta, a seleção profissional começa a ser

rentável, e quanto maior o índice, maiores a rentabilidade e a necessidade

de uma técnica de uma técnica de seleção. Ligado ao índice de seleção,

existe o índice-base, que é a percentagem de candidatos selecionados ao

acaso e que têm êxito no cargo. Ocorre-se um índice-base muito alto, isto

pode indicar que o cargo está exigindo um tipo de aptidão que todos

possuem. Se, por qualquer razão, todos os candidatos possuem as

qualificações necessárias ao cargo, torna-se irrelevante que seja

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contratada tal ou qual pessoa. Somente quando existe variabilidade é que

tem sentido utilizar a seleção de pessoal

• Tempo para determinar a correlação entre o preditor e o critério: somente

depois de estabelecida a correlação entre o preditor e o critério é que se

podem empregar os resultados do preditor como instrumento de seleção.

• Correlação suficientemente alta para melhorar o processo de seleção:

toda a estratégia depende do êxito na predição do critério. A correlação

obtida recebe o nome de validez do preditor; representa sua capacidade

preditiva.

As técnicas de seleção podem ser classificadas em cinco grupos:

1. Entrevistas - Dirigidas, com roteiro preestabelecido, e Não dirigidas, livres ou

sem roteiro.

2. Provas de conhecimentos ou de capacidade (Gerais ou específicos)

3. Teste Psicométricos – Testes de Aptidões

4. Testes de Personalidade - Expressivos (PMK) ; Projetivos (Teste da

Árvore,Teste de Roschach,TAT,Teste da Figura Humana,Teste de Szondi)

5. Técnicas de Simulação (Psicodrama e Dramatização/Role-playing

Comumente, escolhe-se mais de uma técnica de seleção para cada caso.

No processo seqüencial, cada técnica de seleção aplicada representa um estágio de

decisão para se verificar se o candidato passará à técnica seguinte.

a. Seleção de estágio único: Decisões baseadas nos resultados de uma única

técnica de seleção. Existem várias vagas e as restrições referem-se somente às

exigências mínimas para aceitação do candidato.

b. Seleção seqüencial de dois estágios: quando as informações colhidas no

primeiro estágio são insuficientes para uma decisão. Seu objetivo é melhorar a

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eficiência do programa de seleção por meio do plano seqüencial: somente os

candidatos aprovados no primeiro estágio passarão pelo segundo estágio. A

decisão terminal ocorre após o segundo estágio.

c. Seleção seqüencial de três estágios: envolve uma seqüência de três tomadas

com base em três técnicas de seleção.

Todo sistema tem um ou alguns objetivos a alcançar. O sistema é eficaz à medida

que alcança esses objetivos e é eficiente quando o faz com um mínimo de recursos,

esforços e tempo. À proporção que os resultados de um sistema não são satisfatórios,

devem-se fazer intervenções no sentido de corrigir inadequações e ajustar seu

funcionamento.

Algumas medições de rendimento do subsistema de recrutamento e seleção podem

ser sugeridas, a saber:

Ø Custo das operações de recrutamento e seleção;

Ø Custo por admissão;

Ø Custo por admissão por fonte de recrutamento;

Ø Totais de admissões;

Ø Totais de admissões por fonte de recrutamento;

Ø Qualidade por fonte;

Ø Benefícios por fonte e eficiência da fonte;

Ø Lapso de tempo entre as etapas de recrutamento por fonte;

Ø Lapso de tempo entre as etapas de recrutamento por aceitação vrsus rejeição;

Ø Origem geográfica dos candidatos;

Ø Eficiência do recrutador individual;

Ø Proporção aceitação/oferta;

Ø Análise das entrevistas de acompanhamento (follow-up) e das entrevistas de

desligamento;

Ø Análise dos motivos de aceitação e de desligamento;

Ø Análise das entrevistas de acompanhamento;

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Ø Análise dos resultados das provas e dos testes dos admitido versus rendimento

observado;

Ø Salário oferecido, admissões versus rejeições; e

Ø Salário versus idade, ano da primeira graduação escolar e experiência total do

trabalho;

Ø Total de admissões;

Ø Total de admissões por recrutador;

Ø Custos diferenciais por fonte; e

Ø Custo total das operações de recrutamento.

A seguinte estrutura de custos permite efetuar uma análise mais detalhada:

Ø Custos de pessoal do órgão de recrutamento e seleção, que incluem salários,

horas extras e encargos sociais;

Ø Custos de operação, que incluem telefonemas, telegramas,

correspondências,honorários profissionais e de serviços (agências de

recrutamento, consultoria,etc), anúncios em jornais, revistas ou rádio, despesas

de viagens de recrutamento (passagens, diárias, estadas em hotéis, etc),

despesas com exames médicos de admissão, serviços de informação cadastral

de candidatos, etc;

Ø Custos adicionais, que incluem equipamento e mobiliário, instalações, etc.;

Apesar de seu aparente custo operacional, os resultados da seleção trazem uma

sensível economia às empresas, ao lado de um incremento da produtividade, por meio

de:

a. Adequação do homem ao cargo e decorrente satisfação do pessoal com o

emprego;

b. Rapidez do novo empregado em ajustar-se e integrar-se a suas funções;

c. Melhoria do potencial humano, por meio da escolha sistemática dos

melhores candidatos;

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d. Maior estabilidade do pessoal e conseqüente redução da rotação de

pessoal (turn-over);

e. Maior rendimento e produtividade pelo aumento da capacidade do

pessoal;

f. Melhoria do nível das relações humanas, pela elevação do moral; e

Menores investimentos e esforços em treinamento, pela maior facilidade

em aprender as tarefas do cargo.

Uma das maneiras de se avaliar o funcionamento do processo de seleção é a

utilização do quociente de seleção, calculado por meio da seguinte equação:

Q.S. = Nº de candidatos atendidos x 100

Nº de candidatos examinados

À medida que o quociente de seleção diminui, aumentam sua eficiência e sua

seletividade.

É a técnica de seleção mais utilizada nas organizações, apesar da sua

subjetividade e imprecisão.

É um processo de comunicação entre duas ou mais pessoas interagindo entre si.

Para reduzirmos todos os males existentes em qualquer processo de comunicação,

tais como, ruído, omissão, distorção, sobrecarga e barreiras, verificamos que dois

procedimentos podem melhorar o grau de confiança e de validade da entrevista:

1. Treinamento dos entrevistadores, visando observar os seguintes aspectos:

a. Examinar seus preconceitos pessoais e dar-lhes o devido desconto.

b. Evitar perguntas do tipo “armadilha”

c. Ouvir atentamnte o entrevistado e demonstrar interesse por ele

d. Fazer perguntas que proporcionem respostas narrativas

e. Evitar emitir opiniões pessoais

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f. Encorajar o entrevistado a fazer perguntas sobe a organização e o

emprego.

g. Evitar a tendência de classificar globalmente o candidato (efeito de hallo

ou d generalização) como apenas bom, regular ou péssimo.

h. Evitar tomar muitas anotações e registros durante a entevista para poder

dedicar-se mais atentamente ao candidato e não às anotações.

2. Construção do processo de entrevista:

a. Entrevista totalmente padronizada. Estruturada, fechada ou direta, com

roteiro preestabelecido.

b. Entrevista padronizada apenas quanto às perguntas ou questões. As

perguntas são elaboradas previamente, porém permitem resposta aberta,

livre.

c. Entrevista diretiva. Não especifica as questões, mas o tipo de resposta

desejada.

Entrevista não diretiva. Não especifica nem as questões, nem as respostas

requeridas. São entrevistas totalmente livres, cuja sequência fica a cargo do

entrevistador.

A entrevista de seleção merece alguns cuidados especiais que podem promover seu

aperfeiçoamento. Seu desenrolar passa por cinco etapas, a saber:

1. Preparação da entrevista: Planejar visando determinar os seguintes aspectos:

• Os objetivos específicos da entrevista

• O tipo de entrevista

• Leitura preliminar do curriculum vitae do candidato

• O maior número possível de informações sobre o candidato a entrevistar

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• O maior número possível de informações sobre o cargo a preencher e as

características pessoais essenciais exigidas pelo cargo.

2. Ambiente: - Físico: deve ser confortável e privado.

- Psicológico: o clima deve ser ameno e cordial.

3. Processamento da entrevista: Deve levar em conta dois aspectos – o material e

o formal:

• Conteúdo da entrevista: constitui o aspecto material, é o conjunto de

informações que o candidato fornece a seu respeito.

• Comportamento do candidato: constitui o aspecto formal, a maneira pela

qual o candidato se comporta e reage dentro da situação.

5. Encerramento: O entrevistador deve fazer um sinal claro para demonstrar o fim

da entrevista. E informar ao candidato com será o novo contato.

5. Avaliação do candidato: Logo que o entrevistado deixar a sala, o entrevistador

deve imediatamente empreender a tarefa de avaliar o candidato enquanto os

detalhes estão em sua memória, comparando-as com a especificação do cargo.

7. Feedback: Após a escolha, pelo candidato indeal, o entrevistador deverá fornecer

um feedbck á todos os participantes do processo seletivo.

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Capítulo III:

Seleção por Competências:

As competências comportamentais têm sido foco do mercado de trabalho.

Antigamente, se observava apenas a habilidade técnica do profissional, mas hoje este

quadro mudou e muitos trabalhadores, considerados exímios tecnicamente, estão

sendo desligados das suas atribuições.

É uma metodologia desenvolvida para os gestores selecionarem seus times de trabalho

com consistência, foco e objetividade.

A seleção por competências tem o objetivo de fornecer aos gestores e

profissionais de Recursos Humanos ferramentas que permitam mapear o perfil de

competências. Com base no perfil de competências, esta metodologia cria recursos

personalizados para identificar, entre os possíveis candidatos, quem possui o perfil mais

compatível com a vaga disponível. Estas ferramentas usadas são a Entrevista

Comportamental com foco em competências e o Jogo com foco em Competências. O

Perfil de competências deve ser montado através de indicadores de Competências. É

necessário estabelecer um passo - a – passo, para elaboração de um perfil de

competências:

*Fortalecimento da parceria entre selecionador e requisitante.

*Quando a seleção é realizada pelo gestor, este já possui todas as informações a

respeito da vaga e isso facilita o processo. É preciso que o gestor tenha orientação

técnica e domínio das ferramentas para realizar um trabalho com excelentes resultados.

Quando a seleção é realizada entre o profissional de RH e requisitante, é

importantíssimo que haja uma parceria bem estabelecida, onde o RH funcione como

Coach (treinador) dos gestores, fornecendo toda orientação técnica necessária e

deixando clara a importância da participação do gestor no processo desde o início,

fornecendo informações que serão indicadores de competências para mapeamento do

perfil.

* Identificação dos Indicadores de Competências. Um precioso indicador de

competências pode ser a descrição de cargo atualizada, os maiores desafios do cargo,

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os maiores erros cometidos no cargo, as mudanças ocorridas recentemente, os projetos

a serem desenvolvidos em curto prazo, a redução e o aumento da equipe e os novos

projetos que foram desenvolvidos por esta equipe.

*Extrair as competências dos indicadores.

*Criar pequenos grupos de competências similares.

*Fazer a definição de cada competência ou de cada grupo de competências.

* Compartilhar com o gestor o perfil de competências.

A seleção por competências pode ser usada pela empresa que já implantou a

Gestão por Competências e também pela organização que ainda não a implantou. A

empresa que adotou a seleção por competência, naturalmente vai adaptar esta

metodologia ao modelo de gestão que implementou. Pode ser usada também para

qualquer cargo, do operacional ao executivo, com decisões e planos estratégicos para

cada cargo. A competência comunicação interpessoal, por exemplo, está sendo

investigada através da entrevista comportamental. Então, faremos perguntas abertas

específicas com foco nesta competência, para observar sua presença ou ausência no

repertório comportamental do candidato. Podemos pedir ao candidato, "Conte-me sobre

uma situação onde você teve um problema de relacionamento com sua equipe de

trabalho ou com um cliente interno e o que você fez?", "Relate uma situação onde você

teve que administrar uma incompatibilidade muito séria com sua liderança, como foi?",

“Fale-me de situações onde você foi muito elogiado pela sua espontaneidade e

facilidade de comunicação”? Ou ainda "Conte a maior dificuldade que já administrou na

comunicação com um cliente difícil". O que há de comum em todas estas perguntas é

que são perguntas abertas específicas com verbos de ação no passado, são perguntas

situacionais que investigam uma competência específica na experiência passada do

candidato.

Grande parte dos candidatos já vai para as entrevistas com respostas prontas

para este tipo de pergunta, e quando encontra um profissional de seleção que se

utiliza de “ Perguntas Comportamentais com foco em Competências”, muda toda a

dinâmica da entrevista e este profissional tem oportunidades muito maiores de

conhecer mais profundamente o comportamento do candidato, fazendo “Perguntas

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abertas específicas, com verbos de ação no passado”, isto é investigando

comportamentos passados em situações específicas da função, perguntas

comportamentais que o ajudarão a investigar a presença ou ausência de

competências específicas do comportamento do candidato. Os Jogos com foco em

Competências são criados ou escolhidos criteriosamente para observar a presença ou

ausência de Competências no comportamento presente do candidato.

No jogo as pessoas reproduzem comportamentos do dia-a-dia, até mesmo sem

perceber. Por isso é uma poderosa e preciosa ferramenta de observação de

comportamentos no processo de Seleção de Pessoal. É claro que deve ser usada

seguindo critérios rigorosos, sem os quais perderia sua eficácia.

Esta fase do processo seletivo conta com participação do requisitante como

observador. A participação da área requisitante em todo o processo seletivo para que

os objetivos sejam alcançados em conjunto, e que a responsabilidade de uma seleção

bem planejada e realizada é da parceria entre área de Seleção e área requisitante.

Algumas vantagens da Seleção por Competências:

• Seleção feita com mais foco, mais objetividade e por um processo sistemático

• Maior facilidade para prever o desempenho futuro

• Maior garantia de uma contratação de sucesso

• Boa adequação do profissional à empresa e à atividade a ser desempenhada

• Turnover mais baixo e melhora na produtividade

• Evita prejuízos com reabertura de processos seletivos e com funcionários

ineficientes.

• Diminui a influência de opiniões, sentimentos ou preconceitos dos

selecionadores.

• O candidato tende a não mentir, pois deve citar um fato que realmente ocorreu.

• Fornece dados concretos sobre desempenho do candidato, facilitando o

feedback para o candidato.

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• Fortalece a parceria entre área requisitante e área de Seleção

• A área de Seleção ganha maior credibilidade junto aos seus clientes

requisitantes

• A área de Seleção faz um marketing positivo da empresa junto aos candidatos,

passando uma imagem de profissionalismo, ética e respeito pelo ser humano.

O grande diferencial da Seleção por Competências em relação aos demais

métodos de seleção é uma maior objetividade e foco. Ela faz uso de fatos e

evidências e não trabalha com suposições nem interpretações, os famosos

“achômetros”. Atualmente, grande parte das organizações ao contratar novos

funcionários não tem conhecimento do perfil de competências necessárias para o

cargo em aberto, o que acaba muitas vezes acarretando em uma má contratação.

Entendo como Competências Técnicas todas aquelas que são obtidas através de

educação formal, treinamentos e experiência profissional, são elas:

ESCOLARIDADE – Nível de escolaridade formal exigida para o pleno desenvolvimento

das atribuições do cargo.

TREINAMENTOS – Treinamentos, cursos específicos, habilitações profissionais,

especializações, etc., necessários para obter melhores resultados no desempenho do

cargo.

CONHECIMENTOS TÉCNICOS – Conhecimentos essenciais para o pleno

desenvolvimento das atribuições do cargo, obtidos através da escolaridade e

treinamentos realizados e aplicados e aprimorados em experiência profissional, podem

ser classificados como:

• Conhecimentos técnicos elementares - Pressupõe o conhecimento de um

vocabulário que permita compreender as orientações de trabalho e comunicar

com titulares de empregos semelhantes. O conhecimento técnico é limitado ao

nível da tomada de conhecimento da existência de princípios técnicos

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subjacentes à realização de tarefas relativamente simples e repetitivas. Este

nível de conhecimentos é adquirido através do ensino básico e de uma prática

profissional de curta duração ou de adaptação ao posto de trabalho.

• Conhecimentos técnicos básicos - Conhecimento preciso de um determinado

vocabulário técnico que lhe permite tratar informações variadas. Este nível de

conhecimento permite a recolha de informações, o seu registro, assim como a

compreensão de princípios técnicos. Este nível está associado a tarefas com

algum grau de repetitividade ou a uma polivalência horizontal (realização de

tarefas de outros postos ou empregos próximos).

• Conhecimentos técnicos fundamentais - Pressupõe um nível de conhecimento

que se traduz em capacidades para compreender as repercussões de

determinado fenômeno ou fator nas ações. Trata-se de um nível em que se exige

a elaboração de relações analógicas entre os conhecimentos e as práticas,

apelando para o domínio de alguns fundamentos gerais de ordem científica e

técnica. Pressupõe também que o indivíduo consiga discutir, colocar questões,

compreender as respostas e negociar diferentes formas de abordar um

problema. Este nível de conhecimento é adquirido através do ensino técnico-

profissional e/ou de uma experiência profissional construída através de um

percurso profissional por vários empregos idênticos ou próximos (2-5 anos). As

atividades associadas a este nível podem ser de transformação e manutenção

com autonomia; de coordenação e controlo relativos a tomada de decisões de

rotina.

• Conhecimentos técnicos sólidos - Pressupõe um nível de conhecimento que

permita avaliar e analisar resultados e conhecer os limites e os constrangimentos

dos conceitos, métodos e instrumentos e, em função dos mesmos, prever

situações, propor alterações aos procedimentos. Trata-se de possuir um domínio

de conhecimentos científicos e técnicos específicos que pressupõe que o

indivíduo disponha de uma real autonomia nos conceitos, métodos e

instrumentos, adquiridos ao nível do ensino superior politécnico ou equivalente

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que lhe permitam desenvolver atividades de concepção e de gestão com

autonomia e encontrar soluções para situações imprevistas e disfuncionamentos.

• Conhecimentos técnicos profundos - Trata-se de um nível de conhecimentos que

permite a evolução dos conceitos, métodos e instrumentos e corresponde à

capacidade de conceber e renovar o sistema de gestão, o sistema técnico, ou

outro. Este nível exige o domínio total e aprofundado dos fundamentos científicos

e técnicos, que são adquiridos através do ensino de nível superior. Permite

pesquisar, intervir e tomar decisões inovadoras relativas a situações não

experimentadas.

Entendo como Competências Comportamentais todas aquelas que possibilitam

maior probabilidade de obtenção de sucesso na execução de determinadas atividades,

podem ser inerentes às características de personalidade de um indivíduo, ou obtidas no

convívio social, bem como podem ser obtidas e aprimoradas através de treinamentos e

auto-desenvolvimento. Subdividido essas competências em cinco grupos: Intelectuais,

Comunicativas, Sociais, Comportamentais e Organizacionais, com conceitos a saber:

1. INTELECTUAIS – São as competências necessárias para reconhecer e definir

problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no

processo de trabalho, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos.

• Aplicar conhecimento – Saber aplicar seus conhecimentos técnicos para a

resolução das situações expostas em seu contexto de atuação.

• Transferir conhecimento – Saber multiplicar seus conhecimentos técnicos para

seu superior, pares, subordinado, clientes, fornecedores, ensinando, instruindo e

aperfeiçoando a resolução das situações expostas em seu contexto de atuação.

Estar apto para adquirir novos conhecimentos.

• Generalizar conhecimento – Traduzir os conhecimentos do nível institucional à

realidade da organização, transferindo ao próximo nível, o operacional, a

responsabilidade direta pela implementação das idéias. De um lado, faz contato

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com situação de extrema instabilidade - quando interage com o nível institucional

- e, de outro, com protocolos sobretudo rígidos e previsíveis – quando faz

interface com o nível operacional.

• Reconhecer e definir problemas, propondo soluções para equacioná-los -

Visualizar, analisar e situar os negócios da empresa dentro do contexto nacional

e mundial, de modo solidificar e perpetuar a imagem e atuação da empresa

dentro desse cenário, independente do produto ou serviço prestado.

2. DE COMUNICAÇÃO – São as competências utilizadas na forma de expressão e

comunicação com seu grupo, superiores hierárquicos ou subordinados, clientes

internos e externos, de cooperação de trabalho em equipe, de diálogo, de exercício da

negociação e de comunicação.

• Comunicação - Comunicar-se com os acionistas, clientes, fornecedores,

parceiros, superiores e subordinados de forma eficaz - Entender os tipos de

feedback, como avaliar a adeqüabilidade e as condições do feedback. Feedback

eficaz. Feedback individual versus feedback coletivo; prós e contras; como e

quando pedir feedback; as diversas direções possíveis de se dar feedback.

• Redação e Gramática – Comunicar-se por escrito de maneira mais clara e mais

eficaz. Inclui diretrizes específicas de como preparar memorandos, cartas, e-

mails, propostas e outros tipos de comunicação. Escrever centrado no leitor e

formatar suas comunicações de tal forma que sejam fáceis de ser lidas, que

causem o impacto desejado e que o ajudem a alcançar seus objetivos.

• Negociação – Capacidade de demonstrar atitudes flexíveis e de adaptá-las a

terceiros e a situações diversas. Desenvolver habilidades de relacionamento,

incluindo as capacidades de flexibilização e adaptação, com enfoque na postura

pessoal.

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3. COMPETÊNCIAS SOCIAIS – São as competências necessárias para atitudes e

comportamentos necessários para transferi-lo conhecimentos da vida cotidiana para o

ambiente de trabalho e vice-versa.

• Relacionamento Interpessoal - Cultuar uma boa relação com seus

colaboradores, tanto nas questões voltadas ao dia-a-dia de trabalho, através de

orientações em relação aos trabalhos, quanto naquelas horas onde a emoção

faz-se presente. É preciso que o líder esteja atento às atitudes de sua equipe,

para melhor direcionar sua atuação frente aos acontecimentos.

• Trabalhar em equipe, gerenciando conflitos e interesses – Capacidade e

discernimento para trabalhar com e por meio de pessoas, incluindo o

conhecimento do processo da Motivação e a aplicação eficaz da liderança, com

capacidade de influenciar o comportamento do grupo com empatia e equidade,

visando os interesses interpessoais e institucionais.

• Consciência Ambiental – Dimensionar a importância do meio-ambiente e o

impacto de suas ações na preservação do mesmo.

4. COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS – São as competências necessárias para

demonstrar espírito empreendedor e capacidade para a inovação, iniciativa,

criatividade, vontade de aprender, abertura às mudanças, consciência da qualidade e

implicações éticas do seu trabalho.

• Iniciativa - Identificar e atuar pro ativamente sobre problemas e oportunidades.

Oferecer-se para Tarefas e identificar o que precisa ser feito e começa a agir.

Começar a agir sem que lhe peçam ou exijam. Aproveitar oportunidades e

começa a agir para tomar vantagem delas. Começar projetos individuais ou em

grupo e assume responsabilidade total por seu sucesso. Identificar logo o que

precisa ser feito frente a obstáculo e age até que sejam superados. Assumir

responsabilidade de criar todos os passos de um projeto cujas circunstâncias e

resultados não estejam bem definidos.

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• Criatividade - Produzir mais e melhores idéias para o desenvolvimento de

produtos e de novos processos de trabalho.

• Adaptabilidade – Adaptar-se às condições favoráveis e desfavoráveis sejam elas

de qualquer ordem (ambientais, econômicas, tecnológicas...).

• Consciência da qualidade - Buscar pela excelência de produtos e serviços e

uma preocupação maior com as crescentes exigências dos clientes internos e

externos.

• Ética – Sustentar-se em valores éticos e morais, gerando credibilidade e

confiança na sua gestão por aqueles que fazem parte do seu convívio diário:

Colaboradores, Clientes Internos e Externos, Parceiros e Fornecedores.

• Coerência - O discurso não deve ser diferente da prática e isso é um ponto de

relevância que deve ser sempre observado na gestão. É preciso que o líder seja

coerente em suas atitudes, com sua Missão e com sua equipe, pois quando a

equipe observa contradição, certamente se comportará da mesma maneira, o

que caracteriza a cultura do não comprometimento, ameaçando os resultados

produzidos.

5. COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS – São as competências necessárias para

compreensão do negócio, seus objetivos, relações com o mercado, ambiente sócio

político (conhecimento em negócio, planejamento, orientação para o cliente).

• Compromisso com Resultados – Liderar/atuar com foco em objetivos

quantitativos e qualitativos. Quando observado e praticado pelo líder, trará

credibilidade por parte de seus liderados. Uma vez que o líder influencia

diretamente o comportamento de seus liderados, quando de sua aceitação, a

prática de tal competência servirá como modelo a ser seguido e poderá gerar

estímulos positivos na equipe, tornando-a cada vez mais compromissada com as

metas a serem atingidas.

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• Gerenciar Tempo - Estabelecer metas, priorizar tarefas, lidar com os

desperdiçadores de tempo, fazer análise do tempo e criar e maximizar sua

programação de uso do tempo.

• Gerenciar Recursos – Zelar pelo controle da previsão orçamentária do

departamento ou Unidade de Negócio e como analisar e justificar um

investimento. Equacionar a mão-de-obra disponível com os recursos técnicos

disponíveis.

• Planejamento e Organização – Coordenar suas tarefas e/ou da equipe, incluindo

o planejamento (plano de ação/cronograma), a organização (distribuição de

trabalhos), e as tarefas seqüenciais (ações), bem como a seleção e a alocação

de recursos necessários.

• Liderar – Administrar equipes com eficácia: delegar eficazmente, ampliar

oportunidades e demonstrar justiça ante seus feitos. Criar um clima propício ao

desenvolvimento: ampliar os desafios e as oportunidades para criar um clima que

favoreça o desenvolvimento de sua equipe. Saber lidar com colaboradores

quando apresentam problemas : agir com decisão e equidade quando tratar

colaboradores com problemas. Formar uma equipe de talentos: investir no

desenvolvimento do potencial de seus colaboradores, identificando e oferecendo

novos desafios e responsabilidade compartilhada.

• Atuar estrategicamente – Estabelecer conexão com dois tipos de ambientes que

influenciam diretamente nos resultados da equipe: os internos e os externos.

Atuar de forma a antever oportunidades e ameaças, tendências e inovações

possibilitando o agir, ou seja, empreender esforços para a excelência na

performance de sua equipe.

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Conclusão:

Conclui que para obter sucesso no processo de seleção, é necessário recrutar

de forma cuidadosas e criteriosas, alinhando o perfil do cargo com o que a empresa

deseja, desta forma o impacto na seleção será bem menor, e assertividade enorme. A

seleção acaba sendo um processo de comparação, onde neste momento é pesadas as

especificações do cargo com as características dos candidatos.

Conforme observado, está cada vez mais difícil, o processo de selecionar

pessoas ideais, por isso é indicado selecionar com base em competências, com intuito

de diminuir os riscos e os erros. Através desta ferramenta conseguimos identificar e

mapear o perfil de competências, de forma coesa e sistêmica, proporcionando maior

assertividade no processo de seleção, o que diminuiu uma série de impactos para o

empregador, além de proporcionar um trabalho mais focado, deixaremos de lado as

suposições e impressões.

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Bibliografia:

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Recursos Humanos - Volume 1 - 2ª edição. São Paulo: Pioneira, 1997.

• Chiavenato, Idalberto. Administração de recursos humanos – edição compacta. São

Paulo: Atlas, 1999.

• Lodi, João Bosco. Recrutamento de pessoal. São Paulo: Pioneira.

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• Bispo, Patrícia; www.rh.com.br , data de acesso 22/01/10

• Chiavenato, Idalberto, Planejamento, Recrutamento e Seleção de Pessoal – 5º

edição – Atlas, 2004

• Leme, Rogério. Seleção e Entrevista por Competência com Inventário

Comportamental – edição 1. Qualitymark